Você está na página 1de 4

INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE

TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO 01

REAVALIAÇÃO DE FILOSOFIA

TRIMESTRE III

RAISSA CAMILA DEMETRIO

SÃO BENTO DO SUL

2022
Platão acreditava que, por trás da nossa realidade material, chamada de mundo
sensível, existia uma realidade abstrata, chamada mundo das ideias, onde era tudo perfeito
e infinito, para ele o nosso mundo era uma cópia imperfeita do mundo das ideias, já que,
no mundo das ideias é tudo perfeito. Então por exemplo, se você imaginar dois quadrados
de tamanhos diferentes, Platão diria que esses quadrados eram falsos, pois para ele, o
verdadeiro quadrado é a ideia que representa o quadrado.

Para tentar explicar melhor o que é o dualismo platônico, Platão criou uma
metáfora chamada “Mito da Caverna” que é mais ou menos assim, haviam três
prisioneiros dentro de uma caverna, vivendo a vida inteira lá dentro, e a única fonte de
luz era uma fogueira no topo da caverna, logo tudo que eles já viram são sombras do que
existe fora da caverna reproduzidas pelas chamas. Em um dado momento, um dos
personagens que estão dentro da caverna, consegue fugir, ficando livre e conseguindo ver
o mundo real, ele fica assustado pois nunca tinha visto a realidade antes. Depois ele volta
para a caverna e conta para os parceiros como era o mundo real e eles fogem da caverna
também. A ideia de Platão era mostrar que as sombras que os prisioneiros viam através
das chamas era uma metáfora, representado o mundo sensível, enquanto o que o
prisioneiro encontra fora da caverna é o mundo inteligível.

A crítica de Aristóteles para Platão era na rejeição do dualismo, representado pela


teoria das ideias, e a sua principal dificuldade era de explicar a relação entre o mundo
inteligível e o mundo sensível, já que para ele tudo que existe é a nossa realidade, e que
as coisas só podem ser explicadas por elas mesmas, as causas das coisas são elas mesmas,
não podem ser explicadas por outra via/outro mundo. Para que não tenha problemas no
paradoxo, Aristóteles considerará um novo ponto de partida para a sua metafísica, esse
novo ponto de partida, é a substância individual, que é considerada como o indivíduo
material concreto, isso evitaria o dualismo e mostraria a realidade sendo composta por
um conjunto de indivíduos materiais concretos. Ele também afirma que os indivíduos são
compostos por matéria e forma, matéria é o princípio individual e a forma é a maneira
como a matéria se organiza em cada indivíduo, é como se Aristóteles jogasse o dualismo
platônico para dentro do indivíduo. A forma sempre será forma, já que a sua ideia é
determinar que um indivíduo pertença a uma determinada espécie, diferente da matéria,
que só é matéria se haver forma.
Com isso, segundo Aristóteles, há uma confusão em torno dos sentidos e usos do
verbo ser, que nem sempre expressa identidade, podendo ter um uso atributivo ou
predicativo, como por exemplo na frase “Solange é carinhosa”.

Na metafísica há ainda três distinções da teoria aristotélica, que são:

- Essência e acidente, essência seria a característica principal de alguma coisa e acidente


são todas as características possíveis de mudança, que não interferem na característica
principal;

- Necessidade e contingência, que engloba a essência e o acidente, características


essenciais são necessárias, já as contingências são características que podem ou não
acontecer, por exemplo: Marcela é necessariamente humana, mas é contingentemente
banguela, pois isso pode acontecer ou não;

- Ato e potência, ato é a própria existência de algo e a potência é aquilo que pode vir
acontecer;

Além disso, Aristóteles introduziu a Teoria das Quatro Causas, sendo eles:

- Causa formal: o que lhe da a forma;

- Causa material: de que a coisa é feita;

- Causa eficiente: o que fez a coisa;

- Causa final: o que lhe deu a forma;

Para Aristóteles, a lógica não é ciência e sim um instrumento. O sistema


Aristotélico é o estudo formal da lógica de Aristóteles e ela se divide em três partes.

A primeira parte é o saber teórico, que buscam o saber pelo saber, e são divididas
em 2 ciências:

- Ciência geral, cuja é dominada como filosofia primeira, é a ciência do ser enquanto ser;

- Ciência natural, que é o conhecimento da realidade natural, ela é dívida em: física e
astronomia, ciências da vida ou "biológicas", psicologia;

A segunda parte é o saber prático, que se distingue do saber teórico porque seu
objetivo não é o conhecimento de uma realidade determinada, mas o estabelecimento das
normas e critérios da boa forma de agir, isto é, da ação correta e eficaz.
E a terceira parte e última, é o saber produtivo, que buscam o saber em função de
fazer, com o objetivo de produzir determinados objetos.

Você também pode gostar