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3.1 Definições
Para se controlar a qualidade do concreto que está sendo utilizado em uma determinada obra
deve-se atuar em diferentes fases do processo de produção.
Medida pelo abatimento do tronco de cone (Slump Test) – NM 67:1996 ou Espalhamento pelo
tronco de cone (Mesa de espalhamento) – NM 68:1996, deve seguir as recomendações
abaixo:
na primeira betonada;
na troca de operadores; e
A cada lote de concreto deve corresponder uma amostra formada por, no mínimo, seis
exemplares para os concretos do Grupo I (NBR 8953:1992) - fck = 10 a 50MPa - e doze
exemplares para os concretos do Grupo II - fck = 55 a 80 MPa - coletados aleatoriamente
durante a operação de concretagem, conforme a NBR 14931:2003 para concretos produzidos
em betoneiras estacionárias ou conforme a NBR 7212:1984 para os concretos fornecidos por
central dosadora de concreto. Os lotes devem ser formados segundo o critério da Tabela 3.1,
adotando-se aquele que resultar no maior número de exemplares possível.
UNIVALI – Tecnologia do Concreto de Cimento Portland 47
Profª Sílvia Santos, M.Eng., Dr. Eng.
Tabela 3.1: Valores referentes à formação de lotes de concreto (NBR 12655:1996)
⎛ f 1 + f 2 + ... + fm − 1 ⎞
f ckest = 2 ∗ ⎜ ⎟ − fm (3.1)
⎝ m −1 ⎠
Onde:
Sendo:
Onde:
Aplica-se a casos especiais, a critério dos profissionais responsáveis pelo projeto estrutural e
pela execução. O controle se realiza determinando a resistência do concreto a partir dos
resultados de exemplares de cada amassada.
Para lotes com volumes inferiores a 10 m3, em que o número de exemplares estiver
compreendido entre 2 e 5, e não estiver sendo realizado o controle total, permite-se adotar :
fckest = Ψ6*f1
fckest ≥ fck
No caso de não haver aceitação automática, a decisão será baseada em uma ou mais das
seguintes verificações: revisão do projeto, ensaios especiais do concreto e ensaios da
estrutura.
O projeto da estrutura será revisto, adotando-se para o lote de concreto em exame a seguinte
igualdade:
fck = fckest
A investigação direta da resistência do concreto será feita por meio de ensaios de pelo menos
6 corpos-de-prova extraídos da estrutura, os quais deverão ter diâmetro de 15 cm, corrigindo-
se os resultados em virtude dos efeitos de broqueamento e também, se for o caso, se a razão
entre a altura e o diâmetro do corpo-de-prova for diferente de 2. Os corpos-de-prova deverão
ser extraídos de lotes distribuídos de forma a constituírem uma amostra representativa de todo
o lote em exame. No caso de estrutura que deverá ficar imersa, os corpos-de-prova deverão
permanecer imersos nas 48 horas que antecedem o ensaio.
Com as devidas precauções quanto à interpretação dos resultados e como medida auxiliar de
verificação da homogeneidade do concreto da estrutura poderão ainda ser efetuados ensaios
não destrutivos de dureza superficial ou de velocidade de propagação do ultra-som, de acordo
com métodos estudados e aprovados por laboratório nacional idôneo.
Quando houver dúvidas de qualquer natureza sobre uma ou mais partes da estrutura, as quais
não possam ser dirimidas por investigação analítica, a decisão a ser tomada poderá ser
baseada nos resultados obtidos em ensaios da estrutura (provas de carga) realizados de acordo
com método pré-estabelecido. Durante a realização do ensaio deverão ser medidas grandezas
que revelem o comportamento da estrutura. O ensaio cessará se houver indício de ruína.
- A estrutura será aproveitada com restrições quanto ao seu carregamento ou seu uso.