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Conhecendo um Núcleo para Crianças e Adolescentes com

Vivência na Rua através do Olhar de seus Integrantes 1

Delma Muniz Fernandes Teotônio

Prof. Dr. Antônio dos Santos Andrade2

INTRODUÇÃO

Meninos de rua, expressão esta criada para designar crianças e adolescentes

dos extratos pobres que passam parte considerável de suas vidas, sobrevivendo nas ruas

das cidades brasileiras e porque não dizer em todo o mundo. Com essa denominação é

identificado um segmento social que, mais do que a mera familiaridade ou convívio

esporádico com a rua, faz dela o locus ordenador de seu cotidiano, de suas relações e de

sua identidade, onde esta rua passa a ser o substituto do espaço doméstico, escolar e da

vizinhança, dando lugar às relações com transeuntes, comerciantes, policiais, educadores

de rua e tantos outros.

Muito tem se produzido em várias áreas das ciências ao longo dos últimos

anos, como é o caso da Sociologia, Antropologia, Pedagogia, Psicologia. Entretanto, ainda

faltam elementos para que se tenha o contorno sobre esta questão claramente delineado de

forma a conhecê-la com abrangência, profundidade e consistência.

Segundo Costa (1990), muitos são os ângulos a partir dos quais as várias

ciências, podem captar a realidade dramática desse processo brutal de expoliação: o

economista, verá no menino de rua um filho típico daquele segmento da população que

se encontra excluído do processo produtivo ou nele se inclui de forma extremamente

aviltante. O sociólogo enxergará nele o produto do violento processo de urbanização e


1
Artigo publicado em: Biasoli-Alves, Z. M. M. e col. (Org.) Artigos do III Seminário de Pesquisa/2000 –
Tomo II, Ribeirão Preto, SP: Ed. Programa de Pós-Graduação em Psicologia da FFCLRP/USP, p. 211-218.
2
Professor Assistente Doutor do Dep. de Psicologia e Educação da FFCLRP/USP. (E-mail:
antandra@ffclrp.usp.br )
2
metropolização de amplos contingentes da população, cujos efeitos desagregadores

sobre a estrutura familiar e comunitária resultam em sua situação. O antropólogo tenderá,

ás vezes, a ver no menino de rua o representante de um outro universo cultural: a cultura

da pobreza. Um modo de ver, viver e conviver marcado pelo fatalismo, pela crença no

destino e na sorte de cada um, regulado pela lei do mais forte, onde são dispensadas, no

altar do imediatismo, as tarefas de planejamento de vida e de preparação para o futuro. Um

universo estruturado de modo divergente ou antagônico à moralidade e à legalidade

vigentes na sociedade marginalizadora, constituindo-se, apesar disso, ao fim de tudo, numa

maneira negativa de afirmar essa mesma sociedade. Diante do pedagogo, o menino de rua

será sempre um defasado, alguém que, do ponto de vista da educação formal, não está

onde deveria.
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Com relação à Psicologia, os levantamentos preliminares indicam várias

contribuições gerais de pesquisa (Farr, 1994; Brito e Macêdo, 1995; Medeiros, 1995;

Campos, 1994; Correa, 1997; Forster e cols, 1992; Guirado, 1986; Panúncio, 1995; Bazon

(1999); entre outros). Estudos desenvolvidos para grupos de meninos em situação de risco,

grupos de meninos institucionalizados, uma comparação entre a vida na rua e a vida na

instituição e outros trabalhos voltados para esta população com vivência e vida na rua

A confluência de tais preocupações implica em estudos para conhecer a

dinâmica desta população, das instituições, das relações constituídas e quais as

representações e modelos que os educadores e as crianças constróem acerca de sua

perspectiva da Instituição e do lugar delas nessa mesma Instituição. A importância deste

estudo, está na possibilidade de contribuir para a discussão sobre o quadro de deterioração

crescente das condições de vida de crianças e adolescentes expostos aos riscos pessoais e

sociais inerentes à rua, bem como constituir-se em mais um instrumento de consulta,

análise, reflexões, críticas e subsídios na formulação, desenvolvimento e avaliação de

planos de assistência à esta população em situação de rua, respeitando suas necessidades

reais e seus direitos enquanto cidadão e contribuir também na garantia de participação

deles em cada etapa de elaboração de programas assistenciais voltados a este grupo.

OBJETIVOS

Neste sentido, o presente estudo visa conhecer uma Instituição voltada ao

atendimento de crianças e adolescentes com vivência de rua, através do olhar que elas e os

educadores possuem sobre sua experiência e do lugar deles na Instituição e como se dão as

relações entre os mesmos, propiciando um detalhamento acerca das representações e

modelos sociais por eles construídos, entendendo desta forma sua dinâmica.

MÉTODO
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A presente pesquisa está sendo realizada na Instituição do Núcleo do Horto

Municipal de Ribeirão Preto, que tem como propósito atender crianças e adolescentes com

história anterior de vivência de rua, que permanecem em horário distinto ao da escola no

Núcleo, participando de diversas atividades sócio educativas voltadas ao seu

desenvolvimento.

PARTICIPANTES

Apresentar-se-á, a seguir, através de gráficos e tabelas, o perfil dos

participantes deste estudo no tocante ao sexo, idade, tempo de Instituição, escolaridade etc.

Quadro I – Síntese das características dos integrantes da Instituição

QUADRO FUNCIONAL CARACTERIZAÇÃO DA CLIENTELA


 1 Psicóloga  65 Crianças e Adolescentes
 1 Assistente Social  Ambos os Sexos
 1 Ajudante Administrativa  Idades de 07 à 14 anos
 4 Monitores  Séries variando entre 1a e 6a
 1 Cozinheira
 1 Ajudante de Cozinha

Figura 1. Porcentagem relativa ao grau de instrução dos funcionários da Insituição.


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Figura 2. Funcionários divididos por sexo.

TABELA 01: SEXO E IDADE DA POPULAÇÃO ALVO

IDADE 07-09 10-12 12-15 TOTAL


incompletos
Masculino 08 (12.31%) 14 (21.53%) 19 (29.24%) 41 (63.08 %)
Feminino 05 (7.7%) 09 (13.84%) 10 (15.38%) 24 (36.92 %)
Total 20.01% 41.54% 38.45% 65 (100 %)

TABELA 02: TEMPO DE PERMANÊNCIA DA


CRIANÇA/ADOLESCENTE NA INSTITUIÇÃO

TEMPO 5 meses 1 ANO 2 ANOS 3 ANOS 4 ANOS 5 ANOS


TOTAL 11 20 13 15 01 05 65
% 17 31 20 23 1 8 100
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TABELA 03: NÍVEL DE ESCOLARIZAÇÃO DAS CRIANÇAS /
ADOLESCENTES NA INSTITUIÇÃO

S É R I E
IDADE 1 a
2a 3
a
4 a
5a 6a TOTAL
07 -- 01 -- -- -- -- 01
08 02 01 -- -- -- -- 03
09 03 03 02 -- -- -- 08
10 -- 03 03 01 -- -- 07
11 01 01 03 06 -- -- 11
12 -- 01 07 01 01 -- 10
13 01 03 03 01 01 01 10
14 -- 02 03 04 04 -- 13
15 -- -- -- 01 01 -- 02
TOTAL 07 15 21 14 07 01 65
(%) 10.8 23.1 32.3 21.5 10.8 1.5 100

É importante ressaltar que para o presente estudo foi escolhida de forma aleatória,
uma amostra atendo-se àqueles que estavam disponíveis no momento da entrevista.
Percebe-se nas tabelas apresentadas que o sexo masculino é mais numeroso,
predominantemente também os adolescentes, o tempo de instituição gira em torno de um
ano e a 2a. série é a mais freqüentada pela amostra.

TABELA 04 : DISTRITUIÇÃO POR IDADE POR SEXO NA AMOSTRA


ESTUDADA

IDADE 07-09 10-12 12-15 TOTAL


Incompletos
Masculino 02 04 05 11
Feminino 01 03 03 07
TOTAL 03 07 08 18
(27.69%)

TABELA 05 : TEMPO DE PERMANÊNCIA NA INSTITUIÇÃO DO


GRUPO ESTUDADO

TEMPO 5 meses 1 ANO 2 ANOS 3 ANOS 5 ANOS


TOTAL 01 06 05 04 02 18
% 6 33 28 22 11 100
7
TABELA 06: DISTRIBUIÇÃO POR SÉRIE ESCOLAR DA AMOSTRA
ESTUDADA

SÉRIES 2a 3a 4a 5a 6a
TOTAL 06 04 04 02 02 18
% 34 22 22 11 11 100

COLETA DE DADOS

ETAPA 1

Pesquisa de campo (Observação participante): Toda a rotina da Instituição,

registrada num Diário de Campo e transcritas.

ETAPA 2

Entrevistas semi-estruturadas com os funcionários (09) a respeito das características

dos serviços desenvolvidos e de sua visão do funcionamento e das crianças da Instituição.

ETAPA 3

Entrevistas com as crianças e adolescentes, utilizando-se 14 fotografias da própria

Instituição e um cartão em branco como elemento de indução da entrevista, buscando pela

visão eles possuíam sobre sua experiência e o lugar deles na instituição, descrevendo o

funcionamento e como se dão as relações entre os funcionários e as crianças, propiciando

um detalhamento acerca das representações e modelos sociais por eles construídos. Neste

caso em específico, tentar-se-á compreender a variabilidade produzida pelo sujeito e não

pelo entrevistador.

Procedimento de Análise dos Resultados

Visando analisar os discursos dos entrevistados envolvidos na elaboração,


participação e coordenação do programa dirigido às crianças e adolescentes com vivência
na rua na Instituição do Núcleo do Horto de Ribeirão Preto e procurando respostas às
questões relativas à dinâmica institucional, desenvolveu-se a análise de todo o material
levantado, através das observações e entrevistas com os atores sociais e na fundamentação
teórica de cunho qualitativo (Minayo, 1996; Bardin, 1977; Bogdan e Biklen, 1994;
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Triviños, 1992 e Thiollent, 1982). Os dados da investigação foram categorizados e
distribuídos em 3 partes: "A Instituição na Perspectiva das Crianças e dos Adolescentes",
"A Instituição na Perspectiva dos Funcionários" e "A Apreciação geral da Instituição".
Estes segmentos trazem uma visão de conjunto, discorrendo sobre o funcionamento do
Núcleo do Horto, sua eficácia ou não da intervenção institucional e as alternativas que se
podem propor para a sua melhoria.

RESULTADOS
Referentes as entrevistas com as crianças e os adolescentes induzidas por fotos e
perguntas sobre as mesmas.

“A PERSPECTIVA DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES”


Após várias leituras críticas, questionadas e conferidas do material obtido
junto às crianças e adolescentes surgiram as seguintes classes de categorias temáticas:
Categorias referentes ao Núcleo, Categorias referentes as Crianças e os Adolescentes e
Categorias referentes a Temas Sociais, conforme tabela ilustrativa a seguir.

TABELA 07 : TABELA SÍNTESE DAS CATEGORIAS TEMÁTICAS DAS


CRIANÇAS E ADOLESCENTES
CATEGORIAS (NÚCLEO) FREQ.
3.1- Atividades exercidas no Núcleo 20
2.2- Briga no núcleo 10
1.2- Dificuldade de relacionamento com os funcionários 05
1.1.1- Suspensão por mal comportamento 05
1.1.2- Expulsão por mal comportamento 02
3.2- Expectativa ao sair do núcleo 02
2.1- Namoro no núcleo 01
3.3- Acidente no núcleo 01
3.4- Regras para freqüentar o Núcleo 01
CATEGORIAS (CRIANÇAS)
4.2- Desejo de ajuda 07
4.4- Desejo de trabalhar 03
4.3- Desejo de paz 02
4.5- Mudar o próprio Comportamento 02
4.1- Desejo de saber ler 01
CATEGORIAS (TEMAS SOCIAIS)
5.3.1- Os que freqüentaram e consideram-na perigosa 18
5.1- Uso de drogas 07
5.4- Uso da bolsa auxílio 05
5.2.2- Ajuda na limpeza da casa 03
5.3.2- Os que freqüentaram e consideram-na interessante 03
5.3.3- Os que nunca freqüentaram 02
5.2.1- Não consentimento da Mãe para ir à rua 02
5.5.1- Repreensão do professor 01
TOTAL 102
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Tal como se observa na Tabela 07, a Categoria “Núcleo” apareceu com

maior freqüência, onde as “As atividades exercidas no Núcleo” e “Briga no Núcleo”

estão em maior destaque pela sua freqüência na fala de muitas crianças. Na Categoria

“Temas Sociais”, destaca-se a Classe de Categoria “Os que freqüentaram a rua e

consideram-na perigosa”, onde algumas crianças e adolescentes apontam a rua como “um

lugar” não muito agradável para passar o dia.

A INSTITUIÇÃO NA PERSPECTIVA DOS FUNCIONÁRIOS

Os dados obtidos pelas entrevistas semi-estruturadas com os funcionários

foram comparados seguindo uma freqüência de ocorrência da fala de cada um, os quais

foram obtidos através de um roteiro de entrevista contendo questões orientadoras que

permitiram alcançar os objetivos desta pesquisa, visto que são bastante abrangentes e

possibilitaram aos entrevistados responderem de acordo com seu quadro de referência.

Após a análise dos dados coletados, chegou-se a 3 classes de categorias:

Agentes Institucionais, Clientela e Condição de Funcionamento da Instituição e suas

respectivas subclasses, demonstradas na tabela a seguir.

TABELA 08: TABELA SÍNTESE DAS CATEGORIAS TEMÁTICAS DOS


FUNCIONÁRIOS
Funcionários Técnicos Educadores Serviços TOTAL
de Nível Gerais
Classes de Categorias
Superior
Fr % Fr % Fr % Fr %
2.2. Comportamento da Criança e do 01 2.3 37 21.3 23 69.4 61 21.6
Adolescente
1.5. Os Problemas de Experiência Anterior e de 09 20.9 18 10.3 06 18.6 33 11.7
Treinamento dos Agentes
3.1. As Condições do local -- ---- 20 11.5 12 36.6 32 11.3
1.6. O Relacionamento entre os Agentes 10 23.3 11 6.3 08 23.6 29 10.2
3.2. Temas referentes à Bolsa Auxílio 07 16.3 13 7.5 05 15.4 25 8.8
1.3. Os problemas e Dificuldades no 02 4.7 16 9.2 06 18.3 24 8.5
Desenvolvimento das Atividades
1.4. Os Problemas de Gerenciamento 01 2.3 11 6.3 01 2.8 13 4.5
2.1. Família -- ---- 11 6.3 --- ---- 11 3.9
3.6. Gestão Administrativa Pública --- ---- 10 5.7 01 3.2 11 3.9
1.1. A Diversidade das Atividades -- ---- 09 5.2 --- ---- 09 3.2
3.4. A Condição de Servidor Público Municipal 05 11.6 04 2.3 --- ---- 09 3.2
1.7. Supervisão 03 7.0 04 2.3 --- ---- 07 2.5
1.2. Os aspectos positivos das Atividades 01 2.3 05 2.9 02 5.7 08 2.8
10
3.3. Cargo e Desvio de Função 04 9.3 01 0.6 02 6.4 07 2.5
3.5. Resistência à Mudança --- ---- 04 2.3 --- ---- 04 1.4
TOTAL 43 15.2 174 61.5 66 23.3 283 100

Como se pode observar na tabela apresentada, as freqüências se destacam

em quatro classes de categorias: “Comportamento da criança e do adolescente”, “Os

problemas de experiência anterior e de treinamento”, “Condições do local” e “O

relacionamento entre os agentes”. Nota-se também, que os depoimentos da Classe 2.2,

estão mais concentrados entre os profissionais de Serviços Gerais, havendo uma parcela de

depoimento dos Educadores. Na Classe 1.5, os depoimentos dos técnicos sobressaem

com uma pequena diferença sobre os dos Serviços Gerais. De um modo geral, os

profissionais de Serviços Gerais tiveram uma participação de mais de 50% nesse quadro.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo encontra-se em andamento, todos os resultados aqui são preliminares,

mesmo assim é possível visualizar algumas conclusões através da análise dos depoimentos

dos funcionários, crianças e adolescentes:

 Os depoimentos mais predominantes são quanto aos problemas de experiência

anterior e de treinamento dos agentes. A experiência é colocada como um pré-

requisito, necessário, para estar desenvolvendo as atividades com as crianças e

adolescentes, por facilitar a relação entre eles. Outro dado, aqui apontado, é quanto

a queixa sobre a falta de treinamento, não só de suporte para a realização das

atividades, como também, a falta de autonomia para buscar alternativas de

treinamento, tendo como conseqüência o desinteresse do serviço Público como

um todo.
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 Os agentes não recebem treinamento adequado para desenvolverem suas atividades,

bem como noções de como lidar com a criança e o adolescente do Núcleo de

acordo com as circunstâncias.

 Outra queixa se refere ao trabalho em equipe desenvolvido dentro da Instituição,

onde se destaca a dificuldade de diálogo entre os educadores e um relacionamento

não satisfatório entre eles, formando grupos à parte e dificultando a coesão e

realização das tarefas como um todo.

 Com relação as crianças e adolescentes, há uma preocupação por parte dos

funcionários quanto ao comportamento delas no que tange aos seus limites. As

queixas incidem predominantemente sobre “como impor limites à elas”, sem um

treinamento adequado, que auxilie os educadores a conseguir um melhor

relacionamento e segurança para lidar em algumas situações de confronto.

 Outro aspecto mencionado pelos entrevistados, foi “olhar a criança sem

estigmatizá-la”, o que denota através das falas, uma dificuldade de relacionamento

e aceitação dos próprios agentes em preferir tal criança em detrimento de outra.

 No tocante a Condição de Funcionamento da Instituição, são bem precárias quanto

ao estado de conservação do prédio e das estruturas para desenvolver as atividades,

apesar do privilégio de estar dentro de um Horto Florestal.

 Não há verbas necessárias para a Instituição planejar futuras atividades e nem

realizar com eficácia as atuais.

 Outro aspecto bastante mencionado, é quanto à extinção da Bolsa Auxílio,

permanecendo apenas a Renda Mínima para a família, o que diminuirá o auxílio

financeiro, levando a criança à mendicância, dentre outras implicações, a

possibilidade de abandono do Núcleo.

 Na fala das Crianças, observa-se uma predominância quanto ao Desejo de Ajuda,

onde elas manifestam seu desejo no tocante a uma maior atenção por parte da
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sociedade, do município e do Estado quanto a sua perspectiva de vida e

dificuldades pessoais e familiares que enfrentam.

 Outro dado é sobre as Atividades Exercidas no Núcleo, cujas falas denotam a

importância, a insatisfação e a preferência das crianças e dos adolescentes em

algumas atividades desenvolvidas no Núcleo, esta predominância está no lazer,

bordado e percussão. A horta é vista como desagradável.

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