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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO

MARANHÃO
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE
TIMON
DEPARTAMENTO DE LETRAS
PROF. ME. THIAGO AMORIM

FICHAMENTO

Elaborar o fichamento do texto analisado. Siga as orientações para a elaboração do


fichamento, acompanhando, rigorosamente, cada elemento elencado, de modo a desenvolver a
descrição que lhe é adequada.

FICHAMENTO
ELEMENTOS DESCRIÇÃO
LEITE, G. M.; CASTRO, J. C. O ensino de língua latina no Brasil e a formação
1. Referência do texto do graduando em Letras. Revista de Letras, São Paulo, v. 54, n. 2, p. *224-244*,
jul./dez. 2013.

Estabelecer um panorama do ensino de língua latina no Brasil atualmente, esboçar um


2. Objetivo do texto modelo de ensino de língua latina desejado pelos mesmos prossionais, além de observar
como a universidade pública brasileira pensa atualmente a contribuição do ensino de
língua, cultura e literatura latina para a formação dos licenciados em Letras modernas
que não se aprofundarão na área de Estudos Clássicos, parte signicativa do alunado nas
salas de aula de latim. (LEITE e CASTRO, 2013).

(1)Compreender de que maneira o ensino do latim ocorre, (2)como a disciplina pode


3. Problema contribuir para a formação do aluno de Letras e (3) quais as concepções dos
professsores sobre este papel e como cumpri-lo. (LEITE e CASTRO, 2013).

O surgimento do Latim se desenvolveu a partir da Companhia de Jesus que


4. Hipótese/Tese implementou seu sistema educacional no Brasil e o dirigiu por mais de dois séculos
consecutivos. A partir de então, os estudos clássicos, como o ensino do Latim, tinham
importante papel neste sistema de educação, tomado como forma de acesso a uma vasta
cultura. Nota-se também que o propósito da Ratio Studiorum ia além de unificar os
métodos, também norteava as abordagens e a postura com que as disciplinas deveriam
ser ministradas pelos professores. Outrossim, na medida em que procurava
instrumentalizar os docentes a respeito de suas práticas em sala de aula, buscando
manter a uniformidade do projeto em toda a sua extenção. (LEITE e CASTRO, 2013).

Os estudos clássicos, principalmente o ensino do latim, teve um papel importante neste


5. Argumentos sistema de educação, tomado como forma de acesso a uma vasta cultura. (LEITE e
CASTRO, 2013).
Observa-se que os jesuítas aderem a uma concepção humanística de ensino, que se opõe
a uma concepção pragmática, uma se preocupava com o ensino de cultura e a arte como
pertinente à dignidade humana, a outra, preocupa-se com a qualificação profissional dos
alunos, sem relevância para a formação profissional.
(LEITE e CASTRO, 2013).
A Ratio Studiorum por sua vez, unifica os métodos, e também norteava as abordagens e
a postura com que as disciplinas deveriam ser ministradas pelos professores, algo que se
assemelha aos documentos hoje norteados da educação brasileira. (LEITE e CASTRO,
2013).
O latim, portanto, não era mais a língua que representava o povo, a cultura e a literatura
6. Categorias/Conceitos romana: seus diversos usos fizeram com que todos os demais povos europeus dele se
apropriassem e utilizassem como sua própria língua, e isso se vê refletido no currículo
jesuítico, que usa o latim não só na recuperação dos elementos da cultura clássica, mas
como veículo de expressão do pensamento cristão e das diversas culturas europeias.
“[...]O método educacional jesuítico foi fortemente influenciado pela orientação
filosófica ca das teorias de Aristóteles e de São Tomás de Aquino, pelo Movimento da
Renascença e por extensão, pela cultura europeia. Apresentava como peculiaridades a
centralização e o autoritarismo da metodologia, a orientação universalista, a formação
humanista e literária e a utilização da música” (SHIGUNOV NETO; MACIEL: 2008,
180).
“[...]A Ratio Studiorum, método de ensino que estabelecia a organização e
administração do sistema educacional e o currículo a ser seguido pelos padres
professores da Ordem de Jesus. Segundo Luis Freire (2008), a Ratio Studiorum surgiu,
pois “diante do grande número das escolas e da consequente necessidade de unificar os
procedimentos que adotavam, os inacianos criaram a Ratio Studiorum, para
regulamentar todo o seu ensino” (FREIRE, 2008: 180)
Em síntese, a compreensão do Latim como língua em si, que possibilita o acesso a um
7. Resultados/Conclusão grandioso patrimônio cultural produzido tanto no antigo mundo romano(durante o
período em que o latim era língua nativa) como em períodos posteriores (quando o latim
se tornou língua de cultura e comunicação entre a elite intelectual europeia). Tendo em
vista a concepção dos professores em relação ao Latim como língua que pertence a um
patrimônio cultural que está na raiz da formação das sociedades ocidentais e que guiou
a tradição literária europeia até o século XVIII. Ou seja, os estudos de Literatura e
Cultura Clássicas ganham proeminência e importância aos olhos dos profissionais da
área como justificativa para a sua presença no currículo e não mais a língua, cuja
importância agora é a de veículo para que se alcance aquele arcabouço, e não de fim em
si mesma. (LEITE e CASTRO, 2013).
Em suma, é de fundamental importância esboçar um modelo de ensino de língua latina
desejado pelos mesmos profissionais, tendo como objeto não só a metodologia como
também os objetivos e o conteúdo abordado em sala.
Um artigo bem completo e conciso. Isso acabou sendo um dos fatores que contribuiram
8. Considerações do para o aumento da qualidade do texto e para maior aprendizado ao leitor, onde o autor
leitor procurou trazer à tona fatos históricos que envolveram O Ensino da Língua Latina nas
Universidades brasileiras e sua contrubuição para a Formação do Graduando em Letras.
Destaco além do contexto, principalmente a pesquisa feita, o banco de dados elaborado
e o questionário aplicado nas universidades, tais pesquisas propiciaram um pensamento
incontestável, cujo fim seria a importância do Latim dentro dos currículos de línguas
modernas e o ensino nas universidades brasileiras, pretende-se também, a formação dos
licenciados de Letras para a passagem pela lieratura e cultura produzidas nos antigos
mundos grego e romano.

1
Atenção: na descrição você deverá realizar, sobretudo, citações indiretas (descrição da ideia do autor do texto
lido, a partir de sua interpretação, citando apenas autor e ano de publicação, entre parênteses, por exemplo,
Monte Júnior (2015)). Evidentemente, você poderá realizar citações diretas (trechos retirados do texto lido, sem
nenhuma alteração), desde que coloque os elementos: autor, data e página, entre parênteses, por exemplo, Monte
Júnior (2015, p. 178).
ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO
FICHAMENTO
1. Referência do texto: elaborar a referência do texto, conforme as normas técnicas da
ABNT (já está posta aqui na atividade);

2. Objetivo do texto: apresentar a finalidade do(a) autor(a) ao elaborar o texto, a fim de


esclarecer aquilo que ele pretendia desenvolver. Geralmente, o objetivo é marcado,
incialmente, com um verbo no infinitivo (investigar, analisar, compreender...);

3. Problema (de conhecimento): apresentar a pergunta subjacente ao texto. Que pergunta


o(a) autor(a) está procurando responder com o que escreveu? Resumir em uma
interrogação coerente;

4. Hipótese/Tese: como o(a) autor(a) responde a esta pergunta, apresentando uma


hipótese ou uma tese sobre o tema? Resumir em um parágrafo a resposta, ou seja, qual
é o eixo central do texto. O que o(a) autor(a) afirma, em essência (o seu ponto de
vista);

5. Argumentos: quem defende suas ideias o faz através de argumentos. Fazemos isto
quando debatemos nossas ideias e pontos de vista. Assim também quem escreve o faz.
Uma vez que foram identificados o problema (de conhecimento) e a hipótese/tese,
deve-se, a seguir, indicar como o(a) autor(a) argumenta, na exposição. Um argumento
pode ocupar vários parágrafos, páginas e até capítulos, a depender da natureza textual.
Devemos identifica-los: Argumento 1 (resumir em uma ou duas linhas); argumento 2
(idem); argumento 3, etc, etc. Reproduzir citações, se julgar absolutamente necessário;

6. Categorias/Conceitos: os argumentos são estruturados por raciocínios desenvolvidos


com base em determinada ancoragem conceitual. Esta ancoragem traduz-se em
palavras-chave (categorias, conceitos) fundamentais à argumentação. Quando lemos,
devemos identificar e registrar as categorias/conceitos centrais a cada um dos
argumentos identificados no texto, indicando o significado atribuído pelo(a) autor(a),
pois, nem sempre, um termo terá o mesmo significado em formulações teóricas e em
obras diferentes. Reproduzir citações, se absolutamente necessário;

7. Resultados/Conclusão: dizer como/o que o(a) autor(a) do texto conclui: apresentar de


forma resumida, como a questão inicial identificada foi respondida;

8. Considerações do(a) leitor(a): até aqui, foi feita uma triagem do texto: problema de
conhecimento que busca responder; resposta dada à pergunta; argumentação na
construção da resposta; categorias/conceitos utilizados na estrutura conceitual da
argumentação; conclusão apresentada pelo(a) autor(a) sobre o tema. Feito isto, cabe a
quem lê e ficha o texto, tecer apreciações sobre a qualidade do que leu, emitindo seu
próprio parecer e, mesmo, comparando o texto com outros que já tenha lido sobre o
mesmo tema, se for o caso. Enfim, fazer uma apreciação sobre o que foi lido,
apontando para limites e possibilidades do texto; interlocuções com outros textos; e se
o(a) autor consegue responder à questão subjacente ao texto.

Boa leitura e bom trabalho

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