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Índice

Introdução................................................................................................................................................................................................................. 4

UNIDADES TEMÁTICAS DE GEOMETRIA NO PROGRAMA DE ENSINO DA 6ͣᵃ CLASSE ....................................................................... 5

Observação e Sugestão: .......................................................................................................................................................................................... 19

UNIDADES TEMATICAS DE GEOMETRIA DO PROGRAMAS DO ENSINO PRIMÁRIO DA 7ª CLASSE .............................................. 21

Observação e Sugestão: .......................................................................................................................................................................................... 27

Conclusão ............................................................................................................................................................................................................... 29

Referência Bibliográfica ........................................................................................................................................................................................ 30


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Introdução

A Matemática é considerada como uma componente imprescindível na formação do homem. A evolução tecnológica e diversidade de problemas
que se colocam no dia-a-dia de qualquer sociedade realçam a necessidade de dominar vários tipos de raciocínios e de utilizar de diferentes
formas os conhecimentos matemáticos. O Plano Curricular do Ensino Primário (PCEP), constitui o pilar do Currículo do Ensino Primário em
Moçambique. Este surge como resultado da reformulação do currículo introduzido em 2004, à luz da Lei 6/92, de 6 de Maio e está alicerçado na
nova Lei do Sistema Nacional da Educação, a Lei nº 18/2018 de 28 de Dezembro. O currículo de matemática para o ensino primário está
concebido de forma a contemplar a sua adaptação ao nível do desenvolvimento e progressão dos alunos com diferentes interesses e capacidades.

O Currículo de Matemática deve estar centrado no desenvolvimento do poder matemático, porque, o poder matemático inclui a capacidade de
explorar, conjecturar, e raciocinar logicamente; para resolver problemas não rotineiros; para comunicar sobre a matemática e através dela; e para
estabelecer conexões dentro da matemática e entre a matemática e outras disciplinas. Nesta perspectiva, é responsabilidade dos professores em
escolher actividades matemáticas, que aliciem a inteligência e o interesse doa alunos, providenciar oportunidades para aprofundar a compreensão
do porque a matemática está ser estudada e das suas aplicações, organizar discurso na sala de aula de modo a despertar a atenção dos alunos,
orientar o trabalho individual em pequenos grupos e com toda a turma.
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UNIDADES TEMÁTICAS DE GEOMETRIA NO PROGRAMA DE ENSINO DA 6ͣᵃ CLASSE

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS


TEMATICA
O aluno deve ser capaz de: CONTEUDOS COMPETENCIAS BASICAS CH

O aluno:

- Desenvolver a noção de ponto,


recta e plano; 1. Pontos, rectas e planos;
 Identifica ponto através de
2. Semi-rectas e
- Verificar se um ponto pertence ou exemplos práticos;
III segmentos;
não a uma recta;  Traça rectas, semi-rectas e
Geometria: segmentos de recta.
- Representar uma semi-recta e um
 Verifica se um ponto pertence
Pontos, Rectas e segmento de recta;
ou não a uma recta;
planos.
- Reconhecer que uma semi-recta ou  Indica segmentos iguais;

Posição relativa um segmento de recta são  Associa a um segmento de recta


de duas rectas no subconjuntos de recta; uma medida.
plano
- Reconhecer que os conceito de
Geometria são essencialmente
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abstractos que os símbolos e figuras


que o representam são apenas
recursos que ajudam a entende-los; 4

- Traçar a mediatriz de um
segmento.

-Avaliar quando duas rectas no


plano são: concorrentes, paralelas  Aponta a recta que passa pelo

ou coincidentes. ponto médio do segmento ,


como sendo a mediatriz desse
- Identificar rectas: concorrentes e segmento .
3. Mediatriz de um
paralelas.
segmento e sua

- Reconhecer que rectas construção

perpendiculares são concorrentes.  Verifica quando duas rectas são


concorrentes ou paralelas;
- Construir perpendiculares com
régua, esquadro, e compasso.  Reconhece que rectas obliquas e
perpendiculares são rectas
- Construir paralelas com régua e
concorrentes;
esquadro.

4. Rectas concorrentes:  Constrói rectas perpendiculares


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com régua, esquadro e


- Rectas obliquas
compasso;

- Rectas perpendiculares
 Constrói paralelas usando réguas
- Construção de
e esquadro
perpendiculares;

5. Rectas paralelas:

- construção de paralelas

METODOLOGIAS

Exploração do espaço e forma desde os tempos remotos, o homem observando a natureza, notou que ela era constituída por objectos de variadas
formas e tamanhos. A curiosidade levou-o a estudar as propriedades das formas e a “medir” os tamanhos dos objectos, desenvolvendo uma nova
ciência, denominada “Geometria medida da terra” Um dos objectivos principais do ensino da Geometria na escola primária é doptar os alunos
com ideias e habilidades espaciais que lhes facilitarão o dia-a-dia, ou seja, o estudo dos conceitos relativo ao espaço e à forma deverão permitir
aos alunos entenderem o meio ambiente onde vivem e poderem orientar-se. Os conceitos iniciais, ligados ao espaço e à forma, são fundamentais
para as os alunos perceberem várias matérias e noções matemáticas ensinadas na escola secundária, como a “Trigonometria” que se baseia no
estudo dos ângulos ou a Álgebra Linear que se debruça sobre o segmento orientado. O professor poderá partir de exemplos concretos para
explicar as noções de: ponto, recta e plano. a) Um furo de agulha, uma estrela distante, um grão de areia, etc. dá-nos a ideia de pontos;
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b) Um fio esticado, um raio de luz que passa por um pequeno orifício, etc., dão-nos a ideia de recta.

c) Uma tampa de mesa, um quadro-negro, uma parede, etc. dá-nos a ideia de plano.

O professor poderá sistematizar que: 1. Os pontos são indicados por letras maiúsculas do nosso alfabeto.

Exemplos: A (ponto A); B (ponto B) e M (ponto M).

2. As rectas são indicadas por letras minúsculas do nosso alfabeto ou pelas letras de dois de seus pontos.

Exemplos: ____.____________.____r__ (recta r ou recta AB)

A B

3. Os planos são indicados por letras minúsculas do alfabeto grego: 𝛼(alfa), 𝛽 (Beta), 𝛾 (gama) e etc. Uma recta possui infinitos pontos. Por
isso, podemos dizer que a recta é um conjunto infinito de pontos. No desenho que representa a recta, costuma-se colocar duas pontas de seta
para transmitir a ideia de que a recta tem extensão infinita, isto é, não tem começo nem fim.

4.Num plano existe pontos infinitos. Então podemos dizer que o plano também tem uma extensão infinita, isto é, não tem começo nem fim.

5. A recta e o plano são conjuntos e o ponto é elemento desses conjuntos.

6. Actividades os professores poderão orientar aos alunos para a construção de rectas perpendiculares, paralelas, mediatriz, usando régua e
compasso.
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UNIDADE OBJECTIVOS
TEMATICA ESPECIFICOS
CONTEUDOS COMPETENCIAS BASICAS CH
O aluno deve ser capaz
O aluno:
de:

- Identificar grandezas, 1. Unidades de comprimento:  Descreve a grandeza como algo que pode
reconhecendo medida ser comparado (massa, comprimento, área,
- m, dm,cm,mm,km,hm, e dam.
como comparação de etc.).
grandezas.
 Reconhece que uma medida (número)
V - Conhecer a unidade exprime a quantidade da grandeza e a
Geometria: fundamental de unidade de medida.
unidades de comprimento, seus
 Indica as unidades de comprimento mais
comprimento múltiplos e os
usuais na vida prática (m, dm, mm e km) e
submúltiplos.
aplica-as em situações práticas.
- Converter de uma
unidade para a outra.

- Valorizar estimativas de 6
medidas de comprimento e
depois medir usando
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algum instrumento de
medida.

- Realizar estimativas de
medidas de comprimento e
depois medir usando
algum instrumento de
medida.

- Converter medidas de
2. conversão.
comprimento de uma
unidade para a outra.

Resolver problemas, 3. Aplicações em problemas


envolvendo medidas de concretos da vida prática.
comprimento.

- Valorizar o rigor e a
precisão na valorização de
instrumentos de medida.
 Relaciona as unidades de comprimento
com o sistema de numeração decimal,
fazendo transformações de unidades.
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 Usa a relação ‘‘cada unidade de


comprimento é 10 vezes maior que a
unidade imediatamente inferior’’ para
realizar conversões.

 Converte as medidas estudadas de uma


unidade para a outra, por deslocamento da
virgula.

 Resolve problemas concretos cuja solução


exige o conhecimento de transformações
de unidades de comprimento.
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UNIDADE OBJECTIVOS
TEMATICA ESPECIFICOS CONTEUDOS COMPETENCIAS BASICAS CH
O aluno deve ser capaz de: O aluno:
- Determinar perímetro de 1. Perimetro de figuras planas  Mede o contorno de uma figura
figuras planas, (quadrado, rectângulo, plana, usando unidades não
- Determinar perímetro de paralelogramo e triangulo). padronizadas para obter um número
figuras planas, aplicando que é o perímetro da figura.
VI formulas especificas para os  Aplica a definição de perímetro no
Geometria: casos de quadrado, calculo de perímetro de figuras
Perímetro rectângulo e triangulo planas como quadrado, rectângulo,
equilátero. paralelogramo e triangulo.
 Usa processos simples para
determinar perímetros por ex:
perímetro do quadrado = 4 × 1,
perímetro do rectângulo = 2(𝑐 + 1) 6
- Determinar perímetros de e perímetro do triângulo equilátero
figuras compostas. = 3 × 1.
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2. Perímetro de figuras compostas  Calcula perímetros de figuras


compostas

UNIDADE OBJECTIVOS
TEMATICA ESPECIFICOS
CONTEUDOS COMPETENCIAS BASICAS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
 Monstra a aplicação das medidas agrárias
IX o Aplicar as unidades 5. Problemas concretos
na vida corrente em problemas práticos;
agrárias para resolver envolvendo unidades
Geometria  Determina a Área de um Quadrado e
problemas concretos; agrárias;
Rectângulo e triangulo;
o Determinar as áreas
6. Área de figuras planas:  Calcula área de figuras compostas pela
de figuras planas
Unidade da Área decomposição destas em figuras já
simples;  Área de Quadrado e
conhecidas;
o Determinar as áreas Rectângulo;
Área de Figuras  Resolver problemas concretos para a
de figuras planas  Área do
planas e determinação de áreas como de campos
compostas; paralelogramo;
Unidades de futebol, parque infantil da aldeia ou da
o Resolver Problemas.  Área de losango;
agrárias cidade, garagem, etc. usando as relações
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 Área de triangulo aprendidas.

6. Área de figuras
compostas
7. Problemas compostos.

UNIDADE OBJECTIVOS
TEMATICA ESPECIFICOS
CONTEUDOS COMPETENCIAS BASICAS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
1. Ângulos: classificação de  Identificar tipos de ângulos no
o Identificar ângulos 8
ângulos de acordo com a próprio meio ambiente em que vive;
o Classificar Ângulos;
sua amplitude;  Identifica tipos de ângulos como
o Adicionar e Subtrair
2. Soma e diferença de nulo, agudo, recto, obtuso, raso e
XI medidas de ângulos;
ângulos giro;
o Subtrair medidas de
3. Ângulos complementares  Estima medidas de ângulos;
Geometria: ângulos;
4. Ângulos suplementares  Adiciona e subtrai ângulos;
o Construir ângulos;
Ângulos 5. Bissectriz de ângulo e sua  Usa transferidor para medir e
o Identificar ângulos
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complementares e construção. construir ângulos


suplementares o  Calcula o complemento e o
suplemento da medida suplemento de um ângulo dado;
de um ângulo;  Descreve em termos de equação
o Definir bissectriz de um exercícios do tipo <<qual e o
ângulo; complemento de um ângulo de
o Construir a bissectriz de medida xº?>>
um ângulo.  Define a bissectriz de um ângulo
como a semi-recta que divide o
ângulo em dois ângulos iguais;
 Construir a bissectriz de um ângulo
dado.
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UNIDADE OBJECTIVOS
TEMATICA ESPECIFICOS
CONTEUDOS COMPETENCIAS BASICAS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:
1. Unidade de volume:  Identifica o metro cúbico como a unidade
o Reconhecer as 8
𝑚2 , 𝑑𝑚3 , 𝑐𝑚3 e 𝑑𝑚; principal das unidades de volume;
unidades de volume;
2. Conversões;  Reconhece os símbolos que representam
o Reconhecer o metro
3. Volume de cubo e de os submúltiplos do metro cúbico (𝑚3 );
cúbico como a unidade
blocos;  Efectua correctamente as conversões
fundamental das
4. Resolução de 1𝑚3 = 100𝑑𝑚3 ;
XV medidas de volume;
problemas concretos. 1
1𝑑𝑚3 = 100 𝑚3 = 0,001𝑚3
o Converter medidas de
Geometria
uma unidade para 1𝑑𝑚3 = 1000𝑐𝑚3 𝑒

outra; 1
1𝑐𝑚3 = 𝑑𝑚3 = 0,001𝑑𝑚3 , 𝑒𝑡𝑐.
100
o Determinar volume de
Unidades de  Mostra que para passar de uma unidade
cubo e de blocos;
Volumes e cubo e para outra imediatamente próxima,
o Resolver problemas
de Bloco multiplica-se ou divide-se por 1000;
concretos e simples;
 Usa as formulas de volume para
o Valorizar convénios
determinar o volume de cubo e de bloco;
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do sistema Métrico  Usa estratégias simples na resolução de


decimal facilitador do problemas concretos;
intercambio de  Manifesta respeito pelos convénios
informações entre internacionais como facilitadores do
pessoas e povos. intercâmbio entre os povos.

METODOLOGIAS

Unidades de volume

Nesta unidade, antes de tudo, é importante que os alunos aprendam que há dois tipos de volume:

a) Um corpo sólido, como é o caso de uma pedra ou uma batata, não tem só um certo volume, mas possuí, também, uma forma fixa.

b) A farinha amassada, um pedaço de argila ou barro ou um copo de água têm um certo volume, mas não, necessariamente, uma forma fixa. A
farinha amassada, o barro ou a argila, bem como a água podem tomar diferentes formas dependendo do recipiente.

Uma boa introdução desta noção consiste no recurso a dois recipientes, contendo areia (ou água, se disponível). O professor pode procurar dos
alunos qual dos recipientes contém mais areia e como podem provar a veracidade da resposta. Há duas estratégias diferentes. A primeira é
simplesmente comparar. Na segunda pode-se questionar sobre a quantidade de areia contida em cada recipiente. A resposta a esta segunda
questão requer uma unidade de medida. Uma caixa de fósforos ou uma garrafa de coca-cola podem ser tomadas como unidades informais.
Depois da discussão desta questão importante, é pertinente mencionar que a garrafa de coca-cola pode ser de tamanho diferente. Explique então
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aos alunos o que aprenderam acerca de diferentes tipos de padrões aceites localmente e as consequências disso. No passo seguinte, é momento
oportuno para introduzir o 1 m3. O metro cúbico (1m3) é o volume de cubo cujas arestas têm 1m de comprimento.

Exemplo de actividades O professor pode orientar os alunos para estabelece a relação entre a capacidade e volume dos objectos da vida real. Por
exemplo: potes e panelas de barro, latas de diferentes capacidades e volumes.

Se dividirmos cada aresta em partes iguais e unirmos os pontos de divisão por segmentos, vamos obter 1 000 (10 x 10 x 10) cubos de aresta 1 dm
e, consequentemente, volume de 1 dm3. Logo, 1 m3= 1 000 dm3. O “espaço” ocupado por um sólido (objecto qualquer) se exprime por uma
grandeza denominado volume do sólido. A unidade fundamental de volume é o metro cúbico.

Abreviatura km3 hm3 dm3 m3 dm3 cm3 mm3

Nome Metro cúbico Decímetro Centímetro Milímetro


cúbico cúbico cúbico
Quilómetro Hectómetro Decâmetro
cúbico cúbico cúbico

Unidade
fundamental
das medidas

Múltiplos do metro cúbico de volume Submúltiplos do metro cúbico


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Transformação de unidades

Como neste caso, para passar de uma unidade para outra imediatamente próxima, multiplicamos ou dividimos por 1 000, cada espaço
corresponde a três casas de decimais. Logo, a quantidade de casas decimais que devemos contar ao deslocar a vírgula, é sempre o triplo dos
espaços entre as unidades. Os alunos devem calcular os volumes de paralelepípedo rectângulo e volume do cubo.

Capacidade:

Quando estamos interessados em saber a quantidade de líquido que cabe num recipiente, quer dizer que estamos interessados em saber a sua
capacidade. O volume interno de um recipiente é chamado de capacidade. A unidade de medida utilizada na medição de capacidades é o litro.

Se estivéssemos interessados em saber o volume do recipiente em si, a unidade de medida utilizada nesta medição seria o metro cúbico.

Observação e Sugestão:

Em relação analise e observações feita pelo grupo, no que tange, nas unidades temáticas sobre a Geometria no programa de ensino da 6a têm se:

Os procedimentos metodológicos que se sugerem neste programa constituem apenas um enquadramento e uma sistematização de experiencias e
prácticas pedagógicas de professores que, de modo exemplar, vem obtendo resultados satisfatórios no ensino-aprendizagem da Geometria em
moçambique.

Em relação abordagem da geometria nas unidades temáticas da 6a classe os conteúdos encontram-se bem sequenciados;
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Neste programa nas abordagens temáticas estão traçadas as metas a serem alcançadas pelos alunos subdirecção do professor contando com a sua
perícia pedagógica e arte.

Observa-se que a primeira unidade temática sobre geometria (pontos, rectas e planos) são dedicadas a revisão da classe anterior;

Sabendo que um dos objectivos da geometria é dotar as ideais e habilidades que lhes facilitem gerir o quotidiano, as abordagens supracitadas
permitirão o entendimento do meio ambiente onde vivem e descobrir o caminho para onde se guiar.

O currículo da matemática para o ensino primário sobre a geometria e sua sequencia esta concebido de forma a contemplar a sua adaptação ao
nível do desenvolvimento e progressão dos alunos com diferentes interesses e capacidades geométricos.

São sugeridas, igualmente, algumas estratégias e actividades pedagógicas a luz de recentes estudos nacionais e internacionais sobre o ensino e
aprendizagem da linguagem geométrica.

Abordagem metodológica que se propõe neste programa não perde de vista os princípios geométricos que nortearam a sua elaboração.

A sugestão da concepção deste programa de ensino, é de melhorar a eficácia e a eficiência no que diz respeito a qualidade do processo de ensino-
aprendizagem, potenciando desta forma o professor, dando-lhe uma ferramenta valiosa que oferece maior compreensão dos objetivos,
finalidades de ensino e que facilite as sua actividades no processo de ensino da geometria.
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UNIDADES TEMATICAS DE GEOMETRIA DO PROGRAMAS DO ENSINO PRIMÁRIO DA 7ª CLASSE

UNIDADE OBJECTIVOS
TEMATICA ESPECIFICOS
CONTEUDOS COMPETENCIAS BASICAS CH
O aluno deve ser capaz
O aluno:
de:

-Identificar ângulos CONCEITOS BÁSICOS DA -Resolve problemas e equações 12


complementares, GEOMETRIA 1. Ângulos: -Ângulos relacionados com ângulos
suplementares e ângulos complementares, suplementares e complementares, suplementares e
determinados por uma opostos pelo vértice; -Ângulos ângulos determinados por uma secante a
secante a duas rectas determinados por uma secante a duas rectas paralelas vinculados à vida e
paralelas; -Resolver duas rectas paralelas (opostos pelo a outras disciplinas. -Distingue
equações onde são vértice, alternos internos ou externos polígonos regulares dos polígonos
conhecidos ângulos para e correspondentes). 2. Polígonos: - irregulares. -Aplica as propriedades
determinar o Classificação de polígonos quanto sobre a soma das medidas dos ângulos
complementar, o aos lados com 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9; - internos de um triângulo na resolução
suplementar, o oposto; Ângulos internos e externos de um de equações e problemas. -Resolve
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ângulos alternos polígono; -Noção de apotegma; 3. problemas geométricos relacionados


III
internos ou externos e Triângulos: -Triângulos acutângulos, com a circunferência e o círculo,

GEOMETRIA correspondente; - obtusângulos e rectângulos - vinculados à vida e às outras


Classificar polígonos Construção de triângulos; - disciplinas.
(1) quanto ao número de Construção da altura, mediana e da
lados; -Classificar bissectriz no triângulo isósceles; -
triângulos quanto à Ângulos de um triângulo: Teorema
amplitude dos ângulos; - sobre a soma das medidas de
Construir altura, ângulos internos de um triângulo;’ -
mediana e a bissectriz Ângulo externo de um triângulo; 4.
no triângulo isósceles; - Circunferência e círculo: -Conceito
Aplicar a propriedade de circunferência e círculo; -O
sobre os ângulos centro, o raio, o diâmetro, a corda e
internos de um triângulo o arco; -Construção da
na resolução de circunferência; -Semi-circunferência
equações; -Diferenciar e semi-círculo. 5. Sólidos
circunferência do geométricos: – Propriedades dos
círculo; -Identificar sólidos geométricos e sua
centro de uma classificação.
circunferência, o raio,
corda e o diâmetro; -
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Descrever as
propriedades dos sólidos
geométricos.

METODOLOGIAS

Um dos objectivos do ensino da Geometria é dotar os alunos de ideias e habilidades espaciais que lhes facilitem gerir o quotidiano. Para o efeito,
isto significa que os conceitos referentes à geometria poderão permitir-lhes entenderem o meio ambiente onde vivem e descobrirem o caminho
para onde se guiar. Outrossim, tais conceitos permitir-lhes-ão desenhar e construir uma variedade de objectos reais. A partir de sólidos
geométricos construídos pelos alunos com o auxílio do professor, eles devem distinguir os sólidos regulares dos irregulares.

O professor deverá interagir com os alunos de modo a relacionar os objectos reais da vida com os sólidos geométricos. Nesta perspectiva, deverá
trabalhar com os alunos de modo a decompor e compor sólidos geométricos e, com eles, classificar as figuras que se formam através da
decomposição dos sólidos. Nesta unidade, os alunos desenvolvem habilidades de pintura, colagem e modelagem dos sólidos geométricos e
agrupá-los de acordo com a sua forma e características. Além disso, eles podem resolver problemas relacionados com os ângulos, polígonos,
triângulos, circunferência e círculo. Para o aluno fixar a parte que corresponde aos ângulos correspondentes, verticalmente opostos e alternos
internos, sugere-se que o professor, ilustre cada um dos casos e use medidas concretas em alguns casos e, quando necessário, para justificar a
explicação. É importante que o professor leve o aluno, através da ilustração, a entender o que são ângulos complementares e suplementares, com
a descrição da equação correspondente a cada situação. O aluno deverá calcular o complemento ou o suplemento de um ângulo dado, numa
equação que representa cada caso. Importa salientar que, antes de determinar o valor de x, que é a medida do ângulo desejado, o professor deverá
orientar o aluno para descrever a equação correspondente a cada situação. A classificação de triângulos é uma matéria que o aluno já conhece.
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Nesta classe, o aluno deve fazer a sistematização, explicando como se classificam os triângulos, de acordo com a medida dos seus lados e dos
seus ângulos. Quanto ao teorema sobre os ângulos internos de um triângulo e ângulo externo, é imprescindível a aplicação em exercícios
concretos. Portanto, o aluno deverá resolver equações, onde e quando se conhece, por exemplo, o ângulo externo e um dos ângulos do triângulo,
encontrar as medidas dos outros ângulos do triângulo, tendo em conta que o ângulo externo é suplementar ao ângulo interno adjacente a ele.
Para a distinção da circunferência do círculo, inicialmente, o professor deverá explorar, com os alunos, situações reais que se assemelhem com
circunferência ou círculo. Depois desta recolha de informações, o professor poderá orientar os alunos a identificarem os elementos de uma
circunferência (o raio, o diâmetro, a corda e o centro), como já foi visto nas classes anteriores. Por fim, identificar o arco, semi-circunferência e
semi-círculo. Através da experimentação, a aprendizagem torna-se mais motivante porque o aluno constrói a sua própria aprendizagem. Neste
contexto, o professor deverá planificar actividades que despertam e reforçam a aprendizagem, levando o aluno a relacionar o aprendido com o
seu dia-a-dia. Para a introdução do conceito de sólidos geométricos, é importante que o aluno encontre, por via trabalho de pesquisa, o
significado de sólido geométrico, dando exemplos concretos a partir de um rectângulo gerado de um cilindro, planificação de cilindro, pirâmide
e cubo, mostrando as relações existentes entre triângulo, círculo ou uma esfera. Ao introduzir os conceitos de cilindro e cone, incluindo os seus
elementos e a sua classificação, o professor poderá seguir uma via similar à usada na introdução do prisma e da pirâmide.
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UNIDADE OBJECTIVOS
TEMATICA ESPECIFICOS
CONTEUDOS COMPETENCIAS BASICAS CH
O aluno deve ser capaz de:
O aluno:

-Determinar o perímetro de GRANDEZAS E MEDIDAS 1.


figuras compostas; -Determinar Perímetro: -Perímetro de figuras
o perímetro de polígonos compostas por rectângulos, quadrados,
regulares e irregulares; - triângulos ou circunferência; -
Determinar a área das figuras Perímetro de polígonos regulares e
planas: trapézio e losango; - irregulares; 2. Áreas de figuras planas: 24

Determinar a área do círculo; - -Área do trapézio; -Área do círculo; -


Determinar a área de figuras Área do losango; -Área da parte
V compostas; -Determinar a área tracejada; -Área de figuras compostas
de polígonos regulares: por rectângulo, quadrado,
GEOMETRIA E
pentágono e hexágono; - paralelogramo ou triângulo; -Áreas de
MEDIDAS
Determinar volume dos sólidos polígonos regulares: Pentágono e
(2) geométricos: Prisma recto, hexágono; -Área total do cubo, prisma
cilindro, pirâmide rectangular, recto, cilindro de revolução e pirâmide
cone e esfera. rectangular; 3. Volume de sólidos
geométricos: -Prisma recto, cilindro,
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pirâmide rectangular, cone e esfera.

METODOLOGIAS

Para se obter o perímetro de figuras compostas por rectângulos, quadrados, triângulos ou circunferência, é mais sugestivo partir de uma aula
prática com recurso aos meios de fácil acesso com o formato de figuras planas em estudo. Para o caso da circunferência, o aluno deverá partir da
medição com o fio do comprimento de objectos, com formato da circunferência e, depois, poderá entender que a medida do comprimento da
circunferência é um pouco mais que o triplo da medida do seu diâmetro. Será conveniente trabalhar com objectos de diferentes tamanhos. O
professor poderá proceder do mesmo modo, para o cálculo da área do círculo, experimentalmente, para provar que a superfície do círculo é algo
maior do que o triplo do quadrado do seu raio. A outra sugestão é que o aluno parta do conhecimento que possui sobre a área do rectângulo e do
triângulo, para deduzir as áreas do paralelogramo, trapézio e losango. Importa realçar que o professor deverá mostrar ao aluno que a área do
paralelogramo é igual à área do rectângulo, com as mesmas dimensões; e a área do triângulo é a metade da área de um paralelogramo. Para a
determinação das áreas do pentágono e hexágono, o professor deverá tomar, como base da dedução, a área de um polígono regular com n lados,
que se sobrepõe à área do círculo, tendo o apótema igual ao raio desse círculo. Sugere-se, igualmente, que o professor fale da área do semi-
círculo, a partir da área do círculo, assim como a área do quadrante, (quarta parte do círculo) associando-o às percentagens e à área da coroa
circular. Na introdução das fórmulas do cálculo das áreas do cilindro e do cone, o professor orienta os alunos a obterem as fórmulas de cálculo
das áreas laterais (AL), da base (AB) e a área total dos sólidos geométricos em estudo, desfazendo estes no plano, isto é, partido da planificação
de cada sólido. Convém assinalar que no cálculo de áreas e volumes do prisma, devem ser considerados apenas prismas rectos de base triangular
e rectangular. Para o tratamento da fórmula para calcular a área da pirâmide, o professor poderá seguir uma via similar à usada com o prisma e,
para o cálculo do seu volume, o professor poderá usar um prisma e uma pirâmide que tenham a mesma base e a mesma altura; e, daí, deduzir, de
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forma prática, a fórmula correspondente. Quanto ao volume de sólidos geométricos, é importante recordar que a medição de volumes está
acompanhada de construção de cubinhos em

que, para além de saber medir volumes, se exige, também, a habilidade de visualizar o espaço, isto é, os alunos devem imaginar a quantidade de
cubinhos usados na construção de cada figura, tendo em conta que nem todos os cubinhos são visíveis. Os alunos poderão resolver problemas de
volume de prisma recto, cilindro, pirâmide rectangular, cone e de esfera.

Observação e Sugestão:

Em relação analise e observações feita pelo grupo, no que tange, nas unidades temáticas sobre a Geometria no programa de ensino da 7ª classe
têm se:

A sequência organizacional apresentada é adequada, pois é antecedida por uma revisão, revisão esta que tende a melhorar a perceção de um dos
conteúdos da classe anterior (6a classe) de modo a facilitar assimilação dos conteúdos subsequentes, isto porque, tais conteúdos abordam
aspectos vistos nas unidades da classe anterior.

Neste programa nas abordagens temáticas estão traçadas as metas a serem alcançadas pelos alunos subdirecção do professor contando com a sua
perícia pedagógica e arte.

Como se pode notar nas unidades temáticas o programa de ensino da geometria propõe uma distribuição dos conteúdos por trimestre de forma
transversal, ou seja, em cada trimestre sugere-se o tratamento de uma abordagem geométrica de modo a combinar a geometria com outras
unidades temáticas.

As sugestões aqui apresentadas apelam ao professor para a necessidade de não as tomar como receitas a serem seguida a risca. Constituem sim
ideias que vao ajudar o professor a criar ou procurar outras novas, tendo em conta as condições locais da aprendizagem.
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Segundo Mattar (1936:33) citada por Vergani, T(1992:59) ‘’ A CRIATIVIDADE poe em causa o imobilismo intelectual e a passividade ou ao
conformismo resignado a rotina’’. É de recordar que os conceitos deverão ser abordados tendo em conta a experiencia do aluno e numa situação
concreta. Também o professor deverá estar atento aos diferentes pontos de vista e níveis de progressão e efectiva aprendizagem do aluno.

Na planificação das aulas, o professor devera garantir que os exemplos propostos asseguram a efectiva integração da matemática do meio social
do aluno, bem como a interdisciplinaridade.

Estas sugestões são apenas resumo o geral de cada unidade e não constarão como orientações tema por tema ou aula por aula. Sugerimos que em
cada unidade, o professor avalie o que o aluno aprendeu ou não, através de exercícios complementares que testem efectivamente a aprendizagem
dos objectivos traçados. Estes execicios deverão ser dados de varias formas.

De realçar que, as sugestões metodológicas aqui apresentadas servem para as duas classes. Caberá ao professor e de acordo com a classe, dosear
a sua aplicação.
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Conclusão

Desta feita, chegando ao término do trabalho é verificado que os programas das referidas classes apresentam uma sequencia organizacional
sistematizada, sequencia esta que facilita a mediação e assimilação dos conteúdos da Geometria. Os procedimentos metodológicos que se
sugerem neste programa constituem apenas um enquadramento e uma sistematização de experiencias e prácticas pedagógicas de professores que,
de modo exemplar, vem obtendo resultados satisfatórios no ensino-aprendizagem da Geometria em moçambique.

O currículo da matemática para o ensino primário sobre a geometria e sua sequencia esta concebido de forma a contemplar a sua adaptação ao
nível do desenvolvimento e progressão dos alunos com diferentes interesses e capacidades geométricos.

Tendo como uma das sugestões. igualmente, algumas estratégias e actividades pedagógicas a luz de recentes estudos nacionais e internacionais
sobre o ensino e aprendizagem da linguagem geométrica.
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Referência Bibliográfica

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BIANCHINI, Edwaldo ( 2002a). Matemática 7ª Série. Editora Moderna, São Paulo.

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CALADO, J. Jorge (1963). Compêndio de Álgebra. 2ª ed. Maranus, Porto.

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Enciclopédia Mirador Internacional, Enciclopédia Britânica do brasil Lda, (1981).

Maria E. Baptista e Maria T. Furtado (s/d). Explorando a Matemática. 9º ano, - Porto Editora.

FERNANDES, António N. P.(s/d) Elementos de geometria para 3º, 4º e 5º Anos de liceus. Maranus, Porto.

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