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Arte Chapeleira
De S. João da Madeira
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• Certo é que em
Portugal, pelo menos
desde 1802, aquele que
é o concelho mais
pequeno do País (cerca
O chapéu da polícia feminina inglesa
de 8 quilómetros foi produzido, durante décadas, na
quadrados) notabilizou- antiga Empresa Industrial de
Chapelaria, atualmente o Museu da
se na criação de Chapelaria.
chapéus: S. João da
Madeira.
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• Um pouco de história:
• Acredita-se que os
primeiros registros do
uso de algum tipo de
cobertura para a cabeça
datam de cerca de
3.000 a.C., no antigo
Egito.
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• No ocidente, os
chapéus tornaram-se
populares na Idade
Média, quando as
pessoas começaram a
usá-los como forma de
se protegerem do sol.
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• Durante o
Renascimento, os
chapéus tornaram-se
cada vez mais
sofisticados e foram
usados como um
acessório de moda.
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Escultura “Regresso do Egipto”, séc. XVIII, Fundação
Medeiros e Almeida 12
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• Já o chapéu panamá,
feito de palha, tornou-
se popular na década
de 1850 e era usado
como um acessório
elegante de verão.
Embora seja chamado
de "panamá", este
chapéu é originário do
Equador.
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• No século XX sofreu um
declínio acentuado,
substituídos, por
exemplo pelo boné mas
ainda são usados em
algumas ocasiões
formais ou por razões
práticas, como em
atividades ao ar livre.
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• Na antiguidade clássica,
os chapéus eram
frequentemente usados
tanto por homens
quanto por mulheres
como um sinal de
estatuto social e para
proteger a cabeça do
sol.
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• Na Grécia Antiga, o
chapéu mais comum
era o pilos (ou píleo),
um gorro de lã macia
que era usado
principalmente por
trabalhadores e
soldados.
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• Os homens também
usavam um chapéu
chamado pétasos, que
tinha uma aba larga
para proteger o rosto
do sol. As mulheres
gregas usavam um véu
sobre a cabeça, muitas
vezes preso por um
diadema.
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• Na Roma Antiga, os
chapéus eram
frequentemente usados
por homens e mulheres
de todas as classes
sociais.
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• Os cidadãos romanos
usavam uma variedade
de chapéus, incluindo o
galerus, um chapéu de
abas largas usado pelos
sacerdotes, e o apex,
um chapéu pontudo
usado pelos sacerdotes
de Júpiter.
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• Na Idade Média, as
classes mais altas
usavam chapéus
decorados com joias e
penas, enquanto as
classes mais baixas
usavam chapéus
simples de tecido. Os
chapéus também
tinham significado
simbólico.
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• Por exemplo, os
clérigos usavam um
barrete vermelho como
um sinal de sua posição
na hierarquia da igreja.
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• As mulheres também
usavam uma variedade
de chapéus durante o
Renascimento, incluindo
o "cappello", um chapéu
grande e decorado com
penas e joias. As
mulheres ricas também
usavam um véu sobre o
chapéu, muitas vezes
adornado com bordados
e pérolas.
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• Os chapéus do clero
têm uma longa história
e são um elemento
importante do
vestuário clerical em
muitas religiões. Na
Igreja Católica, os
chapéus do clero são
conhecidos como
barretes ou mitras e
são usados por padres,
bispos e cardeais.
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• A mitra é um pequeno
chapéu quadrado feito
de seda preta ou roxa,
com uma borla na parte
superior e uma aba
dobrada para cima.
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• A mitra é um símbolo
da autoridade
eclesiástica e é usado
em ocasiões
cerimoniais, como
missas solenes e
procissões.
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• O papa, cardeais e
bispos usam ainda o
solidéu, pequeno
chapéu usado no topo
da cabeça pelos bispos
e cardeais, mas apenas
o Papa usa o de cor
branca. O nome solidéu
deriva do latim "soli
Deo", que significa
"somente para Deus".
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• A chapelaria em
Portugal.
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• Fábricas, oficinas e
atelieres de artesãos
espalharam-se pelo
Porto, com destaque
para a Fábrica de João
Pedro de Oliveira Lopes
que, em 1799, tinha a
trabalhar, na Rua do
Sol, ”54 homens e um
número indeterminado
de mulheres”.
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• A presença de
sombreireiros, na cidade do
Porto, encontra-se já
documentada desde a
época medieval, através de
episódicas referências à sua
atividade, como, por
exemplo, a de Sousa
Viterbo que nos relata a
concessão de uma carta de
privilégio por parte do rei D.
Francisco Marques de Sousa Afonso V, em 1451, ao
Viterbo (Porto, 28 de dezembro de 1845 — sombreireiro Diego Diaz,
São Mamede, 29 de dezembro de 1910) foi fabricante de chapéus e
um poeta, arqueólogo, historiador e sapatos de feltro.
jornalista
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• Como os membros de
outros ofícios podiam ser
eleitos para a Casa dos 24,
como aconteceu com
Manuel Pires e Pedro
George que tomaram posse
em 1613. Quando terá
surgido a Corporação e
Confraria dos Sombreireiros
do Porto? Os mais antigos
regimentos da cidade Antiga Real e Imperial Chapelaria a
datam da primeira metade Vapor que pertencia à Costa Braga &
do século XVI, sendo a Filhos, empresa que em 1866
maior parte elaborada nos estabeleceu a sua fábrica no atual n.º
séculos XVII e XVIII e alguns 49 da R. da Firmeza
no século XIX.
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Antiga loja Costa Braga no Porto 46
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• A arte chapeleira de S.
João da Madeira
• São João da Madeira é uma
cidade portuguesa com
uma longa história na
fabricação de chapéus. A
indústria da chapelaria na
cidade começou a
desenvolver-se no final do
século XIX, impulsionada
pela disponibilidade de
matérias-primas locais e
pela habilidade dos
artesãos locais.
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• Desde meados do
século XVIII que a
população se dedica ao
fabrico manual, caseiro
ou de pequena oficina
de chapéus de lã
grossa. A primeira
fábrica remonta a 1802
e em 1867 já existiam
seis unidades fabris.
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• A Empresa Industrial de
Chapelaria ficou
conhecida entre as
gentes da época pela
"Fábrica Nova" e foi
fundada, em 1914, por
António José Oliveira
Júnior.
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• Encerrada em 1995, a
Empresa Industrial de
Chapelaria acompanhará
toda a história desta
indústria, refletindo,
naturalmente, as suas
épocas de prosperidade e
declínio e ficando para
sempre associada à
imagem da fábrica que
empregou e formou
gerações sucessivas de
chapeleiros e artífices que
lhe devotaram uma vida
inteira de trabalho.
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• Numa cooperação
entre o Turismo de
Portugal e a autarquia
são-joanense, foram
oferecidos ao
museu Rainha Sofia,
em Madrid, meia
centena de réplicas
dos chapéus de feltro
usados por Fernando
Pessoa, de forma a
marca a exposição que
este museu dedicou,
em 2018, ao poeta.
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• O Museu da Chapelaria
• O Museu da Chapelaria
de S. João da Madeira é
um museu localizado na
cidade de S. João da
Madeira, em Portugal,
que se dedica à história
da indústria do chapéu
na região.
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• O acervo do museu é
composto por uma
ampla coleção de
máquinas, ferramentas,
moldes, tecidos,
fotografias e outros
objetos relacionados à
produção de chapéus.
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Bibliografia
• https://folclore.pt/industria-chapeleira-traje-
tradicional/
• https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/5280.pdf
• https://turismoindustrial.cm-sjm.pt/museu-
chapelaria
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Cadeira de Património Mundial e Turismo Cultural
Bibliografia
• https://www.igeoe.pt/index.php?id=5