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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIENCIAS EXATAS E DA TERRA

INSTITUTO DE QUÍMICA

Resumo sobre apresentação do seminário de Org. III

Síntese de poliuretanos termoplásticos altamente funcionalizados e


suas possíveis aplicações

Aluno: Emanuel Bruno C. D. Elias

Natal

Julho / 2020
Resumo apresentado à disciplina de
química orgânica III, correspondente à avaliação
da 2º unidade do semestre 2020.5 sob
orientação do Prof. Renata Mendonça Araujo.

Natal

Julho / 2020
Introdução

O tema a ser abordado foi o dos polímeros termo plásticos, que são
caracterizados por possuírem um misto de regiões cristalinas e não cristalinas
em sua estrutura, são polímeros particularmente rígidos a temperatura
ambiente, porém quando aquecidos são bastante maleáveis. Devido a rigidez
do polímero a temperatura ambiente, são quebradiços, porém, as propriedades
físicas e mecânicas desses polímeros podem ser alteradas de acordo com os
monômeros a serem utilizados no processo de polimerização.

Para fazer modificações nas propriedades dos polímeros, podem ser


tomados dois segmentos, o segmento flexível que no processo de síntese
utiliza um di-isocianato junto com um diol de cadeia cumprida. Outro segmento
que pode ser seguido é o segmento rígido, que utiliza os mesmos reagentes do
segmento flexível, porém o diol usado é de cadeia curta.

O artigo escolhido aborda a área dos polímeros termoplásticos, mais


especificamente o poliuretano termoplástico (TPU). O artigo propunha o
desenvolvimento do (TPU) altamente funcionalizado pretendendo conservar as
propriedades do (TPU) “puro”. Após a produção do (TPU) com o grupo azida, o
polímero poderia ser usado para produção de filmes finos e fibras poliméricas
para utilização em processos de eletrofiação e revestimentos por rotação.

Desenvolvimento

O processo relatado no artigo para a produção do TPU funcionalizado se


dividiu em três etapas.

1º etapa:

Produção dos monômeros para o processo de polimerização.


Primeiramente foi sintetizado o polidiol que seria usado em conjunto com a di-
idrazina, o polidiol foi sintetizado usando dois epóxidos, a epicloroidrina e o
tetrahidrofurano (THF), o agente iniciador utilizado para o processo de
polimerização foi o BF3 que é um ácido de Lewis, também foi usado o 1,4-
butadiol para fazer o controle dos monômeros e assim controlar as
propriedades físicas e mecânicas desejadas.

O seguinte mecanismo mostra o primeiro processo de formação do poli-


diol sintetizado.

Mecanismo:

2º etapa:

A segunda etapa consistiu no processo de funcionalização do poli-diol


sintetizado com o íon azida. O processo de funcionalização funciona com um
mecanismo do tipo Sn2, os reagentes usados para o processo foram a azida
de sódio junto com o poli-diol sintetizado.

Mecanismo:

3º etapa:

A terceira etapa foi o processo de polimerização do TPU-AZIDO, o


processo ocorreu entre o poli-diol funcionalizado com a azida e a di-idrazina
(MDI) na presença do 1,4-butadiol que age como um espaçador da cadeia de
polimerização.
O mecanismo para o processo de polimerização e mostrado a seguir.

Caracterizações:

Dois dos processos utilizados para fazer a caracterização dos


monômeros usados e do polímero funcionalizado pós síntese foi o de FT-IR e o
RMN de 13C.

Na análise de FT-IR do poli-diol sintetizado na Figura 1, pode-se


constatar a presença da azida no poli-diol através da comparação entre o
espectro do diol antes do processo de funcionalização em preto e o espectro
pós funcionalização em vermelho, a constatação se deu através do pico na
região de 2106 cm-1 que é referente a azida, e o desaparecimento do pico em
747 cm-1 que era referente ao grupo CH2C.
Fig.1 Espectro referente a análise de FT-IR do poli-diol sintetizado.

Já na análise de RMN de 13C, que mostra o ambiente químico em que o


carbono se encontra, também se conseguiu identificar a presença do carbono
pertencente ao grupo CH2N3 em torno de 54 ppm, e na comparação entre os
espectros de RMN antes e depois do processo de funcionalização Figura 2
(em preto e vermelho) pode-se constatar o desaparecimento de um pico em 43
ppm que era proveniente do grupo CH2Cl que foi substituído.
Figura 2 espectros de RMN de 13C dos monômeros antes e depois da
funcionalização

Conclusão:

As conclusões obtidas no artigo foram que era possível sintetizar o


monômero e posteriormente funcionaliza-lo com a azida, e posteriormente
sintetizar o TPU-AZIDO com um alto gral de funcionalização, e mesmo assim
preservando as propriedades físicas e mecânicas como processabilidade e
flexibilidade. Posteriormente o TPU-AZIDO poderia ser usado para produção
de filmes finos e fibras para os processos de eletrofiação e revestimentos por
rotação.

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