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A educação das pessoas é a “rocha” onde assenta o

presente e o futuro de uma sociedade. A sua importância é


ainda maior quando um país segue uma trajetória de
perda económica face aos seus principais aliados e
parceiros, como é o caso de Portugal. Nestes casos, os
países deverão ter a preocupação de compreender quais
são as causas para o seu mau desempenho.

Portugal é um exemplo “mau” de país que se atrasa e


onde os jovens emigram cada vez mais. O diagnóstico do
que está mal na sociedade portuguesa está feito há muito,
mas continua a ser ignorado por quem está no poder e
pela maioria dos portugueses.

A educação é uma das áreas onde há muito de errado, mas


por ser uma das fundações de todo o desenvolvimento deveria
ser encarada como demasiado importante para ser ignorada.
Infelizmente, ao fim destes anos de poder, a preocupação
demonstrada pelo atual ministro não é que a educação
funcione bem ou que os portugueses qualificados estejam a
procurar trabalho noutros países.
Valorizar o mérito ou o esforço
individual dos alunos é pouco
inclusivo, porque uns têm e outros não. A filosofia do
ministério é que se uns não têm, então os outros também não
devem ter muito mais. É preferível que todos tenham pouco do
que alguns poderem ter muito e os outros pouco. Foi com
estas ideias que o atual ministro trouxe um novo paradigma
para a política educativa em Portugal.
O nosso atual sistema de ensino ainda se baseia nos
princípios de conformidade e concordância. A maioria das
pessoas ainda crê que inteligência humana é sinónimo de
bons resultados académicos. E esta é uma concepção muito
limitada de inteligência e de competência.

Elon Musk recentemente afirmou numa das suas


publicações nas redes sociais: “Odeio quando as pessoas
confundem formação académica com inteligência.
Qualquer um pode ter um diploma de bacharel e ainda
assim ser um idiota.”

Uma boa política educativa poderia mudar alguma coisa no


nosso país se a anunciada descentralização e reforço da
autonomia das escolas fosse uma realidade. Portugal é dos
países da Europa em que as escolas têm menos autonomia e
em que decisões tão simples como a contratação de um
docente são feitas para responder aos “lobbies” corporativos

e não pelo interesse na melhor aprendizagem dos alunos e no


melhor funcionamento das escolas.
Já vimos que isso não está entre as preocupações principais
da política educativa do atual ministro. Enquanto assim for,
Portugal continuará a destruir a educação e o futuro dos
portugueses, e os custos económicos e o atraso do país serão
as únicas coisas a singrar.

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