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Índice

RESUMO ................................................................................................................................... 2

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3

2. REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................. 4

2.1. ETIOLOGIA ....................................................................................................................... 4

2.2. PATOGENIA ...................................................................................................................... 5

2.3. SINAIS CLÍNICOS ............................................................................................................ 6

2.4. SINTOMATOLOGIA......................................................................................................... 6

2.5. TRANSMISSÃO ................................................................................................................ 7

2.6. DIAGNÓSTICO ................................................................................................................. 8

2.6.1. Clínico .............................................................................................................................. 8

2.6.2. Laboratorial ...................................................................................................................... 8

2.7. TRATAMENTO ................................................................................................................. 9

2.8. PREVENÇÃO................................................................................................................... 10

2.9. MORFOLOGIA ................................................................................................................ 10

3. CICLO EVOLUTIVO ...................................................................................................... 11

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 12

5. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 13
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RESUMO

A sarna sarcóptica ou escabiose canina é uma dermatose parasitária, causada pelo ácaro
Sarcoptes scabiei var. canis pertencentes à família Sarcoptidae. Dentre as enfermidades
tegumentares que acometem os cães, a sarna sarcóptica é de extrema importância, não só pelo
número de ocorrência, mas principalmente pelo seu potencial zoonótico. É uma doença
cosmopolita, não sazonal e altamente contagiosa.

Causa intenso prurido e desconforto ao animal e gera muitas vezes constrangimento e


vergonha por parte do proprietário, por ser uma doença estigmatizada pela população. A
melhora no aspecto clínico do animal é visível alguns dias após o início do tratamento, porém
deve ser feito o diagnóstico diferencial de outras dermatopatias pruriginosas, principalmente
as dermatites alérgicas. Esta revisão de literatura aborda a perspectiva clínica da sarna
sarcóptica em Mocambique.
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1. INTRODUÇÃO

A pele é o maior órgão do corpo e funciona como uma barreira entre o animal e o meio
ambiente, fornecendo proteção contra lesão física, química e microbiológica; é formada pela
epiderme, derme e hipoderme (FARIAS, 2007).

As dermatopatias podem ser causadas por uma série de fatores, dentre eles as infecções
parasitárias causadas por carrapatos, pulgas, miíases, piolhos, ácaros, entre outros (WHITE;
KWOCHKA, 2003). Estas são enfermidades cosmopolitas que representam aproximadamente
30% do total de casos atendidos em hospitais e clínicas veterinárias de animais de companhia
(GAMITO, 2008).

Ectoparasitose é um diagnóstico diferencial para todos os pacientes veterinários que


apresentam uma causa primária ou sinais clínicos sugestivos de prurido (PINCHBECK;
HILLIER, 2008). Prurido é uma das queixas mais comuns dos proprietários na clínica de
pequenos animais e pode ser subjetivamente definido como a sensação que promove o desejo
de coçar, ou a sensação incômoda de irritação na pele (IHRKE, 1997).

A sarna sarcóptica, também chamada de escabiose, é uma designação relacionada a um


tipo de doença e muito frequente na pele do animal, caracterizando-se como uma dermatose
ocasionada pela presença de ácaros. A infestação manifesta-se com prurido intenso na pele,
formando crostas hemorrágicas, perda de pêlos e provocando o aparecimento de feridas
(PICCININ et al., 2008).

O objetivo deste trabalho é revisar a literatura acerca da escabiose canina em


Moçambique.
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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. ETIOLOGIA

A sarna sarcóptica é causada por diferentes variedades de Sarcoptes scabiei, que recebem
a denominação conforme o hospedeiro que estão parasitando (RIET-CORREA et al., 2007).

Em cães é causada pelo Sarcoptes scabiei var. canis. É uma dermatite altamente
contagiosa, não-sazonal, embora com característica razoavelmente hospedeiro-específica, o
ácaro pode infectar gatos, raposas e humanos (PINCHBECK; HILLIER, 2008).

O S. scabiei var. canis é um parasita obrigatório e completa todo o seu ciclo vital, em
torno de 3 semanas, no hospedeiro (NOLI, 2002).

O ácaro adulto é microscópico, com formato grosseiramente circular. É caracterizado por


dois pares de membros curtos na posição anterior, que exibem suportes não-articulados com
sugadores, e dois pares de membros posteriores rudimentares, que não se estendem além da
margem do corpo (PINCHBECK; HILLIER, 2008).

Figura 1- Sarcoptes Scabiei

O Sarcoptes scabiei é um parasita que infesta a camada externa da epiderme, conhecida


como camada córnea, e sobrevive em torno de 48 horas no ambiente, no entanto, o tempo
estimado vai de 24 a 36 horas, à temperatura ambiente de 21ºC. Quanto maior for o tempo e
menor a temperatura fora do hospedeiro, menor será a probabilidade de contágio do ácaro em
outro corpo. (KASPER, 2017; WALTON & CURRIE, 2007).
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2.2. PATOGENIA

Os ácaros são atraídos pelo odor e por estímulos térmicos do hospedeiro. Quando uma
fêmea fertilizada encontra uma área satisfatória na pele, ela cava uma galeria no extrato córneo,
no qual se alimenta e deposita seus ovos.

Os ovos eclodem e as larvas se movem para a superfície, onde ocorre a muda para ninfa
e adulto. A cópula ocorre na superfície ou nos túneis da pele. Os ovos se desenvolvem até
adultos em 10 a 21 dias (BRUM et al., 2007).

Durante a escavação, as fêmeas ficam aderidas no hospedeiro através de suas ventosas,


sabendo surge a ninfa octópode (oito patas), e seguido dois dias, as ninfas transformam-se em
adultos (GUIMARÃES et al., 2001).

Os machos saem de sua galeria e vão até a superfície atrás das fêmeas púberes, sendo
que, logo após o acasalamento estes morrem. O ciclo evolutivo do ovo da fêmea envolve de
dez a quatorze dias e esses parasitos alimentam-se de queratina e líquido do tecido do cão,
denominado linfa, conforme citam Guimarães et al. (2001).

Como os machos morrem após o acasalamento, a sarna sarcóptica é dispersada


principalmente pelas fêmeas fecundadas (GAMITO, 2009). Embora os ácaros da escabiose
vivam em camadas superficiais da pele, o antígeno desses ácaros pode alcançar a epiderme e a
derme e induzir uma resposta imune celular e humoral (PINCHBECK; HILLIER, 2008).

Muitos cães, desenvolvem uma reação de hipersensibilidade aos antígenos de S. scabiei,


sendo que a presença de 10 a 15 ácaros é suficiente para originar sinais clínicos severos num
indivíduo hipersensível. Os ácaros, seus resíduos e excrementos são os responsáveis pelas
reações de hipersensibilidade que levam ao prurido (FOURIE et al., 2007).

A escabiose é altamente contagiosa e transmitida principalmente por contato direto com


um animal infectado. Pode haver transmissão por fômites e pele infectada de animais por meio
de contato com material de higienização ou em canis (PINCHBECK; HILLIER, 2008).

Segundo Wall; Shearer (2001) a doença geralmente atinge animais mais debilitados e
seu período de incubação é de uma a duas semanas no cão.

Tal patogenia ocorre principalmente em cães com menos de um ano de idade, mas não
se pode descartar o envolvimento de fatores imunológicos e não há predisposição sexual ou
racial (GRIFFIN, 1993; BRUM, 2007).
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2.3. SINAIS CLÍNICOS

Os sinais clínicos e os sintomas da sarna sarcóptica descritos por Fourie et al. (2007),
incluem a presença de crostas, alopecia, escoriações, hiperemia e prurido bem acentuado. As
crostas acometem mais a região da face (principalmente as bordas das orelhas), cotovelos,
jarretes e os dígitos.

O padrão de distribuição tipicamente envolve as porções ventrais do abdômen, tórax e


patas, a doença dissemina-se rapidamente e pode envolver todo o corpo, mas o dorso
geralmente é poupado, conforme a figura 1.

Com o tempo, auto-recriações resultam em alopecia irregular localizada a disseminada e


evoluem para dermatite papulocrostosa generalizada. Hiperpigmentação e liquenificação são
as lesões predominantes nos casos crônicos, em razão da automutilação constante nas áreas
infectadas do corpo (PINCHBECK; HILLIER, 2008).

Os animais acometidos crônica e gravemente podem desenvolver anorexia, perda de peso


e piodermite bacteriana secundária (BRUM et al., 2007). Existem casos de sarna sarcóptica
subclínica, caracterizada principalmente por um quadro pruriginoso sem lesões cutâneas ou
apenas por eritema moderado e escoriações ocasionais. Deve se ter atenção a estes animais que
podem transmitir a doença (GAMITO, 2009).

2.4. SINTOMATOLOGIA

Os sintomas incluem uma erupção cutânea que provoca coceira intensa acompanhada de
pequenos nódulos (bolinhas) vermelhos e túneis que têm a aparência de linhas finas, onduladas,
brancas ou acinzentadas. As erupções e os túneis aparecem, geralmente, entre os dedos das
mãos, ao redor dos pulsos e cotovelos, nas axilas e ao redor da cintura, embora a escabiose
possa também se localizar em outras áreas do corpo. Em bebês e crianças pequenas, as regiões
da cabeça, pescoço, palmas das mãos e solas dos pés também podem ser afetadas.

A erupção provoca muita coceira, em especial à noite. A coceira pode ser causada por
uma reação alérgica ao ácaro, a seus ovos ou dejetos. Os ácaros não são por si só perigosos,
mas as pessoas ao se coçarem podem provocar o aparecimento de infecções secundárias por
bactérias, que às vezes são perigosas.

Os sintomas da escabiose podem ocorrer entre duas e seis semanas após o contato com
uma pessoa infestada ou com seus objetos pessoais. As pessoas que já tiveram escabiose no
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passado poderão desenvolver os sintomas poucos dias após a exposição porque já foram
sensibilizadas pelos ácaros. Seus sintomas poderão também ser mais leves.

Os sintomas da sarna humana surgem habitualmente entre três a quatro dias após o
contágio e podem prolongar-se durante várias semanas.

➢ Comichão ou prurido, sobretudo à noite.


➢ Erupções cutâneas/Pápulas (semelhantes a picadas) em zonas sugestivas do corpo,
sobretudo entre os dedos, nas mãos, axilas, seios, nádegas, genitais e abdómen. Nas
crianças mais novas e nos bebés, podem atingir outras zonas, como a cabeça, as palmas
das mãos e as plantas dos pés.
➢ Descamação e crostas - A sarna crostosa ou norueguesa, a forma mais grave e rara de
escabiose, corresponde a uma Hiper infestação por Sarcoptes scabie e atinge
essencialmente pessoas com doenças que comprometem o sistema imunitário.

2.5. TRANSMISSÃO

A transmissão da sarna sarcóptica se dá, principalmente, por contato direto entre o animal
infectado e o sadio. Entretanto, a superlotação e o ambiente contaminado aumentam a
disseminação (ALBUQUERQUE & MATOS, 2018; CASTRO E ZIMERMANN, 2016;
FERRARI, et al, 2018).

O sinal clínico mais comum da sarna sarcóptica é o prurido, pela reação de


hipersensibilidade às excreções do ácaro (NÓBREGA, 2018). No entanto, outros sinais como
a descamação na pele, hiperemia, crostas, alopecias (principalmente em região ventral, axilar,
focinho, orelhas e patas), alta produtividade de gordura, criando aspecto de odor rançoso

Fonte- FREITAS, 2011.


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Figura 2- Lesão da sarna sarcóptica em pata de cão

A escabiose é transmitida pelo contato direto da pele com a pele de uma pessoa infestada
por carrapatos ou pelo contato da pele com as roupas pessoais ou de cama de pessoas infestadas.
A exposição é mais comum em casas de repouso, asilos de velhos, hospitais e creches.

A escabiose também pode ser transmitida no ambiente domiciliar e por contato sexual.
Os ácaros podem se enterrar sob a pele em alguns minutos. A transmissão pode ocorrer durante
todo o período da infestação e até que todos os ácaros e seus ovos tenham sido destruídos por
tratamento.

2.6. DIAGNÓSTICO

2.6.1. Clínico

Se suspeitar de uma infestação por ácaros, procure seu provedor de serviços da saúde.
Ele/ela poderá diagnosticar a escabiose ao examinar os túneis ou a erupção e poderá também
obter um raspado da pele para procurar os ácaros, seus ovos ou fezes.

O diagnóstico baseia-se na história clínica de prurido intenso em áreas normalmente


acometidas, no contato com animal infectado e ao tratamento pouco responsivo com
glicocorticóides (BRUM et al., 2007).

➢ Exame direto-raspado pele.


➢ Dermatoscopia-visualizar ácaros.
➢ Histologia.

2.6.2. Laboratorial

O método laboratorial de eleição para se estabelecer o diagnóstico definitivo é a


observação microscópica dos ácaros adultos ou dos seus ovos em amostras resultantes da
raspagem cutânea superficial das lesões.

As raspagens são realizadas na direção de crescimento do pêlo, até se observar um ligeiro


sangramento capilar, deve-se usar uma substância oleosa (ex. óleo mineral) na lâmina do bisturi
e na pele (GAMITO, 2009).

Muitas vezes, e apesar do animal ser portador, o ácaro não é encontrado no exame
referido. Este fato não deve ser suficiente para excluir a doença dos diagnósticos possíveis
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(PICCININ et al., 2008) pois, segundo Noli (2002), o número de ácaros em relação à área de
pele atingida é pequeno, o que faz com que muitas amostras de raspagem sejam negativas.

O aparecimento simultâneo de vários animais com o mesmo problema ajuda a limitar as


possibilidades de diagnóstico. Outras dermatoses parasitárias ou alérgicas devem incluir-se no
diagnóstico diferencial (PICCININ, et al., 2008).

➢ PCR-Reação da cadeia da polimerase.

2.7. TRATAMENTO

Para o tratamento da escabiose, o médico poderá receitar uma loção apropriada para ser
aplicada à pele. Existem vários tipos de loções no mercado que devem ser aplicadas conforme
as instruções fornecidas. Poderá ser receitado um segundo tratamento 7 a 10 dias após os
primeiro, conforme o tipo de loção aplicada e a intensidade da infestação.

O médico poderá optar pelo tratamento de todos os membros do domicílio ao mesmo


tempo, para evitar a transmissão e reinfestação.

A erupção e o prurido poderão continuar por algum tempo após o tratamento, mas isto
não significa que o tratamento não funcionou. Esses sintomas podem perdurar várias semanas
após o tratamento. O médico poderá receitar um medicamento para aliviar a coceira.

Todas as roupas, especialmente as roupas de baixo e de dormir, as roupas de cama e


toalhas que estiveram em contato com a pele da pessoa infestada nas últimas 48 horas antes do
tratamento devem ser lavadas em máquina de lavar roupas, com água quente e detergente, e
secadas em secadora com ar quente.

Todos os objetos que não podem ser lavados, como brinquedos de pelúcia e travesseiros,
devem ser mantidos em sacos plásticos bem fechados durante 14 dias antes de usá-los
novamente. Isto acarretará a morte de todos os ácaros que estejam nesses objetos. Os carpetes
e móveis estofados devem ser limpos cuidadosamente com aspirador de pó.

Verifique se seus amigos/colegas, familiares/pessoas que vivem no mesmo domicílio ou


parceiros sexuais demonstram sinais da infestação. Aqueles que tiveram contato direto, pele
contra pele, deverão ser tratados para prevenir o desenvolvimento da escabiose.

Resumindo:

• Tratar todos os moradores da casa.


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• Imunossuprimidos devem repetir o tratamento em 1 semana.


• Tratamento tópico: passar em todo o corpo de noite e lavar de manhã.
• Permetrinacreme/loção 5%: por 2 dias.
• Enxofre precipitado/ mossulfiram/ Benzoatode benzila: por 4 dias.
• Ivermectina3mg/comprimido: Adultos e crianças acima 5 anos. Dose única
200micrograma/Kg.
• Anti-histamínicos/antibióticos.
• Sarna nodular: Corticóidetópico/ injetável.
• Sarna crostrosa: queratolíticos-Ácido salicílico 5% em petrolato.

2.8. PREVENÇÃO

Evite o contato direto da pele com a pele de qualquer pessoa que recebeu recentemente
um diagnóstico de escabiose e não use as roupas pessoais, roupas de cama ou toalhas dela. As
crianças que receberam diagnóstico de escabiose não devem voltar à escola até serem tratadas.

2.9. MORFOLOGIA

Sarcoptes scabiei é um parasita extremamente pequeno, cujos indivíduos adultos têm


entre 0,3 e 0,5 mm de comprimento. Como em muitas espécies animais, as fêmeas são
geralmente maiores que os machos.

O corpo é globular na aparência e é composto de duas áreas ou zonas: gnatosoma e


idiossoma. Em sua superfície dorsal, elementos como espinhos, sulcos transversais, cerdas e
escamas podem ser vistos.

O gnatosoma corresponde ao que seria a cabeça. Lá você pode ver as chamadas


quelíceras, que são apêndices em forma de grampo que são fornecidos com dentes.

Por outro lado, o idiossoma é a maior porção do corpo do animal. Daí emergem as pernas,
organizadas em quatro pares. Dois pares são orientados para a região anterior e os outros dois
para a região posterior.

É importante mencionar que as pernas da frente são muito mais desenvolvidas que as
traseiras. As fêmeas têm ventosas nos pares de pernas 1 e 2, enquanto os machos têm ventosas
nos pares 1, 2 e 4.
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Da mesma forma, também existem diferenças em relação à localização do poro genital.


No caso dos homens, está localizado atrás do par 4 de pernas, enquanto nas mulheres está
localizado entre os pares 2 e 3.

3. CICLO EVOLUTIVO

Como esse ácaro tem um desenvolvimento indireto, ao longo de todo o seu ciclo de vida,
possui várias etapas, que são: ovo, larva, ninfa e, finalmente, um indivíduo adulto.

Todo o ciclo biológico ocorre em seu único hospedeiro, o ser humano. Como é sabido,
este é um parasita que é depositado nas camadas da pele e, portanto, está lá, especificamente,
onde causa estragos.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sarna sarcóptica é uma realidade em todo o Brasil, especialmente por ser uma doença
de fácil contágio, inclusive para os humanos. Na rotina da clínica de pequenos animais,
percebe-se que, na maioria das vezes o proprietário é portador de lesões compatíveis com a
sarna sarcóptica e que estas, se não tratadas adequadamente não resolvem-se sozinhas.

Devido a isso, torna-se importante prevenir e evitar o seu aparecimento, além de controlá-
la para reduzir a prevalência.

Animais debilitados e com menos de um ano de idade são os mais suscetíveis, assim
como os cães com raça definida e pêlos longos. A melhor forma de diagnosticar a doença nos
cães, é somando-se os dados da anamnese, que deve ser bem minuciosa, ao exame clínico geral,
juntamente ao exame microscópico e o exame do reflexo otopodal. Quando ainda existir
dúvida, pode-se tentar o diagnóstico terapêutico.

Atualmente, existem diversas formas de tratamento para a doença, porém as mais


empregadas e com resultados mais rápidos e eficazes são as terapias sistêmicas, empregadas
por via subcutânea, via oral ou via tópica, dependendo do medicamento a ser utilizado,
associado a banhos semanais com xampu anti-sépticos para evitar a contaminação secundária,
até a resolução total das lesões.
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5. BIBLIOGRAFIA

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