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CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL


 PROCESSAMENTO MECÂNICO DA MADEIRA

Pablo Henrico Miranda Correa


Susy Pereira Pinto
Yanna Thaumaturgo Motta
Yasmin Oliveira Rodrigues

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA


Visita na serraria Índia Porã

RIO BRANCO
2023

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA


Visita na serraria Índia Porã

Relatório de visita técnica,


apresentado à disciplina
Processamento Mecânico da
Madeira, do curso de Engenharia
Florestal, da Universidade Federal
do Acre, referente ao conceito do
2022.2 bimestre, sob a orientação da
professora Keiti Roseani Mendes
Pereira.

RIO BRANCO
2023
 

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
3 AVALIAÇÃO DA VISITA TÉCNICA
4 REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
No dia 06 de fevereiro de 2023 às 14 horas a turma de Processamento
Mecânico da Madeira, do curso de Engenharia Florestal da Universidade
Federal do Acre fez uma visita à serraria Índia Porã. A empresa está localizada
no endereço Rua N 5, 4 C 811, Conjunto Tucumã, Rio Branco – AC.
Madeiras Índia Porã é referência no mercado, são conhecidos pela alta
qualidade em seus produtos e no atendimento ao cliente. Oferecem uma ampla
variedade em madeiras brutas e beneficiadas. A madeira é um material muito
utilizado no segmento da construção civil, podem ser usadas para fundação,
alvenaria e acabamento. Há vários tipos de madeiras, elas apresentam
diferenças em suas cores, texturas, resistência e durabilidade, podem ser
empregados em diversos ambientes de acordo com as suas especificidades
como: Pinus, Cambará, Angelim, Aroeira, Eucalipto, Cedro, Pinho, Cerejeira,
Carvalho, Itaúba, dentre outros. As madeiras e tábuas tem sua utilidade para
construção de decks, escadas, forros, assoalhos, muros, paredes, móveis,
prateleiras, portas, janelas, venezianas e construção de estruturas.

1.1 OBJETIVO
A visita teve como objetivo conhecer o funcionamento na prática de uma
empresa de serragem de madeira, bem como fazer mensurações e analisar os
processos feitos para obter o produto final que é a madeira serrada.

2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


As toras de madeira quando chegam na serraria, são dispostas no pátio e
separadas dependendo da sua qualidade e utilização.
Na figura 1 podemos observar as toras armazenadas no pátio da serraria
Índia Porã.
Figura 1: Toras dispostas no pátio
A primeira etapa do processamento é passar pela serra fita, que tem
como função dar espessura na peça de madeira, é uma ferramenta que possui
uma lâmina contínua de aço, estreita e afiada que realiza cortes rápidos e
precisos na madeira. A serra fita pode ser ajustada para cortar a madeira em
diferentes espessuras e tamanhos, tornando-a uma ferramenta versátil para o
processamento da madeira. A serra fita corta a madeira de modo a deixar
somente a parte que vai ser utilizada, ou seja, retira toda a casca e após isso,
corta a madeira em formato de pranchas. ´
Na figura 2 podemos observar a tora de madeira sendo cortada na serra
fita.
Figura 2: Serra fita utilizada na Índia Porã.

Em seguida, a madeira passa pela serra circular de mesa, que é um


equipamento essencial na serraria, utilizado para cortar madeira em peças
menores, como tacos, ripas, pranchas e painéis. Esse maquinário possui a
função de possibilitar uma largura adequada na peça de madeira, e é uma
ferramenta muito versátil, pois pode ser programada para realizar diferentes
cortes, como cortes retos, curvilíneos ou angulares. A sua principal função é
realizar cortes precisos e uniformes na madeira, com grande rapidez e
eficiência. A serra de mesa é especialmente útil em projetos de carpintaria e
marcenaria que envolvem o corte de tábuas em larguras específicas para a
montagem de móveis, estantes, prateleiras, entre outras estruturas. Por ser
uma ferramenta de grande precisão, a serra circular de mesa é cada vez mais
utilizada em projetos de alta tecnologia, na indústria moveleira, por exemplo.
Na figura 3 podemos observar a peça de madeira sendo cortada pela
serra circular de mesa.
Figura 3: Serra circular de mesa utilizada na Índia Porã.

Após isso, a madeira é levada para a destopadeira, que é uma


ferramenta importante na serraria, com a função de nivelar e aparelhar tábuas
de madeira. A sua principal função é dar o comprimento ideal da peça de
madeira, cortando as arestas da madeira, deixando-as retas e paralelas para
formar uma superfície plana e uniforme. A destopadeira pode ser utilizada para
fazer cortes tanto em madeira verde quanto em madeira seca, com sua lâmina
afiada que remove camadas finas de madeira até obter uma superfície lisa.
Dessa forma, a destopadeira é essencial para preparar a madeira para projetos
de construção, móveis e outras aplicações onde é necessário uma superfície
plana e uniforme.
Na figura 4 observamos o funcionamento da destopadeira.
Figura 4: Destopadeira utilizada na Índia Porã.
Na visita técnica a serraria Índia Porã, foi analisado o tempo produtivo e o
tempo perdido no processamento das toras. Na serraria, o tempo produtivo é
aquele em que a máquina está em funcionamento efetuando operações de
corte e processamento de madeira, sem interrupções desnecessárias. Isso
envolve, por exemplo, o tempo de corte das peças de madeira, de
deslocamento e posicionamento dos troncos e de manutenção preventiva
programada.
Por outro lado, o tempo não produtivo é aquele em que a máquina está
parada ou inativa por algum motivo que não esteja ligado diretamente à
produção. Isso inclui, por exemplo, o tempo de manutenção corretiva (quando a
máquina quebra ou apresenta algum problema), o tempo de preparação de
novas peças de madeira para corte, o tempo de limpeza e organização do
ambiente de trabalho e o tempo de espera por algum insumo ou serviço
externo.
Com isso, para analisar a produtividade da empresa, foi marcado com um
cronometro digital o tempo para realizar o processo e o tempo em que houve
paradas, (troca de serra e viramento das toras). O processamento de uma tora
de Jatobá, levou em média 24:06, sendo apenas 1:00 de tempo perdido. Sendo
assim, o tempo não produtivo foi de 4,17%, e o tempo produtivo foi de 95,8%.
Assim, o tempo não produtivo deve ser minimizado ao máximo em uma
serraria, pois ele representa perda de tempo e de recursos, além de
comprometer a produtividade e a eficiência da empresa. Para isso, é
importante realizar uma gestão eficaz dos processos e recursos da serraria,
garantindo a manutenção correta das máquinas, o planejamento adequado da
produção e a organização do ambiente de trabalho.
Por fim, foi analisado o achatamento e a conicidade de algumas toras
que foram medidas no pátio. O Achatamento e a conicidade são características
que podem estar presentes no processamento de toras de madeira em
serrarias. O achatamento é uma variação na seção transversal da tora, em que
a parte superior é achatada e a base é mais arredondada. Isso pode ocorrer
por diversos motivos, como a forma de corte da tora, a pressão e a velocidade
da lâmina da serra, o desalinhamento da tora ao longo do corte, entre outros. O
achatamento pode ser prejudicial à qualidade da madeira, pois afeta a
estabilidade e a resistência das peças que serão produzidas a partir dela. A
conicidade, por outro lado, é uma característica em que a tora apresenta uma
variação de diâmetro ao longo do seu comprimento, em que a base é mais
larga do que a parte superior. Isso pode ocorrer naturalmente nas toras, devido
à posição em que cresceu a árvore, mas também pode ser acentuado durante
o processamento, se a tora não for alinhada corretamente em relação à lâmina
da serra. A conicidade também pode prejudicar a qualidade da madeira, pois
as peças produzidas a partir dela terão dimensões variáveis e podem
apresentar problemas durante a construção. É importante que a serraria adote
técnicas e equipamentos adequados para minimizar o achatamento e a
conicidade nas toras, garantindo a qualidade e a uniformidade da madeira
produzida. Isso pode incluir o uso de serras e lâminas específicas, a aplicação
de técnicas de alinhamento e equilíbrio de toras, e a capacitação e treinamento
dos operadores de máquinas.
Na figura 5 podemos observar a prática de coleta de dados para realizar
os cálculos de achatamento e conicidade.
Figura 5: Medição das toras.
De acordo com a atividade realizada foi possível verificar que as 5
espécies escolhidas do pátio estavam dentro das classes de qualidade ideais.
Que varia entre achatamento entre 70% e superior a 90%. Bem como a
conicidade que precisa ter valores menores que 4% de conicidade. As toras
escolhidas estavam dentro das classes de qualidade consideradas boas e
próprias para utilização adequada.
O uso de equipamentos de segurança é fundamental em todas as
atividades realizadas em uma serraria, devido aos inúmeros riscos a que os
trabalhadores estão expostos. Alguns dos equipamentos mais importantes para
garantir a segurança na serraria incluem: capacetes, protetores auriculares,
óculos de segurança, máscara de proteção respiratória, botas e luvas de
segurança.

3 AVALIAÇÃO DA VISITA TÉCNICA 

A visita técnica foi fundamental para entendermos na prática como é o


funcionamento de uma serraria, observar o processamento das toras desde a
sua disposição no pátio até o produto final e atentar ao funcionamento das
máquinas. Foi observado que a maioria dos colaboradores estavam usando
devidamente os equipamentos de segurança, é um ponto importante que a
serraria proporcione o treinamento adequado para o uso desses equipamentos,
bem como para a identificação e a prevenção de acidentes. Além disso, é
importante que a serraria estabeleça uma cultura de segurança para garantir
que os trabalhadores usem os equipamentos corretamente e se mantenham
seguros durante todo o processo de trabalho.
A serraria gera muito resíduo, como pó de serra, destopo e cavaco,
porém, são utilizados para geração de energia na caldeira. A gestão de
resíduos de muito importante, pois são prejudiciais ao meio ambiente caso não
sejam descartados corretamente, com isso, a serraria deve estar em
conformidade com as leis e regulamentações ambientais locais.

REFERÊNCIAS

https://applocal.com.br/empresa/madeiras-india-pora/rio-branco/ac/9929526

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