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Vaginite por Cândida

Definição
A vaginite por cândida é uma infecção causada do trato vaginal feminino
inferior (vulva, vagina e ectocérvice). Causada por fungos leveduriformes do
gênero Candidaspp, geralmente sendo o C. albicans.
Sendo considerada comum esta patologia afeta em torno de 70% a 75% das
mulheres pelo menos uma vez nas suas vidas. Também sendo considerada de
fácil diagnóstico e de fácil tratamento na maioria dos casos.
Estima-se que a maioria das vaginites é causada pelo C.albicans, este
coloniza aproximadamente 15% a 20% das mulheres não gestantes e 20% à
40% das mulheres gestantes.
É a segunda causa mais comum de vaginite, ficando atrás apenas da vaginose
bacteriana. Dentro dos casos, ela representa aproximadamente 33% deles.
Não é considerada uma IST, diferindo-se da candidíase orofaríngea.

Sinais e Sintomas
Seus sintomas e sinais são agrupados como

 Prurido
 Queimação ou irritação vaginal
 Corrimento espesso e esbranquiçado
 Dor ao urinar
 Dor na relação sexual

Os sinais e sintomas têm aumentos piores na semana que antecede o período


menstrual.

Tratamento
O tratamento pode ser feito com fármacos antifúngicos, além de cuidados
como evitar o excesso de umidade usando roupas de algodão e mantendo
sempre a região vulvar limpa.

Por via oral, pode ser administrado fluconazol em dose única

Por via tópica podem ser administrados butoconazol, clotrimazol, miconazol e


tioconazol.

Em casos de recorrências freqüentes, o tratamento oral é indicado em longo


prazo, como 150mg de fluconazol 1x na semana por 30 dias, ou 100mg de
cetoconazol 1x ao dia por 180 dias.

No caso de vaginite por cândida complicada, é feito um tratamento mais severo


com 150mg de fluconazol em duas ou três tomadas a cada 72 horas.
Em gestantes o tratamento pode ser feito com aplicação de imidazólico tópico
vaginal com clotrimazol e micozanol por 1 semana, devendo ser evitado o
tratamento oral pois ele está associado com o maior risco de aborto e de
anomalias congênitas, principalmente no primeiro trimestre da gestação.

Plano de tratamento

Não complicada: Fluconazol 150mg via oral em dose


única ou creme vaginal (miconazol,
clotrimazol e terconazol) antes de
dormir por 1 semana.
Complicada Fluconazol 150mg via oral 3 doeses a
cada 72 horas ou creme vaginal
(miconazol, clotrimazol e terconazol)
antes de dormir por 2 semanas.
Gestantes Creme vaginal (clotrimazol e
miconazol) antes de dormir por 1
semana.
Infecções recorrentes: Fluconazol 150mg via oral 3 doeses a
cada 72 horas, após 72 horas
fluconazol 150mg 1x por semana por
180 dias.

Fisiopatologia
A microbiota vaginal comum é rica em bacilos de Döderlein formando um ácido
lático derivado do glicogênio este tendo sua produção e secreção estimulada
por estrogênios. Isso fornece a acidez apropriada (pH 4,5) para a vagina,
dificultando a proliferação da maioria dos patógenos. Porém, a cândida se
prolifera na acidez.
Além do equilíbrio microbiológico fornecido pela microbiota vaginal, outras
coisas influenciam positivamente na defesa vaginal com a integridade da
mucosa, as imuglobulinas A e G presentes dos polimorfonucleados e
monócitos.
A gravidez, o uso de anticoncepcionais com doses altas de estrogênio, o
diabetes, uso de DIU e imunocomprometimento possibilitam o aumento da
concentração de glicogênio vaginal junto com a acidez acabam proliferando a
levedura. Assim, a obesidade, as doenças da tireóide, o uso de antibióticos,
terapia com corticóides e drogas imunossupressoras aumentam a possibilidade
dos ricos de infecção causada pela cândida.

Atuação do enfermeiro frente às devidas afecções


O papel do enfermeiro é de grande importância, tem grande papel em orientar
as mulheres à respeito das prevenções que devem ser feitas para evitar a
vaginite, auxiliando sempre no uso correto do tratamento que foi passado pelo
médico, assim como os efeitos colaterais que poderão vir a ter.
O enfermeiro atua sempre priorizando a mulher para ter seu tratamento
adequado. Ele deve reconhecer as necessidades únicas de cada mulher para
que elas possam ser atendidas de forma especial.
Além de tudo, o profissional enfermeiro atua também na prevenção e no
rastreamento de patologias no exame citopatológico, podendo então orientar a
paciente.

Referências:
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr
%C3%ADcia/vaginite-cervicite-e-doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-p
%C3%A9lvica/vaginite-por-c%C3%A2ndida

https://pebmed.com.br/candidiase-vulvovaginal-como-caracterizar-e-tratar/

https://www.alergiaeimunologia.com.br/candidiase-vaginal-recorrente-i-
definindo-conceitos/

http://www.dst.uff.br/revista13-4-2001/editorial.pdf

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