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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS


CIÊNCIAS SOCIAIS - BACHARELADO

PSICOLOGIA SOCIAL

Psicologia Social e Direitos Humanos – uma análise ao longo da história

MACEIÓ – AL

2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CIÊNCIAS SOCIAIS - BACHARELADO

ELYSON VANDER DOS SANTOS

LÍVIA VITÓRIA FARIA MATIAS

Trabalho apresentado como


requisito de nota para a AB1
na disciplina de Psicologia
Social do 2º período do
curso de Ciências Sociais.

Docente: Cristóvão

MACEIÓ – AL

2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CIÊNCIAS SOCIAIS - BACHARELADO

Para destrincharmos o vigente tema de nossa pesquisa, pensamos se


fazer necessário trazer os conceitos individuais sobre “Psicologia Social” e
“Direitos Humanos” para que, assim, possa ser mais compreensível o assunto.

Segundo o blog Unicesumar, “Psicologia Social é uma área da psicologia


que faz parte das Ciências Humanas ou Saúde, visando estudar a relação dos
indivíduos com a sociedade”. Sendo assim, diferente da psicologia utilizada em
atendimentos de terapia – que se ampara na psique, isto é, na alma individual
do sujeito – a psicologia visa estudar a relação dos indivíduos para com a
sociedade, buscando a compressão dessa relação no meio social, como caráter
social.

Segundo o que diz a Unicef, “Os direitos humanos são normas que
reconhecem e protegem a dignidade de todos os seres humanos. [...] Regem o
modo como os seres humanos individualmente vivem em sociedade e entre si,
bem como sua relação com o Estado e as obrigações que o Estado tem em
relação a eles.” Dessa maneira, os direitos humanos trazem preceitos com o
objetivo de proteger a dignidade de forma imparcial para todos os seres
humanos, garantindo a qualidade de vida que, enquanto humanos, precisam. O
artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos traz que “Todos os seres
humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão
e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de
fraternidade.". Assim, há harmonia entre a humanidade ao se garantir os direitos
humanos.

Na ditadura militar do Brasil, a psicologia emerge especialmente como


uma ciência individualizada associada com os interesses militares da época, que
pertencia à elite. No entanto, a partir dos anos 70, uma parcela de psicólogos,
acompanhada de outros intelectuais, começaram a se incomodar e discutir sobre
a realidade de opressão e violência vivenciadas. Aponta-se, segundo Camino
(2000) e Hur (2013), que não apenas psicólogos brasileiros se envolviam nesse
movimento, mas, também outros da América Latina, suscitando a necessidade
de construção de uma psicologia social crítica compactuante com os problemas
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sociais vividos pelas classes populares. Com esses posicionamentos críticos, no
Brasil, levaria-se ao desenvolvimento da psicologia social comunitária, isto é,
profissionais adeptos contra o regime ditatorial, que se preocupavam com a
criação de novas práticas contrárias ao padrão supremo da época, iniciando,
assim, uma relação com as populações para a construção de estratégias para a
garantia de direitos humanos e do exercício de cidadão. Ao se efetuar essa
mudança de foco da atuação dos profissionais com uma visão
individualizada/privada para posicionamentos que visão o teor coletivo/social, a
psicologia se inseriu em espaços de discussões, agora, dos direitos humanos,
acerca dos direitos de crianças e adolescentes, idosos, luta pela igualdade de
gênero, contra a homofobia, implementação e defesa do Sistema Único de
Saúde – este como garantia de proteção à saúde dos seres humanos – na
defesa do Sistema Único de Assistência Social, no debate a respeito do sistema
prisional, medidas socioeducativas, dentre outras. Nessa conjuntura, segundo
Fernandes (2012), é necessária a compreensão que fazer e atuar na área de
psicologia é reconhecer o seu caráter politizador, identificando que seus
discursos e práticas irão impactar sobre a vida dos indivíduos, bem como em
suas representações sociais e políticas. Assim, se faz necessário com a
compreensão e atenção à complexidade e singularidade humana, o psicólogo
encontrar meios e se comprometer para a construção de uma prática eticamente
relacionada às ideias e ações de transformações sociais.
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REFERÊNCIAS

https://unicef.studio.crasman.fi/pub/public/pdf/HRBA_manuaali_FINAL_pd
f_small2.pdf

https://www.unicef.org/brazil/convencao-sobre-os-direitos-da-crianca

Artigo 1, Declaração Universal dos Direitos Humanos

Camino, L. (2000). Psicologia e Direitos Humanos: subjetividade e


exclusão. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Fernandes, M. V. T. (2012). O compromisso da Psicologia com os Direitos


Humanos. Curso de Psicologia do UniCEUB – Centro Universitário de Brasília.

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