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1. INTRODUÇÃO À PUBLICIDADE
Embora, naturalmente, a publicidade nem sempre é apreciada por todos, muitas vezes
poderemos encontrar alguns críticos ilustres. É o caso de George Orwell, que a definiu
como:
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Para nós, a diferença entre como é “vendido" um conceito e o outro, quase poderia
constituir uma definição da publicidade em si mesma. Para alguns é a ideia de algo que
pode ser irritante: as imagens de consumo que se intrometem em um jornal ou as
pausas publicitárias que quebram o ritmo cinematográfico. Para outros, pode supor
uma porta para a imaginação: um espaço para criar algo memorável e que, durante
um instante, consiga levar a felicidade ao público.
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evoluiria para criar a figura do "charlatão", a pessoa que trabalhava para o vendedor,
encarregada de deslumbrar os compradores através do uso da sua incisiva oratória.
Na Grécia antiga, era habitual a publicidade oral ou por meio da declamação dos
arautos ou Kérux, que não só disseminava mensagens políticas ou religiosas, também
o fazia sobre as virtudes dos produtos, serviços e até mesmo pessoas, como aconteceu
em uma prática tão habitual como a venda de escravos:
“Nada me obriga a vender, ó cidadãos, eu sou pobre, mas não devo nada a ninguém.
Olhe para este jovem: ele é branco e bonito da cabeça aos pés. Admire seus olhos e
cabelo preto! Ele ouve perfeitamente pelos seus dois ouvidos e vê perfeitamente pelos
seus dois olhos. Eu garanto sua frugalidade, honestidade e mansidão. Ele pode falar
um pouco de grego, cantar e encher de alegria um banquete.” (Discurso recolhido pelo
historiador Edouard Feltaine).
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Ainda mais surpreendente era a técnica ainda atual: o graffiti. Eram, em realidade,
desenhos ou breves escritos com os que os habitantes exigiam ou protestavam por
algum direito. Algo que brilhantemente parodiaram os Monty Python em seu filme A
vida de Brian, e, embora possa surpreender a muita gente, tem uma base histórica
absolutamente real.
Como curiosidade, este tipo de graffiti foi às vezes também utilizado para assuntos
mais comuns, como declarações de amor, desenhos eróticos, ou exibições de virilidade
e de escárnio. Parece que pouco mudamos. E, claro, voltando à questão que nos ocupa,
havia também referências comerciais, especialmente em termos de bordéis, que foi o
lugar que reuniu o maior número de graffiti.
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armazéns, carruagens, etc. As técnicas e formas evoluíam e, além dos produtos mais
tradicionais, como espetáculos, exposições ou medicamentos, foram incorporados
novos artigos que estavam em consonância com o hedonismo do Paris do final do
século XIX: perfumes, vestidos, joias, licores ou vinhos.
Além de uma evolução das técnicas de litografia ou o uso da cor, incorpora-se o uso do
slogan atraente e encontramos novos temas como a introdução da sensualidade, a
imagem das mulheres e o componente sexual como uma reivindicação dentro do
mundo dos cartazes.
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também era necessária, em primeira instância, uma função explicativa para que as
pessoas a entendessem.
As Guerras Mundiais abalam de maneira descomunal a economia e a sociedade,
comportando uma mudança de paradigma no uso da publicidade. Os anúncios deixam
de estar ao serviço do produto para tornar-se uma arma em mãos dos governos e sua
função torna-se mais propagandista. Os resultados da persuasão publicitária são um
sucesso retumbante entre a população americana quando se trata de exaltar o
patriotismo, a coragem e, especialmente, no recrutamento dos membros para o
exército com slogans como: “Americanos sempre lutam pela liberdade”, “Nós vamos
vingar Pearl Harbor, nossas bandeiras vão fazê-lo”, “Unidos vamos vencer” ou
“Defenda o seu país”.
O crash de 1929 também implica outro golpe duro para a economia. Muitos
empresários têm de fechar seus negócios e, portanto, sua publicidade. Porém, aqueles
que permanecem ativos tentam livrar-se a todo custo do estoque e a publicidade dá
um passo para trás, recuperando uma parte do charlatanismo e as falsas promessas
utilizadas no século anterior.
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deixar de submeter-se às imposições das agências para ter mais liberdade nos seus
conteúdos.
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Para terminar este capítulo, queremos fazer uma pequena homenagem e citar
brevemente alguns dos mais importantes publicitários de todos os tempos, que
colocaram as bases do que hoje conhecemos como publicidade. Porque, embora seus
anúncios sejam história, provavelmente estes pioneiros da publicidade ainda
permanecem como autênticos estranhos e seus nomes sejam desconhecidos.
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▪ Philip Kotler (1931). Conhecido como o pai do marketing moderno, tem escrito
inúmeros livros e tem sido consultor para grandes empresas. Um dos maiores
visionários em termos de técnicas de estratégia comercial.
▪ Luis Bassat (1941). Presidente da Bassat Ogilvy (associada a Ogilvy & Matter).
Premiado como melhor publicitário espanhol do século XX e autor de vários
livros, incluindo El libro rojo de la publicidad (1993). Um livro cuja leitura
recomendamos fortemente e cujas linhas não deixaremos de citar nestas
páginas.
Esta tem sido uma seleção dos 10 publicitários mais relevantes, mas há muitos outros
certamente fundamentais na compreensão da publicidade atual: Claude Hopkins, Al
Ries, Alfred Erickson, Jack Trout, Stan Rapp, Ned Doyle, Maxwell Dane, George Batten,
Jacques Séguéla, Marion Harper Jr. e Rosser Reeves, entre outros. Para obter mais
informações sobre qualquer um deles e outros, é possível consultar o site:
www.lahistoriadelapublicidad.com/protagonistas.php
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