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Relatório de aula prática - 29/3/23

Professor: Campo Amor


Aluna: Victória Mateus Frossard
Função: Auxiliar da segunda cirurgia - Bordada

Ao chegarmos ao local da aula prática, identificamos os dois animais a serem


submetidos ao procedimento cirúrgico de descorna. Sendo duas bezerras, Esperança e
Bordada. Enquanto um grupo ficou responsável pelo exame físico das mesmas, avaliando FR,
FC, TPC e movimentos ruminais, a equipe cirúrgica foi se paramentar.
Cada procedimento foi realizado em um momento diferente, sendo feito primeiramente a
descorna da Esperança. O animal veio contido do curral até o local de escolha, e ainda em pé,
foi feita a tricotomia ampla em volta dos cornos da bezerra. Logo, iniciamos o protocolo
anestésico específico para cada animal, levando em consideração que a mesma tinha 1 ano e
120 Kg, foi administrado de MPA xilazina 2% na dose de 0,1mg/kg IV.
Após o período de latência, foi feita a contenção dos membros pélvicos e torácicos
com a corda e deixando o animal em decúbito esternal direito com posição de auto
auscultação, com a cabeça voltada para trás. E posteriormente feito o bloqueio local com
lidocaína 2% (bloqueio do nervo cornual e bloqueio infiltrativo ao redor da base do corno),
seguida da antissepsia definitiva feita com AIA (álcool-iodo-álcool).

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
Iniciou-se o procedimento pelo corno direito. Para sua retirada, fez uma incisão elíptica
ao redor do corno, com bisturi nº3, iniciando do limite lateral da eminência nucal em direção à
base dorsal do corno, e em seguida se fez uma segunda incisão, agora sentido ventral, com
mesmo ponto de início da anterior e seguindo medialmente para a base do corno, se
encontrando com o final da primeira.
Após incisão, foi feita a divulsão da pele com a tesoura operacional de mayo stille
romba/fina e o bisturi. Finalizando com margem suficiente para colocação da serra manual na
base do corno. A hemostasia dos vasos foi realizada com compressas e a técnica de forci
torção utilizando a pinça hemostática traumática de halsted.
O coto foi serrado em sua maioria com serra manual, no sentido dorsal para lateral,
permitindo a permanência de um pequeno segmento comum entre o corno e a região de pele e
subcutâneo, para que a sua retirada fosse concluída com forci torção manual. O que também
colabora para a hemostasia dos vasos daquela região que é muito vascularizada.
Para a síntese da pele e proteção dos seios frontais, usou-se da sutura de Reverdin
associada com alguns pontos simples isolados para ancoragem, com fio nylon 6.0. A sutura foi
lavada com água e aplicou-se água oxigenada e spray prata na região, para auxiliar no
processo de cicatrização e evitar a presença de moscas e larvas na ferida cirúrgica. O mesmo
se realizou no corno contralateral e na bezerra Bordada.
No procedimento cirúrgico da Bordada, o protocolo anestésico foi abordado de forma
diferente, visto seu peso, idade e tempo de duração do procedimento. A bezerra pesava 130 kg
e tinha 14 meses. Na MPA também foi administrado Xilazina 2% na dose de 0,1mg/kg IV. Para
manter o animal em decúbito, no plano de indução foi feito cetamina 2 ml e midazolam 1,4 ml
IV e depois um repique dos mesmo dois fármacos. E para o bloqueio do nervo cornual e
bloqueio infiltrativo ao redor da base do corno, utilizou-se lidocaína 2%.

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