Na aula de cidadania pude assistir ao filme de Laura Wandel: “Recreio”.
Este, é um filme que libertas diversas sensações no espectador, e faz-nos refletir sobre o espaço onde vivemos, e como isso afeta a vida e a mente dos outros. "Recreio” acompanha Nora, uma menina de sete anos, que vai para a escola pela primeira vez, com o irmão mais velho. Mas quando parecia ser este a tomar conta dela, é Nora quem vai ter de proteger o irmão de um grupo de rapazes que lhe fazem bullying e tornam a vida dele um tormento. Curiosamente, esta peça começa com o próprio irmão a praticar bullying a um menino de idade inferior, e pede a Nora para se afastar. Esta, ignora o que o irmão pede e vai ter com ele. Foi a partir daí que Abel começou a ser perseguido e a sofrer maldades por parte dos colegas. Com o decorrer do filme, esta prática vai se tornando cada vez pior, chegando até a trancarem Abel num caixote do lixo. Numa das cenas finais do filme, aparece a diretora da escola a falar com os agressores, e, a partir desse momento, nunca mais eles praticaram o bullying em Abel. Isto tem uma certa moralidade, e mostra que uma das formas mais fáceis e eficazes de resolver o bullying é contactar alguém mais velho, de preferência, um professor. ( que foi exatamente o que Nora, irmã de Abel, fez. ) Eu felizmente nunca sofri bullying, mas já o presenciei. Quem o pratica tem como principal foco provocar e gozar com a vítima, pura e simplesmente por esta ser diferente do padrão. Os danos causados pelo bullying podem ser profundos, como a depressão, distúrbios comportamentais e até o suicídio. Podemos identificar uma vítima de bullying escolar quando esta se recusa a ir à escola, quando esta não se comporta nem age como normalmente, e quando esta aparenta ter danos físicos, ou pequenos sinais de violência física. Como se resolve e se cura o bullying? Bem, esta é uma pergunta muito usual, mas com inúmeras respostas. Mesmo que a prática do mesmo consiga ser parada, a vítima vai ficar com traumas para a vida, podemos até usar o exemplo da folha de papel: ao ser amachucada uma folha de papel, e esta voltar a ser aberta, já não está como no início, ou seja, lisa e sem dobras. Vai voltar ao normal, mas cheia de marcas e dobras. É como o bullying: pode ser curado mas nunca consegue ser esquecido, e deixa marcas na vida e na memória de quem o sofreu. O caso que eu presenciei, envolvia um amigo meu já de infância, que sofria bullying e era excluído apenas por não seguir os padrões do resto do grupo. Felizmente, essa prática durou pouco tempo, pois passado 2 dias do ocorrido, contactamos com urgência a nossa diretora de turma, que teve uma longa conversa com os agressores. Nos seguintes dias mais nada se passou, e hoje em dia ele é uma pessoa feliz, mas nunca conseguirá esquecer o que viveu. Em resumo, mal presenciamos bullying ou sabemos de algum caso, devemos urgentemente contactar alguém mais velho, por exemplo um professor, um diretor do espaço letivo, ou os próprios pais. A partir desse momento, irá haver uma intervenção por parte deles, que fará com que o bully pare com o ato.