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Neurodiversidade

e TEA

“Enquanto o olhar estiver nas


limitações, será impossível enxergar
as possibilidades. Todo mundo é
diferente. Abra sua mente!”
O que é
neurodiversidade?
Desenvolvido pela socióloga australiana Judy
Singer, o termo neurodiversidade defende a ideia
de que as pessoas são diferentes por natureza e
suas conexões cerebrais também podem ser
diversificadas.

O conceito procura trazer um novo entendimento


sobre condições como TEA, TDAH, dislexia: não são
déficits, distúrbios ou deficiências, mas uma
maneira diversa de funcionamento do cérebro
humano, que requer atenção, cuidado, tratamento
e adaptações – a fim de garantir os direitos a
todos os indivíduos da sociedade.
As principais
neurodiversidades são:

Transtorno do Espectro
Autista (TEA)

Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade
(TDAH)

Altas Habilidades

Transtornos específicos
de aprendizagem
(ex. dislexia e discalculia)

Deficiência intelectual
“Nós somos todos habitantes
neurodiversos do planeta, porque
não há duas mentes neste mundo
que possam ser exatamente
iguais”
– Judy Singer, socióloga

"É só uma forma de descrever que


nossos cérebros são diferentes e,
como qualquer ser humano, não
será bom em tudo"
- Lawrence Fung, diretor do projeto de
neurodiversidade da Universidade
Stanford (EUA)
Transtorno e problema de
aprendizagem: quais as diferenças?

Transtornos de aprendizagem ocorrem por


diferentes condições neurológicas que
afetam a aprendizagem, o processamento
e assimilação de informações.

Já os problemas de aprendizagem estão


relacionados a demandas pedagógicas e
deficiências no ensino aplicados em algumas
escolas.

Por isso é necessário que haja


relacionamento entre escola, profissionais de
saúde e família para criar uma rede de apoio
para os estudantes que se encontram em
alguma dificuldade com a aprendizagem.
Sinais de Transtorno
de Aprendizagem
Os transtornos de aprendizagem podem apresentar
diferentes características e comportamentos.

Para compreender um caso relacionado a esse tipo de


transtorno é importante uma avaliação multidisciplinar e
médica especializada que fará um processo de
avaliação/investigação clínica com aplicação de testes
neuropsicológicos.

Deve-se pensar em como o transtorno afeta o cotidiano do


sujeito.

Transtornos de aprendizagem específicos


afetam a capacidade de:
Compreender ou utilizar a linguagem falada

Compreender ou usar a linguagem escrita

Compreender e utilizar números e raciocínio


usando conceitos matemáticos

Coordenar os movimentos

Focar a atenção em uma tarefa

Fonte: MANUAL MSD - Versão para Profissionais de Saúde.

Fique atento!
Não necessariamente os sintomas relatados indicam a
presença de um transtorno, mas devem ser observados em
todos os contextos e consideradas suas manifestações
individuais.
O que é TEA?

Em 2 de abril se comemora o Dia Mundial da


Conscientização do Autismo, data criada pela ONU em 2007
com o objetivo de combater preconceitos e estigmas.

Definição: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) se refere a


uma série de condições caracterizadas por algum grau de
comprometimento no comportamento social, na
comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de
interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e
realizadas de forma repetitiva.

Principais fatos sobre o TEA:


O TEA se inicia na infância e tende a persistir na
adolescência e na fase adulta.

Existem pessoas com TEA que podem viver de modo


independente, já outras podem apresentar incapacidade
e precisarão de apoio ao longo da vida.

Intervenções psicossociais, como o tratamento


comportamental e programas de treinamento de
habilidades para os pais e cuidadores, podem ajudar a
reduzir as dificuldades.

As intervenções para as pessoas com TEA precisam de


ações amplas, que tornem os ambientes físicos, sociais e
atitudinais mais acessíveis, inclusivos e de apoio.

No mundo todo, as pessoas com TEA estão sujeitas à


estigmatização, discriminação e violações de direitos.
Globalmente, o acesso aos serviços e apoio para essas
pessoas é inadequado.

Fonte: Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)


Inclusão no TEA
Considerando que geralmente o acesso aos serviços e
o apoio para essas pessoas é inadequado, é preciso
melhorar as formas de assistência e inclusão.

Essa assistência é complexa e requer a oferta de


serviços integrados: promoção da saúde, serviços de
reabilitação, setores da educação, do emprego e da
área social.

Você sabia?
Em maio de 2014 foi realizada uma assembleia
mundial de saúde pela OMS, apoiada por 60 países,
que assinaram uma resolução chamada “Esforços
abrangentes e coordenados para o tratamento dos
transtornos do espectro autista (TEA)”.

A ideia era desenvolver ações locais para lidar com o


transtorno e outros problemas de desenvolvimento.

Quantas pessoas estão no espectro? Atualmente, o


número mais aceito no mundo é a estatística do CDC
(Center of Deseases Control and Prevention), dos EUA:
há uma criança com autismo para cada 110. Estima-se
que esse número possa chegar a 2 milhões de autistas
nos EUA. No mundo, segundo a ONU, acredita-se que
há mais de 70 milhões de pessoas no espectro. A
incidência é maior em meninos, em uma relação de 4
meninos para 1 menina diagnosticados (Fonte:
Conselho Nacional de Saúde).
Níveis de suporte
Pessoas com TEA têm características e diferentes
necessidades de apoio. Por isso há uma classificação em
relação ao suporte necessário:

Suporte nível 1:

apresentam sintomas em menor intensidade,


necessitando de menos adaptações e suporte
para realizar tarefas no dia a dia.

Suporte nível 2:

apresentam sintomas em uma maior intensidade


comparado ao nível 1. Ainda conseguem realizar
atividades do cotidiano, mas precisam de um
maior acompanhamento na escola. Podem já ter
mais dificuldade em manter interações sociais e
comunicação.

Suporte nível 3:

apresentam sintomas de maior intensidade sendo


necessário auxílio em diferentes aspectos da vida.
Há perda significativa em desenvolvimento de
habilidades sociais e comunicação.
Legislação
Lei nº 13.146/2015: tem como objetivo assegurar e promover
os direitos e liberdades da pessoa com deficiência visando
sua inclusão social. Seus direitos são:

Acessibilidade

Ajuda técnica

Tecnologia assistida

Adaptações necessárias

A retirada de quaisquer
barreiras existentes

Além disso, a lei 12.764/2012 instituiu a Política Nacional de


Proteção dos Diretos da Pessoa com Transtorno do Espectro
Autista; o objetivo é responsabilizar as instituições de ensino
para a inclusão de crianças e jovens neurodiversos.

Canais para auxílio ao estudante


na rede SENAI-SP:

Analistas de Qualidade de Vida

Coordenadores pedagógicos e técnicos

Professores e instrutores das unidades


A neurodiversidade
e a inclusão
A neurodiversidade deve ser respeitada e incluída para que o
direito de todos seja garantido. Para isso, o ambiente escolar
deve promover e incentivar:

Inovação

Criatividade

Relacionamentos
interpessoais

Representatividade
Livros sobre
neurodiversidade

A verdade segundo Ginny A diferença invisível,


Moon, Benjamen Ludwig Mademoissele Caroline e Julie
(Editora Venus – 2020) Dachez (Editora Nemo – 2017)

Flores para Algernon, Daniel Lua de Larvas, Sally


Keyes (Editora Aleph – 2018) Gardner (Editora WMF
Martins Fontes – 2014)

O que me fez pular,


Naoki Higashida
(Editora Intrínseca – 2014)
Filmes e séries
sobre o tema

The good doctor (2017) Fitas (2021)

Como estrelas na Terra (2007) Gênio Indomável (1997)

Colegas (2012) Atypical (2017)


Podcasts sobre
neurodiversidade

Introvertendo:
Autismo por
Autistas

Atípicas
Podcast

Podcast
Distraídos
Materiais
de apoio

Leia mais sobre o Transtorno do


Espectro Autista (TEA)
https://bityli.com/FwCrxt

Neurodiversidade nas escolas: o papel


do professor nas educações de
crianças neurodivergentes
https://bityli.com/Z7Qeq

Neurodiversidade: qual é a sua


contribuição para o tema inclusão?
encurtador.com.br/kAMU8

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