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Na fase do apelo humano (A) o profissional não frustra o paciente, responde às necessidades
como um humano, mas sim somo um objeto de estudo. Relações afetivas em segundo plano.
estabelecidos. Há integração entre as fases (A) e (B), isso faz com que o profissional considere
O modelo que enfoca a distância psicológica (que existe entre duas pessoas e que se
terapêutica.
científico, o profissional já não considera o enfermo como uma pessoa, senão como um
considerá-lo não só como um caso, mas como uma pessoa que sofre, com uma
enfermidade determinada, havendo então a integração dos elementos das fases (A) e
(NOTO, 1984). Outros mecanismos que podem surgir são: a construção de uma couraça
BALINT (1988), em sua obra, deu ênfase à "aliança terapêutica" que deve existir
no vínculo profissional-paciente, como propulsora de um bom atendimento.
Conforme o autor, a técnica, por mais aprimorada que seja, tenderá a ser ou
inócua ou alienante, se não for veiculada por uma boa relação
profissional-paciente. Para que haja essa boa relação, é necessária atenção aos
elementos que a compõem
As transferências positivas remetem à infância, dirigida para pais bons. Esses pacientes veem
o profissional como um ser onipotente, confiando nele, assim como confiavam em seus pais.
apegado e dependente.
seu paciente e em relação à sua própria vivência infantil.” (JEAMMET et al, 1989)
O futuro médico deve compreender que o paciente, pela condição em que se encontra, idealiza
muito a figura do médico (como um demiurgo). O indivíduo que demanda cuidados traz ao
encontro com o médico uma série de expectativas e fantasias quanto à figura deste e quanto ao
desenvolvimento da consulta. Tais fatores, conforme veremos adiante, poderão contribuir para a
ocorrência de iatrogenias.
Deve-se dar a importância devida aos fenômenos contidos em toda relação médico-paciente, os
quais são estudados por alunos de Medicina mormente na disciplina de Psicologia Médica
(transferência, contratransferência e mecanismos de defesa negação, projeção,
racionalização, repressão). Nesse sentido, determinados modelos de relação médico-paciente
permitem que as iatrogenias aconteçam com mais facilidade. Um bom exemplo é o da medicina
de urgência, onde por vezes o paciente está tão debilitado, que a relação é por si só
assimétrica. Este paciente pouco participa da relação (paciente passivo, submisso), e o
profissional assume uma posição de superioridade, sem consultar o paciente para qualquer
procedimento. Quando o paciente "desperta" para a situação, mesmo sabendo que
determinados procedimentos eram cruciais naquele momento, pois visavam sua sobrevivência,
pode ser difícil admiti-la. É o caso dos pacientes vítimas de traumatismos que tiveram de ser
submetidos a uma traqueotomia, por exemplo.
O paciente crônico, que percorre vários profissionais a fim de obter um diagnóstico "seguro"
para a sua enfermidade ou uma "segunda opinião", costuma não estabelecer vínculos afetivos
com o médico, o que pode contribuir para o estabelecimento de situações iatrogênicas.
O mesmo ocorre em ocasiões nas quais médico e paciente procuram não se envolver
emocionalmente. Predomina a linguagem técnica, a frieza1. Outro exemplo de iatrogênese é a
situação provocada pelo uso da anamnese dirigida, que camufla a hostilidade do médico, já nos
dizia Perestrello8.
A relação M-P diante do diagnostico o medico deve explicar usando uma linguagem
compreensível quais as doenças apresentada e quais as suas consequências. Isso ajuda a
diminuir a ansiedade, o mal esta instalado no desconhecido
Quais os impactos gerados entre a personalidade do sujeito e a doença? Como ela se insere na
historia de vida da pessoa? Verificar como a pessoa reage a essa situação? Como ele os
qualifica? Com quais palavras? notamos . Essas frases marcam a angustia preexistente e que
influenciara a evolução e medico deve levar em consideração
Essa relação precisa ser decifrada - pode incorporar busca pelo sentido
latente inconsciente, por trás da atitude e da linguagem consciente e
manifesta
Na maioria das vezes o recurso de que nos valemos é a palavra falada. É óbvio que
em situações especiais, como a de pacientes surdos, por exemplo, lança-se mão de
outros meios de comunicação, tais como gestos e palavras escritas. É crescente o
interesse dos médicos e demais profissionais da saúde de dominar a língua brasileira
de sinais (LIBRAS), o que oferece enorme benefício para a atenção à saúde desses
pacientes.
Uma verdade, nem sempre admitida, é que é muito mais fácil aprender a manusear
aparelhos do que a fazer anamnese. Os aparelhos obedecem a esquemas rígidos,
facilmente explicados em um "manual de instrução", enquanto as pessoas, pela sua
individualidade que as fazem únicas, exigem do médico flexibilidade na conduta e
capacidade de adaptação para obter uma alta qualidade de comunicação. Nunca se
esqueça de que nenhuma anamnese é exatamente igual a outra, inclusive quando a
doença é a mesma.
A entrevista não-diretiva possui vantagens e limites que devem ser ponderados pelo
pesquisador como: profusão de dados que devem ser reduzidos; interferências emocionais e a
tendência do entrevistado se posicionar frente a todas as situações relatadas. A vantagem do
contato imediato com questões relevantes pode aprofundar a significação dos fenômenos que
está sendo estudado(4).
O entrevistador não formula perguntas, apenas sugere o tema geral em estudo, levando o
entrevistado a um processo de reflexão sobre o tema; não dirige o entrevistado apenas guia;
desenvolve e aprofunda os pontos que coloca espontaneamente; facilita o processo de
entrevista, retornando o tema na possibilidade de esclarecer ou aprofundar as idéias do
entrevistado; evita atitudes autoritárias ou paternalistas; manifesta cooperação e esclarece
dúvidas(4).É uma técnica "muito poderosa", particularmente, para detectar atitudes, motivações e
opiniões dos entrevistados(5).