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R: Para ele a verdade está no mundo a nossa volta. A verdade é uma eterna busca,
sendo assim nossa existência é obra de condições que nem sempre dominamos.
Cabe a nós dar sentido as coisas. O universo é uma criação divina e uma descoberta
dos homens.
Aristóteles reconhece no mestre Platão uma alma indisciplinada e irregular, que
passava mais tempo em contemplação, buscando encontrar a verdade das ideias, do
que em contato com a realidade simples, que mitificava. O filósofo achava que a Ideia
não constituía realidade separada. A realidade para ele é de indivíduos concretos, e
só neles existe a ideia, a quem chama de forma. Argumenta que é a razão que controla
nossos atos e nela há o raciocínio a partir dos dados dos sentidos.
As pessoas que estão dentro da caverna são aquelas que se encontram em estado
de ignorância. O sair da caverna significa a busca por conhecimento, e assim, a
revelação da realidade, que acontece a partir do momento em que o prisioneiro sai da
caverna. O conhecimento e o processo de conhecer se materializam quando o
prisioneiro anseia em deixar a “caverna”, ou seja, abrir a mente para novos saberes.
O prisioneiro deve querer sair da caverna, mesmo que esteja com medo. Eles temem
as sombras enquanto a pessoa "iluminada" vence o medo e o senso comum, saindo
da caverna e atingindo a razão.
A visão de Aristóteles do processo de conhecimento é mais linear do que a de Platão.
Não há rupturas, nem um processo de desvio e adaptação do olhar, como ocorre em
o prisioneiro da caverna. Há um processo cumulativo. Galgamos cada estágio
pressupondo o anterior.
De acordo com Aristóteles, o aprendizado por parte do aluno surge ao abrir sua mente
para o novo, para o conhecimento e com isso trazê-lo à realidade.
A ciência e arte se sobressaem a experiência e capacitam os mestres a propagar o
que adquiriram como conhecimento. Para Aristóteles, os “homens de arte” podem
ensinar, os outros não.
Referências Bibliográficas:
- MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Dos pré-socráticos a
Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.