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Universidade Estadual de Goiás

Campus: Nordeste
Historia 3° semestre
Disciplina: Temas de Historia da África
Professor: Álvaro Ribeiro
Discente: Fernando Moreira Dos Santos Da Costa.
Resumo estendido: Porque ensinar sobre racismo no Brasil de hoje?

Máscara branca, o racismo epistemológico no fazer pedagógico.


Por séculos, há uma crescente negação da filosofia africana, por parte dos
ocidentais. Essa construção pejorativa de desvalorização deixou como herdeiro o
currículo escolar brasileiro, do qual, grande parte dos livros didáticos nega a filosofia
africana e seu legado. Portanto, é de suma importância revalidar, e colocar em prática
políticas educacionais que proponham o diálogo com a africanidade no âmbito
educacional, tendo em vista que, o berço da filosofia é a África, da qual, todos partilham
o mesmo gênesis. Logo, é de grande relevância ensinar sobre racismo no Brasil de hoje.

Desse modo, ao defrontar-se, com o racismo, ainda, muitos educadores fazem-se,


de desentendidos. Há um silêncio sepulcral que envolve as questões raciais. O fazer
pedagógico personifica-se, em uma espécie de liturgia na qual, suas raízes, estão tão
profundas que, poucos empenham-se, em desenterra-las, e combatê-las. Por isso, a
discriminação racial estruturou-se, no Brasil, em particular no âmbito da educação. O
sistema que, deveria ser libertador, tornou-se, pouco a pouco um mecanismo de opressão
e negação à africanidade.

Sendo assim, Fanon , trabalha este conceito, lutando contra o racismo, buscando
motivar o negro à criticidade. “O que nós queremos é ajudar o negro a se libertar do seu
arsenal de complexos germinados no seio da situação colonial” (Fanon, 2008, p. 44).
Basicamente, um processo de epidermização foi encucado, no imaginário coletivo, no
qual, o negro sente-se, coagido a agir como branco, pensar e defender causas brancas,
mesmo sendo negro. Logo, é necessário, tomar consciência de si próprio, orgulhar-se, de
ser célula da negritude. Evidenciando, dessa maneira , consciência para o desencadear de
resistência e ação nas dimensões sociais.

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Em suma, faz-se, fundamental, traçar um embate inteligente contra o racismo e
suas implicações. Racismo este, que está espelhado nas múltiplas esferas cotidianas. Seja
no âmbito educacional, do fazer pedagógico ou até mesmo nos campos político, social,
cultural e religioso. Logo, apenas criação de leis, não bastariam para dar fim a este mal.
Entretanto, ações em conjunto, que objetivem mudar o currículo escolar brasileiro,
derrubando a máscara branca, seriam de grande valia neste contexto de assegurar ao corpo
Discente, direitos humanos, e um percurso educacional mais amplo e diverso.

Palavras chaves: Escola, África, Racismo , Ensino de História.

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Referência bibliográficas:

ÁLVARO. R. REGIANE, KÊNIA ÉRIKA. G. MEDEIROS. Negação da filosofia


africana no currículo escolar : Origens e desafios.

COSTA BERNARDINO JOAZE. Frantz Fanon's prayer: O my body, make of me


always a man who questions!, 2007.

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