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ATIVIDADE DE PRÁTICA SUPERVIOSIONADA

A História da Propaganda no Brasil

GIOVANNA PALANCA BARROS

SÃO PAULO
2023
ATIVIDADE DE PRÁTICA SUPERVIOSIONADA
A História da Propaganda no Brasil

GIOVANNA PALANCA BARROS

Trabalho apresentado para avaliação na


disciplina de Atividades Práticas
Supervisionadas do curso de Propaganda e
Marketing, turno noturno, da Universidade
Paulista, ministrado pelo professor Ilda
Reguera

SÃO PAULO
2023

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................4
1. HISTÓRIA DA PROPAGANDA NO BRASIL..........................................................................4
1.1 POPULARIZAÇÃO DA PROPAGANDA.............................................................................5
2. A COMUNICAÇÃO E A PROPAGANDA NOS ANOS 50 E 60...........................................7
3.1 A ERA DIGITAL NA PUBLICIDADE E PROPAGANDA.................................................13
3.2 A PUBLICIDADE E PROPAGANDA NO FUTURO.........................................................14
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................15
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................................16
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INTRODUÇÃO

As agências de Publicidade que conhecemos hoje são responsáveis por todo


o processo de planejamento, criação e veiculação de campanhas. Elas funcionam
com a soma de profissionais que detêm diferentes habilidades em comunicação e
unem esforços para concretizar uma ideia desde sua concepção até o anúncio que
chega ao público-alvo, contudo, desde a invenção da escrita, na antiguidade,
podemos observar a crescente necessidade de diferentes formas de comunicação
na sociedade. Ao mesmo tempo, surgiu a exigência de treinar profissionais para
chamar a atenção do público, passar uma ideia ou pensamento através de uma
mensagem.
Nesta época, a comunicação passou a ser usada também como meio para
forçar a memorização de uma oportunidade e convencer o público consumidor a
adquirir bens e serviços. Porém, foram necessários ainda alguns séculos para a
organização destes pensamentos e o início formal da Publicidade e Propaganda.

1. HISTÓRIA DA PROPAGANDA NO BRASIL

Desde o início do descobrimento da propaganda, encontram-se avisos


afixados em locais públicos, inclusive na sacristia, as igrejas precisavam se
comunicar com os fiéis por meio de eventos e atividades da igreja. Em pequenas
aldeias, o comércio começou a mudar-se de escambo para relações comerciais
financeiros.
No ano 1800, na época do príncipe Regente, que fugiu para a cidade do Rio
de Janeiro por ordem de sua corte, cerca de 60.000 pessoas viviam na capital, o
porto da cidade-estado foi aberto para receber 90 navios por ano. Um jornal foi
fundado causa a mídia brasileira, e nesse jornal a gazeta do Rio de Janeiro publicou
o primeiro anúncio, que era de móveis.
No final do século 19, a publicidade classificada havia mudado, ganhava
miniaturas com poucas ilustrações, aumentavam o tamanho no espaçamento
necessário para a composição de qualidade ou textos mais longos. Daí entra na
propaganda brasileira com uma consistência decisiva.
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Em março de 1906, o Marreta (jornal) teve uma grande tiragem, por isso
aumentou seu preço para chegar a 40.000 exemplares. Em 1908, num campo eram
executados atendimentos regionais e, no outro, atendimentos que abrangiam todo o
país.
Com o início da nova década, especificamente em 1910, chega a São Paulo a
revista Lua (ilustrada semanalmente), um sucesso que trazia para o cenário
publicitário a figura de José Lyra, que chegou a São Paulo, para os negócios
publicitários dos famosos xaropes Bromil e Saúde da namorada, ficou famoso com o
nome de Homem-Reclame, por sua forma formidável de abordar e persuadir.
Após a Primeira Guerra Mundial (1918), a cidade-estado de São Paulo
passou a recontar com cinco agências de publicidade: Eclética, Pettinati, Edanée,
Valentim Harris, Pedro Didier e Antônio Vaudagnoti.
Em 1918, quando Júlio Cosi ingressou na agência Eclética, os jornais eram
quase os mesmos de hoje, mas horrivelmente pobres em publicidade. O que faltava
era despertar o comércio de impressão.

1.1 POPULARIZAÇÃO DA PROPAGANDA

Algumas marcas começavam a se destacar pela quantidade de publicidade, a


Bayer realizou várias campanhas no final dos anos 10, todas consistindo em muitas
partes anúncios ilustrados, quase sempre com um design de qualidade indiscutível.

(Primeiras Propagando Bayer)


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No início do ano de 1920 foram editados cerca de 23 anúncios, e este enorme


esforço, inclusive do ponto de vista da produção continuou por várias décadas. A
mídia impressa cresceu e a publicidade cresceu no mesmo ritmo dos jornais e
revistas. Os cartazes e outdoors ocupam o espaço nas cidades-estados proliferam,
tal como os anúncios e jingles, como antigamente se reuniam em torno de grandes
rádios, para ouvir verdadeira revista no ar notícias, música, novelas.
Os anos 1920 ficaram conhecidos como os "anos felizes". As características
da publicidade vêm do exterior, principalmente a propaganda de medicamentos.
Grandes empresas estavam se estabelecendo como clientes e novas marcas estão
se somando a um cenário de publicidade já impressionante em um ritmo acelerado.
Com o surgimento de novas marcas estrangeiras, a tecnologia de publicidade
comercial norte-americana, como o general Motors, também chegou ao Brasil. Em
1926, a GM montava um departamento de publicidade com funcionários treinados
para criar campanhas da marca no país.
Em 1930, a agência de Ayer tornou-se Thompson e aumentou muito a vinda
de agências internacionais. A revolução de 1932 foi, com efeito, um transplante da
indústria brasileira. A comunicação moderna trabalha com o público na valorização
do que é genuinamente brasileiro. A propaganda ainda desempenha um papel de
espelho.
O rádio seria o principal meio de comunicação na década de 1930. As
emissoras já funcionavam em São Paulo, Rio e recife, quando Roquete Cacete
fundou a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que mais tarde se denominava Rádio
Ministério da educação. Três anos depois, são 50 mil receptores no Rio de Janeiro e
três emissoras de rádio em São Paulo. A Associação Rádio Civilização distribuiu
uma cartilha. "Propaganda de rádio comercial", conteúdo pensado para explorar as
possibilidades de comércio no ambiente mais promissor da época.
Com a chegada da TV, surgia a garota propaganda, na época, as garotas-
propaganda eram as colaboradoras de maior prestígio em uma emissora de TV, as
campanhas eram apresentadas ‘ao vivo’, com slides e na locução, muitos textos
formais: “Livre-se do ponto negativo da sua personalidade! Remova o amarelo de
seus dentes com creme dental Eucalol”.
No Brasil, a televisão veio do rádio, enquanto em vários países, ela teve o
início com os homens do teatro e cinema. Depois a propaganda veio crescendo no
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mercado, se moldando, profissionalizando, perdendo vícios e ficou só com


qualidades que havia nas suas origens.

2. A COMUNICAÇÃO E A PROPAGANDA NOS ANOS 50 E 60

Na cidade de São Paulo iniciavam-se trabalhos de formação de profissionais


na área da publicidade. Inaugurada em 1951, a Escola Superior de Propaganda
tinha o foco na aplicação prática do ensino. Estima-se que 80% de seus alunos
formados fazem parte do alto escalão da publicidade brasileira. São incontáveis os
profissionais formados por ela. Com a profissionalização da publicidade, a indústria
sentia a necessidade de ampliar o mix de produtos.
O varejo começou a vir com força na publicidade com os supermercados.
Para conquistar novos clientes, surgem técnicas de venda, mais crediário, mais
promoções, a cidade estava tomada com anúncios luminosos. Muitos clientes
migraram para São Paulo, se não existia mudança na propaganda já era motivo de
preocupação. Surgia uma orientação mais técnica para a propaganda, a antiga
Publicidade & Negócios, cumpre a sua finalidade, recua para outros objetivos, não
se preocupava mais em auxiliar as perspectivas do mercado.
Posteriormente, surgia a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), de
início, sem muita função, mas tão logo engrenou, mais para a sua representação.
Era o início das atividades de uma rede nacional de telecomunicações, por meio da
Embratel, como patrocínio de grandes transmissões de TV.
Nesta década surgia o jornalismo especializado, com várias revistas
segmentadas: facilidade para estratégias de marcas comunicarem com públicos
específicos. Com isso, despontava algumas pequenas agências, à base de equipes
criativas. Para as grandes indústrias, acontecia o aumento das ‘house agencies’,
como a IAS (Sydney Ross), a Promo (Philips), a Supar (Arno), entre outras.
As celebridades passaram a ser muito usadas em propaganda, não mais
como testemunhais, mas sim como personagens de campanhas publicitárias (Hebe
Camargo, Chico Anysio, Wilson Simonal, Chacrinha, Jô Soares, Ronald Golias e
outros).
Temos três grandes publicitários que contribuíram para o avanço do setor da
propaganda no Brasil, nos anos 60 e 70: Caio Aurélio Domingues, Orígenes Lessa,
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e Roberto Duailibi. Explosão suave das comunicações, explosão do termo


comunicação, que virou moda, que se transformou em cursos (oficiais e livres,
reconhecidos ou não), que se ativou na boca dos jovens levando-os a um estágio: a
sociedade de consumo. Os anos 70 chegaram com um elevado poder de consumo e
o mercado muito movimentado.
A Revista Veja, maior publicação brasileira de todos os tempos, nasceu com o
AI-5. O ano era 1968 e sua primeira capa traria como ilustração uma foice e o
martelo, símbolo maior do consumismo. O título era: “O grande duelo no mundo
comunista”, uma verdadeira afronta para a época e vendeu 650 mil exemplares.

(Revista veja: O grande Duelo no mundo Comunista)

Nos anos 70 andou ocorreu uma ruptura com os preceitos da comunicação de


anos passados. Foi uma década que o mundo passou às mãos dos jovens, que se
animaram na autoria de novidades e estavam divididos em dois grupos: os que
estavam na angústia em se descobrir (consumindo drogas), e os que estavam
engajados na luta social da época.
Os publicitários no final dos anos 70 se reuniram e produziram o 1º Encontro
Nacional de Criação, onde os criativos reproduziram com clamor, o discurso
politizado da época. Tinham uma defesa de uma representação maior da categoria.
Durante 3º Congresso, um dos temas mais discutidos foi a instituição do
Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária, um documento que
objetivava de maneira oficial, criar normas éticas da atividade publicitária, para não
termos abusos das mensagens veiculada nos anúncios publicitários contra o
consumidor e a sociedade.
Como já era aguardado, existiram severas resistências ao Código,
principalmente entre os criativos. Era uma época em que a censura oficial destruía
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ideias, cabeças e credos, o documento carregava, pelo julgamento deles, um


caminho menor de auto-regulamentação e muito mais de autocensura partindo dos
próprios publicitários.
Em busca de reconhecimento e regulamentação da profissão de publicitário,
os profissionais buscavam regras normativas da profissão. Alguns anos depois,
quando o processo estava próximo de tornar realidade, os publicitários recuaram: ao
colocar regras para o exercício pleno e reconhecido de qualquer profissão, foram
todas declinadas pela categoria.
Por mais que existisse a vontade pela democratização em todas as camadas
sociais do Brasil, a censura teria uma sobrevida a longo prazo, na imprensa. A
propaganda não passava ilesa aos duros olhares. Estava por caminhar um projeto
do senador José Lindoso, que defendia uma prévia censura nas campanhas
publicitárias.
Na década de 70 aconteceu uma modernização das agências de publicidade
e nesta onda, enquanto setor, apareceu uma ampla rede de associações e
entidades, que ao longo dos anos discutiriam a atividade como jamais se discutiu
antes.
Foi nessa década que houve uma descoberta definitiva, que marketing é
essencial para qualquer desenvolvimento de mercado. Anunciantes e fabricantes
não experimentou, como ocorreria na década de 80, grandes avanços no marketing.
A década de 70, serviu mais para afirmar o conceito, do que transformar em
evolução.
No final dos anos 70, os veículos de comunicação começaram a experimentar
o que seria a grande ideia dos anos 80 e 90: a segmentação. Ter dinheiro deixou de
ser pecado nos anos 80. Foi uma época da grana movimentando no mercado.
Nestes anos surgiram os jovens empreendedores e executivos em busca de dinheiro
e visibilidade, deram a cor na gestão dos negócios. Dessa forma, grandes fortunas
não pararam de crescer e aparecer. A geração yuppie despontava na década.
O começo dos anos 80 trazia a falência da TV Tupi, primeira emissora do
país. A TV brasileira, neste início de década, era focada na diversão e
entretenimento. Notava-se uma evolução do meio, onde não tinha somente o foco
jornalístico para relacionamento com o público. Os pilares básicos de entretenimento
e jornalismo estavam mantidos. Completava-se 30 anos de existência.
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(TV Tupi, anos 80)

Nesta década a TV Globo encabeçou uma evolução técnica fazendo uso de


uma linguagem visual eletrônica. As emissoras concorrentes pegaram carona, onde
sofisticaram vinhetas, chamadas, aberturas de programas e quadros dos mesmos.
O Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) foi implantado no dia 19 de agosto
de 1981, direto de Brasília. Já nasceu com uma ampla rede, onde transmitiu seu
próprio nascimento, para nada menos que 85% dos domicílios com aparelhos de TV
em todo o Brasil. Com uma programação de perfil popular, o SBT aproximava dos
olhares atentos da concorrência, do desdém dos críticos de TV e do pouco caso da
mídia especializada em comunicação. Mesmo com toda a torcida contra, nada disso
adiantou. O SBT entrava no mercado de mídia com o mais acalorado e franco
entusiasmo do maior animador de programas da história da televisão brasileira:
Sílvio Santos. Novos profissionais da área artística e técnica iriam ser contratados,
para formar uma equipe de trabalho das melhores da TV brasileira. O jornalismo da
rede fortalecia muito, no final dos anos 80 e início da década de 90, para ter na
figura de seu âncora principal, Boris Casoy, um dos nomes mais respeitáveis da
televisão no país.
Era realizado no Brasil, em maio de 1982, o 28º Congresso Mundial de
Propaganda. O país sediou por cinco dias, o maior encontro da propaganda
internacional. Nos escritos da Carta de São Paulo, documento oficial emitido depois
do encontro, os participantes definiram que propaganda é uma força que estimula as
pessoas a participarem dos frutos do progresso e do desenvolvimento.
Em 1982 o IBOPE completou 40 anos de serviços prestados à arte e à
técnica de fazer perguntas. Desde a época, sempre foi o mais respeitado instituto de
pesquisas de audiência. Com o sucesso, surgiram outros institutos na sua trilha
pioneira.
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No ano de 1985, todas as emissoras de TV do país estavam sintonizadas no


nosso satélite doméstico, que além de fazer maravilhas pela comercialização
nacional das emissoras, levava à casa de milhões de telespectadores, imagens de
qualidade muito superior.
O ano de 1987 fica marcado pelos primeiros preparativos e discussões em
torno da cautelosa pauta de assuntos, que mobilizaria o Congresso e o país em
1988, em torno das reformas constitucionais. Em 1987, censura era pauta quente
em todas as rodas dos estudiosos e intelectuais do Brasil. No meio publicitário, nada
era diferente. A nova Constituição, em gestão, precisava proibir o que era proibido
na época.
Em 1988, o Brasil ganha uma nova Constituição, que foi aprovada em
plenário pelo Congresso Nacional, por votação direta. A nova legislação acrescenta
algumas restrições à propaganda, que deveria ser regulamentada por leis
complementares, a serem votadas posteriormente.
Os anos 80 ficaram conhecidos como a década do fortalecimento do
marketing no Brasil. Os anos 80 trouxeram a sofisticação da técnica de vendas,
distribuição, planejamento e de comunicação. Já tinham conhecimento no Brasil
sobre o marketing direto, essa estratégia iniciou oficialmente no país, quando o
Grupo Ogilvy & Mather uniu com a divisão Direct Response, depois de comprar a
maior empresa brasileira do setor, a Consuma, que tinha uma boa equipe de
profissionais, gabaritados na técnica que até o momento era desconhecida. Foi só o
começo, para a empresa e para o marketing direto brasileiro, de um grande negócio.
Desde o começo dos anos 80, uma das novas expressões mais em evidência
nos meios publicitários era o recém-iniciado marketing rural. Era a mesma
modalidade de sempre, só que aplicado para as condições de clima e produção do
campo produtor. Tinha sotaque, seus próprios veículos de comunicação
segmentados, programas de rádio, TV e seu jeito de criar e produzir campanhas
publicitárias. Finalmente, uma forma de falar a língua simples de um
consumidor/produtor nos rincões do Brasil. Essa modalidade tirou a gravata e o
paletó, colocou uma botina e enfiou o pé na terra, uma terra em que se plantando,
tudo dá.
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3. A COMUNICAÇÃO E A PROPAGANDA NOS ANOS 90 EM DIANTE

Em abril de 1993, o país votou em plebiscito qual regime seguiria no país: se


manteria sendo presidencialista, se queria a implantação do parlamentarismo ou se
queria a volta da monarquia. Seguimos como presidencialistas, mas as campanhas
por cada um dos sistemas políticos em disputa mexeram com o país.
No ano de 1994, o Brasil foi tetracampeões mundial de futebol. Foi um fôlego
para a alegria da população, para a imagem do país fora da América do Sul e o
mercado respondeu bem ao envolvimento, os negócios estavam vibrando com este
sucesso. Quem apostou na Copa do Mundo, se deu bem. A Brahma contratou, boa
parte da Seleção Brasileira de Futebol, para protagonizar peças institucionais. A
marca contava com a Fisher como agência (Jô Soares a frente) e transferiu sua
equipe de criação para os Estados Unidos, e lá trabalhou em campanhas de
oportunidade, ao sabor de resultados e acontecimentos locais.
Mesmo seguindo por várias décadas, em 1995, a Pepsi e Coca-Cola
travavam uma quente e eterna briga mercadológica. A Pepsi ironizou a Coca-Cola
em sua campanha do relançamento no Brasil, com grande estilo. A Coca-Cola
repondeu o ataque com um filme criado pela McCann/Rio, no qual uma máquina de
xerox de última geração, que copia tudo, era incapaz de copiar uma Coca-Cola. O
personagem que fazia uso da máquina confessa: impossível copiar uma Coca-Cola.

(PEPSI e COCA-COLA, 1990)


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O mercado econômico ganha o Plano Real, dando uma renovada no otimismo


no país. Os empresários do setor da comunicação e de fora dele reclamando das
altas taxas de juros, que deverão ainda perdurar pelo ano de 1996. Ao mesmo
tempo, a propaganda seguia registrando índices de crescimento e fortalecimento.
Uma década que veio com o advento da tecnologia, popularização da internet e uma
comunicação que muniu de carga social, trazendo polêmicas sociais, memes e
comunicação atualizada com o mundo abreviado das mensagens de texto.
Muitos impactos na comunicação vieram a acontecer, a exemplo da lei que
entrou em vigor no dia 28 de dezembro de 2000, onde ocorre grande mudança na
publicidade brasileira: proibição da veiculação de qualquer publicidade que propague
venda de cigarros e outros derivados do tabaco. Outro impacto é de 09 de maio de
2001, onde temos a padronização do volume de áudio das publicidades veiculadas
na rádio e na TV.
Da década de 2000 em diante, com o mercado de publicidade no Brasil em
ascensão, o fluxo financeiro foi superior a 10 bilhões dólares por ano. Com o
aumento de peças produzidas e a criatividade bem explorada, vieram boas
premiações em festivais de publicidade mundo a fora. No Festival Internacional de
Propaganda de Cannes, por exemplo, a publicidade Brasileira se mantém
constantemente entre as quatro mais premiadas.

3.1 A ERA DIGITAL NA PUBLICIDADE E PROPAGANDA

Com a chegada da internet, a publicidade pode ser tornar mais segmentada,


voltada para um público selecionado. Nos sites surgiram os banners e pop-ups, além
de mensagens sms e de e-mail. Com o tempo, esses anúncios foram incorporados
também as redes sociais. Mas estes eram métodos muito invasivos, que por vezes
aborreciam os possíveis clientes. Sendo assim, os anúncios tiveram que se
reinventar, criando métodos mais criativos, e que melhorassem as experiências
online de cada público. Dessa maneira, foram desenvolvidos os anúncios nativos e
patrocinados, que através do perfil do usuário e de seu comportamento na rede,
garantem a experiência aos clientes de anúncios e campanhas que mais se
adequam à sua persona.
Hoje, os formatos online de publicidade, quais sejam os sites e redes sociais
são vitais para as agências e suas campanhas. Muitas marcas investem pesado
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nesses anúncios, visto que a maior parte da população está inserida nos canais
digitais e fazem compras online regularmente. Além disso, as empresas conseguem
conhecer quem é seu público e seu perfil de compra, além de comunicarem
diretamente com os clientes e entender suas necessidades. Com isso, podem gerar
as propagandas de maneira mais direcionada, sendo os links patrocinados e os
influenciadores digitais as principais estratégias para alcance e visibilidade das
empresas.

3.2 A PUBLICIDADE E PROPAGANDA NO FUTURO

Com os avanços tecnológicos, o boom do marketing foi estrondoso e


sabemos disso, pois nos deparamos diariamente com as mudanças da era digital.
Mas o que a automação de marketing tem a ver com isso? Tudo. É por meio dessa
solução que muitas mudanças ocorreram, unindo a comunicação, a tecnologia e as
vendas e facilitando a integração de diversos setores.
Quando voltamos esse cenário ao Brasil, os números mostram os principais
setores que utilizam a automação de marketing no dia a dia: financeiro, varejista e
de telecomunicação. Segundo o Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots, os robôs
ocupam 25%, 22% e 14% da área digital dos respectivos segmentos. Além dos
exemplos já citados, outra utilização clara de automação de marketing é o e-mail
marketing.
Essa ferramenta quebrou muitos paradigmas ao longo do tempo e segue
extremamente relevante para diversos setores. Aliado aos softwares e à inteligência
de dados, o e-mail marketing abre tantas portas que pode ser considerado uma
identidade digital. Tudo se integra nesse universo.
Além disso, a automação de marketing possibilita a combinação de canais
como SMS, redes sociais, pop-ups etc. Os softwares permitem a seleção de
inúmeros segmentos a fim de atingir, impactar e fidelizar clientes.
Os famosos insights e leads qualificados são exemplos do que a automação
pode proporcionar para profissionais de marketing e vendas. Com alguns atalhos,
palavras-chaves e anúncios, é possível atingir o público-alvo. Porém, nem tudo é
favorável. Com as bigs techs crescendo cada vez mais, o conteúdo tem alto valor e
nem sempre alto retorno: paga-se mais para conquistar menos leads, por exemplo.
Sem contar que o empreendedor deixa toda a sua estratégia para essas gigantes da
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tecnologia. Por isso, é importante utilizar a automação a seu favor. Montar,


segmentar e implementar uma base de dados própria facilita muitos caminhos na
comunicação.
A automação de marketing unida a essa base qualificada é o caminho do
sucesso. Consequentemente, o valor investido dará retorno financeiro e o aumento
de dados será significativo. A internet e suas transformações permitem o uso de
muitas ferramentas para montar uma base sólida e duradoura.
Com essa implementação e consequentemente mais tempo à disposição, é
possível ser impactado com conteúdo de interesse e conseguir se dedicar a outros
temas que envolvem o seu negócio. Inclusive, quando falamos sobre tempo,
podemos também dizer que a automação de marketing facilita alguns pontos da vida
dos usuários da internet.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De 2007 em diante, depois do lançamento do iPhone, o mercado tecnológico


foi marcado pela popularização dos smartphones, do Youtube, do Facebook
(deixando pioneiro Orkut para trás) e com o advento das ações de Marketing Digital.
Com a pulverização do público para a plataforma online, as audiências das
televisões começam a cair e ocorre uma debandada da verba da publicidade
televisiva. Os médios e grandes anunciantes mudam as verbas de TV para novas
mídias, especialmente as online, e a publicidade tradicional passa a ter o desafio de
não se tornar atrasada, como acontece com muitos outros setores.
A Netflix, pioneira dos serviços de streaming começa a consumir a fatia de
assinantes da TV a cabo e até mesmo da TV aberta. Em 2018, o serviço já contava
com mais de 137 milhões de clientes com um valor de mercado de US$ 100 bilhões.
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BIBLIOGRAFIA

BALANZA, I. M. Nada. Marketing e comercialização de produtos turísticos. São


Paulo: Thompson Pioneira, 2002.

KOTLER, P., & Keller K. (2012). Administração de marketing (Sônia Midori


Yamamoto, trad., Edson Crescitelli, rev., 14ª ed.). São Paulo: Pearson Education do
Brasil.

LIMEIRA, T. Comportamento do Consumidor Brasileiro. 1. ed. São Paulo:


Saraiva, 2007.

MEIRA, T. M. V. E-marketing: o marketing na internet com casos brasileiros. São


Paulo: Saraiva, 2003.

OTANI, Nilo. TCC: métodos e técnicas. Florianópolis: Visual Books, 2007.

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