Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE MÚLTIPLAS RUPTURAS
SÍRIO POSSENTI
COMPONENTES
• Amanda Bringel
• Amanda Santos
• Francisca Ellen
• Gabriel
• Karen
• Maria Cecília
• Maria Eduarda
• Pablo Juan
INTRODUÇÃO
• Discurso
A palavra discurso denota algum tipo de ingrediente "extra" que seria necessário considerar para
melhor compreender como uma língua funciona
Análise de conteúdo:
• Método das ciências humanas e sociais
Filologia
• Trabalha com a suposição de que se poderia ter acesso ao sentido da obra;
• A conjuntura é descrita como uma cena cultural, sem considerar a hipótese da divisão da sociedade,
e portanto, das diversas “ideologias” na relação com as quais uma obra surgiria.
Filologia preconiza: AD questiona:
• A AD contesta o sentido seja da ordem da língua, que funcione submetido aos “seus” critérios – uma
semântica não é uma “fonologia” do sentido.
• A AD não tem uma teoria da língua, portanto, não é verdade que a AD seja anti-linguística.
• Ora, a AD, propõe que “ideias” sejam efeitos da linguagem e, sendo assim, evidentemente, ela não pode ser
espelho do pensamento. A língua não “veste” um pensamento prévio, que seria fruto de uma mente “sadia”,
mas, ao contrário, é a condição do pensamento.
DA PRAGMÁTICA
• Os interlocutores são considerados, pela pragmática, a título individual, e a AD quer mostrar que esse
não é o caso
• A ruptura com a pragmática tem como uma de suas consequências a ruptura com a psicologia,
especialmente em sua modalidade cognitiva, tanto porque implica um certo conhecimento (da língua,
do mundo, das regras), quanto, e principalmente, porque essa psicologia desconhece o inconsciente.
DO TEXTO
• A AD não associa texto e contexto, como em algumas teorias da coerência, assim como não associa
enunciados a contextos
• Para AD, um texto faz sentido não por sua relação com um contexto, ou em decorrência de
conhecimento que o leitor tenha estocado, mas por sua inserção em uma FD, em função de uma
memória discursiva, do interdiscurso, que o texto retoma e do qual é parte
• Minimamente, o texto deveria ser concebido como uma das manifestações do próprio discurso.
DO SENTIDO
• O sentido das palavras se resolve de maneiras variadas na tradição linguística e filosófica , o sentido é um
efeito da substibilidade das expressões sendo que o conjunto delas produz um efeito de referências ou
seja identificar objetos do mundo a produção do sentido.
• A AD rompe com esses estudos do sentido apresenta uma versão peculiar o sentido de uma palavra (ou
expressar mais o menos equivalente) se resolve na medida em que uma delas pode ser substituída por
outra no interior de uma certa FD.
DO SENTIDO
• Pêcheux esboça uma teoria do efeito metafórico nos seguintes termos sejam os termos x e y
possam ser substituído um pelo outro sem mudar a interpretação.
A problemática da enunciação
Há diversas maneiras de conceber a enunciação, mas duas são fundamentais. Uma se ocupa de avaliar em que
medida certas "marcas" da língua são elas mesmas, como que destinadas a assinalar a enunciação. Estamos, no
caso, no interior da problemática da dêixis linguística, ou seja, dos elementos de uma língua cuja função é
embrear o enunciado às circunstâncias tempo e espaço e aos interlocutores.
Dîexis Linguística
É uma palavra de origem grega (deiktikós) que significa mostrar, demostrar, apontar ou indicar, a partir da qual
deriva o adjetivo "dêitico". Em linguística, dêiticos são os elementos que contribuem com a coesão e
articulação textuais, como os pronomes pessoais e demonstrativos, os tempos verbais, os advérbios de tempo e
lugar e uma infinidade de outros recursos linguísticos.
DA ENUNCIAÇÃO
Dêixis de discurso
A dêixis discursiva é representada pelos Pronomes que remetem a uma parte do texto, como as expressões:
“no capítulo seguinte”, “a seguir”, “no trecho acima” etc.
Dêixis social
A dêixis social são expressões utilizadas para designar os papéis sociais desempenhados pelo locutor ou por
seu interlocutor e o status decorrente desses papéis, como os Pronomes de Tratamento “senhor”, “senhora”,
“mestre" etc.
DO SUJEITO
• Para a AD, não há falante, locutor, muito menos emissor. Há sujeito (alternativamente, enunciador).
O que é, evidentemente, na esteira das rupturas com a pragmática e com as teorias linguísticas
dominantes, outra ruptura, tal- vez a mais importante para a teoria.
DA CIÊNCIA
• Provavelmente, a AD quis ser científica. Provavelmente, não é, nunca foi. E nisso não vai uma
avaliação de demérito, antes pelo contrário. Talvez se possa dizer da Análise do Discurso o que
Foucault disse do marxismo e da psicaná- lise: que são muito importantes para serem ciências. É
possível que se possa situar a AD num dos limiares-talvez o da epistemologização - propostos pelo
mesmo pensador (Foucault, 1969b: 211):