10 caminhos para Engenheiros

voltarem ao mercado de trabalho

Esses últimos tempos têm sido bastante difíceis para os profissionais das áreas de
Engenharia e Industria, desde dezembro de 2015 foram mais de 1 milhão de
demissões nessas áreas. Os segmentos mais afetados foram a industria
automobilística, metalúrgica e de bens de consumo. Essa triste realidade é resultado
de uma séria crise econômica e política.
Diariamente, nós da Engeteles, recebemos mais de 100 currículos de profissionais
dos mais variados segmentos das área de Engenharia e Industria. Pensando em uma
forma de ajudar, resolvemos escrever esse artigo abordando os 10 principais
caminhos para a recolocação profissional nestas áreas. Boa Leitura!

1 - Capacitação
Uma dos principais pontos que os recrutadores buscam no perfil de um candidato é a
capacitação profissional. Todo t
ipo de curso e treinamento voltado para a sua área de atuação é valorizado. Desde
um curso de especialização, até mestrados, pós-graduações e MBA’s. Quanto mais
diferencial você tiver, melhor!
Mas no momento em que o profissional se vê sem emprego, fica difícil investir em
novos cursos e especializações. Uma ótima alternativa são os cursos gratuitos e on
line oferecidos por diversas faculdades e instituições.

Listamos alguns deles:

1. Introdução ao Controle de Sistemas (ITA)
2. Gerenciamento do Escopo de Projetos (FGV)
3. Patentes e bases legais (FGV)
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4. Serviço à Clientes: Diferencição da Oferta (ESPM)
5. Liderança de Equipes (ESPM)
6. Consumo Consciente de Energia
7. Redação Administrativa
8. Desenho Arquitetônico
9. Empreendedorismo
10. Fundamentos de Logística
11. Qualidade no Atendimento e Postura Profissional
12. Legislação Trabalhista
13. Lógica de Programação
14. Metrologia
15. Noções Básicas de Mecânica Automotiva
16. Propriedade Intelectual
17. Segurança do Trabalho
18. Trabalho em Altura
19. Tecnologia da Informação e Comunicação
20. Comunicação Efetiva
21. Comunicação no Foco Organizacional
22. Indústria da Cerâmica Vermelha
23. Indústria da Madeira
24. Indústria de Cal e Calcário
25. Indústria Moveleira
26. Trabalho em Espaços Confinados

2 Networking
Quando se tem uma rede de relacionamentos sólida e bem desenvolvida, a
recolocação se torna mais fácil. O problema é que a maioria das pessoas só pensam

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em fazer networking no momento de necessidades e isso definitivamente não é legal.

Imagine que você tenha um conhecido distante que só te procura para pedir favores,
como por exemplo: pedir uma carona, pedir dinheiro emprestado, pedir um copo de
açúcar, enfim, aquela pessoa que só pede. Não demora muito e você começará a
evitar essa pessoa. Tenho certeza que você não quer ser evitado por sua rede de
relacionamento em um momento difícil, não é?
Então, nós temos algumas dicas para um bom desenvolvimento de networking:
 Ofereça algo antes de pedir
Quando falamos em oferecer algo, não precisa ser necessariamente algo de valor
financeiro, mas sim de valor sentimental. Por exemplo: Ao ler um bom artigo na
internet, encaminhe por email para aquele velho conhecido que você não conversa há
tempos, com os dizeres: “Vi esse artigo e achei que você possa se interessar.”
Você não gastou nada e começou ali, naquele momento, uma retomada de
relacionamento. A pessoa que recebeu o artigo, automaticamente, vai sentir que
“deve” um favor a você. O nome disso é RECIPROCIDADE, dessa forma, talvez nem
precise pedir que ela lhe indique a uma vaga na empresa em que ela trabalhe, no
desenrolar da conversa ela mesmo pode propor a levar um currículo seu para o RH.
 Use os canais certos para relacionamento com cada pessoa
Muitas pessoas vivem mandando as mensagens certas, mas usam os canais errados.
Dessa forma, a mensagem perde toda a sua eficiência e acaba na maioria das vezes
sendo interpretada como um contato inconveniente.
Se alguém lhe deu um cartão em algum determinado momento, e nesse cartão contém
email e telefone, prefira sempre entrar em contato por email. As vezes os telefonemas
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soam inconvenientes. Por isso, falei primeiro por email e pergunte se pode ligar para
a pessoa e em qual horário é melhor.
Evite os contatos por redes sociais (Facebook e Tweeter, por exemplo) e aplicativos
de mensagem instantânea (WhatsApp, Messenger, etc.), sem que a pessoa tenha
entrado em contato antes. Na maioria das vezes, a pessoa usa esse tipo de canal
para assuntos descontraídos e fora do ambiente corporativo, e quando você entra em
contato com ela, tratando de um assunto corporativo, ela provavelmente irá se sentir
invadida.
 Evite abordagens pessoais em encontros por acaso
Imagine a cena: você está em um belo dia de domingo almoçando com a sua família
em uma folga desejada há semanas e de repente, chega alguém lhe pedindo uma
indicação para uma vaga. Soa um pouco estranho, não é mesmo?
O melhor a se fazer, nesse caso é cumprimentar a pessoa e falar : “Olá Fulano, quanto
tempo! Você pode me passar o seu telefone para marcarmos um café?” ou então,
“Olá, quanto tempo! Me passa o seu telefone, vamos combinar um jantar na minha
casa”.
Quando as pessoas recebem um convite, elas se sentem na obrigação de retribuir de
alguma forma.

3 Autoestima
Grande parte das pessoas que estão em busca de recolocação perdem uma das
coisas mais importantes: a autoestima!
É compreensível que o momento é uma dureza na vida de qualquer pessoa.Mas, não
podemos nos deixar abalar por isso e devemos sempre lembrar do nosso valor!
Se você se sente preparado para novos desafios, se candidate a uma vaga de um
nível hierárquico superior ao seu. Procure elevar a sua pretensão salarial de acordo
com o mercado (claro, se não estiver fora dos requisitos do processo seletivo).
Saiba o seu valor! O fato de estar desempregado não te faz um profissional ruim, não
se deixe abalar por essa fase.
Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!

4 Portfólio

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Você tem um portfólio? Uma das armas mais poderosas para uma boa recolocação
no mercado de trabalho é um portfólio sólido e bem elaborado. Use seu portfólio como
se fosse um catalogo de sua habilidades, com exemplos reais e cases de sucesso.
Liste todos os projetos que você já participou, liderou ou elaborou desde o início da
sua carreira e coloques todos organizados em algum documento do Word ou Excel.
Se tiver registro fotográfico ou em vídeo disso, melhor ainda. Você pode criar um
documento bastante rico contendo gráficos e fotos do resultados obtidos.

5 Bom Currículo
Não basta ter um ótimo currículo, se você não monta-lo para um boa apresentação.
Segue abaixo algumas dicas:

 Dados pessoais colocados no início facilitam a identificação do candidato. É

desnecessário colocar número de documentos ou referências pessoais, exceto
quando solicitado pela empresa.
 E-mail – Crie um e-mail profissional. Evite e-mails do tipo
zésucesso@provedor.com.br
 Objetivo – Indique somente uma área de interesse. Caso queira se candidatar a
oportunidades de áreas diferentes, é recomendável ter mais de um currículo com
objetivos distintos.
 Qualificações – Lembre-se de que é um resumo. Destaque no máximo quatro
principais qualificações adquiridas em experiências de trabalho formais e informais.
Suas inúmeras habilidades poderão ser demonstradas ao longo do processo
seletivo.
 Formação Acadêmica – Ordene de sua atual ou última graduação para a primeira,
obedecendo a seqüência: Curso, Instituição de Ensino, Ano de conclusão ou ano
de início e término. Coloque nível técnico ou ensino médio apenas quando for
relacionado á formação atual ou área de interesse. O mesmo vale quando já tiver
cursado mais de uma graduação.
 Experiências Profissionais – Mencione o nome da empresa e o período em que
atuou lá. Colocar informações sobre a empresa mostra que você se preocupou em
contextualizar quem analisa o currículo. É de muito bom tom usar!
 Atividades realizadas – Descreva sua experiência de forma objetiva, sempre
respondendo á sigla CAR (Contexto, Ação e Resultado).
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 Idiomas – Ao citar idiomas, detalhe seu nível de proficiência. Experiências de
intercâmbio também são muito valorizadas. Lembre-se disso!
 Formação Complementar – Inclua os treinamentos e cursos que fizer, desde que
tenham afinidade com a futura área de atuação.
 Atividades Complementares – Aproveite esse espaço para valorizar atividades
exercidas por você no meio acadêmico e social.

6 Redes Sociais a seu favor

Não é necessário dizer que estamos na era digital e que quase todos os contatos hoje
em dia são feitos de forma digital. Está cada vez mais comuns recrutadores
procurarem e avaliarem os candidatos pelas redes sociais. Certamente, você
encontrou esse artigo através de alguma de nossas redes sociais (Facebook ou
LinkedIn), assim como você poderia encontrar e se candidatar a alguma de nossas
vagas.
Veja abaixo nossas dicas de como se comportar em cada uma delas:
LINKEDIN:
O LinkedIn é uma mina de ouro, se usado da forma correta.
 Tenha uma boa foto no seu perfil! A sua foto de perfil deve condizer com a sua
atividade profissional. Nada de fotos em festas, com copo ou lata de cerveja na
mão, acompanhado do cônjuge ou dos filhos, etc. Coloque uma foto que seja o
mais próximo de como você se comporta no trabalho. Sorria!! Por mais sério que
você possa ser, um sorriso muda em até 60% a impressão que o recrutador possa
ter de você em um primeiro momento;
 Preencha seu perfil completamente e não economize nos detalhes. O LinkedIn
permite que você publique os projetos que você participou, certificados e prêmios
recebidos;
 Tenha recomendações de outros profissionais. As recomendações mais bem vistas
são a de ex-chefes e ex-professores;
 Tente ao menos uma vez por semana, fazer uma publicação rica em conteúdo
sobre algum tema que você tenha pleno domínio. Dessa forma você vai gerar
autoridade sobre a sua rede.
FACEBOOK:
 Durante o período de busca por recolocação, evite fazer postagens de cunho
político;
 Cuide da sua imagem. Cuidado com as fotos em festas e com bebidas;
 Pense como recrutador. O que você não gostaria de ver no perfil de um futuro
candidato?

7 Polivalência

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Polivalente: “Diz-se de indivíduos que têm a possibilidade de desempenhar muitas
funções diferentes;”
Quando as empresas decidem recrutar funcionários para exercer várias funções
dentro de uma célula de trabalho precisamos deixar claro ao nosso colaborador que
ele não será um quebra galho, alguém inútil que será utilizado quando não temos
ninguém para exercer aquele trabalho especifico, ele será um profissional
multifuncional, com treinamento e uma qualificação profissional e uma remuneração
maior do que qualquer outro operador mono funcional.
Na busca desses operadores polivalentes deve se analisar o perfil verificando se ele
possui algumas características abaixo:

 Ter disposição para treinamento continuo;

 Bom relacionamento Interpessoal;
 Possuir iniciativa;
 Ser responsável;
 Questionador.
Esse operador multifuncional com a troca de posto de trabalho estará sempre inserido
dentro de um princípio de melhoria continua, no qual poderá enxergar “vícios” no
processo, o qual um operador mono funcional já não consegue enxergar.
A polivalência quando comparada ao sistema tradicional de trabalho mono funcional
possui as seguintes vantagens:
 Para o colaborador uma redução da fadiga;
 Conhecimento em várias áreas;
 Aplicação de oportunidades de melhoria;
 Está apto a verificar as não conformidades;
 Redução das perdas;
 Aumento da qualidade do produto/processo;
Esse é o novo profissional que as empresas buscam no mercado de trabalho, um
profissional de mente aberta, um camaleão, alguém disposto a mudar conforme o
mercado muda sem medo de arriscar.

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Existem pessoas que têm um conhecimento fantástico em vários assuntos e não
sabem. Faça uma análise de tudo que você sabe fazer e coloque em uma lista. Mesmo
que você não tenha um experiência profissional anterior naquilo, não tem problema.
Descubra sua polivalência, o mercado gosta disso!

8 Se atualize!
Se você passou por um longo tempo sem participar de um processo seletivo, é bom
se atualizar. Por que as coisas mudaram um pouco. Existem novos canais de
comunicação, novas formas de se entrevistar um candidato e novos tipos de
processos seletivos, então, trate de se atualizar.
Um exemplo disso é a antiga Carta de Apresentação. Hoje em dia, essa carta se faz
dispensável e pode ser substituída por diversos outros itens mais interessantes e que
em um processo seletivo podem ser considerados criativos.
Você já pensou em fazer um vídeo de apresentação e enviar ao recrutado ao invés
da carta? Através do vídeo fica muito mais fácil passar confiança e mostrar sua
postura. Caso a carta de apresentação seja uma regra do processo seletivo,
obviamente ela deve ser mantida.
Veja como fazer um vídeo currículo abaixo:

9 Algumas táticas de marketing pessoal que vão te ajudar.

 Você deve ter liderança, desenvolvendo assim habilidades de influenciar pessoas
e ser um formador de opinião.
 Deve transmitir confiança aos seus chefes e companheiros de trabalho. Deve ser
a pessoa que todos sabem que se algo precisa ser bem feito, tem que ser feito por
você.
 Precisa saber o que está fazendo e porque está fazendo. Fuja de fazer apenas algo
que mandam fazer, sem saber do que se trata. Diferencie-se, torne-se um
especialista em suas atividades e o motivo para a execução delas.
 Saiba trabalhar em equipe e administrar conflitos. Mesmo que você tenha mais
habilidades em determinadas atividades, colabore para o desenvolvimento de seus
colegas de trabalho. Afinal, uma equipe coesa produz mais, melhor e com maior
satisfação.
 Saiba valorizar seu trabalho e apresente bons resultados. Tenha uma boa
visibilidade. Sempre que tiver oportunidade, além dos resultados apresente seus
projetos e idéias, mesmo que informalmente.
 Seja uma pessoa otimista e bem-humorada. Ninguém gosta de rabugentos,
aqueles profissionais cuja presença faz murchar até o pequeno cacto ao lado da
mesa. Pessoas otimistas e bem humoradas proporcionam um ambiente agradável
e irradiam bem- estar a todos à sua volta.
 Faça um bom planejamento de onde pretende chegar. Qual situação que almeja
profissionalmente, e tenha paciência. Tudo acontecerá ao seu tempo desde que,
obviamente, você direcione seus esforços para realizar-se, conforme o planejado.
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10 Mantenha a calma e não desista!

Sobre o Autor
Jhonata Teles é Engenheiro Mecânico e Engenheiro de Produção graduado pelo Centro
Universitário do Distrito Federal, Técnico em Mecânica e Técnico em Eletrotécnica formado
pelo SENAI Roberto Mange.

Especialista em Planejamento e Controle de Manutenção, Analista de Vibração com

certificação Nível 2 pela FUPAI e certificação internacional pela a instituição Canadense
Mobius Institute e especialista em Lubrificação Industrial com certificações internacionais
MLT-1 e MLA-1 pelo ICML – International Council of Machinery Lubrication.

Possui mais de 10 anos de experiência em industrias de grande porte, sempre dedicados

ao PCM, Manutenção Preditiva e Confiabilidade. Atuou como Analista de
Vibração,Consultor Técnico, Supervisor de PCM e Coordenador de Manutenção em
industrias dos segmentos alimentício, higiene e limpeza, químico, metalúrgico e cimenteiro.

Hoje é Diretor de Engenharia da Engeteles e se divide entre consultoria para empresas e o

ministro de treinamento e palestras sobre PCM, Confiabilidade Industrial e Gestão de
Manutenção.

https://br.linkedin.com/in/jhonatateles

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