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POSICIONAMENTO MAMOGRAFICO

EMENTA

Mediolateral Oblíqua
Craniocaudal (CC) (MLO) ou Oblíqua
Mediolateral (OML)

Compressão
Magnificação/ampliação
focal/localizada
POSICIONAMENTO MAMOGRAFICO
 Posicionamento mamográfico é a ciência dos
milímetros. Quando posicionamos na mamografia
estamos tentando incluir tanto do tecido mamário
quanto nos for possível. Então é importante ter uma
boa compreensão da anatomia da mama e os limites da
mama para incluir todo o tecido
 É o nosso objetivo e responsabilidade dar o máximo de
informações ao radiologista para interpretação, para
que possam diagnosticar corretamente
COMPRESSÃO
Diminui a espessura da mama

Menor dose de radiação

Espalha mais os tecidos da mama

Reduz o movimento da paciente

Aumenta o contraste e nitidez


 Em certos casos, por medo de causar desconforto para a
paciente, a técnica não efetua a compressão adequada,
resultando em imagem pobre e com maior dose de
radiação. Por outro lado, nas situações com compressão
exagerada, a dor pode levar a paciente a rejeitar o exame,
constituindo um possível obstáculo para a realização de
mamografias periódicas
 Segundo a legislação nacional (BRASIL, 1998) a força de
compressão aplicada na mama deverá estar entre 11 kgf e
18 kgf (108 N e 177 N)
INCIDÊNCIA CRANIOCAUDAL (CC)

 Nessa
incidência a
imagem será
projetada da
cabeça aos pés
da paciente, daí
o nome
“craniocaudal”
PROCEDIMENTOS

 Na incidência
crânio- caudal o
aparelho fica
em zero grau
 Posicionar a paciente de
frente para o aparelho
com os braços
estendidos ao lado do
corpo ou com as mãos
na cintura
 É recomendado que
afaste as pernas e os pés
ligeiramente para que
tenha mais equilíbrio
 A altura do bucky é
determinada
levantando-se a
mama para atingir
um ângulo de 90°
com a parede
torácica, na altura da
prega inframamária
 O rosto da
paciente é voltado
para o lado oposto
a ser examinado

Fonte: CMDI – Centro Médico Diagnóstico por Imagem


 A mama deve ser
tracionada para
frente afim de se
desprender da
parede torácica
 Uma das mãos
continua fazendo
tração na mama e a
outra irá apoiar as
costas da paciente,
empurrando-a
levemente
 O braço do lado a ser
examinado deve estar
bem relaxado e o
ombro empurrado
suavemente para trás.
Essa técnica facilita
incluir a porção lateral
da mama na imagem
 Posicionar a
mama
centralizando-a e
deixando o
mamilo em perfil
 Quando necessário,
pedir para que a
paciente tracione a
mama oposta
 Cuidado para que os
tecidos mediais da
mama não sejam
deslocados para fora do
campo de incidência
 Rugas e pregas
devem ser
removidas
 Posicionar as
mamas de forma
simétricas
 A compressão deve
ser aplicada até que
a mama esteja tensa.
Uma boa
compressão da
mama não permite
que a mesma se
afunde ao toque
 O controle automático
de exposição (AEC) deve
ser posicionado na área
mais densa da mama
(em equipamentos
analógicos)
 A critério, pedir para a paciente
prender a respiração durante a
exposição, para evitar movimentos
RESULTADO FINAL DO PROCEDIMENTO
RESULTADO FINAL DA IMAGEM

RCC LCC
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
 Nessa incidência devemos
ver tecido adiposo visível
atrás do tecido
fibroglandular (gordura
retro-glandular)
 A não visualização da área
de gordura atrás do
parênquima mamário
indica que a mama não foi
bem posicionada

Fonte: arquivo pessoal


LATERAL

 Deve-se incluir
toda a porção
medial e lateral
das mamas

MEDIAL

Fonte: arquivo pessoal


 Mamilo deve estar em perfil

Fonte: arquivo pessoal


 Ausência de dobras
e movimentos
 Radiografias
simétricas

Fonte: arquivo pessoal


 O músculo
peitoral maior é
visualizado
nessa incidência
apenas em 30%
a 40% das
mulheres

Fonte: arquivo pessoal


 Se o músculo peitoral não estiver presente na
incidência CC, a adequação da inclusão da mama
será determinada pela comparação com a MLO
 O valor da distância mamilo - porção posterior da
mama na MLO menos o valor da mesma distância
na CC deve ser menor ou igual a 1 cm
 Obtém-se o valor medindo a distância do mamilo até o
vértice da musculatura peitoral na MLO e comparando-a
com a distância do mamilo até o ponto mais posterior do
filme na incidência CC
INCIDÊNCIA MEDIOLATERAL OBLÍQUA (MLO)
OU OBLÍQUA MEDIOLATERAL (OML)

 Nessa incidência
o detector
estará na lateral
da mama, e o
compressor
estará na medial
da mama
PROCEDIMENTOS

 O aparelho é angulado
perpendicular ao
músculo peitoral maior,
aproximadamente de
45° á 70°, de acordo
com o biotipo da
paciente
 A paciente ficará
posicionada com
os pés de frente
para o aparelho
 A paciente deve elevar os
braços do mesmo lado da
mama a ser radiografada e
apoiá-lo na barra lateral do
detector
 Pedir que apenas relaxe a
mão, para que a
musculatura não fique tensa
 O braço não deve estar mais
elevado do que o ombro e
deve estar relaxado
 A altura do
aparelho é ajustada
de forma que o seu
topo esteja ao nível
da axila
 A musculatura é
espalmada até a
altura do abdome
superior para
retirar possíveis
dobras de pele
 Suspender a mama
e tracioná-la para
frente, para se
desprender da
parede torácica
 A borda superior da
bandeja de
compressão
repousará sob a
clavícula e a borda
inferior incluirá a
prega inframamária
 Se necessário, pedir
para a paciente
afastar levemente a
mama oposta, afim
de evitar
sobreposição
 O mamilo deve
estar em perfil
 Não retirar a mão do
campo de incidência,
até que haja
compressão suficiente
para mantê-la na
posição
 A compressão deve ser
aplicada até que a
mama esteja tensa
 Peça para a paciente
elevar o mento, para
não sobrepor na
imagem
 A critério, pedir para a
paciente prender a
respiração durante a
exposição, para evitar
movimentos
RESULTADO FINAL DO PROCEDIMENTO
RESULTADO FINAL DA IMAGEM
RMLO LMLO
OMLD OMLE
ROML LOML

Fonte: arquivo pessoal


CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
 O músculo peitoral
maior deve ser visível
até a altura do mamilo
ou abaixo
 Para verificação, traça-
se uma linha imaginária
do mamilo até o vértice
do músculo peitoral
maior, com um ângulo
perpendicular ao
músculo

Fonte: arquivo pessoal


 A angulação deve ser
simétrica
 A prega inframamária
deverá estar incluída
inferiormente, sem
sobreposição do
abdome superior
 O tecido glandular deve
parecer bem espalhado
e a mama não deve
estar caída

Fonte: arquivo pessoal


 O mamilo deve
estar em perfil
 Ausência de
dobras e
movimentos
 Evitar incluir o
músculo peitoral
menor

Fonte: arquivo pessoal


 SITUAÇÕES QUE PODEM PREJUDICAR A ESTABILIDADE DA
PACIENTE E RESULTAR EM MAMOGRAFIAS TREMIDAS

Fonte: Acervo Mama Imagem, Dra. Selma Bauab


COMPRESSÃO FOCAL OU LOCALIZADA
 OBJETIVO
 As imagens mamográficas obtidas com compressores de
detalhe permitem separar estruturas sobrepostas ,
observar com mais detalhes e melhor definição as bordas
e contornos das lesões e visualizar com maior nitidez as
densidades assimétricas

 INDICAÇÕES:
 Estudo de áreas densas (assimetria focal, distorção
arquitetural)
 Análise do contorno de nódulos
PROCEDIMENTOS
 Na realização da
compressão focal é
imprescindível que
a paciente leve o
exame anterior,
para que possa ser
localizada a lesão
na mama
 Se o exame anterior tiver menos de 6 meses,
utilizamos o mesmo para fazer a localização da
lesão. Se tiver mais de 6 meses, devemos fazer
uma nova incidência (CC e MLO) do lado da
mama a ser estudada, para realizar a
localização corretamente
 Nesta incidência
deve ser trocado a
bandeja de
compressão do
aparelho para o
compressor
pequeno (SPOT)
para comprimir
somente a área de
interesse
 Primeiramente
devemos localizar a
área de interesse,
utilizando os
próprios dedos
como instrumento
de medição
 Nossa referência
será o
MAMILO

Fonte: arquivo pessoal


COMPRESSÃO FOCAL CC

 Contar na
radiografia o
número de dedos
transversos
(medial ou lateral)
do mamilo até a
lesão

Fonte: arquivo pessoal


 Fazer uma segunda
medida, da pele até
a lesão
(produndidade)

Fonte: arquivo pessoal


 A mama deverá ser
posicionada da
mesma forma que
a radiografia que
originou as
medidas da área a
ser comprimida
 Após ser posicionada, transferir as medidas para a
mama da paciente com os dedos

Fonte: Mamografia - Posicionamentos


Radiológicos, Nancy de Oliveira Costa
 Marcar as medidas com caneta

Fonte: Mamografia - Posicionamentos


Radiológicos, Nancy de Oliveira Costa
 Centralizar a área de
interesse sob o
compressor focal
(SPOT)
 Comprimir a área
demarcada

Fonte: Mamografia - Posicionamentos


Radiológicos, Nancy de Oliveira Costa
Posição do
sensor

 O controle de exposição automática (AEC) deve


estar na posição 1 (em aparelhos analógicos)
RESULTADO DA IMAGEM

Fonte: arquivo pessoal


COMPRESSÃO FOCAL MLO

 Localizar a área de
interesse
 Nossa referência será o
MAMILO

Fonte: arquivo pessoal


 Contar na
radiografia o
número de dedos
do mamilo até a
lesão (inferior e
superior)

Fonte: arquivo pessoal


 Fazer uma
segunda medida,
da pele até a lesão
(produndidade)

Fonte: arquivo pessoal


 A mama deverá ser
posicionada da mesma
forma que a
radiografia que
originou as medidas da
área a ser comprimida
e com a mesma
angulação

Fonte: Mamografia - Posicionamentos


Radiológicos, Nancy de Oliveira Costa
 Após ser posicionada, transferir as medidas para a mama
da paciente com os dedos e marcar com caneta

Fonte: Mamografia - Posicionamentos


Radiológicos, Nancy de Oliveira Costa
 Centralizar a área de
interesse sob o
compressor focal
(SPOT)
 Comprimir a área
demarcada
RESULTADO DA IMAGEM

Fonte: arquivo pessoal


COMPRESSÃO EM ASSIMETRIA

Fonte: arquivo pessoal


Fonte: arquivo pessoal
Fonte: arquivo pessoal
MAGNIFICAÇÃO OU AMPLIAÇÃO
 OBJETIVO

 Melhorar a visualização de microcalcificações


e lesões pequenas

 Realizado na incidência em lateral mediolateral


(Perfil 90°) é útil para diferenciar se as
calcificações são compostas por cálcio
(calcificações leite de cálcio) que ficam
coletados na porção inferior de cistos benignos
PONTO FOCAL PLATAFORMA DE AMPLIAÇÃO

 A ampliação é
executada
movendo-se o
ponto focal para
mais perto da
mama e movendo
a mama para mais
longe do receptor
de imagem

RECEPTOR DE IMAGEM
 A imagem é ampliada
de 50% a 60%
 Pode ser executada
em todas as
projeções, e requer
uma dose de radiação
mais elevada

Fonte: arquivo pessoal


 Pode ser realizado com compressor pequeno ou panorâmico
PROCEDIMENTOS

 Na realização da
magnificação
também é
imprescindível que
a paciente leve o
exame anterior,
para que possa ser
localizada a lesão
na mama
 Se o exame anterior tiver menos de 6 meses,
utilizamos o mesmo para fazer a localização da
lesão. Se tiver mais de 6 meses, devemos fazer
uma nova incidência (CC e MLO) do lado da
mama a ser estudada, para realizar a
localização corretamente
 Primeiramente
devemos localizar a
área de interesse,
utilizando os
próprios dedos
como instrumento
de medição
 Nossa referência
será o
MAMILO

Fonte: arquivo pessoal


MAGNIFICAÇÃO

 Para localizar a lesão utilizamos os mesmos


passos da compressão focal

Fonte: arquivo pessoal


MAGNIFICAÇÃO

Fonte: arquivo pessoal


 Inserir a plataforma
para ampliação
 Colocar o compressor
para ampliação
 Bucky sem grade
 Mudar para foco fino
(0,1 mm) - em alguns
aparelhos, quando a
bandeja de ampliação
é colocada, ocorre a
mudança automática
para foco fino
 Posicionar a
mama na
incidência que irá
realizar a
ampliação
 (CC, MLO, Perfil
90°)

Fonte: Mamografia - Posicionamentos


Radiológicos, Nancy de Oliveira Costa
 Após ser posicionada, transferir as medidas para a
mama da paciente com os dedos

Fonte: Mamografia - Posicionamentos


Radiológicos, Nancy de Oliveira Costa
 Marcar as medidas com caneta
 Centralizar a área
de interesse sob
o compressor
focal
 Comprimir a área
demarcada

Fonte: Mamografia - Posicionamentos


Radiológicos, Nancy de Oliveira Costa
MAGNIFICAÇÃO EM PERFIL

Fonte: Mamografia - Posicionamentos


Radiológicos, Nancy de Oliveira Costa
Posição do
sensor

 O controle de exposição automática (AEC) deve estar na


posição adequada (em aparelhos analógicos)
RESULTADO DA IMAGEM CC

Fonte: arquivo pessoal


RESULTADO DA IMAGEM PERFIL 90º

Fonte: arquivo pessoal


RESULTADO DA IMAGEM
LEITE DE CÁLCIO
MAGNIFICAÇÃO PÓS MAMOTOMIA
BIBLIOGRAFIA
 Atualização em Mamografia para Técnicos em
Radiologia – INCA
 Manual de orientação Mamografia – FEBRASCO
 Mamografia – Posicionamentos Radiológicos,
Nancy de Oliveira Costa
 http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/

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