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Universidade Federal Fluminense (UFF) Curso de Administração Pública

Disciplina: Filosofia e ética


Nome do Aluno: Elias Antônio dos Santos
Polo: Bom Jesus de Itabapoana
Matricula: 23113110031

Questões da Atividade a Distância (Iniciação à história da Filosofia, págs. 69 a 83.


Responder questões 1, 3, 5 e 6.)

01) Qual o sentido da crítica de Aristóteles à teoria das ideias de Platão?

R: Aristóteles critica as teorias de Platão por serem excessivamente idealistas e não


baseadas na experiência, de modo que não seriam capazes, de acordo com
Aristóteles, de retratar a realidade dos fenômenos humanos, se limitando a retratar
uma visão racionalizada e falsa das coisas. Em suma, o ponto central das críticas de
Aristóteles a Platão consiste na rejeição do dualismo, representado pela teoria das
ideias – dificuldade de se explicar a relação entre o mundo inteligível e o mundo
sensível, ou material. O sentido de Aristóteles de criticar Platão está no fato de Platão
não conseguir explicar tão bem a sua teoria das ideias. Esta teoria coloca o mundo
sensível e o inteligível de formas separadas, sustentando assim um dualismo.
Por conta disto Aristóteles rompeu intelectualmente com Platão e fundou a sua própria
escola, o Liceu, criando as bases para o modelo experimental, que posteriormente se
desenvolveria no modelo científico.

03) Como Aristóteles caracteriza a sua noção de realidade? O que consiste


para ele o real?

R: Para ele a verdade está no mundo a nossa volta. A verdade é uma eterna busca,
sendo assim nossa existência é obra de condições que nem sempre dominamos.
Cabe a nós dar sentido as coisas. O universo é uma criação divina e uma descoberta
dos homens.
Aristóteles reconhece no mestre Platão uma alma indisciplinada e irregular, que
passava mais tempo em contemplação, buscando encontrar a verdade das ideias, do
que em contato com a realidade simples, que mitificava. O filósofo achava que a Ideia
não constituía realidade separada. A realidade para ele é de indivíduos concretos, e
só neles existe a ideia, a quem chama de forma. Argumenta que é a razão que controla
nossos atos e nela há o raciocínio a partir dos dados dos sentidos.

05) Compare a concepção de conhecimento e do processo de conhecer nos


textos do Mito da linha dividida e da Alegoria da caverna de Platão com a
concepção de Aristóteles no texto da Metafísica acima.

As pessoas que estão dentro da caverna são aquelas que se encontram em estado
de ignorância. O sair da caverna significa a busca por conhecimento, e assim, a
revelação da realidade, que acontece a partir do momento em que o prisioneiro sai da
caverna. O conhecimento e o processo de conhecer se materializam quando o
prisioneiro anseia em deixar a “caverna”, ou seja, abrir a mente para novos saberes.
O prisioneiro deve querer sair da caverna, mesmo que esteja com medo. Eles temem
as sombras enquanto a pessoa "iluminada" vence o medo e o senso comum, saindo
da caverna e atingindo a razão.
A visão de Aristóteles do processo de conhecimento é mais linear do que a de Platão.
Não há rupturas, nem um processo de desvio e adaptação do olhar, como ocorre em
o prisioneiro da caverna. Há um processo cumulativo. Galgamos cada estágio
pressupondo o anterior.

06) Por que, segundo Aristóteles, no texto mencionado, "a possibilidade de


ensinar é indício de saber"?

De acordo com Aristóteles, o aprendizado por parte do aluno surge ao abrir sua mente
para o novo, para o conhecimento e com isso trazê-lo à realidade.
A ciência e arte se sobressaem a experiência e capacitam os mestres a propagar o
que adquiriram como conhecimento. Para Aristóteles, os “homens de arte” podem
ensinar, os outros não.

Referências Bibliográficas:
- MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Dos pré-socráticos a
Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.

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