O USO DE

COMUNICAÇÃO
AUMENTATIVA E
ALTERNATIVA
EM AMBIENTE HOSPITALAR
 Introdução
No ambiente hospitalar, o principal
caminho utilizado por pacientes com
dificuldade de comunicação é a
prancha de comunicação alternativa,
que são cartões físicos ou digitais,
representados símbolos, ações,
imagens, cores, letras, números e
outros elementos. Dessa forma, o
paciente que não possui capacidades
de comunicação verbal pode acionar
esses cartões para se expressar e
interagir com pessoas a sua volta. O
que pode facilitar, por exemplo, o
relato sobre o seu estado de saúde,
destacando se possui alguma dor,
desconforto ou sintoma diferente.
Assim, entendemos a necessidade de
promover um debate importante
sobre a comunicação alternativa
nesses ambientes de saúde e
reabilitação.
CAPÍTULO 1
Comunicação aumentativa

e alternativa (CAA)
 CAA

A Comunicação Aumentativa e
Alternativa (CAA) destina-se a compensar
e facilitar, prejuízos e incapacidades dos
sujeitos com graves distúrbios da
compreensão e da comunicação
expressiva (gestual, falada ou escrita). É
um conjunto de soluções, métodos,
equipamentos e produtos que visam
maximizar a comunicação,
complementando ou substituindo a fala
ou a escrita. ¹
 CAA
A CAA é, normalmente recomendada
em casos de deficiência intelectual,
apraxia e dispraxia oral, disartria,
distúrbios de linguagem, síndromes,
transtorno do espectro do autismo,
traumatismos cranioencefálicos,
doenças neuro motoras
degenerativas, traque ostomizados,
intubações, câncer de cabeça e
pescoço durante a internação
hospitalar, etc. ²
Aumentativa

E
Alternativa
O termo “aumentativo” está relacionado
as técnicas que proporcionam um
aumento da capacidade de comunicação
verbal da pessoa, já o termo
“alternativo” está relacionado as
técnicas que proporcionam para as
pessoas que não conseguem se
comunicar de forma verbal uma nova
forma da pessoa se comunicar utilizando
outros métodos.
 Sistemas alternativos de

comunicação podem ser de³:

Alta Tecnologia: sistemas

computadorizados e softwares
específicos.

Baixa tecnologia: com objetos reais,

miniaturas, fotografias, símbolos gráficos e

pranchas de comunicação.
CAPÍTULO 2
CAA no ambiente hospitalar
Durante uma internação hospitalar,
alguns pacientes podem fazer uso de
ventiladores mecânicos ou passar por
outros procedimentos que limitam ou
impedem a comunicação oral⁵. Assim,
enfrentam obstáculos no momento de
expressar desejos, necessidades ou
relatar algum incômodo, seja com os
próprios familiares ou com os
profissionais de saúde. Nesse cenário,
diversos métodos e soluções vêm
sendo criados para auxiliar pessoas
com dificuldade de fala como, por
exemplo, a comunicação alternativa
hospitalar.
 Hospital
No ambiente hospitalar, há pacientes
com diversos tipos e casos de
acometimentos diferentes. Neste
cenário, a prancha de comunicação
alternativa, possibilita o paciente que
não possui capacidades de comunicação
verbal, acionar esses cartões para se
expressar e interagir com pessoas a sua
volta. As pranchas utilizam símbolos
gráficos para permitir que o paciente
comunique sentimentos, elabore
perguntas simples, responda
questionamentos feitos por familiares
ou pela equipe de saúde e faça
solicitações. Assim, apontando para
símbolos ou para letras nos cartões, o
paciente pode relatar sobre o seu estado
de saúde, destacando se possui alguma
dor, desconforto ou sintoma diferente⁵.
 Instruções para o uso

das Pranchas de

Comunicação
1. Diga ao paciente que esta é uma
maneira alternativa de comunicação
enquanto estiver com impedimento
na comunicação oral;
2. Mostre ao paciente algumas das
mensagens na prancha de
comunicação. Demonstre como
utilizar a prancha; Por exemplo: Se
você estiver com frio, pode apontar
para a palavra “frio” na prancha.
Certifique-se que ele esteja
compreendendo, escutando e
visualizando o conteúdo.
3. Mostre ao paciente a prancha de
mensagens e a prancha de
soletração. Diga ao paciente que ele
poderá usar as letras para soletrar o
que gostaria de falar como nomes de
pessoas, frases curtas, etc;
4. Caso o paciente não tenha
movimentação ativa de membros
superiores para selecionar o símbolo,
defina um sinal de afirmação com o
paciente – piscar os olhos, estender o
braço ou balançar a cabeça.
5. Aponte pausadamente cada símbolo
até que o paciente possa sinalizar a
opção desejada.
6. Após a escolha, confirme se o símbolo
escolhido corresponde ao que o paciente
deseja comunicar.
7. Mantenha a prancha próxima ao
paciente. Se estiver ao alcance, todos
poderão se comunicar melhor através da
prancha. ⁴ ⁵

 Referências
1. American Speech Language Hearing Association.
ASHA, Oxfordshire; 1991. [acesso em 2009 Jan 07].
Disponível em: URL: http://www.asha.org
2. CESA, Carla Ciceri; MOTA, Helena Bolli. Comunicação
aumentativa e alternativa: panorama dos periódicos
brasileiros. Revista CEFAC, v. 17, p. 264-269, 2015.
3. CROCETTI, Lilian. Comunicação Alternativa Ampliada
(CAA) para Alunos com Deficiência Intelectual: como
tema da formação do professor de Educação Infantil.
2014.
4. CADERNO DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA PARA
PACIENTES COM COVID-19 CONTRIBUIÇÕES DA
TERAPIA OCUPACIONAL DA UFRJ
https://www.gov.br/mdh/pt-
br/assuntos/noticias/2020-2/maio/ministerio-e-ufrj-
disponibilizam-material-que-facilita-a-comunicacao-
em-ambiente-
hospitalar/PRANCHASDECOMUNICAOALTERNATIVACO
VID19_TerapiaOcupacional_UFRJ_.pdf
5. Pranchas CAA Hospitalar
https://www.ufrgs.br/comacesso/pranchas-caa-
hospitalar/