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Mitos ou verdades: 11 dúvidas sobre EAD

Fonte: UOL

1. Pergunta:

O ensino a distância ameaça o emprego do professor?

É MITO: Este profissional é essencial para verificar o aprendizado a distância do


aluno. O computador não vai substituí-lo. O professor de EAD consegue até
acompanhar melhor o desempenho dos alunos. Isso é feito por meio de atividades
próprias dos cursos a distância, como fóruns de discussão, testes online e atividades
extras, que são em quantidade maior que nos cursos presenciais.

2. Pergunta:

A avaliação do EAD apresenta falhas porque algumas tarefas, como testes de


múltipla escolha, são corrigidas automaticamente por um sistema, e não pelo
professor?

É MITO: O EAD permite uma maior personalização no ensino que a educação


presencial porque o aluno recebe orientação individualizada. Ele acredita que o
professor tradicional não tem condições para comentar uma prova e dar retorno de
rendimento para cada um de seus alunos em apenas 50 minutos de aula. “Já no EAD, o
aluno tem a supervisão do professor e de tutores. Além disso, os testes de múltipla
escolha não são o único meio de avaliação. O tutor de EAD acompanha regularmente os
avanços do aluno no curso, , e interfere quando ele não faz exercícios, não participa de
fóruns ou não dá retorno.

3. Pergunta:

Cursos idealizados e formatados somente com videoaulas são ruins?

VERDADE: Apesar de exemplos bem-sucedidos de tutoriais e aulas em vídeos, como


a Khan Academy para os alunos da educação básica, cursos mais complexos perdem
qualidade se forem dados apenas com a exposição de vídeos e animações que explicam
o conteúdo escolar. “O melhor formato é aquele baseado em ‘comunidades de
aprendizagem’, com interação entre alunos e com professores”.

4. Pergunta:

Não dá para comparar curso a distância com curso presencial porque são
duas metodologias de ensino completamente diferentes?

VERDADE: “Podemos comparar a aprendizagem (domínio de uma competência,


uma habilidade ou um conhecimento), mas não a forma pela qual ela foi adquirida, que
pode ser presencial, a distância ou mista. “O que podemos afirmar é que a internet, e
principalmente a chegada da Web 2.0 com as redes sociais, trouxe uma nova
dimensão de comunicação que permitiu alavancar nossa vida pessoal e profissional e
a formação escolar. Esse fenômeno é irreversível e tem revolucionado os processos
pedagógicos, sem prejuízo nos resultados da aprendizagem quando comparados com
os métodos tradicionais.

5. Pergunta:

O desempenho de um estudante de EAD pode ser falsificado porque existe a


possibilidade dele colar nas provas ou colocar outra pessoa para fazer o seu trabalho?

VERDADE EM PARTE: “Se o aluno fizer a avaliação pelo computador, sem controle
ou acompanhamento, é óbvio que poderá falsificar um exame. Por isso que, em cursos
certificados ou diplomados no EAD, as provas são realizadas em polos de forma
presencial e com monitoramento e controle, como exige o MEC (Ministério da
Educação)”. De acordo com ele, a cola só ocorrerá se o sistema de controle for falho, o
que vale tanto para os cursos EAD quanto para os presenciais.

6. Pergunta:

Alguns professores de cursos presenciais e o mercado de trabalho têm


preconceito contra o EAD?

VERDADE: “Hoje vale essa máxima. O preconceito parte da ignorância, da falta de


conhecimento de como funciona o EAD. Não há outra explicação. “Por sorte, há
professores do método presencial que procuram ferramentas online para melhorar o
ensino”, diz. A coordenadora adjunta da Universidade Aberta do Brasil da UFSC
acrescenta: “Os professores que vêm trabalhar com ensino a distância acabam mudando
a tática pedagógica que era adotada em sala de aula porque percebem que o mesmo
material não funciona no EAD. O ensino a distância não tem lugar para improvisação,
as atividades são pontuais”.

7. Pergunta:

O ensino a distância é para quem interrompeu os estudos e não concluiu um


curso superior?

EM PARTE: “Hoje o grande lance do ensino a distância é a possibilidade dada à


universidade pública e à privada de sair de sua esfera e atingir municípios distantes e
menores que jamais terão uma instituição de ensino superior de qualidade. Ainda existe
o preconceito contra a aprendizagem remota, mas isso está cedendo e a média de idade
dos alunos, entre 30 e 40 anos, tende a baixar no futuro”.

8. Pergunta:

O aluno de EAD pode ficar desmotivado a estudar por não ter professores em
cima dele?
MITO: “Em muitos casos, ter um professor em cima da gente é pior. A motivação do
aluno vem da integração com outros alunos. Eles podem estudar e tirar dúvidas sozinho
ou em grupo. Além disso, há os polos presenciais da graduação a distância. É lá que o
aluno presta contas se estudou ou não aos tutores, que são formados na área de
conhecimento do curso e que esclarecem e checam os pontos da matéria que os alunos
não assimilaram”.

9. Pergunta:

Há muita distração para quem estuda em um computador?

MITO: Um bom curso de EAD é estruturado com estratégias e atividades que prendem
a atenção do estudante, e não o contrário. “É claro que um desvio, como para as redes
sociais, pode ocorrer com muita facilidade. Mas se o aluno não cumprir o que é exigido,
o tutor intervém. Se o aluno não faz uma atividade, o tutor entra em contato. Há muitas
técnicas de ensino para manter a atenção dos alunos nos estudos”.

10. Pergunta

O ensino a distância é para alunos que não têm tempo e querem tirar um
diploma sem muito trabalho?

MITO: “O ensino a distância proposto por instituições de ensino competentes pode


requerer muito mais trabalho do que em uma sala de aula presencial. Para que você
assimile o conhecimento, tem de se programar, ter disciplina, assumir o compromisso
de estudar com autonomia, gerenciando seus horários. Para aqueles que entram em um
curso qualificado, saibam que terão de trabalhar bastante para obter o diploma”.

11. Pergunta:

Preciso de um computador muito bom para acompanhar um curso de EAD?

MITO: O nível de conhecimento em informática é básico, e o computador precisa ter


configurações mínimas com um navegador de internet, pacote Office ou similar
(BrOffice), programas para abrir arquivos em PDF e rodar vídeos, além de uma conexão
de internet a partir de 500kbps para assistir a videoaulas sem pausas e interrupções.
Todos os computadores mais recentes vêm com essas funções, mas, caso haja dúvidas, a
instituição de ensino dá orientações ao aluno.

Foram entrevistados pela UOL:

Além da consultora da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância) Arlete


Guibert, foram entrevistados o coordenador de EAD da UnB (Universidade de Brasilia),
Athail Pulino, a coordenadora adjunta da Universidade Aberta do Brasil da UFSC
(Universidade Federal de Santa Catarina), Rosely Zen Cerny, e o diretor executivo da
FGV Online (Fundação Getúlio Vargas), Stavros Panagiotis Xanthopoylos.

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