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ATIVIDADE DISCURSIVA – DISCIPLINA MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM

PSICOLOGIA I

Aluna: Camila Silva de Menezes Costa

O desenvolvimento de um teste psicológico envolve estudos de validade,


padronização, normatização, entre outros, porém após os estudos todo teste,
antes de ser divulgado para uso e comercializado, deve passar pelo Sistema
de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), assim o autor submete seu
teste ao SATEPSI para avaliação da Comissão Consultiva em Avaliação
Psicológica (CCAP).

Diante disso, explique a respeito da tramitação dos testes submetidos ao


SATEPSI.

De acordo com o CFP é instituído a Resolução n° 00/2018, que orienta


condições de uso dos instrumentos, pois devem ser consideradas apenas para
os contextos e propósitos para os quais os estudos empíricos indicaram
resultados favoráveis. Ou seja, a somente a aprovação no SATEPSI não
significa que o teste possa ser usado em qualquer contexto, ou para qualquer
propósito. A recomendação para um uso específico deve ser buscada nos
estudos que foram realizados com a proposta do instrumento, principalmente
nos estudos de validade e nos de precisão e de padronização. Neste caso
deverá se cumprir os requisitos básicos para uma determinada utilização, que
por sua vez são os resultados favoráveis de estudos orientados para os
problemas específicos relacionados às exigências de cada área e propósito.

Além dos requisitos exigidos para validão do teste, temos diversos contextos
de aplicação, podendo ser utilizados em:

 Psicologia clínica, Psicologia da saúde e/ou hospitalar,

 Psicologia escolar e educacional,

 Neuropsicologia,

 Psicologia forense,

 Psicologia do trabalho e das organizações,

 Psicologia do esporte, social/comunitária,

 Psicologia do trânsito,

 Orientação e ou aconselhamento vocacional e/ou profissional entre


outras.
A RESOLUÇÃO Nº 9, DE 25 DE ABRIL DE 2018 Estabelece diretrizes para
a realização de Avaliação Psicológica no exercício profissional da psicóloga e
do psicólogo, regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos -
SATEPSI e revoga as Resoluções n° 002/2003, nº 006/2004 e n° 005/2012 e
Notas Técnicas n° 01/2017 e 02/2017. Determina que sejam designados dois
pareceristas, com prazo de 20 dias a partir do aceite, e que pode ser renovado
por mais 20 dias, para emissão do parecer, e um relator da CCAP que fará a
análise de ambos os pareceres e emitirá um relatório conclusivo a ser
analisado pela CCAP (tudo no prazo de 30 dias). Com isso, o prazo anterior,
que podia chegar até 100 dias úteis, foi reduzido para 70. Ainda, tal
procedimento permite tornar mais fluido o processo, uma vez que a CCAP fará
apenas uma avaliação, tendo em mãos a análise completa já realizada pelo
relator do teste com base nos pareceres. Um aspecto importante a ser
ressaltado é o § 2° do inciso XI do Art. 11, que informa que “Quando da análise
dos pareceres pelo colegiado da CCAP, esclarecimentos ou informações
complementares poderão ser solicitadas ao responsável técnico do teste
psicológico”. Assim sendo, o prazo para análise do material submetido ao
Satepsi só será considerado a partir do envio do material completo.
Submissões que demandem complementação de material terão seu prazo
contado a partir do recebimento de toda a documentação. Essa redação na
nova resolução tem como objetivo tornar mais fluido o diálogo da CCAP com o
psicólogo responsável pelo teste. Na Resolução n° 02/2003, após a avaliação
em relatoria dos testes, a CCAP deveria emitir parecer favorável ou
desfavorável, sem a possibilidade (que constasse na resolução) de solicitar
alterações a serem realizadas antes do resultado final da avaliação. Nesta
nova redação, entende-se que quando há necessidade de alterações menores
no material submetido, estas podem ser solucionadas no decorrer do processo
de análise do material sem implicar em sua avaliação como desfavorável em
um primeiro momento.

Ainda no que tange às mudanças, a Resolução n° 09/2018 uniformiza o


prazo de vigência dos estudos de validade, precisão e normas dos testes
psicológicos em 15 anos. Pela Resolução n° 02/2003, alterada pela Resolução
n° 06/2004, os prazos eram de 15 anos para os dados referentes à
padronização e 20 anos para os dados referentes a validade e precisão.
Entende-se que com a uniformização, em longo prazo, e nos novos testes
psicológicos com parecer favorável, serão evitados problemas que estão
ocorrendo atualmente, quais sejam, testes aprovados que precisam apresentar
novos estudos de normatização, mas que seus estudos de validade e precisão
continuam favoráveis. Tal fato faz necessário a disponibilização dessas novas
normas junto a um material que já é comercializado e que, em muitos casos, as
normas que constam no corpo do manual já não estão mais vigentes. Esse
aspecto tem trazido algumas dúvidas e demandas dos profissionais, e a CCAP
não tem medido esforços para prestar os devidos esclarecimentos e
orientações. Contudo, a alteração aqui detalhada se aplica aos materiais
analisados a partir da promulgação da nova resolução. Testes avaliados na
vigência da Resolução n° 02/2003 com parecer favorável, poderão ser
utilizadas até o vencimento dos estudos de validade e precisão, desde que
apresentem estudos de normatização vigentes.
A responsabilidade pela submissão dos estudos de validade, precisão e de
atualização de normas dos testes psicológicos. A partir desta nova resolução, a
responsabilidade passa a ser exclusiva do responsável técnico que deve ser
um psicólogo com CRP ativo. A esse respeito, importante ressaltar que casos
nos quais o responsável técnico não pode, por diversos motivos, dar sua
anuência, deverão ser analisados um a um, conforme prevê a resolução, ao
mencionar os casos omissos. Uma alternativa nessas situações é a editora que
comercializa o material entrar em contato com a CCAP explicando os motivos
para essa impossibilidade e solicitando, quando pertinente, a alteração do
responsável técnico do manual de teste. Feito isso, o novo responsável técnico
deverá se responsabilizar pelo material ora submetido a avaliação para
possível aprovação.

De acordo com:
Art. 5º - Os documentos a seguir são referências para a definição dos
conceitos, princípios e procedimentos de avaliação de instrumentos
psicológicos, bem como o detalhamento dos requisitos estabelecidos nesta
Resolução:
I - American Educational Research Association, American Psychological
Association & National Council on Measurement in Education (2014).
Standards for Educational and Psychological Testing. New York: American
Educational Research Association;
II - International Testing Comission (2005). Diretrizes para o Uso de Testes:
International Test Commission. (http://www.intestcom.org);
III - International Testing Comission (2005). ITC Guidelines for Translating and
Adaptating Tests. (http://www.intestcom.org);
IV - International Testing Comission (2014). The ITC Guidelines on the Security
of Tests, Examinations, and Other Assessments. (http://www.intestcom.org);
V - International Testing Comission (2013). ITC Guidelines on Quality Control
in Scoring, Test Analysis, and Reporting of Test Scores.
(http://www.intestcom.org); VI - International Testing Comission (2005). ITC
Guidelines on ComputerBased and Internet Delivered Testing.
(http://www.intestcom.org);
VII - CFP (2013). Cartilha de Avaliação Psicológica.
(http://site.cfp.org.br/publicacao/cartilha-avaliacao-psicologica-2013/).
Art. 6º – Os testes psicológicos, para serem reconhecidos para uso profissional
de psicólogas e psicólogos, devem possuir consistência técnico-científica e
atender os requisitos mínimos obrigatórios, listados a seguir:
I - apresentação de fundamentação teórica, com especial ênfase na definição
do(s) construto(s), descrevendo seus aspectos constitutivo e operacional;
II - definição dos objetivos do teste e contexto de aplicação, detalhando a
população-alvo;
III - pertinência teórica e qualidade técnica dos estímulos utilizados nos testes;
IV - apresentação de evidências empíricas sobre as características técnicas
dos itens do teste, exceto para os métodos projetivos/expressivos;
V - apresentação de evidências empíricas de validade e estimativas de
precisão das interpretações para os resultados do teste, caracterizando os
procedimentos e os critérios adotados na investigação;
VI - apresentação do sistema de correção e interpretação dos escores,
explicitando a lógica que fundamenta o procedimento, em função do sistema de
interpretação adotado, que pode ser:
a) Referenciada à norma, devendo, nesse caso, relatar as características da
amostra de normatização de maneira explícita e exaustiva, preferencialmente
comparando com estimativas nacionais, possibilitando o julgamento do nível de
representatividade do grupo de referência usado para a transformação dos
escores.
b) Diferente da interpretação referenciada à norma, devendo, nesse caso,
explicar o embasamento teórico e justificar a lógica do procedimento de
interpretação utilizado.
VII - apresentação explícita da aplicação e correção para que haja a garantia
da uniformidade dos procedimentos. Parágrafo único - Testes psicológicos
estrangeiros adaptados para o Brasil devem atender aos incisos supracitados.
VIII - Atenção aos requisitos explicitados nos artigos 30, 31, 32 e 33. Art. 7º - O
manual do teste psicológico deve atender a todos os incisos do Art. 6° e incluir
a ficha síntese do teste (com objetivo, público-alvo, material, aplicação e
correção) e exemplo(s) de utilização, contemplando a administração, aferição,
análise e interpretação dos resultados.
Art. 8º - Os requisitos mínimos obrigatórios são aqueles contidos no Anexo I
desta Resolução, denominado Formulário de Avaliação da Qualidade de
Testes Psicológicos. Parágrafo Único - O Anexo que trata o caput deste Artigo
é parte integrante desta Resolução.
Art. 9º - A submissão do teste psicológico para avaliação deverá ser realizada
por meio do SATEPSI. Parágrafo único – A submissão de teste psicológico ao
SATEPSI está condicionada à indicação de responsável técnico com CRP
ativo. Art. 10 - Os testes psicológicos submetidos ao SATEPSI serão avaliados
pela CCAP, cuja constituição e funcionamento seguirá o estabelecido pela
Resolução CFP nº 003/2017, ou resoluções que venham a substituí-la ou
alterá-la. Art. 11 - A tramitação dos testes psicológicos submetidos ao
SATEPSI obedecerá às seguintes etapas:

Art. 11º - A tramitação dos testes psicológicos submetidos ao SATEPSI

obedecerá às seguintes etapas:

I - Submissão on-line ao SATEPSI;


II - Designação de 2 (dois) pareceristas ad hoc para análise do teste

psicológico;

III - Avaliação do teste psicológico por pareceristas;

IV - Análise dos pareceres emitidos e elaboração de relatório conclusivo

por membro da CCAP;

V - Apreciação do relatório conclusivo pelo colegiado da CCAP;

VI - Apreciação e decisão pelo Plenário do CFP do relatório da CCAP;

VII - Envio do parecer final do CFP aos requerentes;

VIII - Prazo para interposição de recurso;

IX - Análise do recurso pela CCAP;

X - Apreciação da análise do recurso pelo Plenário do CFP;

XI - Envio do parecer final sobre o recurso aos requerentes.

Conclusão

Para a adesão aos testes psicológicos foram estabelidos normas, tendo


em vista a´fiddignidade para uso, a regulamentação da ferramenta foi
necessária, sendo assim não foi necessária outras pesquisas, pois temos a
Resolução que institui normas e padrão estabelicido. Para as respostas deste
trabalho foi utilizado o mesmo, cosiderando que não havia necessidade de
outras fontes, para responder o questinamento do trabalho.

Referêncial Teórico

http://www.crp11.org.br/upload/Resolu%C3%A7%C3%A3o-CFP-n%C2%BA-
09-2018-com-anexo.pdf – Acesso em 14/11/2020

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