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Contestação oral UOL

DA NECESSIDADE DE RETIFICAÇÃO DO PÓLO PASSIVO Não obstante o Requerente ter movido a


presente ação em desfavor do PAGSEGURO, os fatos alegados na inicial dizem respeito
somente ao UNIVERSO ONLINE S/A, tendo em vista, que conforme documentos em anexo, o
PAGSEGURO é empresas do UOL, tratando-se assim, de pessoas jurídicas idênticas. Deste
modo, requer a retificação do polo passivo da presente demanda, constando apenas a
empresa UNIVERSO ONLINE S/A.

- NÃO SE COMPROMETEU A ENTREGAR QUALQUER MERCADORIA A PARTE AUTORA e - NEM


MUITO MENOS, VENDEU TAIS PRODUTOS A PARTE AUTORA.

- CUMPRE ESCLARECER QUE O PAGSEGURO APENAS INTERMEDIOU O PAGAMENTO DOS


PRODUTOS ADQUIRIDOS JUNTO AO VENDEDOR, NÃO SENDO CREDITADO NENHUM VALOR EM
FAVOR DO PAGSEGURO.

Outrossim, cumpre esclarecer que consta nos bancos de dados do PagSeguro que a parte
autora NÃO abriu disputa NO PRAZO DE 14 DIAS PREVISTOS EM CONTRATO, em razão do não
recebimento da mercadoria em questão, sendo assim, perde-se o respaldo oferecido pelo
PagSeguro.

Ocorre que no presente caso a parte autora deixou de abrir disputa no prazo contratual,
procedimento previsto para casos de eventual vício na transação realizada, o que culminou
com a transferência do valor pago pela mercadoria ao vendedor. E nem há que se falar no
desconhecimento do consumidor a respeito da necessidade de abertura de “disputa” para
alegação de eventual vício na transação, já que no e-mail de confirmação da compra o
consumidor é alertado quanto ao prazo para abertura de “disputa”,

Por outro lado, após o término do prazo de garantia previsto no contrato e ausente qualquer
notícia de vício pelo comprador, o valor pago pela mercadoria é automaticamente transmitido
ao vendedor.

Salienta-se que, a página de serviços do vendedor não fica hospedada na página de serviços do
site PagSeguro. O comprador entra na página de serviços do vendedor, que é independente, e
apenas utiliza o Serviço Pagseguro para realizar o pagamento.

a parte autora adquiriu o produto em questão na loja localizada na internet, e não do


PAGSEGURO; - a loja de que a parte autora adquiriu o produto não pertence ao mesmo grupo
econômico que o PAGSEGURO; - justamente por ter dúvidas quanto a eventuais problemas
relacionados à prestação do serviço, a parte autora contratou um serviço de intermediação no
pagamento, no caso, o PAGSEGURO; - por se tratar de SERVIÇO DE INTERMEDIAÇÃO NO
PAGAMENTO, o PAGSEGURO não se responsabiliza pela entrega do produto, mas sim

pela devolução do valor pago caso o vendedor não entrega ou vício no produto – QUE É
EXATAMENTE O CASO DOS AUTOS; - POR ÓBVIO, COMO EM QUALQUER SERVIÇO DESSA
NATUREZA, QUE OFERECE GARANTIA ESTA NÃO PODE SER OFERECIDA AD ETERNUM, TENDO O
COMPRADOR PRAZO PREESTABELECIDO PARA INFORMAR AO PAGSEGURO SOBRE EVENTUAL
FALHA NA ENTREGA DO PRODUTO OU NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO; Outrossim, cumpre
esclarecer que consta nos bancos de dados do PagSeguro que a parte autora jamais abriu
disputa. Assim, ainda que a parte autora pretendesse responsabilizar o PAGSEGURO, apenas
poderia responsabilizá-lo por falha na prestação de seu próprio serviço, falha esta que
conforme demonstrado, não houve, uma vez que os valores foram devidamente entregues ao
vendedor, ante o encerramento da disputa por parte da própria a parte autora. Reitera-se o
PAGSEGURO não vende produtos e nem serviços como o do caso em tela – razão pela qual não
é responsável por falha na prestação destes. Ao contrário do alegado pelo Requerente, o valor
pago

Não existe comprovadamente dano de ordem moral.

Ressalta-se que, com relação ao dano moral, entende a doutrina que o mero inadimplemento
contratual, mora ou prejuízo econômico não configuram, por si sós, dano moral. Logo, inexiste
dano moral a ser indenizado, uma vez que a questão objeto da presente lide é meramente
patrimonial.

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