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RESUMO ................................................................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
2.4. SINTOMATOLOGIA......................................................................................................... 6
2.8. PREVENÇÃO................................................................................................................... 10
5. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 13
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RESUMO
A sarna sarcóptica ou escabiose canina é uma dermatose parasitária, causada pelo ácaro
Sarcoptes scabiei var. canis pertencentes à família Sarcoptidae. Dentre as enfermidades
tegumentares que acometem os cães, a sarna sarcóptica é de extrema importância, não só pelo
número de ocorrência, mas principalmente pelo seu potencial zoonótico. É uma doença
cosmopolita, não sazonal e altamente contagiosa.
1. INTRODUÇÃO
A pele é o maior órgão do corpo e funciona como uma barreira entre o animal e o meio
ambiente, fornecendo proteção contra lesão física, química e microbiológica; é formada pela
epiderme, derme e hipoderme (FARIAS, 2007).
As dermatopatias podem ser causadas por uma série de fatores, dentre eles as infecções
parasitárias causadas por carrapatos, pulgas, miíases, piolhos, ácaros, entre outros (WHITE;
KWOCHKA, 2003). Estas são enfermidades cosmopolitas que representam aproximadamente
30% do total de casos atendidos em hospitais e clínicas veterinárias de animais de companhia
(GAMITO, 2008).
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. ETIOLOGIA
A sarna sarcóptica é causada por diferentes variedades de Sarcoptes scabiei, que recebem
a denominação conforme o hospedeiro que estão parasitando (RIET-CORREA et al., 2007).
Em cães é causada pelo Sarcoptes scabiei var. canis. É uma dermatite altamente
contagiosa, não-sazonal, embora com característica razoavelmente hospedeiro-específica, o
ácaro pode infectar gatos, raposas e humanos (PINCHBECK; HILLIER, 2008).
O S. scabiei var. canis é um parasita obrigatório e completa todo o seu ciclo vital, em
torno de 3 semanas, no hospedeiro (NOLI, 2002).
2.2. PATOGENIA
Os ácaros são atraídos pelo odor e por estímulos térmicos do hospedeiro. Quando uma
fêmea fertilizada encontra uma área satisfatória na pele, ela cava uma galeria no extrato córneo,
no qual se alimenta e deposita seus ovos.
Os ovos eclodem e as larvas se movem para a superfície, onde ocorre a muda para ninfa
e adulto. A cópula ocorre na superfície ou nos túneis da pele. Os ovos se desenvolvem até
adultos em 10 a 21 dias (BRUM et al., 2007).
Os machos saem de sua galeria e vão até a superfície atrás das fêmeas púberes, sendo
que, logo após o acasalamento estes morrem. O ciclo evolutivo do ovo da fêmea envolve de
dez a quatorze dias e esses parasitos alimentam-se de queratina e líquido do tecido do cão,
denominado linfa, conforme citam Guimarães et al. (2001).
Segundo Wall; Shearer (2001) a doença geralmente atinge animais mais debilitados e
seu período de incubação é de uma a duas semanas no cão.
Tal patogenia ocorre principalmente em cães com menos de um ano de idade, mas não
se pode descartar o envolvimento de fatores imunológicos e não há predisposição sexual ou
racial (GRIFFIN, 1993; BRUM, 2007).
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Os sinais clínicos e os sintomas da sarna sarcóptica descritos por Fourie et al. (2007),
incluem a presença de crostas, alopecia, escoriações, hiperemia e prurido bem acentuado. As
crostas acometem mais a região da face (principalmente as bordas das orelhas), cotovelos,
jarretes e os dígitos.
2.4. SINTOMATOLOGIA
Os sintomas incluem uma erupção cutânea que provoca coceira intensa acompanhada de
pequenos nódulos (bolinhas) vermelhos e túneis que têm a aparência de linhas finas, onduladas,
brancas ou acinzentadas. As erupções e os túneis aparecem, geralmente, entre os dedos das
mãos, ao redor dos pulsos e cotovelos, nas axilas e ao redor da cintura, embora a escabiose
possa também se localizar em outras áreas do corpo. Em bebês e crianças pequenas, as regiões
da cabeça, pescoço, palmas das mãos e solas dos pés também podem ser afetadas.
A erupção provoca muita coceira, em especial à noite. A coceira pode ser causada por
uma reação alérgica ao ácaro, a seus ovos ou dejetos. Os ácaros não são por si só perigosos,
mas as pessoas ao se coçarem podem provocar o aparecimento de infecções secundárias por
bactérias, que às vezes são perigosas.
Os sintomas da escabiose podem ocorrer entre duas e seis semanas após o contato com
uma pessoa infestada ou com seus objetos pessoais. As pessoas que já tiveram escabiose no
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passado poderão desenvolver os sintomas poucos dias após a exposição porque já foram
sensibilizadas pelos ácaros. Seus sintomas poderão também ser mais leves.
Os sintomas da sarna humana surgem habitualmente entre três a quatro dias após o
contágio e podem prolongar-se durante várias semanas.
2.5. TRANSMISSÃO
A transmissão da sarna sarcóptica se dá, principalmente, por contato direto entre o animal
infectado e o sadio. Entretanto, a superlotação e o ambiente contaminado aumentam a
disseminação (ALBUQUERQUE & MATOS, 2018; CASTRO E ZIMERMANN, 2016;
FERRARI, et al, 2018).
A escabiose é transmitida pelo contato direto da pele com a pele de uma pessoa infestada
por carrapatos ou pelo contato da pele com as roupas pessoais ou de cama de pessoas infestadas.
A exposição é mais comum em casas de repouso, asilos de velhos, hospitais e creches.
A escabiose também pode ser transmitida no ambiente domiciliar e por contato sexual.
Os ácaros podem se enterrar sob a pele em alguns minutos. A transmissão pode ocorrer durante
todo o período da infestação e até que todos os ácaros e seus ovos tenham sido destruídos por
tratamento.
2.6. DIAGNÓSTICO
2.6.1. Clínico
Se suspeitar de uma infestação por ácaros, procure seu provedor de serviços da saúde.
Ele/ela poderá diagnosticar a escabiose ao examinar os túneis ou a erupção e poderá também
obter um raspado da pele para procurar os ácaros, seus ovos ou fezes.
2.6.2. Laboratorial
Muitas vezes, e apesar do animal ser portador, o ácaro não é encontrado no exame
referido. Este fato não deve ser suficiente para excluir a doença dos diagnósticos possíveis
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(PICCININ et al., 2008) pois, segundo Noli (2002), o número de ácaros em relação à área de
pele atingida é pequeno, o que faz com que muitas amostras de raspagem sejam negativas.
2.7. TRATAMENTO
Para o tratamento da escabiose, o médico poderá receitar uma loção apropriada para ser
aplicada à pele. Existem vários tipos de loções no mercado que devem ser aplicadas conforme
as instruções fornecidas. Poderá ser receitado um segundo tratamento 7 a 10 dias após os
primeiro, conforme o tipo de loção aplicada e a intensidade da infestação.
A erupção e o prurido poderão continuar por algum tempo após o tratamento, mas isto
não significa que o tratamento não funcionou. Esses sintomas podem perdurar várias semanas
após o tratamento. O médico poderá receitar um medicamento para aliviar a coceira.
Todos os objetos que não podem ser lavados, como brinquedos de pelúcia e travesseiros,
devem ser mantidos em sacos plásticos bem fechados durante 14 dias antes de usá-los
novamente. Isto acarretará a morte de todos os ácaros que estejam nesses objetos. Os carpetes
e móveis estofados devem ser limpos cuidadosamente com aspirador de pó.
Resumindo:
2.8. PREVENÇÃO
Evite o contato direto da pele com a pele de qualquer pessoa que recebeu recentemente
um diagnóstico de escabiose e não use as roupas pessoais, roupas de cama ou toalhas dela. As
crianças que receberam diagnóstico de escabiose não devem voltar à escola até serem tratadas.
2.9. MORFOLOGIA
Por outro lado, o idiossoma é a maior porção do corpo do animal. Daí emergem as pernas,
organizadas em quatro pares. Dois pares são orientados para a região anterior e os outros dois
para a região posterior.
É importante mencionar que as pernas da frente são muito mais desenvolvidas que as
traseiras. As fêmeas têm ventosas nos pares de pernas 1 e 2, enquanto os machos têm ventosas
nos pares 1, 2 e 4.
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3. CICLO EVOLUTIVO
Como esse ácaro tem um desenvolvimento indireto, ao longo de todo o seu ciclo de vida,
possui várias etapas, que são: ovo, larva, ninfa e, finalmente, um indivíduo adulto.
Todo o ciclo biológico ocorre em seu único hospedeiro, o ser humano. Como é sabido,
este é um parasita que é depositado nas camadas da pele e, portanto, está lá, especificamente,
onde causa estragos.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sarna sarcóptica é uma realidade em todo o Brasil, especialmente por ser uma doença
de fácil contágio, inclusive para os humanos. Na rotina da clínica de pequenos animais,
percebe-se que, na maioria das vezes o proprietário é portador de lesões compatíveis com a
sarna sarcóptica e que estas, se não tratadas adequadamente não resolvem-se sozinhas.
Devido a isso, torna-se importante prevenir e evitar o seu aparecimento, além de controlá-
la para reduzir a prevalência.
Animais debilitados e com menos de um ano de idade são os mais suscetíveis, assim
como os cães com raça definida e pêlos longos. A melhor forma de diagnosticar a doença nos
cães, é somando-se os dados da anamnese, que deve ser bem minuciosa, ao exame clínico geral,
juntamente ao exame microscópico e o exame do reflexo otopodal. Quando ainda existir
dúvida, pode-se tentar o diagnóstico terapêutico.
5. BIBLIOGRAFIA
ANDRADE Silvia Franco Andrade; Ellen Tanoue; Fabiana Pires Alves; Marconi
Rodrigues de Farias Colloquium Agrariae, v.1, n.1, set. 2005, p. 25-28.