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Cahayari – Deus não terminou a sua criação; somente o fará quando o homem desaparecer.

Jogo de espelhos – civilização e “barbárie”

Planos da florestas para uma obra da belle époque

Figurantes – povos nativos

“Não temos entradas, mas temos direito de entrar”

“O que os ricos querem é ver os famosos da Europa”

“Mandam lavar as roupas em Portugal, porque dizem que as águas do Amazonas são impuras”

As crianças ao redor do gramofone, um artefato civilizacional no meio de suas realidades


primitivas. Fitzcarraldo olha para elas como quem pensa: essa linguagem toca até os selvagens.

Elite imediatista;

O protagonista representa uma espécie de herói desbravador, megalomaníaco (criador da


borracha, representando do que há de mais superior na cultura europeia), mítico que cria
estranhamento e até silêncio ao seu redor, porém que é uma piada para os senhores da
borracha (o conquistador do inútil).

A Ópera não encontra a mesma recepção na festa da elite.

“Estes índios adoram a linguagem florida. Eles não são fáceis de civilizar”

O capital inicial saiu do corpo das mulheres equatorianas.

A imagem do fogo forjando a peça do navio com o plano em torno de fitzcarraldo assemelha-
se a um ritual demiúrgico, a descoberta do foto.

A selva está cheia de miragens e alucinações.

Ao se render ao processo de acumulação de capital, torna-se um descobridor, ganha


popularidade.

Os missionários aculturam, nacionalizam os índios peruanos.

Embalados pelos tambores e cantorias dos indígenas Javarí, o protagonista intenta enfrentar o
desconhecido com a Ópera (simbólico). Plano do Gramofone, como uma arma apontada para a
floresta caótica.

Tirar partirdo do mito (relembra a histórica dos astecas): o encobrimento do outro

Ao som da ópera o barco é tragado pela natureza (Pongo), vingando-se, pelo menos
temporariamente, da arrogância humana.

Em uma atitude redentora, o protagonista age como se triunfantemente estivesse trazendo


finalmente a ópera para aquela terra inóspita, sendo recepcionado como um salvador.

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