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Criatividade: um estudo sobre as representações

e crenças de professores do ensino médio1

Marcio Garde
Antônio dos Santos Andrade2

INTRODUÇÃO

Concepções de Criatividade

A criatividade pode ser analisada sob diferentes perspectivas teóricas. Dentre essas,

encontra-se uma corrente que irá estudar essa temática buscando uma aproximação do

estudo da criatividade com a inteligência (Guilford, 1967; Braga, 1995).

Outra perspectiva é encontrada em Torrance (1976) em que a criatividade é

caracterizada enquanto um processo: preparação, incubação, iluminação e revisão. Nesse

processo o indivíduo percebe lacunas e diante dessas passa a formar e testar hipóteses -

criando.

Uma das críticas recebidas por Torrance e Guilford apresentada por Braga, refere-

se à ausência de alusão aos determinantes psíquicos inconscientes na busca da

compreensão dos processos criativos. É na psicanálise que se tornará possível a inclusão

desses determinantes para a ampliação das definições da criatividade. Freud em diferentes

trabalhos (1908,1910,1927) irá contribuir para a compreensão da criatividade apresentando

concepções em que o ato criativo irá estar associado a sublimação e, ainda, ao próprio

desenvolvimento infantil. Para esse autor as produções artísticas e os atos criativos na vida

adulta seriam substitutos do brincar infantil, a criatividade estaria relacionada com a busca

da realização de desejos e também possibilitariam uma proteção (defesa) contra o

sofrimento.

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Este artigo foi publicado em: GARDE, M. e ANDRADE, A. S. (2003) “Criatividade: um estudo sobre as
representações e crenças dos professores do ensino médio”. IN: SEMINÁRIO DE PESQUISA, VI,
Ribeirão Preto, SP, TOMO II, LIVRO DE ARTIGOS, p. 183-192.
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Professor Assistente Doutor do Departamento de Psicologia e Educação da FFCLRP/USP. Endereço para
correspondência: Av. dos Bandeirantes, 3900 - CEP: 14.040-901 Ribeirão Preto, e-mail:
antandra@ffclrp.usp.br; home page: http://gepsed.ffclrp.usp.br/.
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Em Rogers (1987) a criatividade não será abordada enquanto um mecanismo

defensivo como apresentado pela perspectiva psicanalista, será considerada enquanto

presente nas tendências do homem para se realizar, para se desenvolver e amadurecer.

Na perspectiva de Moreno (1984,1992,1997) a criatividade passa a ser vista em sua

relação com a espontaneidade. O processo de criação para Moreno seria iniciado com o

aquecimento preparatório de um estado espontâneo que levaria a padrões de

comportamento mais ou menos organizados. O ato criativo acarreta uma transformação

integradora, no sentido do crescimento e da maturação, naquele que o realiza e também no

meio que o rodeia. A criatividade é vista enquanto capacidade de responder

adequadamente a um estímulo novo e/ou a faculdade de responder de maneira nova e

adequada a um velho estímulo.

Na literatura mais recente destaca-se a perspectiva de Alencar (1995,1997,2000) e a

ênfase dada pela autora na necessidade da valorização das habilidades para produção de

novas idéias e atitudes criativas. Destaca-se também o estudo de Predebon (2001) e a

ênfase dada por ele no papel do afeto no desenvolvimento da criatividade.

Criatividade no Professor

Na investigação sobre o “pensamento do professor”, Pacheco (1995) aponta para a

valorização da análise da vida da aula, da opinião dos alunos e das atitudes dos

professores, valorização do conhecimento e da compreensão da cognição do professor

(aspectos psicológicos, crenças, preocupação em conhecer o pensamento do professor

inserido num contexto de ação). Nesse enfoque, o estudo das crenças educativas

possibilitará a compreensão das idéias principais que guiam a ação dos professores e a

criatividade é vista como uma parte vital no processo de aprendizagem (Aranha,1992).

Alencar (1994) descreve as características do professor que podem facilitar ou

inibir a criatividade do aluno: tratar os alunos como indivíduo de valor, encorajar os


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estudantes a serem independentes, servir como modelo, aceitar os estudantes como iguais,

reconhecer e premiar o trabalho criativo.

Objetivo
Realizar um estudo sobre representações e crenças de um grupo de professores de
ensino médio de escola pública sobre as suas concepções de Criatividade, especificamente
em situações de ensino.

METODOLOGIA

1 - Participantes: doze docentes do ensino médio de uma escola estadual de

ensino fundamental e médio, nove do sexo feminino e três do sexo masculino.

2 - Local: Escola pública estadual de ensino fundamental e médio, situada em

um bairro de classe média, próximo ao centro de uma cidade do interior paulista.

3 - Procedimento de coleta de dados

Primeira etapa: Entrevista com a diretora e entrevista com a coordenadora

pedagógica, abordando os temas referentes ao histórico da escola, relacionamento dos

componentes da escola com a comunidade, relacionamento alunos e professores e

planejamento da rotina escolar. Segunda etapa: Observação participante. Nessa fase,

foram realizadas visitas à escola para o conhecimento da estrutura física e das rotinas

internas. Essas visitas foram realizadas em diferentes períodos.Terceira etapa: Entrevistas

com os professores. Em um contato inicial com o docente, o pesquisador convidava o

mesmo à participação junto ao projeto. Esclarecia os objetivos da pesquisa, assim como o

procedimento a ser realizado. No dia agendado, o pesquisador preenchia os documentos do

professor para a realização da entrevista: “Termo de consentimento livre e esclarecido” e

“Esclarecimento ao sujeito da pesquisa”. Em seguida, iniciava a entrevista propriamente

dita. Trata-se de uma entrevista semi-estruturada que foi organizada, seguindo um roteiro

composto por três blocos temáticos: 1 – Histórico de vida: abordando os itens “Minha

história profissional” e “Minhas escolhas e projetos profissionais”; 2 – Contexto


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institucional atual: incluindo “Minha prática em sala de aula” e “As relações com meus

colegas de trabalho”; 3 – Criatividade: abordando “A criatividade no ensino” e

“Criatividade”.

4 - Análise dos Dados: Análise das entrevistas com os professores: Os dados

coletados nas entrevistas com os docentes foram submetidos à análise de conteúdo,

segundo a perspectiva proposta por BARDIN (1997). O tratamento dos dados seguiu

ainda, dentro das diferentes possibilidades de análises qualitativas, a proposta definida

como Hermenêutica Dialética, apresentada por MINAYO (1998) que descreve alguns

passos para operacionalizar a análise de dados: 1) ordenação dos dados das entrevistas e

do conjunto do material de observação e dos documentos institucionais; 2) classificação

dos dados, processo que, tendo presente o embasamento teórico dos pressupostos e

hipóteses do pesquisador, é feito a partir do material coletado; 3) análise final: as duas

etapas anteriores fazem uma inflexão sobre o material empírico, movimento que se eleva

do empírico para o teórico e vice-versa, caracterizando o verdadeiro movimento dialético

na busca do significado e da especificidade dos dados.

RESULTADOS

Parte A - Descrição e funcionamento da escola

Localização e Espaço Físico: A escola está situada em uma cidade do interior do

estado de São Paulo, em um bairro residencial de classe média. As instalações

caracterizam-se por um prédio central composto por dois pavimentos (dois andares),

departamento de esportes com vestiários e almoxarifado, uma quadra de esportes coberta

e uma descoberta, um campo de futebol, biblioteca e casa do caseiro.

No andar superior, encontram-se dezessete salas de aulas. Duas dessas salas são de

tamanho diferente, uma maior - que também é utilizada como laboratório de ciências - e

outra, menor que as demais, que é utilizada por deficientes visuais. No andar inferior,
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observa-se uma cozinha, há um refeitório destinado aos deficientes visuais, e uma

despensa. No pátio interno, encontra-se uma cantina. Fora do pátio, a casa do caseiro, o

departamento de Educação Física, e a biblioteca.

Histórico e Estrutura: Fundada em 1977. A partir de 1995 a escola passou a ser

escola ciclo dois de ensino fundamental e de ensino médio, tendo também uma sala para

deficiente visual. Atualmente conta com um quadro de 87 professores, quarenta estão

atuando e os demais afastados. A escola possui dois coordenadores, dois vice-diretores, um

secretário, três auxiliares de escritório; no pátio, quatro agentes de organização escolar e

quatro agentes de serviço. Conta também com um profissional que trabalha no xerox, uma

merendeira, uma auxiliar de secretaria e um auxiliar de biblioteca, conta ainda com

profissionais voluntários. A escola funciona nos três turnos, sendo que, no período da

noite, atende apenas ao ensino médio. Tem em torno de mil e seiscentos alunos no total.

Os alunos com necessidades especiais, exceto os deficientes visuais, são inseridos nas salas

de aula comum e os professores que os recebem não possuem formação especializada para

atendê-los. É uma escola de clientela heterogênea, com alunos de diversos pontos da

cidade. As reuniões de professores são realizadas no começo do ano, nos dois dias que

antecedem o início das aulas, dias de planejamento da organização da escola, e em julho,

há um replanejamento, que é aberto à comunidade.

Parte B – Descrição dos professores

Do total de doze professores, nove são do sexo feminino e três são do sexo

masculino. Oito são casados, dois divorciados e dois são solteiros. A idade variou de 34

anos a 62 anos. Em relação ao tempo em que se encontram graduados, identificou-se uma

variação de 8 anos a 30 anos. Do total de doze professores, dois realizaram três cursos de

graduação, quatro realizaram dois cursos e seis se graduaram em um curso. Um professor

concluiu mestrado e doutorado, um concluiu o mestrado, três são especialistas, um está


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cursando o mestrado e os demais (06) são graduados. Em relação às disciplinas que

ministram, o grupo é composto por: três docentes de Língua Portuguesa, dois de

Matemática, dois de História, um de Biologia, um de Física, um de Geografia, um de

Educação Artística e um de Educação Física.

Parte C: Resultados da análise das entrevistas com os professores

História de vida

Os professores apresentaram suas trajetórias de estudo e formação, limitações e

dificuldades para concluírem seus cursos. Deixam clara a luta necessária, exigida pela

carreira, até a aprovação em concurso e efetivação como docente. Mencionaram as

constantes mudanças de escolas e cidades e a instabilidade que antecede a efetivação.

Queixaram-se das dificuldades de conciliar a vida familiar com as demandas da profissão,

disseram-se sem apoio e respaldo, mostraram-se decepcionados e assustados com as

características atuais dos alunos. Entretanto disseram-se satisfeitos com suas profissões,

afirmaram que escolheram a profissão por vocação e gosto em ensinar. Sentem orgulho da

profissão docente e a encaram como uma missão, cabendo ao professor ensinar valores e

cidadania. Compararam escolas públicas, particulares e técnicas e concluíram que os

alunos da escola pública precisam muito dos docentes e que os projetos da escola pública

possibilita uma abertura maior ao docente para desenvolver seu trabalho e formar o

cidadão. Ao desenvolverem a temática de seus projetos profissionais, selecionaram uma

diversidade de enfoques para o tema: explicaram limitações financeiras que fizeram com

que fossem extremamente racionais em suas escolhas; valorizaram emoções e sensibilidade

na busca de prazer por intermédio do exercício profissional; discorreram sobre projetos de

pesquisa; valorizaram a colaboração e a participação do aluno no desenvolvimento de

práticas e de pesquisas; reconheceram também a necessidade de buscar aprimoramento

profissional para o exercício da docência. A escola foi vista como facilitadora no


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desenvolvimento dos projetos profissionais devido à postura determinada e engajada da

diretora da instituição.

Contexto institucional atual

As percepções sobre os relacionamentos com os colegas foram variadas, alguns

docentes (em menor número) relataram que as relações são amigáveis, produtivas,

integradas e de companheirismo. Outros descreveram dificuldades de relacionamento,

isolamento, falaram da superficialidade e mostraram-se muito defendidos para o contato

com o outro. Ao descreverem suas práticas em sala de aula, citaram os recursos de que

fazem uso, detalharam as características de suas aulas, que variaram de aulas expositivas,

debates, discussões, vídeos, leituras e exercícios até atividades em grupo. Deixaram

evidente a importância de exemplos do dia-a-dia serem utilizados na discussão sobre o

conteúdo programático e também a abordagem de temas da atualidade, notícias de jornais e

revistas. Mencionaram a importância de se trabalhar a socialização, os limites e o respeito

no desenvolvimento de suas práticas com os alunos. As posturas pessoais variaram entre os

docentes, alguns disseram serem bastante controladores de seus alunos, outros deixaram

evidente que não conseguem ser respeitados, alguns enfatizaram a importância de ser

compreensivo, mas apontaram as dificuldades de manterem essa postura. A família dos

alunos foi citada como sendo ausente, o que estaria contribuindo para que as práticas dos

docentes fossem muito difíceis, diante de alunos agressivos e sem interesse por estudar.

Alguns docentes apresentaram suas estratégias para lidar com os problemas que vivenciam

na gestão da sala (dramatização, alteração no sistema de avaliação tradicional, teatro,

música, pesquisas). Entretanto mostraram-se críticos em relação a essas iniciativas por

perceberem que muitos alunos não se adaptam a elas ou não se interessam por elas.

Criatividade

Observou-se um esforço comum em procurar descrever com detalhes as práticas de

ensino e também um exercício de “construção” do conceito de Criatividade por todos do


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grupo. A fuga ao tema ocorreu em poucas situações e talvez a que demonstre mais um

caráter do grupo, ocorreu quando foram convidados a falar sobre a criatividade, no sentido

mais amplo. Em relação à classe de categoria “Criatividade no ensino”, somente um

docente mostrou uma postura resistente, limitando a sua associação, referindo-se à

criatividade como uma forma de tornar a aula mais agradável. Todos os outros docentes

foram mais colaboradores ao mencionar o assunto. Demonstraram que entendem a

criatividade no ensino enquanto um processo de reflexão e de sensibilidade, em que

caberia ao professor identificar as necessidades do aluno, buscar no cotidiano desses

subsídios para “intercambiar” com o conteúdo que pensa em trabalhar, interagindo com o

aluno, ensinando e aprendendo com ele. Repensando e recriando sua metodologia de

trabalho, valorizando o debate, a troca de idéias e o diálogo. Os docentes descreveram

algumas das dificuldades que vivenciam para desenvolver um ensino criativo, apontando

aquelas relacionadas ao próprio comportamento do aluno, outras voltadas para o próprio

despreparo do professor e também as que se relacionam com a própria instituição – sua

falta de estrutura e suas regras e normas. Evidenciaram a necessidade de investir em suas

formações e aprimoramentos para melhor motivar o aluno e desenvolver trabalhos

criativos no ensino. Diante da classe de categorias “Criatividade”, o grupo de professores

apresentou grande colaboração e bastante material diante do convite para discorrerem

sobre o tema. A maior riqueza de associações pode ser observada na categoria “Conceito

de criatividade”:

“a criatividade passa por aí(...) sair do que já tá tudo pronto, moldado essa
educação livresca, fazer com que o aluno busque, é alternativa não só pra
educação mas pra vida dele também (...) se formos olhar a origem
etimológica da palavra, eu tenho a impressão que tem muito a ver com cria,
né, trazer o que é seu, um pouco do que é seu sem reproduzir o que já tá aí a
tanto tempo(...) a espontaneidade é o primeiro passa pra criatividade, o que o
aluno espontaneamente fala, ele quer passar, ou ele quer expor em sala de
aula já é o gancho da criatividade.” (Prof.3)

“a criatividade, ela não serve pra muita coisa se você não tem conhecimento,
se eu não sei, se eu não estudei matemática, se eu não sei o fundamento da
matemática, se eu não estudei a disciplina que eu estou ministrando, a
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criatividade me vale de muito pouco, por que eu não vou ser um profissional.
Eu vou ser um palhaço, eu sou um palhaço. Se eu quiser ser criativa sem ter
embasamento teórico, vou tá sendo um palhaço, e o aluno sabe disso.”
(Prof.4)

“Ao meu ver, criatividade é transformar algo sem vida em algo excepcional,
dar um novo sentido aquilo que estava morto(...) sair de um estado de
marasmo e deixar a criatividade entrar pra que ela possa fazer algo pela
gente(...) criatividade tem inúmeras possibilidades e cada um tem sua própria
criatividade, é isso que vai deixar mais rica uma produção artística, um
quadro, uma escultura, cada um vai dar um toque pessoal.” (Prof.6)

“é, o criado passa pela emoção(...) e tem algum conhecimento também(...)


aquela criancinha que tá apreendendo o mundo agora, tudo que ela cria
também tem o lado da emoção, ou dom, sei lá que palavra ser usada aí, tem
alguma coisa que ela já traz, mas quanto mais conhecimento que ela vai
tendo, vai ajudando essa criação, vai ampliando os horizontes dela(...) não sei
se a palavra é essa dom.” (Prof.2)

“é, eu acho que pra gente ser criativo, a gente tem que estar muito atento(...)
atento ao mundo, a tudo que está acontecendo, pra gente tentar ser criativo,
por que criatividade por criatividade, assim, acho que gênio foram poucos
que tiveram nesse mundo, né, então a gente pra ser criativo a gente às vezes
até se esforça um pouquinho eu acho, e quem não tem esse dom da
criatividade, por isso eu coloquei atenção, eu acho que a gente vai ter sempre
que estar atento ao que está acontecendo ao nosso redor. Eu já aprendi muita
coisa sentada numa mesa de reunião, assim, conversando sobre outras coisas
que não tem nada a ver, de repente eu bati o olho em determinada coisa e
naquela hora eu criei alguma coisa que eu poderia usar no meu dia-a-dia de
aula, então eu acho que estar atento nos facilita a ser criativo.”(Prof.9)

“e veja, essa sua criação é sempre algo diferente, baseado no princípio antigo
e conservador, na verdade o que você faz na criatividade é remodelar algo
que você conhece(...) para criar primeiro você sonha, você sonha com alguma
coisa que você não conhece? Você sonha com o que você conhece, depois
você pensa, mais eu posso mudar isso daqui, será que não pode ser de uma
outra maneira? Então você reflete, coloca senões, sim e não, não que se for
assim, se for assado não ah, você é, parte para ação, você decide, não eu vou
criar assim e parte para a ação, depois você reavalia se aquilo lá foi uma
criatividade ou não.”(Prof.8)

Os professores mostraram a importância da relação de conhecimento, sensibilidade,

esforço, para transformar algo, dar novo sentido, recriar. Analisaram a importância do

conhecimento estar associado à criatividade para que essa seja útil. Esse processo criativo

partiria de um sonho e buscaria uma satisfação na realidade. Passado, presente e futuro

seriam considerados, sendo que na criação estaria presente algo do passado sem ser a

reprodução desse. A criatividade enquanto “dom” também foi citada. Entretanto, foi
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somado a ele o conhecimento, o esforço, a emoção. Elementos esses que, associados às

vivências com os outros, com a troca de informação e de idéias, irão facilitar a criação. A

maior dificuldade encontrada pelos docentes nessa classe parece ter sido a de conseguir

identificar a criatividade fora do contexto escolar.

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