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Relatório 1 - Juntando Os Pedaços
Relatório 1 - Juntando Os Pedaços
Lições aprendidas
As lições aprendidas durante esse exercício foram diversas. A primeira delas é a alta
necessidade de compreender o que o outro lado deseja. Tal ponto pode ser observado
durante o exercício no momento da entrega do retângulo ao professor para a análise, com
as 4 cores e do tamanho exato necessário, sendo recusado caso não atendesse os
requisitos. Isso também pode ser visto durante algumas negociações que ocorreram entre
as duplas, em que uma tentava ganhar algo da outra, entretanto não compreendia de fato o
que o outro lado gostaria de ter em troca. Outro ponto importante são as posturas tomadas
durante o exercício, podendo ser vistas 3 perfis diferentes dentro do exercício de sala. A
primeira delas foi denominada no conteúdo da matéria como “Vamo Atrás”, em que consiste
as partes buscarem com base nas habilidades de cada um da dupla para atingir o objetivo
em comum, possuindo uma chance maior de dar certo. Esse primeiro perfil foi o encontrado
entre a nossa dupla. O segundo perfil foi denominado como “EU resolvo isso!”, que consiste
em buscar resolver o exercício de maneira individual, independente da colaboração da
dupla, havendo uma chance menor de atingir o objetivo. Outro perfil, é o chamado de “O que
está acontecendo?”, que se baseia em um problema da dupla conseguir identificar a
situação e o que era necessário de se fazer para atingir o objetivo. Por fim, á o perfil
“Desisto”, que consiste nas partes não se interessarem por participar da ocasião existente.
Outro ponto importante aprendido neste exercício é o uso das informações
existentes, evitando que sejam desprezadas. Inicialmente, dentro do exercício foi apontado
pelo professor que houve uma falta de uso do recurso de perguntar ao professor sobre o
que se tinha dúvida, podendo dar um melhor direcionamento para as duplas na atividade.
Ainda neste tópico, é importante ressaltar o aprendizado de que fazer as perguntas certas
importam mais do que obter as respostas, pois perguntando as coisas certas pode-se obter
informações mais ricas em conteúdo que podem colaborar para se chegar a um acordo mais
certeiro. Dentro do exercício, exemplos dessas perguntas seriam de “o que é considerado
trapaça no exercício”, “quanto tempo tem o exercício” ou “é válido o uso de outros materiais
além dos fornecidos no exercício”. Além disso, também é possível discutir o aprendizado
dos valores relativos de cada item dentro do exercício, aprendendo a analisar melhor qual a
real importância de cada item dentro de uma negociação. Dentro do exercício em questão,
não foram bem aproveitadas, como por exemplo o uso das cores diferentes não serem tão
cruciais, ao passo que, quando a primeira negociação é feita, o monopólio da dupla que
retinha o papel de determinada cor acaba, pois as outras pessoas que agora possuem
apenas um pedaço podem trocá-los com os demais. Outro ponto que se pode analisar
também dentro do exercício, é a superestimação do valor da tesoura, por possuir uma
sensação de poder falsa, o aumento da chance de ganhar da régua e da cola, mesmo que a
régua possa ser substituída por um molde.
Há também outro aprendizado importante é a maneira em que todos os indivíduos
presentes no curso tendem a complicar uma situação simples, limitando-se a regras
estipuladas por si próprio. Dentro do exercício, pode-se ver a ampliação dos requisitos,
como por exemplo julgando que as quatro cores utilizadas deveriam ser do mesmo tamanho
para ser válido o objetivo, ou que não pode haver a sobreposição de um papel para outro.
Outro ponto também é o desvio da tarefa para o processo, dificultando o processo para
conseguir cumprir a tarefa, como por exemplo assumir que o processo de recorte dos papeis
deve ser feito pela tesoura ou que a cola é a única maneira de prender os papeis.
Condizente com isso, também há a criação de regras por parte dos indivíduos, regras estas
que não foram estipuladas para o exercício, ou seja, a preocupação em se prender a ideais
do indivíduo ou criar regras conforme experiências passadas para ajustar dentro da situação
atual. Dentro do exercício, é possível exemplificar isso com o a criação de não poder usar a
própria régua. Outro aprendizado tido em aula, condiz com o que foi apresentado
anteriormente, sendo isso as restrições autoimpostas, que condizem muito com a criação de
regras para exercícios visto que impossibilitaram o desenvolvimento de soluções, como
utilizar das cores de papeis branco e marrom do envelope, pelas restrições autoimpostas.
Com essa divisão, é mais fácil de perceber a ilusão de controle que pode vir a ter
pela má leitura da importância dos itens dentro do exercício. Tal aprendizagem pode ser
tirada de dentro do exercício quando os materiais dispostos podem ser substituídos pela
racionalidade, criatividade e engenharia de cada um. Isso pode ser visto dentro do exercício
através da junção dos papeis de diferentes maneiras – como saliva ou emaranhar os papeis
– sem a utilização da cola. Além disso, também houve o aprendizado de que a utilização da
racionalidade é importante dentro desses exercícios, como perceber que a utilização de
outros materiais, como lápis, caneta e borracha, podem ser utilizados, então a utilização de
réguas e colas próprias dos alunos também poderiam. Ainda nessa discussão, também é
possível analisar as ilusões “poéticas” que os indivíduos têm. Tal ponto se explica nas
pessoas terem o pré-conceito de que as demais seguem os mesmos padrões, valores e
éticas dela, o que não é verdade. Isso pode trazer julgamentos das demais partes e
promover a incitação de tensões entre as partes, prejudicando a negociação. Dentro do
exercício, isso pode ser visto quando uma dupla utilizou de lápis e borracha, enquanto outra
apenas os julgavam por utilizar o próprio material.
Por fim, o penúltimo aprendizado é o “Efeito Manada” que é gerado em situações
como a do exercício. Quando se há um objetivo em comum para diversos grupos, há a
perda de racionalidade e as partes começam a seguir os padrões de comportamento dos
demais, ao invés de fazer um julgamento próprio do que seria melhor. Dentro do exercício,
isso pode ser visto nos grupos de foco que foram se apresentando durante toda a sua
duração, em que os alunos foram se aglomerando em uma mesma parte da sala, não
porque possuíam objetivos, mas para seguir o fluxo apresentado. Por último, o aprendizado
da síndrome de LebrInha também é importante. Tal efeito se assemelha ao manada, em que
as pessoas, através do nervosismo e do desespero, acabam por agir sem raciocinar.
Portanto, é importante também que se entenda que as ações vistas no exercício,
foram reflexos do cotidiano dos estudantes. Com isso, é possível que se possa analisar que
o modelo mental de cada um é o que mais pode atrapalhar para conquistar o sucesso
dentro de uma negociação e cabe a cada um, ver como irá lidar com uma experiência ruim,
podendo tirar proveito ou não dela para levar a aprendizagem.
Notas (justificar):
Acredito que, numa escala 0-10, eu e meu parceiro merecemos uma nota 8, pois o
plano traçado entre eu e minha dupla foi bom ao momento, embora não tenhamos levado
em consideração toda a análise feita na última aula, pudemos chegar bem próximo do
objetivo e de concluí-lo. Ademais, é válido ressaltar que, caso houvesse consciência do que
foi passado durante o período de análise, as atitudes tomadas seriam diferentes, podendo
trazer resultados mais satisfatórios. O que separa a nota dada de um 10, seria os erros
cometidos que foram citados anteriormente em alguns momentos que, por sua vez,
atrapalharam o desempenho.