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PA R A T O D O S
da prevenção ao implante
Rui Vicente Oppermann | Cassiano Kuchenbecker Rösing
COORDENAÇÃO:
Patricia Weidlich | Tiago Fiorini
periodontais e periimplantares
periodontais e periimplantares
PREVENÇÃO DAS DOENÇAS
e diagnóstico das doenças
Como a epidemiologia ajuda a entender
PERIODONTAIS E PERIIMPLANTARES
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS
ETIOPATOGENIA
PERIODONTIA MÉDICA
00 02 04
O papel da pesquisa
como base para a
clínica periodontal
Magda Feres
Luciene Cristina de Figueiredo
01 Periodontite e periim-
plantite são doenças
distintas?
Sheila Cavalca Cortelli
Poliana Mendes Duarte
03 Abordagem de fatores
de risco em comum.
É possível ir além do
controle do biofilme
supragengival?
016 José Roberto Cortelli
Ocorrência e fatores 060 As doenças perio- Isaac Suzart Gomes Filho
de risco às doenças Diagnóstico periodontal dontais são capazes Simone Seixas da Cruz
Johelle de Santana Passos-Soares
periodontais: uma e periimplantar: o que de gerar inflamação Soraya Castro Trindade
visão para o clínico há de novo? sistêmica de baixa 160
Alex Nogueira Haas
Rodrigo Otávio Rego
intensidade? O desafio da mudança
João Augusto Peixoto de Oliveira Giuseppe Alexandre Romito
Fernando Silva Rios
Flávia Aparecida Chaves Furlaneto
Adriana Moura Foz
comportamental. É
Ricardo dos Santos Costa
Virgínia Régia Souza da Silveira
Maria Mônica Studart M. Moreira Mariana de Sousa Rabelo possível alterar hábitos
030
072 Marinella Holzhausen de saúde?
Ocorrência e fatores Aspectos microbiológi-
Cláudio Mendes Pannuti
114
Cláudio Mendes Pannuti
de risco às doenças cos: pode a presença
Ecinele Francisca Rosa
periodontal e periimplantar
periodontal e periimplantar
MANUTENÇÃO DA SAÚDE
Quanto investimos e até
ESTÉTICA
E PERIIMPLANTAR
onde chegamos?
05 07 09
Diferenças e seme-
lhanças no trata-
mento periodontal e
periimplantar
Sérgio Luís Scombatti de Souza
06 Estética no paciente
tratado com sequelas
de doença periodontal
avançada
Joni Augusto Cirelli
08 Doença periodontal
é um problema de
saúde pública?
Fernando Neves Hugo
358
Umberto Demoner Ramos Regeneração perio- Andressa Vilas Boas Nogueira Avaliação longitudinal É possível reduzir
Paula Gabriela Faciola P. Oliveira Rafael Scaf de Molon
Jamil Awad Shibli dontal. Indicações e Luiz Antônio Borelli Barros
do paciente periodon- as necessidades de
Adriana Maria Mariano S. Souza previsibilidade do uso Carolina Chan Cirelli tal tratado e reabilitado tratamento periodontal
184 de biomateriais para o 284 com implantes na população?
Terapia fotodinâmica tratamento de defeitos Recobrimento radi- Marilene Issa Fernandes Luís Otávio Miranda Cota
no tratamento perio- infra-ósseos e lesões cular: previsibilidade Juliano Cavagni Fernando Oliveira Costa
Cassiano Kuchenbecker Rösing Renata Magalhães Cyrino
dontal e periimplantar de furca e possibilidades 334 366
Arthur Belém Novaes Júnior Elton Gonçalves Zenóbio Fernanda Vieira Ribeiro
Flávia Adelino Suaid Jamil Awad Shibli Sandro Bittencourt Sousa
Estratégias de ma-
Umberto Demoner Ramos Leandro Chambrone Mauro Pedrine Santamaria nutenção de saúde
200 Guilherme J. P. Lopes de Oliveira Karina Gonzalez Silvério Ruiz no paciente tratado e
Uso de antimicrobia- Rosemary Adriana C. Marcantonio Marcio Zaffalon Casati
reabilitado
260 Enilson Antonio Sallum
nos e antissépticos no 298 Eduardo Jorge Feres Filho
tratamento periodontal Regeneração periim- Carmelo Sansone
plantar. Indicações e Estratégias para pre- German Eduardo Miguel Villoria
e periimplantar
Carina M. da Silva-Boghossian previsibilidade do uso servação/aumento Anna Thereza Thomé Leão
Maria Cynésia M. de Barros Torres
Ana Paula Vieira Colombo de biomateriais para de rebordo na região 346
218
re-osseointegração anterior
Há indicação para Rubens Spin Neto Ricardo de Souza Magini
anti-inflamatórios no Andreas Stavropoulos Marco Aurélio Bianchini
Cintia Schiochett
Cláudio Marcantonio
tratamento periodon- Elcio Marcantonio Junior João Gustavo Oliveira de Souza
tal e periimplantar? 272 Cesar Augusto Magalhães Benfatti
Marinella Holzhausen 316
Cristina Cunha Villar
Henrique A. Bueno da Silva
SUMÁRIO
Cláudio Mendes Pannuti
Giuseppe Alexandre Romito
234
Como avaliar a
necessidade de
re-intervenção no
tratamento periodontal
e periimplantar?
Cassiano Kuchenbecker Rösing
Eduardo José Gaio
Rui Vicente Oppermann
248
05 Tratamento das doenças periodontais e periimplantares
P E R I O D O N T I A PA R A T O D O S
200
CONVERSÃO
LUZ
INTERSISTEMAS
01. Desenho esquemático da TFDa. O fotossensibilizador sofre a ação da fonte luminosa e se converte em uma forma energética mais excitada (estado
tripleto). Desta forma ele pode absorver mais energia luminosa se convertendo a um estado ainda mais reativo e com uma meia vida (tempo de reação) maior,
chamado estado tripleto ou voltar ao seu estado não excitado original, emitindo luz, o que dá origem ao fenômeno da fluorescência. A conversão para o estado
tripleto é a mais desejável por permitir as ações fotodinâmicas, responsáveis pelo fotodano às células bacterianas alvo.
óticas fazem com que a TFDa bactecida, sem periodontite agressiva. Foi aplicado um compri-
causar danos aos tecidos adjacentes3. mento de onda de 660nm (Figura 02) com potên-
cia de 0.06W/cm2 por 10 segundos e fluência de
Estudos in vitro demonstraram que a TFDa au- 212.23J/cm2. O fotossensiblizador utilizado foi o
menta a morte bacteriana3,4,5. Assim, estudos cloreto de fenotiazina (Figura 03), recomendado
menos complexos com aplicações únicas co- pelo fabricante do laser. Como técnica padrão de
meçaram a ser desenvolvidos e, de acordo com aplicação do fotossensibilizador, a ponta do apli-
os resultados obtidos, técnicas mais complexas cador é inserida no interior da bolsa periodontal
com aplicações múltiplas e diferentes tempos e o agente químico é continuamente depositado
estão sendo estudados e avaliados para aumen- da apical para coronal por 1 minuto, seguido por
tar a eficácia e efetividade da terapia fotodinâmi- irrigação com solução salina estéril para remo-
ca antimicrobiana (TFDa). ção dos excessos. A aplicação da luz foi reali-
zada nos seis sítios de cada dente por uma fibra
201
05
ótica (Figura 04) totalizando 3 minutos (Figuras 95-99% em várias espécies testadas (A. actinomi-
05 a 07). A terapia mecânica convencional (RAR) cetemcomitans, F. nucleatum, P. gingivalis, P. Inter-
foi realizada em outros elementos dentais com media e S. sanguis)12. Da mesma forma, o laser
o tempo total de 8 minutos. Todas as espécies de He/Ne foi capaz de matar grandes proporções
bacterianas avaliadas foram detectadas em dife- de bactérias presentes em amostras de biofilme
rentes níveis antes dos tratamentos (sete dias). subgengival de pacientes com periodontite crô-
No baseline, a contagem de A. actinomycetem- nica, sensibilizados por azul de toluidina13, o que
comitans foi semelhante em ambos os grupos. também foi observado em biofilmes de S. sanguis,
Após 90 dias, significante redução foi observada P. gingivalis, F. nucleatum e A. actinomycetemco-
no grupo da TFDa em relação ao grupo da RAR. mitans14. Uma significativa redução no número de
Por outro lado, a RAR mostrou-se mais eficiente P. gingivalis também foi detectada nas cavidades
na redução de patógenos periodontais do com- orais de ratos em que o azul de toluidina foi utiliza-
plexo vermelho. Estes resultados indicam que a
TFDa e a RAR afetam diferentemente as espé-
cies bacterianas. Adicionalmente, a recoloniza-
ção dos sítios tratados pela TFDa foi observada,
especialmente para T. forsythia e P.gingivalis.
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202
TRATAMENTO DAS DOENÇAS
PERIODONTAIS E PERIIMPLANTARES
B C
DA PREVENÇÃO AO IMPLANTE
D E
07. A-E Esquema passo a passo da TFDa. Da esquerda para a direita: bolsa periodontal devidamente instrumentada; irrigação com soro fisiológico para
remoção de possíveis debris decorrentes da raspagem; aplicação do fotossensibilizador cloreto de fenotiazina 10mg/mL e espera de 5 minutos; irrigação
com soro para remoção dos excessos pois a concentração do fotossensibilizador é alta; irradiação com laser e uma fibra ótica difusora.
203
05
P E R I O D O N T I A PA R A T O D O S
204
TRATAMENTO DAS DOENÇAS
PERIODONTAIS E PERIIMPLANTARES
10. Situação do paciente na 4a aplicação de TFDa. 11. Situação clínica final do paciente 1 mês pós-terapia.
205
05
avaliação, com os menores valores em 90 dias gramento à sondagem, está relacionada com o
pós-tratamento. Em relação ao RANKL, os va- aumento ou a diminuição de alguns mediado-
lores no baseline foram 394.4 ±29.5pg/ml e res inflamatórios e patógenos periodontais.
378.9 ± 35.6pg/ml para a TFDa e a RAR, res-
pectivamente. Além disso, os níveis do RANKL Um ensaio clínico avaliou a eficácia do efeito
obtiveram um progressivo decréscimo, assim adjuvante da TFDa associada à RAR em fuman-
como no TNF-α, nenhuma mudança significa- tes21. Em cada paciente, pelo menos um dente
tiva foi observada. Assim, a RANKL obteve um recebeu RAR e TFDa (grupo teste) e um dente
comportamento similar para ambos os trata- contralateral recebeu somente RAR (grupo con-
mentos (P = 0.515). Neste caso, o tempo não trole). Três meses após o tratamento periodon-
foi uma variável significativa (P = 0.101). Ne- tal, houve uma melhora estatisticamente signi-
nhuma interação foi encontrada entre o tipo de ficante na PS (profundidade de sondagem), no
tratamento e o tempo para o RANKL. NCI (nível clínico de inserção), no SS (sangra-
mento à sondagem) e no IP (índice de placa)
A capacidade da TFDa de inativar citocinas in- após o tratamento periodontal em ambos os
flamatórias encontradas em sítios periodontal- grupos e uma redução estatisticamente signi-
mente doentes foi testada in vitro. Uma com- ficante maior da PS e maior ganho no NCI no
pleta inativação de IL-1β foi obtida quando as grupo teste quando comparado com o grupo
citocinas foram expostas à TFDa por 60 se- controle. A metodologia aplicada foi com uma
gundos3. Este achado também está de acordo única aplicação de TFDa e uso de fotossensibli-
com um estudo que avaliou o efeito adjuvante zador da família das fenotiazinas.
da TFDa em 24 adultos não-fumantes com pe-
riodontite crônica não-tratada8. Os autores tam- Apesar de alguns estudos terem observado um
bém observaram um nível significativamente efeito positivo da TFDa como coadjuvante no
menor de IL-1β no grupo em que a TFDa tratamento de pacientes com doença periodon-
foi associada à RAR, uma semana após o tal7,8,11,22, outros ensaios clínicos9,10,20,23,24 não
tratamento periodontal. Os níveis de IL-1β e conseguiram demonstrar diferenças clínicas
MMP-8 no FCG também foram quantificados entre a RAR e RAR + TFDa.
pela técnica de ELISA em 58 pacientes com
periodontite crônica, comparando-se os efeitos Uma revisão sistemática mostrou que a TFDa
da RAR, RAR associada a uma sessão de TFDa como adjuvante à RAR não foi superior ao trata-
e RAR associada a duas sessões de TFDa20. As mento com RAR, embora isso não signifique que
amostras de FCG foram obtidas antes do tra- os resultados relatados indiquem que a TFDa
tamento periodontal, 6 semanas e 12 semanas não seja eficaz25. A maioria dos estudos anterio-
após o tratamento. Os resultados revelaram res8,9,10,16,20,23,24 realizou apenas uma aplicação de
que 12 semanas após o tratamento houve su- TFDa nos sítios contaminados e testados uma
pressão significativa dos níveis de IL-1β e MMP- vez que a RAR é capaz de atingir bons resulta-
8 nos sítios tratados com TFDa. dos clínicos.
Em relação aos efeitos da TFDa nos parâme- A falta de efeitos adicionais com o uso de
tros clínicos, pode-se dizer que a melhora ou a aplicação única de TFDa pode também ser
piora, na maioria deles, tais como profundidade explicada pela quantidade proteica presente
de sondagem, nível clínico de inserção e san- no interior da bolsa periodontal após a ras-
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206
TRATAMENTO DAS DOENÇAS
PERIODONTAIS E PERIIMPLANTARES
pagem. Um estudo in vitro demonstrou que a mais pronunciada no grupo da TFDa do que
presença de sangue e conteúdo proteico re- no grupo da RAR, no entanto, sem diferença
duz a eficácia fotodinâmica in situ, porém sem significativa entre os grupos. Bolsas periodon-
afetar significantemente as taxas de morte26. tais com PS entre 4 – 6mm (moderadas) e en-
No entanto, quando em uma situação clínica, tre 1 – 4mm (rasas) demonstraram as maiores
estes dados podem ser mais prejudiciais do mudanças em termos de redução.
quem em condições in vitro. Tendo isso em
vista, propostas de protocolos de aplicações Muitos fatores podem alterar os resultados es-
múltiplas (0, 3, 7, 10 e 14 dias pós RAR) têm perados do tratamento periodontal com TFDa.
sido testadas com resultados mais animado- Várias condições tais como a concentração
res do que os protocolos de aplicação única22. da droga, o período de retenção do fármaco
A questão ainda não respondida é se a adição no interior do tecido, o tempo de resposta bio-
de um maior número de aplicações é mais efe- lógica, o pH tecidual, a presença de exsuda-
tivo devido à redução dos fatores prejudiciais tos e fluido gengival e o modo de aplicação
como sangue e conteúdo proteico, ou pela de drogas podem influenciar a resposta bio-
maior dose luminosa consequente. lógica para TFDa17. Verificou-se que apenas
fotossensibilizadores catiônicos ou não-cati-
De Oliveira et al.27, na mesma metodologia ônicos associados a estratégias capazes de
que analisaram a presença dos mediadores tornar a barreira de bactérias Gram-negativas
inflamatórios19 e dos patógenos periodontais6, permeável podem levar à morte de espécies
citados anteriormente, também analisaram Gram-negativas. Corantes fenotiazínicos são
a alteração dos parâmetros clínicos. Tanto naturalmente catiônicos e têm sido largamente
no baseline como três (3) meses após o tra- utilizados em TFDa para inativar uma grande
tamento com a TFDa e a RAR, os seguintes variedade de microrganismos Gram-positivos,
parâmetros clínicos foram analisados: pro- bactérias Gram-negativas e também células
fundidade de sondagem (PS), sangramento fúngicas28,29. O comprimento de onda do laser
à sondagem (SS), nível clínico de inserção pode ser relacionado com o dano a teciduais
(NCI), recessão gengival (RG) e índice de colaterais: em geral, os lasers de comprimento
placa (IP). Inicialmente, o índice de placa foi de onda mais curtos, tais como laser de diodo
1.0±0.6 em ambos os grupos. Após 3 meses, com um comprimento de onda de 660nm, pe-
o índice de placa foi bruscamente reduzido e netram mais profundamente nos tecidos mo-
nenhuma diferença significativa foi observada les. A extensão da penetração no tecido por
entre os grupos (TFD a e RAR). No baseline, comprimentos de onda mais curtos está rela-
57% das superfícies do grupo da TFDa e 60% cionada com a sua afinidade com tecidos pig- DA PREVENÇÃO AO IMPLANTE
no grupo com RAR mostraram sangramento à mentados e um coeficiente de absorção baixo
sondagem. No tratamento, uma grande redu- em água. O conceito da TFDa é plausível e
ção nos índices de sangramento foi observada pode promover novos protocolos terapêuticos
sendo 19% no grupo da TFDa e 21% no grupo no tratamento de doenças periodontais. O co-
com RAR (P<0.05). Uma significante redução nhecimento disponível até o momento justifica
da profundidade de sondagem e um signifi- o investimento em novas pesquisas para estu-
cante ganho no nível clínico de inserção foram dar seus efeitos17. Pode-se sugerir que modifi-
registrados em ambos os grupos com valores cações no protocolo clínico aplicado possam
maiores no baseline (P<0.05). Após 3 meses, conduzir a mudanças microbiológicas estatis-
a redução de profundidade de sondagem foi ticamente significantes.
207
05
P E R I O D O N T I A PA R A T O D O S
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TRATAMENTO DAS DOENÇAS
PERIODONTAIS E PERIIMPLANTARES
14. Agulha romba inserida no fundo do sulco. 15. Aplicação do cloreto de fenotiazina 10mg/mL e espera de 5 minutos
seguida de irrigação com soro fisiológico.
DA PREVENÇÃO AO IMPLANTE
16. Irradiação com laser de baixa intensidade 660nm, com potência de 17. Aspecto da região 7 dias pós-tratamento. Notar redução da inflamação e
70mW e uma ponta difusora de 60º de angulação, 8mm de comprimento, aspecto normal da mucosa periimplantar.
perfazendo uma densidade de potência de 28mW/cm² e dose de aproxima-
damente 18J/cm² (60 segundos de irradiação) por sítio, 6 sítios ao redor do
cicatrizador (dose total de 108J/cm²).
209
05
Em nossa experiência, o protocolo ideal para siológico (Figura 21), irradiação por 1 minuto/
o tratamento da periimplantite com a utilização sítio (Figura 22), preenchimento do defeito
da terapia fotodinâmica consiste na remoção com biomaterial e posicionamento de mem-
de cálculo supra-gengival, abertura de um brana para a ROG (Figura 23), sutura (Figura
retalho total (Figura 18), seguido do debrida- 24). A remoção da prótese e volta à fase 1 de
mento cirúrgico e remoção de todo o tecido de instalação do implante nos parece interessan-
granulação (Figura 19), seguido da aplicação te para que se consiga um melhor resultado38.
do corante (Figura 20), espera de 5 minutos, Para uma melhor ilustração apresentamos um
remoção do excesso de corante com soro fi- caso clínico (Figuras 25 a 36).
18. Desenho esquemático de um sítio apresentando periimplantite. 19. Desenho esquemático com a remoção da prótese e exposição da área
através de um retalho total.
20. Desenho esquemático representando o debridamento do tecido de gran- 21. Aplicação do fotossensibilizador.
ulação e limpeza mecânica da superfície afetada.
P E R I O D O N T I A PA R A T O D O S
210
TRATAMENTO DAS DOENÇAS
PERIODONTAIS E PERIIMPLANTARES
22. Após a espera de 5 minutos de ação, irrigação com soro fisiológico para a remoção do excesso de fotossensibilizador.
DA PREVENÇÃO AO IMPLANTE
23. Irradiação com laser de baixa intensidade, por 1 minuto, 6 sítios por implante, totalizando 6 minutos de irradiação.
211
05
25. Posicionamento da membrana para Regeneração Óssea Guiada. 26. Sutura da ferida cirúrgica e espera de 4 meses para que se prossiga
com a reabilitação.
P E R I O D O N T I A PA R A T O D O S
212
A
B
27. Raio x periapical demonstrando perda óssea ao redor do cicatrizador. 28. A,B Aspecto clínico da região com grande profundidade de sondagem e
Paciente faltou à consulta de acompanhamento para a remoção da sutura e fístula na área vestibular.
prosseguimento da reabilitação protética. Retornou 3 meses após com um
quadro de periimplantite.
A B
29. A,B Aplicação do cloreto de fenotiazina 10mg/mL ao redor do implante e diretamente na fístula (A). Aspecto da área após aplicação da Terapia Fotodinâmi-
ca Antimicrobiana: após aguardar 5 minutos para a sensibilização, a área foi irrigada com soro fisiológico para a remoção dos excessos de fotossenssibiliza-
dor. A fístula foi irradiada com uma ponta difusora acoplada a um LASER de baixa potência (70mW) por 60 segundos, totalizando uma dose de 18J/cm². O
mesmo protocolo foi seguido nos seis sítios da bolsa periimplantar, totalizando 126J/cm² ao final da aplicação (B).
DA PREVENÇÃO AO IMPLANTE
A B
30. A,B Resultado da TFDa pré-operatória. Fechamento da fístula e resolução da fase aguda da lesão, porém a profundidade de sondagem e sangramento
perduraram (A). Aspecto da região após exposição com retalho total e remoção do tecido de granulação. Foi realizada a limpeza mecânica da região por meio
de fricção com gaze estéril e curetas de teflon (B).
213
05
A B C
31. A-C Aplicação do cloreto de fenotiazina 10mg/mL,espera de 5 minutos, irrigação com soro fisiológico para a remoção dos excessos de fotossensibilizador.
A área vestibular frenestrada foi irradiada com uma ponta difusora acoplada a um LASER vermelho (660nm) de baixa potência (70mW) por 60 segundos, total-
izando uma dose de 18J/cm². O mesmo protocolo foi seguido nos seis sítios do defeito infraósseo, totalizando 126J/cm² ao final da aplicação (A).Aspecto do
pós-cirúrgico imediato após preenchimento do defeito com enxerto ósseo e posicionamento de membrana colágena em dupla camada (B). Raio-x periapical
3 meses pós-cirúrgico demonstrando preenchimento do defeito (C).
A B
32. A,B Aspecto da área após 3 meses (A). Aspecto clínico da área após 1 ano (B).
A B C
33. A-C Raio-x periapical da área após 1 ano (A). Aspecto da área na reabertura para instalação do cicatrizador (B). Aspecto final pós-instalação do
cicatrizador (C).
A B
34. A,B Remoção do cicatrizador para aplicação da TFDa anteriormente à instalação do pilar protético (A). Aplicação do cloreto de fenotiazina 10mg/mL (B).
P E R I O D O N T I A PA R A T O D O S
214
TRATAMENTO DAS DOENÇAS
PERIODONTAIS E PERIIMPLANTARES
CONCLUSÃO
DA PREVENÇÃO AO IMPLANTE
No tratamento das doenças periimplantares, a
TFDa tem demonstrado uma eficiência razoável
em nossa experiência. A literatura científica ain-
da é escassa e necessita de mais estudos para
a comprovação da eficácia, além do aumento de
possibilidade de re-osseointegração.
215
05
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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216
TRATAMENTO DAS DOENÇAS
PERIODONTAIS E PERIIMPLANTARES
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