Nome: Letícia Lucena Aragão

Estudo Dirigido - Critério de Ruptura de Mohr

Se a resistência máxima à compressão de um material frágil não é igual a sua

resistência máxima a tração, a teoria da tensão normal máxima não pode ser utilizada.
Uma teoria de falha que considera essa característica de certos materiais frágeis foi
proposta por Otto Mohr e é chamada critério de falha de Mohr.

A ruptura ocorre no Critério de Mohr quando no plano de ruptura a combinação

das tensões normais e cisalhantes (,) é tal que a tensão de cisalhamento é máxima,
ou seja f = f (). Esta combinação de tensões, avaliada através do círculo de Mohr,
resulta numa em uma Envoltória curva que circunscreve os círculos correspondentes à
ruptura.

Já o Critério de Mohr-Coulomb assume que a Envoltória de Mohr é definida por

uma linha reta, definida por  = c +  tan.

Para um determinado solo, a Envoltória de Ruptura varia em função do tipo de

ensaio, ou seja, c´e  variam de acordo com as condições de drenagem, velocidade de
ensaio, direção do ensaio, trajetórias das tensões e compacidade da amostra.

A curva envolvente das circunferências de Mohr apresenta as tensões principais

máxima máx e mínima min dos estados de tensão que provocam ruptura do material.
A determinação experimental dessa curva é feita aumentando-se proporcionalmente as
tensões em um determinado estado de tensão até que se verifique a ruptura do material.
A circunferência de Mohr definida por máx e min na ruptura é tangente à envolvente.
Repetindo-se o procedimento para diversos estados de tensão, pode-se determinar um
número suficiente de circunferências para definir a curva envolvente de Mohr.

Uma vez traçada a envolvente de Mohr para um determinado material, verifica-

se facilmente se um dado estado de tensão provoca ou não a ruptura deste material,
traçando-se a circunferência de Mohr das tensões principais máxima e mínima e
verificando se ela intercepta ou não esta curva, ou seja, no critério de Mohr não há
ruptura enquanto o círculo representativo do estado de tensões se encontrar no interior
de uma curva, que é a envoltória dos círculos relativos a estados de ruptura.
 Figura 1 - Representação do critério de ruptura de Mohr

Para montar um círculo de Mohr, é necessário construir um eixo cartesiano no

qual o eixo X é representado por  e i eixo Y é representado por , além de seguir o
seguinte passo a passo:

1. Marcar o ponto X (x, -xy) e Y (y, xy);

2. Unir os dois pontos;
3. 2θp é o menor ângulo entre a linha de construção e o eixo x.

Com os dois pontos unidos, é preciso achar a tensão normal médio para
descobrir o centro da circunferência e, com o auxílio de um compasso, fazer o traço do
mesmo. A utilização desse círculo irá auxiliar em descobrir os valores das tensões
principais do plano.

Os valores referentes as tensões principais do plano, a tensão de cisalhamento

máxima e o valor de θp são informados pelas seguintes fórmulas:

• méd = (x + y)/2

• R = máx = √(((x - y)/2)2 + (xy)2)
• 1,2 = (x + y)/2 ± √(((x - y)/2)2 + (xy)2)