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Platão acreditava que, por trás da nossa realidade material, chamada de mundo sensível,

existia uma realidade abstrata, chamada mundo das ideias, onde era tudo perfeito e
infinito, para ele o nosso mundo era uma cópia imperfeita do mundo das ideias, já que,
no mundo das ideias é tudo perfeito. Então por exemplo, se você imaginar dois
quadrados de tamanhos diferentes, Platão diria que esses quadrados eram falsos, pois
para ele, o verdadeiro quadrado é a ideia que representa o quadrado.
Para tentar explicar melhor o que é o dualismo platônico, Platão criou uma metáfora
chamada “Mito da Caverna” que é mais ou menos assim, haviam três prisioneiros
dentro de uma caverna, vivendo a vida inteira lá dentro, e a única fonte de luz é uma
fogueira no topo da caverna, logo tudo que eles já viram são sombras do que existe fora
da caverna reproduzidas pelas chamas. Em um dado momento, um dos personagens que
estão dentro da caverna, consegue fugir, ficando livre e conseguindo ver o mundo real,
ele fica assustado pois nunca tinha visto a realidade antes. Depois ele volta para a
caverna e conta para os parceiros como era o mundo real e eles fogem da caverna
também. A ideia de Platão era mostrar que as sombras que os prisioneiros viam através
das chamas era uma metáfora, representado o mundo sensível, enquanto o que o
prisioneiro encontra fora da caverna é o mundo inteligível.
A crítica de Aristóteles para Platão era na rejeição do dualismo, representado pela teoria
das ideias, e a sua principal dificuldade era de explicar a relação entre o mundo
inteligível e o mundo sensível, já que para ele tudo que existe é a nossa realidade, e que
as coisas só podem ser explicadas por elas mesmas, as causas das coisas são elas
mesmas, não podem ser explicadas por outra via/outro mundo. Para que não tenha
problemas no paradoxo, Aristóteles considerará um novo ponto de partida para a sua
metafísica, esse novo ponto de partida, é a substância individual, que é considerada
como o indivíduo material concreto, isso evitaria o dualismo e mostraria a realidade
sendo composta por um conjunto de indivíduos materiais concretos. Ele também afirma
que os indivíduos são compostos por matéria e forma, matéria é o princípio individual e
a forma é a maneira como a matéria se organiza em cada indivíduo, é como se
Aristóteles jogasse o dualismo platônico para dentro do indivíduo. A forma sempre será
forma, já que a sua ideia é determinar que um indivíduo pertença a uma determinada
espécie, diferente da matéria, que só é matéria se haver forma.
Com isso, segundo Aristóteles, há uma confusão em torno dos sentidos e usos do verbo
ser, que nem sempre expressa identidade, podendo ter um uso atributivo ou predicativo,
como por exemplo na frase “Solange é carinhosa”.
Na metafísica há ainda três distinções da teoria aristotélica, que são:
- Essência e acidente, essência seria a característica principal de alguma coisa e acidente
são todas as características possíveis de mudança, que não interferem na característica
principal;
- Necessidade e contingência, que engloba a essência e o acidente, características
essenciais são necessárias, já as contingências são características que podem ou não
acontecer, por exemplo: Marcela é necessariamente humana, mas é contingentemente
banguela, pois isso pode acontecer ou não;
- Ato e potência, ato é a própria existência de algo e a potência é aquilo que pode vir
acontecer;
Além disso, Aristóteles introduziu a Teoria das Quatro Causas, sendo eles:
- Causa formal: o que lhe da a forma;
- Causa material: de que a coisa é feita;
- Causa eficiente: o que fez a coisa;
- Causa final: o que lhe deu a forma;

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