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Mesmo com a chegada da Família Real, essa situação pouco mudou. Algumas
estratégias sanitárias foram desenvolvidas, mas eram direcionadas
principalmente para a corte.
Esse cenário continuou até o final do séc. XIX e contribuiu amplamente para
que as práticas tradicionais ficassem tão arraigadas na nossa sociedade que até
hoje grande parte da população recorre a elas com muita frequência.
No final do séc. XIX, o Brasil foi assolado por fortes epidemias e a situação
chegou a um ponto tão crítico que começou a interferir na economia do país.
Os navios que garantiam nosso comércio internacional não queriam ou mesmo
não podiam mais aportar nas costas brasileiras. Com o comércio comprometido,
nosso sistema primário-exportador corria o risco de ser seriamente abalado.
O SUS surge a partir das várias lutas e movimentos que ganharam ampla força
a partir do final dos anos 1970 e que culminaram na realização da VIII
Conferência Nacional de Saúde, em 1986, momento de maior expressão da
Reforma Sanitária Brasileira.
No caso brasileiro, dez anos depois de Alma Ata o sistema de saúde (SUS)
entrou na Constituição Federal, tendo sido desenvolvido com base em muitos
dos princípios determinados na Conferência.
Além disso, precisam funcionar como o primeiro nível de contato dos indivíduos
com seu sistema de saúde e devem ser oferecidos próximo dos locais onde as
populações vivem e trabalham.
Todos esses princípios de Alma Ata são adotados pelo Brasil na construção e
também na organização do SUS, que tem a atenção primária como eixo
direcionador central.
4 - SUS: Legislação
Dessa forma, abre caminhos para a garantia dos esforços e ações intersetoriais.
Ainda amplia as responsabilidades do Estado e da sociedade nessa direção.
Promulgada alguns meses depois da Lei 8.080/90, em dezembro de 1990, essa lei
especificou as determinações relativas à forma da participação popular na gestão do
SUS, caracterizando a formação e funcionamento dos Conselhos de Saúde e das
Conferências de Saúde, nos três níveis de governo.
O Pacto pela Vida tem como objetivo central intensificar no SUS o processo da
gestão por resultados.
No entanto, apesar da força desse modelo predominante, ainda nos anos 1960,
começam a surgir novas propostas de abordagens ao doente mental, que
abrangiam seu retorno ao convívio familiar e transformações profundas no
modelo tanto das técnicas quanto dos centros específicos de tratamento.
Para a maioria dos autores, o final dos anos 1970 é o momento histórico em
que ocorre o início da chamada primeira fase da Reforma Psiquiátrica no Brasil.
Sendo mais precisos, essa primeira fase da reforma vai de 1978 até 1991 e tem
como traço principal a intensa e ampla crítica ao modelo instituído, surgindo ao
mesmo tempo em que também surgem e se intensificam os movimentos que
desencadearam a Reforma Sanitária Brasileira.
O ano de 2001 ficou ainda marcado pela realização da III Conferência Nacional
de Saúde Mental que, ainda sob o embalo da Lei 10.216, contribuiu para
efetivamente garantir maior evidência e vigor à política nacional de saúde
mental. Sobre isso, Moura (2011, p.4) ressaltou que:
Nos últimos anos, o Ministério da Saúde têm voltado a atenção para propostas
de reorganização da assistência psiquiátrica hospitalar no âmbito do SUS, e o
governo federal tem avançado em ações específicas para a atenção dos
usuários de álcool e drogas.
No cenário atual, mesmo com toda a evolução e com todas as importantes
conquistas, ainda há muito a ser feito e discutido para que se consiga alcançar
efetivamente a garantia de todos os direitos relativos à atenção dos indivíduos
portadores de transtornos mentais.
Referências Bibliográficas
AREJANO, C.B. Reforma Psiquiátrica: uma análise das relações de poder nos
serviços de atenção a saúde mental. Pato Branco: Rotta, 2006.