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Elaboração

da LDO 2024
Prof. João Paulo Silverio
01
Objetivos Prazos
e Conteúdos
OBJETIVO ?

PPA
•Priorização dos programas e ações
•Planejamento fiscal (metas e riscos)
LDO •Orientação da elaboração da LOA

Normas próprias de direito financeiro


LOA
LDO - CONSTITUIÇÃO
Art. 165 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
(...)
§ 2.º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
(...)
§ 9.º Cabe à lei complementar:

I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a


elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias
e da lei orçamentária anual;
CONTEÚDO?

Mensagem ao Mensagem ao Legislativo, contendo uma breve análise circunstanciada do planejamento


Legislativo que está sendo encaminhado.

Projeto de Lei / O projeto de lei possui um conteúdo mínimo obrigatório conforme previsão da LRF e
Texto Legal Constituição Federal. Ele deve ser elaborado tendo como objetivo disciplinar tanto o
processo de elaboração do orçamento, quanto a sua execução durante o exercício seguinte

Priorizações Programas e ações priorizadas

Anexo de Metas Demonstrativos de Metas Fiscais


E Riscos Fiscais Demonstrativos de Riscos Fiscais
Quais as exigências da LRF sobre a LDO?
- Dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas

- Definir critérios e formas de limitação de empenho

- Estabelecer normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos
- Estabelecer condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e
privadas

- Estabelecer a programação financeira e cronograma de execução mensal de desembolso;

- Definir montante e forma de utilização da reserva de contingência

- Estabelecer metas fiscais

- Dispor sobre riscos fiscais


SGC – SISTEMA DE GESTAO DE CUSTOS
SGC – SISTEMA DE GESTAO DE CUSTOS
SGC – SISTEMA DE GESTAO DE CUSTOS
SGC – SISTEMA DE GESTAO DE CUSTOS
SGC – SISTEMA DE GESTAO DE CUSTOS
Quais as exigências da LRF sobre a LDO?
- Dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas

- Definir critérios e formas de limitação de empenho

- Estabelecer normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos
- Estabelecer condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e
privadas

- Estabelecer a programação financeira e cronograma de execução mensal de desembolso;

- Definir montante e forma de utilização da reserva de contingência

- Estabelecer metas fiscais

- Dispor sobre riscos fiscais


02
COMPATIBILIDADE
COM A LOA
LEI DE DIRETRIZES X PPA

Revisão da Estrutura Programática

PPA/LDO

ORÇAMENTO
LEI DE DIRETRIZES X PPA

• METAS
PPA/LDO PROGRAMAS
• INDICADORES

ORÇAMENTO • ESTIMATIVA DE CUSTO


AÇÕES • META FÍSICA
INDICADORES E METAS
Tem que ser
feita com
Tem que ser
base no
passível
Monitoramento
de
mensuração
Programas
Justificativa
de Desvios
Código do Denom. do
Denomi. do Unidade de Quantidade Quantidade em Relação
Indicador Indicador
Programa Medida Estimada Realizada ao
Pretendido Pretendido
Atingimento
da Meta
Não pode
Tem que “fugir” muito
haver relação do inicial ,
com o nem pra mais
objetivo do nem pra
programa menos
INDICADORES E METAS Tem que ser
Tem que ter Feita com
relação direta base no
com a meta Monitoramento
física da ação
Ações
Justif.
de
Desvios
Denomina Código Função Subfunçã Unidade Quantida em
Código do Denom. Unidade Unidade Denom. Quant.
ção do da de o de de de Relação
Programa da Ação Orçament. Executora da Meta Realizada
Programa Ação Governo Governo Medida Estimada ao
Atingim
. da
Meta
Tem que
Produto a ser ser
ofertado pela Passível
ação que de
contribuirá no mensuração
alcance do
objetivo do
programa
Programa

Tem relação com o objetivo


do programa
Ações

Os produtos
ofertados
pela ação
contribuem
no alcance do
objetivo do
programa
Programa

NÃO tem relação com o


objetivo do programa
Ações

Os produtos
ofertados
NÃO tem
relação no
alcance do
objetivo do
programa
03
RESULTADOS
FISCAIS
ANEXO DE METAS FISCAIS
A LÓGICA DAS METAS FISCAIS NA LRF

Pag. 434
RESULTADO PRIMÁRIO

Resultado Primário

Resultado obtido a partir do cotejo entre


receitas e despesas orçamentárias de um
dado período que impactam efetivamente a
dívida estatal. O resultado primário pode
ser entendido, então, como o esforço fiscal
direcionado à diminuição do estoque da
dívida pública.
RESULTADO PRIMÁRIO
Operação Tipo Característica Classificação Exemplo
Arrecadação de
tributos, aluguel,
Primária serviços
Diminui a Dívida
Receita Fiscal
Líquida
Juros sobre aplicação
Financeira financeira
Fiscal
Pagamento de pessoal,
custeio, investimento
Primária
Aumenta a Dívida
Despesa Fiscal
Líquida

Financeira Juros sobre dívida


Ingressos Operação de crédito

Não-Fiscal Não Impacta a Dívida Líquida


Dispêndios Amortização de dívida

Pag. 442
RESULTADO PRIMÁRIO

Receita total Despesa total


(-)receitas financeiras (-)despesas financeiras
DESPESA
1.3.2.1.00.1.1 RECEITA GRUPOS:
1.3.2.3.00.1.1 2 - Juros e Encargo da Dívida
1.3.2.2.00.1.1 6 – Amortização da Dívida
2.1.0.0.00.0.0
2.2.0.0.00.0.0 RESULTADO
PRIMÁRIO

Diferença entre as receitas não financeiras


e as despesas não financeiras
RESULTADO PRIMÁRIO

RECEITAS DESPESAS
PRIMÁRIAS PRIMÁRIAS

Meta de
Resultado
Primário
DESPESAS
FINANCEIRAS
Superávit RECEITAS
FINANCEIRAS
RESULTADO PRIMÁRIO

RECEITAS DESPESAS
PRIMÁRIAS PRIMÁRIAS

Meta de
Resultado
Primário
RECEITAS
FINANCEIRAS Déficit
DESPESAS
FINANCEIRAS
RESULTADO PRIMÁRIO
RESULTADO PRIMÁRIO

SUPERÁVIT
PRIMÁRIO

DÉFICIT PRIMÁRIO
?
RESULTADOS FISCAIS
RESULTADO NOMINAL

Resultado Nominal

Para fins do arcabouço normativo criado


pela LRF e pela RSF nº 40/2001, o resultado
nominal representa a variação da DCL em
dado período e pode ser obtido a partir do
resultado primário por meio da soma da
conta de juros (juros ativos menos juros
passivos).
RESULTADOS FISCAIS
RESULTADO NOMINAL
ESPECIFICAÇÃO 2020 2021 2022
DÍVIDA CONSOLIDADA (I) 40.000 38.000 37.000
Resultado Nominal
Dívida Mobiliária 20.000 16.000 14.000
Representa a diferença entre o
saldo da dívida
Outras fiscal líquida em 31
Dívidas 20.000 22.000 23.000
de dezembro de determinado ano
em relação
DEDUÇÕESao apurado
(II) em 31 de 29.000 28.000 28.000
dezembro do ano anterior.
Ativo Disponível 42.000 44.000 45.000
Haveres Financeiros 5.000 3.000 5.000
(-) Restos a Pagar Processados 18.000 19.000 22.000
DÍVIDA CONSOLIDADA
11.000 10.000 9.000
LÍQUIDA (III) = (I – II)
FONTE:
RESULTADO NOMINAL- Abaixo da linha

RESULTADO
NOMINAL =
(Dívida liquida do exercício ) – (Dívida liquida do exercício anterior

Resultado positivo = Déficit


Resultado negativo = Superávit
RREO -Acima da linha e abaixo da linha
04
ANEXO DE METAS
FISCAIS
Identificam os valores das
metas fiscais para o exercício
financeiro a que se referem,
utilizando o cenário
macroeconômico de forma que
os valores apresentados
sejam claramente
fundamentados.
Identificam os valores constantes que
equivalem aos valores correntes
abstraídos da variação do poder aquisitivo
da moeda, ou seja, expurgando os índices
de inflação ou deflação aplicados no
cálculo do valor corrente, trazendo os
valores das metas anuais para valores
praticados no ano anterior ao ano de
referência da LDO.
Identifica o valor percentual das Metas
Fiscais previstas para o exercício
financeiro a que se referem, em relação
ao valor projetado do PIB.
Para Municípios, essa coluna também é
opcional, e, caso seja preenchida,
poderá observar os índices do Relatório
Metodológico de Cálculo disponibilizado
pelo IBGE
Identifica o valor percentual das
Metas Fiscais previstas para o
exercício financeiro a que se
referem, em relação ao valor
projetado da Receita Corrente
Líquida para a União, estados,
Distrito Federal e municípios.

A projeção da RCL pode ser


feita mediante aplicação do fator
de atualização divulgado pelo
Ministério da Fazenda, conforme
§6º do art. 7º da Resolução do
Senado Federal nº 43, de 2001.
A projeção da RCL pode ser
feita mediante aplicação do fator
de atualização divulgado pelo
Ministério da Fazenda, conforme
§6º do art. 7º da Resolução do
Senado Federal nº 43, de 2001.
Registra os valores estimados,
para o exercício financeiro a que
se refere a LDO e para os dois
exercícios seguintes, para os
pagamentos de restos a pagar de
despesas primárias, com exceção
dos restos a pagar de despesas
custeadas com fontes de recursos
do RPPS
Registra os valores estimados para as despesas totais
para o exercício financeiro a que se refere a LDO e
para os dois exercícios seguintes. Não devem ser
consideradas as despesas custeadas com fontes de
recursos do RPPS. Ressalta-se que, no total dos
valores estimados para as despesas, estarão incluídas
as projeções para os pagamentos de restos a pagar e,
portanto, não se aplica nesse demonstrativo a
necessidade de equilíbrio entre receitas e
despesas exigido para a Lei Orçamentária Anual.
Compatibilidade com a LOA

X1 X2

ORÇAMENTO RP ORÇAMENTO

META FISCAL RP META FISCAL

Ótica de caixa X despesas que serão empenhadas


Importa cada linha com base na
execução do ultimo exercício encerrado,
corrigindo o valor com de acordo
com o índice inserido para exercício.
Sistema irá fazer a média de pagamentos
até os últimos 3 anos
O sistema não projeta resulta nominal
Identifica o valor percentual das
Metas Fiscais previstas e
realizadas pelos Estados, DF e
Municípios no segundo ano anterior
ao ano de referência da LDO, em
relação ao valor da Receita Corrente
Líquida apurada no mesmo período.
Importas as metas Importas as metas previstas
previstas/digitadas nos digitadas no anexo de metas fiscais
anexos de metas fiscais em elaboração
em de exercícios
anteriores
Importa com base na
classificação da natureza
Aumento Permanente de Receita
Considera-se aumento permanente de receita o
proveniente de elevação de alíquotas, ampliação da
base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou
contribuição, cuja competência tributária é do próprio
ente. Por exemplo, no caso dos municípios:
- Elevação da alíquota do ITBI de 3% para 4%; e

Registra a parcela da estimativa do aumento permanente


de receita para o exercício orçamentário a que se refere a
LDO que será transferida aos Estados, Distrito
Federal e Municípios, no caso da União, e aos Municípios,
no caso dos Estados. Essa linha não se aplica aos
Municípios.
ANEXO DE RISCOS FISCAIS
ANEXO DE RISCOS FISCAIS

É importante ressaltar que riscos repetitivos deixam de ser riscos,


devendo ser tratadas no âmbito do planejamento, ou seja, devem ser
incluídas como ações na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei
Orçamentária Anual do ente federativo. Por exemplo, se a ocorrência de
catástrofes naturais – como secas ou inundações – ou de epidemias – como a
dengue – tem sazonalidade conhecida, as ações para mitigar seus efeitos,
assim como as despesas decorrentes, devem ser previstas na LDO e na LOA
do ente federativo afetado, e não ser tratada como risco fiscal no Anexo de
Riscos Fiscais.

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