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QUÍMICA GERAL POR GUSTAVO ROCHA COSTA FERREIRA E ANNA LUIZA DORICO AGUIAR.
INTRODUÇÃO:
Existem compostos nos quais uma espécie central é ligada eletrostaticamente com outras espécies
periféricas. A espécie central pode ser um íon ou um átomo, geralmente de um metal e os ligantes podem ser íons
ou moléculas neutras e a primeira explicação formulada para as ligações existentes nos compostos de coordenação
foi elaborada por Alfred Werner em 1893. Estes íons são íons complexos e existem como espécie única e própria. Os
compostos de adição deste tipo são chamados de Compostos de Coordenação, Complexos Metálicos ou
simplesmente de Complexos. Os complexos dos metais de transição são encontrados ou utilizados em:
Sistemas Biológicos: Vitamina B12, no transporte de oxigênio, no transporte de elétrons, como agentes
sequestrantes-Doença de Wilson, etc;
JUSTIFICATIVA:
A fim de promover um entendimento mais específico, prático, instrumental e objetivo acerca dos complexos
de coordenação, os alunos de Farmácia do Primeiro Período da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
(2/22) com a supervisão do professor Adjunto III, Bruno Christiano Silva Ferreira, da disciplina de “Química Geral e
Inorgânica” realizaram práticas laboratoriais a respeito dos complexos de coordenação com ênfase em citações na
utilização destes compostos na área da saúde e farmacologia como a utilização no tratamento de canceres.
OBJETIVO:
O objetivo das práticas laboratoriais foi sintetizar e caracterizar complexos de coordenação, no caso o
Pentaminoclorocobalto (III) e o Hexaminoníquel, demonstrando a utilização de processos químicos e físicos para
realizar reações químicas e mudanças de estados físicos. Além disso, também houve a ocorrência de testes acerca de
solubilidade, polaridade, concentração, reatividade, rendimento da reação, dentre outros, tais como observações,
anotações e discussões sobre tais características dos compostos.
EXPERIMENTO I
[Aula 5 – Síntese do complexo de cloreto de hexaminocobalto (III) a partir do cloreto de cobalto (II) hexa-hidratado]
MATERIAIS DO EXPERIMENTO I:
- Chapa de aquecimento;
- Banho de gelo;
- Balança analítica;
- Espátula (3);
- Bastão de vidro;
- Provetas de 5 mL (2);
- Termômetro;
REAGENTES DO EXPERIMENTO I:
- Carvão ativado;
-Cloreto de amônio;
- Água destilada;
- Éter etílico.
MÉTODOS DO EXPERIMENTO I:
3- Mediu-se 1 g de NH4Cl e dissolvido em 20 mL de água destilada quente contida em um béquer de 100 mL.
7- Resfriou-se o béquer com a solução anterior em água corrente até a temperatura ambiente.
10- A mistura foi mantida em banho de gelo e acrescentou-se 3 mL de solução de H2O2 30% m/m, lentamente e com
agitação constante, em frações de 0,5 mL.
11. A mistura contida no béquer foi aquecida, até a mudança total da coloração da solução (início de fervura da
solução). A temperatura não pode ultrapassar 60 °C. Agite periodicamente a mistura com um bastão de vidro sobre
agitação constante para evitar o superaquecimento.
12. Esfriou-se o béquer com a solução em água corrente e este foi transferido para um banho de gelo até que a
temperatura se aproximou a 0 °C. 10.
15. Com 5 mL de água destilada gelada (preparada no item 1) o precipitado foi lavado.
17. Foi adicionado, lentamente, no próprio funil de Büchner uma solução contendo 1,5 mL de HCl concentrado e 10
mL de água destilada quente (perto de 100 °C, preparada no item 2).
19. Recolheu-se o filtrado, ainda quente, em um béquer limpo e resfriou-se a solução em banho de gelo.
20. Foi adicionado lentamente e com agitação contínua, 2,5 mL de HCl concentrado à solução gelada dentro da
capela.
22. Lavou-se o sólido obtido com álcool etílico absoluto gelado (3 x 5 mL) e, em seguida, com éter etílico (2 x 5 mL).
24. Mediu-se a massa do sólido obtido em balança analítica e calcule o rendimento da reação.
RESULTADOS DO EXPERIMENTO I:
Os alunos conseguiram por meio das orientações sintetizar de maneira efetiva o complexo composto pela prática
conforme apresentado na Figura 1.
EXPERIMENTO II
[Aula 8 - Síntese do complexo cloreto de hexaminoníquel (II) a partir do cloreto de níquel (II) hexahidratado]
- Banho de gelo;
- Balança analítica;
- Proveta de 5 mL e 25 mL;
- Vidro de relógio;
- Bastão de vidro;
- Cloreto de amônio;
- Água destilada;
- Éter etílico.
3. Transferiu-se a solução anterior para uma proveta completando-a o para 5 mL, com NH4OH concentrado.
7. Adicionou-se água destilada, gota a gota com agitação, em quantidade mínima, até dissolver todo o sal.
12. Os cristais obtidos utilizando filtração a vácuo foram filtrados e lavados com NH4OH concentrado (2 x 5 mL)e em
seguida com de álcool etílico absoluto (2 x 5 mL) e finalizados com éter etílico (2 x 2,5 mL).
DISCUSSÃO DO EXPERIMENTO I:
Os alunos conseguiram por meio das orientações sintetizar de maneira efetiva o complexo composto pela prática.
EXPERIMENTO III
[Aula 7 - Caracterização dos compostos de cloreto de hexaminocobalto(III) e cloreto de pentaminoclorocobalto(III)
através de teste de solubilidade e quantificação de cloretos ionizáveis pela técnica de titulação por precipitação.]
- Balança analítica;
- Espátula (2);
- Pêra insufladora;
- Bureta de 25 mL;
- Espátula.
REAGENTES:
- Água destilada;
- Éter etílico;
- Acetona;
- Nitrato de prata;
- Difenilcarbazona;
1. Em 4 tubos de ensaio foi colado uma pequena quantidade da amostra (Uma ponta de espátula)
2. Adicionou-se 1,0mL de diferentes solventes a cada um dos tubos de ensaio sendo estes H20 (TUBO I), Éter (TUBO
II), Acetona (TUBO III)e Etanol (TUBO IV).
3. Observou-se solubilidade parcial no TUBO I, insolubilidade no TUBO II e reações nos TUBOS III E IV.
Caracterizou-se solubilidade, concentração, polaridade e reatividade do complexo de Cobalto como mostrado pela
Figura II
DISCUSSÃO DO EXPERIMENTO I:
Os alunos conseguiram por meio das orientações sintetizar de maneira efetiva o complexo composto pela prática.
Figura I Figura II
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barros, H.L.C.; "Química Inorgânica - Uma Introdução"; Editora UFMG (1992)
JONES, Chris J. A química dos elementos dos blocos d e f. Bookman, Porto Alegre, 2002.
HUHEEY, J. E. Keiter, E. A. e Keiter, R. L. – Inorganic Chemistry, Principles of Structure and Reactivity, 4a edição,
Harper, New York, 1993.
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LEE, J. D. Química Inorgânica: não tão concisa. Tradução da 4a edição inglesa, Ed. Edgar Blucher Ltda, São Paulo,
1996.
OLIVEIRA, Gelson M., Simetria de moléculas e cristais – Fundamentos da espectroscopia vibracional. Bookman, Porto
Alegre, 2009. SHRIVER, D. F. e ATKINS, P. W.