Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sucessório
Roteiro
➢ Introdução
➢ Mitos e Riscos
➢ Riscos Empresariais
➢ Direito de Família e Sucessões
➢ Planejamento Patrimonial e Sucessório
➢ Aspectos Societários
❖ A Criação de Holdings
❖ Governança Corporativa
➢ Operações Societárias
❖ Transformações
❖ Fusões
❖ Incorporações
❖ Cisões
➢ Aspectos Tributários: Questões relevantes
➢ Modelos Ilustrativos
➢ Minutas e Modelos
➢ Exercícios
➢ Referências
➢ Encerramento
Introdução
Introdução - Empresas Familiares
O que é?
▪ É toda aquela que esteja ligada a uma família durante pelo menos duas gerações. Isto, se
essa ligação resulta em uma influência recíproca, tanto na política geral do
empreendimento, como nos interesses e objetivos da família
▪ Híbrida, onde o capital é aberto, mas a família ainda detém o controle, havendo, contudo,
maior transparência e participação na administração por profissionais não-familiares;
▪ Influência familiar, em que a maioria das ações está em poder do mercado, mas a família,
mesmo afastada da administração cotidiana, mantém uma influência estratégica através
de participação acionária significativa.
Introdução
Empresas Familiares - Representatividade no cenário econômico
Introdução
Empresas Familiares - Visão tridimensional
Legenda
1. Familiares não proprietários nem
gestores;
FAMÍLIA
2. Sócios Proprietários não gestores e não
1 familiares;
Empresa Familiar
Governança
Introdução
Empresas Familiares - Problemática existente nas empresas familiares
Mitos e riscos
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Mitos e riscos
▪ “Blindagem Patrimonial”;
Risco Trabalhista
▪ A Legislação Trabalhista opera com o conceito de “Grupo Econômico”, desde que haja
interesse integrado, efetiva comunhão de interesses e atuação conjunta das empresas
dele integrantes, para fins de responsabilização por débitos trabalhistas, tornando
responsáveis solidárias pelos débitos trabalhistas, todas as empresas do grupo que
dirige, controla ou administra a empregadora (art. 2º paragrafo terceiro / CLT).
▪ Ademais a Justiça do Trabalho, aplica indiscriminadamente a teoria da desconsideração
da personalidade jurídica para atingir os bens dos sócios nas sociedades em que a
responsabilidade é limitada, independentemente da presença dos requisitos elencados
pelo art. 50 do Código Civil.
Introdução
Risco Empresarial
Risco Consumerista
▪ O CDC estabelece no artigo 28, a desconsideração da personalidade jurídica da
fornecedora, para atingir a pessoa dos sócios ou das sociedades integrantes de grupos
societários, quando, em detrimento do consumidor, houver:
▪ abuso de direito;
▪ excesso de poder;
▪ infração da lei, fatos e atos ilícitos, violação dos estatutos ou contrato social;
Risco Tributário
▪ Os diretores, gerentes ou representantes legais de pessoas jurídicas de direito privado,
serão pessoalmente responsáveis pelos tributos devidos pela empresa, quando agirem
com excesso de poderes, infração de lei, contrato social ou estatutos (art.135, III /CTN).
▪ Apenas o sócio administrador pode ser responsabilizado pelas dívidas da sociedade, não
podendo tal responsabilidade ser estendida aos sócios que não participaram da
administração;
▪ Será necessário nexo de causalidade entre sua ação ou omissão e o débito fiscal;
ANTECENTE
▪ Atuação com excesso de poderes, infração à lei ou ao contrato social que “resulta”
na ocorrência de fatos jurídicos tributários.
▪ a atuação com excesso de poderes, infração à lei ou ao contrato social deve
mascarar a
ocorrência do fato tributário ou implicar o seu inadimplemento ;
▪ necessidade da presença do dolo;
CONSEQUENTE
▪ Contornos da relação na qual o sujeito que pratica o ilícito terá que responder
exclusivamente pelo débito tributário.
Introdução
Risco Empresarial
▪ Ocorre quando o administrador pratica algum ato, ainda que em nome da sociedade,
extrapolando os limites do contrato social ou do estatuto. É ato “além do autorizado”.
▪ Não se confunde com prática pura e simples de ato não permitido expressamente (art.
1.015 do CC).
▪ O excesso de poderes, para fins tributários, se configura quando o fato for alheio aos fins
da sociedade e provocar consequências fiscais típicas.
▪ Exemplos:
▪ Sócio de empresa exclusivamente comercial que decide passar a prestar serviços
União Estável
▪ É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher,
configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo
de constituição de família (art. 1723 do CC/2002).
▪ Comunicam-se os frutos.
Introdução
O Direito de Família e suas implicações patrimoniais
▪ Sucessão Legitima:
Art.1.829 CC – A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
▪ Sucessão Testamentária
▪ Código Civil, art. 1.857 CC: Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da
totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte.
▪ O autor da herança poderá dispor de seus bens através de testamento.
▪ Havendo herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge) o testador
poderá dispor apenas da metade da herança (disponível), sendo que a outra
metade deve ser destinada obrigatoriamente aos herdeiros necessários (legítima).
Introdução
O Direito de Família e suas implicações patrimoniais
▪ 50% - meação
▪ 25% - legítima (descendentes ou ascendentes + cônjuge sobrevivente)
▪ 25% - disponível
▪ 50% disponível.
Óbito, deixando
COMUNHÃO PARCIAL DE BENS cônjuge e 3
25 anos filhos
------------------------------------------- -------------------------------------------
Nascimento Casamento Óbito
D
D L M L
Introdução
O Direito de Família e suas implicações patrimoniais
Divórcio
COMUNHÃO PARCIAL DE BENS
25 anos
-------------------------------------------
Nascimento Casamento Divórcio
M
Introdução
O Direito de Família e suas implicações patrimoniais
Óbito, deixando
COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS conjugê e 3
25 anos filhos
---------------------------------------- ------------------------------------------
Nascimento Casamento Óbito
D
M L
Introdução
O Direito de Família e suas implicações patrimoniais
Divórcio
COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS
25 anos
------------------------------------------- -------------------------------------------
Nascimento Casamento Divórcio
M
Introdução
O Direito de Família e suas implicações patrimoniais
Óbito, deixando
SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS cônjuge e 3
25 anos filhos
------------------------------------------- -------------------------------------------
Nascimento Casamento Óbito
D L
Introdução
O Direito de Família e suas implicações patrimoniais
Divórcio
SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS
25 anos
Óbito, deixando
SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS cônjuge e 3
> 70 anos filhos
-------------------------------------------------------------- ---------------------
Nascimento Casamento Óbito
D
D L M L
Introdução
O Direito de Família e suas implicações patrimoniais
Divórcio
SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS
> 70 anos
---------------------
Nascimento Casamento Divórcio
M
Introdução
O Direito de Família e suas implicações patrimoniais
D
D L M L
Introdução
O Direito de Família e suas implicações patrimoniais
M
Introdução
O Direito de Família e suas implicações patrimoniais
Quadro Comparativo dos Regimes de Comunhão de Bens:
O Fracasso das Empresas Familiares
▪ Existe solução?
▪ Qual é a melhor alternativa?
O que é?
▪ Planejamento Patrimonial e Sucessório trata-se de um mecanismo jurídico que
permite estabelecer a sucessão patrimonial inter vivos, contendo restrições que
propiciarão a não dilapidação de patrimônio.
Como é realizado?
▪ Os Planejamentos são elaborados de forma criteriosa, levando-se em
consideração a forma de sociedade (sociedade anônima, limitada, etc.), a
composição societária (capital aberto, fechado, ou outro), o principal objetivo
(familiar ou patrimonial, por exemplo), as estratégias de negócios, a forma de
administração, as relações familiares, as finanças, o mercado, entre outros
fatores.
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Aspectos preliminares
Quais são os seus objetivos? (1)
▪ A grande desvantagem da doação é que o doador perde a livre disposição dos bens, pois
dependerá da anuência do nu-proprietário e respectivo cônjuge para a alienação dos
bens doados com reserva de usufruto.
Planejamento Patrimonial e
Sucessório
Aspectos Societários:
A criação de Holdings
Planejamento Patrimonial e Sucessório
A Criação de Holdings
O que é?
▪ Sociedade empresária com objetivo de administração de bens, móveis e
imóveis, da família, incluindo participações societárias.
Finalidade e Objetivos:
▪ Organizar o patrimônio familiar;
Exemplo: Sociedades
Empresárias
FILHO X Holding
Operacional
Sociedades
PAI Holding Familiar Empresárias
MÃE
FILHO Y Holding
Patrimonial
Patrimônio Familiar:
Imóveis;
Etc.
Planejamento Patrimonial e Sucessório
A Criação de Holdings
▪ Os bens móveis, como automóveis, por exemplo, não são recomendados para a
integralização, pois essa categoria de bens possui uma elevada taxa de depreciação.
▪ O valor monetário dos bens imóveis que serão transferidos e integralizados no capital social
da empresa será o valor constante na Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física
(DIRPF) do patriarca, do ano-calendário vigente e não pelo valor de mercado do bem;
▪ Os valores atribuídos aos bens deverão ser apurados pelo Fator de redução do
ganho de capital disponível no site da Receita Federal;
O que é?
▪ Sistema pelo qual as sociedade são dirigidas e monitoradas, envolvendo os
relacionamentos entre acionistas, conselho de administração, diretoria, auditoria
independente e conselho fiscal.
Finalidades e Objetivos
▪ Conformidade no cumprimento de institutos legais, estatutos sociais e regimentos
internos;
▪ Transparência das informações que impactam os negócios e a gestão;
▪ Prestação de contas dos administradores aos acionistas;
▪ Equidade no tratamento dos acionistas.
Introdução
Empresas Familiares - Governança Corporativa
Principais Mecanismos
▪ Mecanismos de controle (prestação e aprovação de contas, limitação de poderes, etc.);
▪ Estabelecimento de diversos níveis de deliberação;
▪ Regras claras de solução de conflitos entre os sócios e entre os administradores;
▪ Regras precisas de sucessão;
▪ Regras de alienação de quotas/ações.
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Governança Corporativa
A Administração
▪ Em uma empresa familiar, a administração deve ser exercida de maneira harmônica e eficaz,
no sentido de assegurar a organização e o profissionalismo da gestão, garantindo que a
passagem da direção para os herdeiros seja segura e livre de riscos, dando ao fundador
fundamental presença e participação nessa importante fase;
▪ Sendo assim, aplicamos as técnicas mais sofisticadas de Governança Corporativa (como a
criação de um Conselho de Família, Conselho de Administração, de um Código de Conduta,
adoção de métodos alternativos para resolução de conflitos, dentre outros) que permitem a
profissionalização e perenidade das empresas familiares;
▪ Os administradores nomeados deverão ter formação condizente com o cargo e farão jus a
uma retirada mensal a título de “pró-labore”. No caso de sócio não-administrador, este
receberá tão somente os dividendos;
▪ A quantia retirada de “pró-labore” não deve ser elevada, visto que incidirá sobre esses
rendimentos o recolhimento de INSS e Imposto de Renda.
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Conselho de Família
O que é?
▪ Órgão “extra” sociedade, vinculado a uma ou mais famílias, encarregado da sucessão
e da gestão de conflitos entre as famílias e/ou herdeiros.
Finalidades e Objetivos
▪ Solucionar os conflitos de interesses familiares;
▪ Criar regras de convivência entre família e sociedade;
▪ Permitir a convivência harmoniosa entre os herdeiros;
▪ Dar respaldo às sucessões;
▪ Colaborar com o Planejamento Sucessório.
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Conselho de Família – Aspectos Societários
Exemplo:
Conselho de
Família
Holding Familiar
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Conselho de Administração
O que é?
▪ É um órgão colegiado de uma sociedade encarregado de orientar e tomar as
decisões estratégicas do negócio;
▪ É o elo entre a propriedade (sócios) e a gestão (diretores/administradores).
Finalidades e Objetivos
▪ Evitar disputas entre os sócios na tomada de decisão;
▪ Aumentar o grau de profissionalização da sociedade;
▪ Facilitar a transferência de gestão na sucessão;
▪ Prestar contas aos sócios.
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Conselho de Administração – Aspectos Societários
Exemplo:
Holding Familiar
Conselho de
Administração
Diretoria/Administradores
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Acordo de Acionistas ou Quotistas
O que é?
▪ Documento societário que outorga validade jurídica para as regras de sucessão,
gestão e controle da sociedade, vinculando sua aplicação aos sócios/acionistas e à
própria sociedade.
Finalidades e Objetivos
▪ Disciplinar os direitos e obrigações dos sócios;
▪ Aumentar a segurança jurídica de tais direitos;
▪ Criar regras para o ingresso de herdeiros na sociedade;
▪ Definir parâmetros para saída de sócios.
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Acordo de Acionistas ou Quotistas – Aspectos Societários
Exemplo:
Holding Familiar
Acordo de
Acionistas ou
Quotistas
Planejamento Patrimonial e Sucessório
A Criação de Holdings
Exemplo: Diretoria/Administradores
Conselho de Sociedades
Empresárias
Administração
FILHO X Holding
Operacional
Sociedades
PAI Empresárias
Holding Familiar
MÃE
FILHO Y Holding
Patrimonial Patrimônio Familiar:
Imóveis;
Conselho de Acordo de Etc.
Família Acionistas ou
Quotistas
Operações Societárias
Operações
Os planejamentos podem, de alguma forma, se utilizar de operações atinentes às
reorganizações societárias que envolvem as seguintes operações:
Transformação Incorporação
Fusão Cisão
Art. 223 LSA: A incorporação, fusão ou cisão podem ser operadas entre sociedades de tipos
iguais ou diferentes e deverão ser deliberadas na forma prevista para alteração dos
respectivos estatutos ou contratos sociais.
Comprovação de quitação de
tributos e contribuições sociais
federais
➢Não há necessidade de apresentação das Certidões Negativas de
Débitos relativos aos tributos e contribuições sociais federais, para
fins de arquivamento das operações no Registro Público de Empresas
Mercantis e Atividades Afins.
Transformações (arts.
220 a 222 da LSA)
Conceito
Transformação:
❖ É o ato pelo qual uma sociedade empresária altera seu tipo societário.
EMPRESA EMPRESA
ALFA Ltda. ALFA S/A
Observações
Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar
sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.
§ 1º A assembléia-geral de cada companhia, se aprovar o protocolo de fusão, deverá
nomear os peritos que avaliarão os patrimônios líquidos das demais sociedades.
§ 2º Apresentados os laudos, os administradores convocarão os sócios ou acionistas das
sociedades para uma assembléia-geral, que deles tomará conhecimento e resolverá sobre a
constituição definitiva da nova sociedade, vedado aos sócios ou acionistas votar o laudo de
avaliação do patrimônio líquido da sociedade de que fazem parte.
§ 3º Constituída a nova companhia, incumbirá aos primeiros administradores promover o
arquivamento e a publicação dos atos da fusão.
Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade
nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.
EMPRESA ALFA
EMPRESA
GAMA
EMPRESA BETA
¹ A sociedade que surge assumirá todas as obrigações ativas e passivas das sociedades fusionadas.
² Deverá se proceder todo o processo de criação de uma nova pessoa jurídica (novo registro no Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas, inscrição estadual, municipal, alvarás de localização etc.)
Sucessão Universal
❖ Convocação e Publicação nos termos dos arts. 123, 124 e 289 da LSA – Em S.A’s de
capital aberto observar o art. 2º, §1º da Instrução da CVM nº 319/99;
❖ Convocação e Publicação nos termos dos arts. 123, 124 e 289 da LSA – Em S.A’s de
capital aberto observar o art. 2º, §1º da Instrução da CVM nº 319/99;
Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por
outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.
§ 1º A assembléia-geral da companhia incorporadora, se aprovar o protocolo da operação,
deverá autorizar o aumento de capital a ser subscrito e realizado pela incorporada mediante
versão do seu patrimônio líquido, e nomear os peritos que o avaliarão.
§ 2º A sociedade que houver de ser incorporada, se aprovar o protocolo da operação,
autorizará seus administradores a praticarem os atos necessários à incorporação, inclusive a
subscrição do aumento de capital da incorporadora.
§ 3º Aprovados pela assembléia-geral da incorporadora o laudo de avaliação e a
incorporação, extingue-se a incorporada, competindo à primeira promover o arquivamento
e a publicação dos atos da incorporação.
Art. 1.116. Na incorporação, uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes
sucede em todos os direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma estabelecida
para os respectivos tipos.
❖ A figura jurídica da incorporação não mais aparece em diversas legislações estrangeiras
(Alemanha, França, Itália, Argentina, dentre outras), pois passou a ser considerada uma
modalidade de fusão, a denominada “fusão por absorção”, onde uma sociedade é
absorvida por outra, sendo extinta.
Sucessão Universal
➢ Incorporação inversa:
❖ Divergências:
❖ Convocação e Publicação nos termos dos arts. 123, 124 e 289 da LSA – Em S.A’s de
capital aberto observar o art. 2º, §1º da Instrução da CVM nº 319/99;
❖ Convocação e Publicação nos termos dos arts. 123, 124 e 289 da LSA – Em S.A’s de
capital aberto observar o art. 2º, §1º da Instrução da CVM nº 319/99;
❖ Convocação e Publicação nos termos dos arts. 123, 124 e 289 da LSA – Em S.A’s de
capital aberto observar o art. 2º, §1º da Instrução da CVM nº 319/99;
Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio
para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a
companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu
capital, se parcial a versão.
§ 1º Sem prejuízo do disposto no artigo 233, a sociedade que absorver parcela do
patrimônio da companhia cindida sucede a esta nos direitos e obrigações relacionados no
ato da cisão; no caso de cisão com extinção, as sociedades que absorverem parcelas do
patrimônio da companhia cindida sucederão a esta, na proporção dos patrimônios líquidos
transferidos, nos direitos e obrigações não relacionados.
§ 2º Na cisão com versão de parcela do patrimônio em sociedade nova, a operação será
deliberada pela assembléia-geral da companhia à vista de justificação que incluirá as
informações de que tratam os números do artigo 224; a assembléia, se a aprovar, nomeará
os peritos que avaliarão a parcela do patrimônio a ser transferida, e funcionará como
assembléia de constituição da nova companhia.
§ 3º A cisão com versão de parcela de patrimônio em sociedade já existente obedecerá às
disposições sobre incorporação (artigo 227).
Conceito (2)
§ 4º Efetivada a cisão com extinção da companhia cindida, caberá aos administradores das
sociedades que tiverem absorvido parcelas do seu patrimônio promover o arquivamento e
publicação dos atos da operação; na cisão com versão parcial do patrimônio, esse dever
caberá aos administradores da companhia cindida e da que absorver parcela do seu
patrimônio.
Finalidade
❖ Acomodar os interesses individuais dos sócios ou acionistas;
Art. 233. Na cisão com extinção da companhia cindida, as sociedades que absorverem
parcelas do seu patrimônio responderão solidariamente pelas obrigações da companhia
extinta. A companhia cindida que subsistir e as que absorverem parcelas do seu patrimônio
responderão solidariamente pelas obrigações da primeira anteriores à cisão.
Parágrafo único. O ato de cisão parcial poderá estipular que as sociedades que absorverem
parcelas do patrimônio da companhia cindida serão responsáveis apenas pelas obrigações
que lhes forem transferidas, sem solidariedade entre si ou com a companhia cindida, mas,
nesse caso, qualquer credor anterior poderá se opor à estipulação, em relação ao seu crédito,
desde que notifique a sociedade no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data da
publicação dos atos da cisão.
Procedimento Societário: cisão total
ou parcial, com a constituição de
nova(s) Sociedade(s)
➢Fase 1: É recomendado que esta operação seja precedida da
celebração de Carta de Intenções, Memorando de Entendimentos, e, se
possível, de Due Dilligence.
❖ Convocação e Publicação nos termos dos arts. 123, 124 e 289 da LSA – Em S.A’s de
capital aberto observar o art. 2º, §1º da Instrução da CVM nº 319/99;
Procedimento Societário: cisão total
ou parcial, com a constituição de
nova(s) Sociedade(s) (2)
❖ Quórum para deliberação: aprovação de acionistas que representem metade, no
mínimo, das ações com direito a voto, salvo estipulação contratual/estatutária de
quórum maior nas companhias de capital fechado (art. 136 da LSA).
❖ Convocação e Publicação nos termos dos arts. 123, 124 e 289 da LSA – Em S.A’s de
capital aberto observar o art. 2º, §1º da Instrução da CVM nº 319/99;
❖ Convocação e Publicação nos termos dos arts. 123, 124 e 289 da LSA – Em S.A’s de
capital aberto observar o art. 2º, §1º da Instrução da CVM nº 319/99;
Procedimento Societário: cisão total
ou parcial, com versão da parcela
cindida ao patrimônio de
sociedade(s) já existente(s) (3)
❖ Quórum para instalação: 2/3, no mínimo, do capital social votante em primeira
convocação e, em segunda convocação, com qualquer número (art. 135 LSA);
▪ O ITBI (ou ITIV) é um tributo de competência municipal, que tem como fato gerador a
transmissão “inter vivos”, a qualquer título, de propriedade ou domínio útil de bens
imóveis;
Regime de tributação
▪ Em regra estará vedada a opção pelo regime tributário do SIMPLES Nacional. Esta
opção somente poderá ser feita se o objeto social for único e exclusivamente a
compra e venda de imóveis, o que não é viável;
▪ Lucro Presumido: Pessoa Jurídica cuja receita bruta total, no ano calendário anterior,
tenha sido igual ou inferior a R$ 78 milhões.
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Aspectos tributários - Questões relevantes
▪ Mesmo tendo a incidência de CSLL, PIS e COFINS, a tributação das receitas pela
pessoa jurídica é extremamente vantajosa em comparação com a tributação das
receitas operadas pela pessoa física.
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Aspectos tributários - Questões relevantes
▪ Na carga tributária das Holdings também irá incidir a tributação de PIS, com sua
alíquota fixada em 0,65% sobre a receita bruta, e COFINS, com alíquota fixada em
3% também sobre a receita bruta.
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Aspectos tributários - Questões relevantes
Total: 14,53%
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Aspectos tributários - Questões relevantes
Tributação incidente na venda de bens imóveis (Lucro Presumido):
TRIBUTO ALÍQUOTA
IRPF 15%
PIS 0,65%
COFINS 3,00%
IRPJ (8%x 15%) 1,2%
▪ É possível que as Holdings tributadas pelo lucro presumido, distribuam os seus lucros
ou dividendos mediante simples escrituração contábil, mesmo que o período-base
não esteja encerrado;
▪ Vale frisar que o ITCMD irá incidir sobre a doação de quotas com reserva de usufruto
na Holding Patrimonial. Todavia com a constituição de uma Holding Patrimonial, a
sucessão é realizada ainda em vida, reduzindo e eliminando os imposto de um
futuro processo de inventário;
▪ Portanto, as Holdings, desde que não possuam empregados, não estão obrigadas a
efetuar o recolhimento da contribuição sindical patronal.
Planejamento Patrimonial e Sucessório
Aspectos tributários - Questões relevantes
ITCMD (ou ITD) -4% à 8% sob o valor de mercado dos -2% sob o valor de mercado dos bens ou
bens ou direitos à época da direitos à época da ocorrência do fato
ocorrência do fato gerador (Estado da gerador (Estado da Bahia);
Bahia); -4% sob o valor de mercado dos bens ou
-4% sob o valor de mercado dos bens direitos à época da ocorrência do fato
ou direitos à época da ocorrência do gerador (Estado de São Paulo).
fato gerador (Estado de São Paulo).
VENDA DE BENS
15% - Ganho de capital 6,73% - sobre o valor total da operação
IMÓVEIS
SUCESSÃO
CONFORME NOVO Cônjuge é herdeiro Cônjuge não é herdeiro
CÓDIGO CIVIL
Planejamento Patrimonial e
Sucessório
Modelos ilustrativos
Exemplo 01:
X Ltda. 1% Y Ltda.
95% 5%
Administradora
de Imóveis Matriz
1% 99%
Conselho
Administração
Filial 1 Filial 4
Filial 2 Filial 5
Filial 3 Filial 6
Exemplo 02:
OFF
SHORE Sócio
LL.C Sócio PF
Ltda.
PF
Holding
HOLDING FAMILIAR Licenciamentos
Conselho
HOLDING HOLDING HOLDING de
Operacional 03 Operacional 02 Operacional 01 Administração
Novos SOCIEDADE
Negócios Operacional
Novos
Negócios LOJA
Física e Virtual
Novos ADMINISTRADORA
ADMINISTRADORA Negócios Franquias
Imóveis LOCAÇÃO
Produtos
Minutas e Modelos
Exercício
Planejamento Patrimonial e Sucessório – A prática
• O senhor e a senhora CM (casados sob o regime de comunhão
parcial de bens), os procurou para elaborar e executar o
planejamento patrimonial e sucessório de sua família (composta
pelo casal e 2 filhos solteiros – Gustavo e Giovanna).
Básicas:
•COELHO, Fábio Ulhoa; FÉRES, Marcelo Andrade (COORD.). EMPRESA FAMILIAR. São
Paulo. Saraiva. 2014.
•PRADO, Roberto Nioac; PEIXOTO, Daniel Monteiro; DE SANTI, Eurico Marcos (COORD.).
DIREITO SOCIETÁRIO: ESTRATÉGIAS SOCIETÁRIAS, PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E
SUCESSÓRIO. 2ª Ed. Série Gvlaw. São Paulo. Saraiva. 2011.
➢ Referências
Complementares:
•ANDRADE FILHO. Edmar Oliveira. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO. 2ª edição. São Paulo:
Saraiva, 2015.