1) A política indigenista de saúde no Brasil segue os princípios do SUS, buscando atender às especificidades dos povos indígenas.
2) Ao longo da história, a política indigenista de saúde passou por mudanças em sua estrutura administrativa e foi influenciada pela participação dos povos indígenas.
3) Atualmente, a SESAI é o órgão responsável por gerir o subsistema de saúde indígena e promover a saúde das populações indígenas de acordo
1) A política indigenista de saúde no Brasil segue os princípios do SUS, buscando atender às especificidades dos povos indígenas.
2) Ao longo da história, a política indigenista de saúde passou por mudanças em sua estrutura administrativa e foi influenciada pela participação dos povos indígenas.
3) Atualmente, a SESAI é o órgão responsável por gerir o subsistema de saúde indígena e promover a saúde das populações indígenas de acordo
1) A política indigenista de saúde no Brasil segue os princípios do SUS, buscando atender às especificidades dos povos indígenas.
2) Ao longo da história, a política indigenista de saúde passou por mudanças em sua estrutura administrativa e foi influenciada pela participação dos povos indígenas.
3) Atualmente, a SESAI é o órgão responsável por gerir o subsistema de saúde indígena e promover a saúde das populações indígenas de acordo
A política indigenista de saúde é um subsistema dentro da política de saúde do
Brasil, portanto seguem os mesmos princípios e diretrizes consubstanciado dentro do sistema único de saúde ( SUS), executando-se as particularidades e especificidades de uma política diferenciada para os povos indígenas que permeiam as políticas de saúde que envolvem o SUS. A história da política de saúde para os povos indígenas vem sendo marcada por profundas mudanças de seu arcabouço prático administrativo e tem sido influenciada graças a maior participação dos povos indígenas na construção de uma política indigenista diferenciada e condizente com a realidade das populações indígenas no Brasil. As reformulações da política indigenista de saúde na década de 1980, fazem parte da reforma sanitária e compartilham dos mesmos princípios e problemas encontradas na rede de atenção básica dirigida a outros segmentos da sociedade. Esse contexto também repercutiu no âmbito de saúde indígena, quando, na década de 1990, parte das distribuições desse órgão indigenista foi repassada a outras instâncias do governo. No caso da saúde, a responsabilidade pela gestão e execução da política indigenista de saúde ficou a cargo do Ministério da saúde, o que foi firmado na primeira conferência nacional de proteção à saúde do índio realizada em 1996. A tabela sintetiza os principais objetivos, a avanços e desdobramentos de 20 anos de articulações dos povos indígenas em torno da política de saúde a eles direcionadas e que é parte da luta pelos direitos de especificidade e a alteridades das populações na história da política indigenista no País. Entre 1991 e 1994, houve uma fase de incerteza sobre a execução da política indigenista de saúde, que hora passou das mãos da Funai para o Ministério da saúde e vice-versa, em grande parte devido à falta de condições operacionais do Ministério da saúde e a inconstitucionalidade em relação a Funai com destaque para os problemas como falta de infraestrutura adequada, profissionais preparados para trabalhar com as especificidades cultural dos povos indígenas e de recursos financeiros apropriados. Nesse período foi aprovada no Congresso a lei Arouca ( Subsistema de saúde indígena, Lei 9.836 de 23/09/1999) que inseria definitivamente a temática da saúde indígena no âmbito do SUS. Em 1992, após alguns conflitos sobre as responsabilidades pela organização dos serviços de saúde entre a fundação nacional de saúde e a fundação nacional do índio, ocorreu a II Conferência de saúde indígena que aprovou o modelo DSEIs ( distrito sanitário indígena especial) como política pública e visto como alternativa para garantir uma atenção diferenciada aos povos indígenas. A implantação desses distritos pela Funasa baseia-se num modelo que não se responsabiliza pela execução direta dos serviços mas essa instituição terceiriza as ações de saúde a serem desenvolvidas nas áreas indígenas. No Brasil a atual política indigenista de saúde é um desafio para os profissionais de saúde que devem estar adequando suas ações e serviços à diversidade dos povos indígenas, de modo, que não se resume à medida que facilitem o acesso aos serviços de saúde no plano linguístico, geográfico, ou na formação de agentes indígenas de saúde e de outros profissionais. Com base no discurso oficial do modelo de DSEIS com o aditivo “novo” ela concorda que existem 3 características que o diferenciam das ações indigenistas anteriores, reconhecimento formalmente e respeito aos tratamentos realizados nas culturas indígenas, participação indígena em todas as etapas de implementação da política e por ultimo a vinculação de todas as ações do SUS. Todavia a autora considera essa mudança uma ambiguidade, haja vista que se reconhece o respeito à diferença ao mesmo tempo que se reitera a responsabilidade do órgão indigenista oficial, passando-se para outro órgão que não trata exclusivamente dos interesses dos povos indígenas. A insatisfação dos indígenas com os problemas médicos nos distritos sanitários aumentou a partir de 2004 e foi percebida por meio de revoltas e manifestações drásticas. Entre 2005 e 2006 foram vinculadas inúmeras reportagens sobre as dificuldades da Funasa na gestão da saúde indígena, em 2006 tais problemas permaneciam, ainda sem solução e mais casos vieram a público com a denúncia de irregularidades ocorridas nos DSEIs. O resultado de todo esse processo de protestos e denúncias além, da mobilização indígena, foi anunciado a criação de uma nova Secretaria especial para cuidar dos assuntos de saúde indígena SESAI que seria o órgão responsável pelas reformas no subsistema de saúde. Essa Secretaria especial era uma reivindicação antiga das organizações indígenas e após intensa mobilização deu fim em 03.08.2010, data comemorada por lideranças indígenas de todo o país que lotavam o Senado. Cabe à Secretaria especial de saúde indígena-SESAI, coordenar e avaliar as ações de atenção à saúde no âmbito do SASI-SUS, além de promover a articulação, integração dos setores governamentais e não governamentais que possuem interface com atenção à saúde indígena. É responsabilidade dela também identificar organizar e disseminar conhecimentos referentes a saúde indígena. A SESAI Integra a área do Ministério da saúde, cujo objetivo é coordenar, executar a gestão do subsistema de saúde indígena, SASISUS, tendo como principal missão gerir os sistemas, promover, garantir e recuperar a saúde das populações indígenas e orientar o desenvolvimento das ações de atenção e educação em saúde de acordo com as particularidades em consonância com o SUS.
Referência:
PALHETA, Rosiane P. Política indigenista de saúde no Brasil. V.55.
(Coleção questões da época). Página 23 a 52:Cortez,2015.E-book.ISBN 9788524923807. Disponível em: HTTPS://integrada.minhabiblioteca.com.Br/#/books/9788524923807/.