Você está na página 1de 1

No Brasil, o tema do patrimônio histórico passou a ser mais valorizado, em uma

perspectiva política que lhe permitiu melhor estruturação, a partir da década de 1920,
quando foram “elaborados os primeiros projetos de lei a esse respeito” [2], indicando
uma “preocupação com a salvação dos vestígios do passado da nação, e, mais
especificamente, com a proteção de monumentos e objetos de valor histórico e artístico”
[3], com o envolvimento do Estado [4].

a criação do primeiro órgão nacional de preservação do patrimônio, o SPHAN –


Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ainda em caráter provisório em
1936, cuja atuação foi regulamentada pelo Decreto-lei no 25/37.

Nesse momento, os intelectuais modernistas pretendiam construir uma tradição


brasileira, ao mesmo tempo em que buscavam a criação de uma nova linguagem
estética necessariamente contrária às correntes brasileiras preexistentes.

Barroco aconteceu por ser reconhecido como a primeira manifestação cultural


tipicamente brasileira

É nesse contexto que o arquiteto Luís Saia se destaca como personagem importante
para a inserção da arquitetura paulista no cenário preservacionista nacional;

ESTUDO DO ARQUITETO LUIS SAIA

Em 1939, o arquiteto Luís Saia iniciomu no Brasil os primeiros restauros completos de


edifícios: construções em taipa de pilão, raros remanescentes do século XVII e
princípios do XVIII na região de São Paulo. Suas realizações nesse campo têm marcas
do “restauro reconstrutivo”. Saia se destacou no órgão pelo rigor teórico e metodológico,
visão global e crítica e dedicação aos estudos históricos.

Saia constatou que, embora bem deterioradas, muitas das antigas casas rurais
encontradas puderam manter, “mesmo quando parcialmente mutiladas (...), a mesma
clareza do plano primitivo”
Em alguns casos o arquiteto conservou integralmente as soluções plásticas e técnicas”
apesar do mau estado em que se encontravam. - Como as casas dos Sítios de Padre
Inácio, Mirim, Calú, Querubim, Ressaca e Mandu - Mas em outros, algumas casas –
como a do Sítio São Romão e a do Santo Antônio - tiveram modificações e agregações
parciais, tardias e visíveis.

O arquiteto publicou em 1972 um livro intitulado Morada Paulista

Saia atuou, ao mesmo tempo, no CONDEPHAAT (fundado em 1967), onde foi


conselheiro e por onde conseguia realizar alguns projetos. Uma das propostas
relacionadas à arquitetura cafeeira, não realizada, foi o projeto ‘500 fazendas’, que seria
um trabalho conjunto entre o IPHAN-SP e o CONDEPHAAT.

• Fotografias de Germano Graeser


• Arquivo do IPHAN – SP, registrado pelo antigo SPHAN

Você também pode gostar