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É proibida a venda e a reprodução deste material sem autorização prévia do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.
Profa. Dra. Lívia Silva de Souza
INTRODUÇÃO À PUBLICIDADE
E À PUBLICIDADE DIGITAL
UNIDADE 1
Educação a Distância
2020
17 22
SEÇÃO 03 SEÇÃO 04
Tudo começa com Pesquisa em
um bom briefing publicidade digital
26
SEÇÃO 05
Objetivo de marketing,
objetivo de comunicação
e KPIs
OBJETIVOS
e à publicidade digital
• Compreender os conceitos gerais da publicidade e sua relação com as
demais ferramentas do marketing
• Analisar as mudanças culturais na contemporaneidade que levaram o lei-
tor a perceber e consumir a publicidade digital de novas maneiras
• Coletar informações do cliente com o objetivo de montar um briefing coe-
rente com as demandas específicas da publicidade digital
• Aprofundar as informações do briefing por meio de pesquisa, etnográfica
e netnográfica, pensando na aplicação em peças de publicidade digital
• Definir objetivos de comunicação relacionados aos objetivos de marke-
ting, com a compreensão de que existe um plano estratégico a ser apli-
cado
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
01
O QUE É PUBLICIDADE
E QUAL A SUA RELAÇÃO
COM O MARKETING?
Você com certeza já ouviu falar nas palavras publici-
dade e propaganda como sinônimos. O fato é que, no
Brasil, comumente, essas palavras são usadas para
exprimir o mesmo sentido. Porém, é importante res-
e à publicidade digital
Para começar, é só pensar em outras línguas em que
os conceitos aparecem. Na língua inglesa, por exem-
plo, o que chamamos de publicidade é advertising; a
nossa propaganda, em inglês, é propaganda; e o que
eles chamam de publicity, traduzindo para o portu-
guês, são as relações públicas (outra ferramenta de
comunicação mercadológica).
Ainda que publicidade e propaganda sejam usadas
hoje quase como sinônimos, a diferença entre os dois
conceitos remonta à origem das palavras. Propagan-
da vem do latim, propagare, palavra que tradicionalmente se aplicava à
agricultura, ao espalhamento e reprodução das videiras. Posteriormente,
no século XVII, durante a expansão da Igreja Católica pelo mundo, o papa
Gregório XV criou a chamada Congregação para Propagar a Fé, órgão para
propagar a fé e a religião católica pelo mundo.
A partir dessa origem, a propaganda passou a desig-
nar a comunicação com fins ideológicos, religiosos
e políticos. Como exemplos, além da propagação do
catolicismo, podemos mencionar o famoso Tio Sam,
personagem criado no século XIX nos Estados Uni-
dos para angariar jovens para a guerra; a propaganda
nazista na primeira metade do século XX; a propa-
ganda comunista da União Soviética, também no sé-
culo XX; e até mesmo as campanhas de vacinação
que periodicamente são veiculadas pelos governos.
Em suma, propaganda é o ato de propagar ideias ou
ideologias, com fins políticos, religiosos, sociais etc.
A propaganda não está vinculada à venda de um pro-
duto ou serviço.
como nação).
Seu nome era Columbia e era frequentemente
associada a outra personificação feminina cha-
mada Lady Liberty. Após a Guerra Revolucionária
surgiu uma figura feminine chamada Brother Jo-
nathan e por fim o Uncle Sam em 1812.
Columbia chegou a aparecer juntamente com
Brother Jonathan e Uncle Sam em artes da época
mas gradualmente foi substituída pela figura da
Lady Liberty.
Essa personificação foi definitvamente abandonada quando se tornou a mas-
cote da Columbia Pictures em meados de 1920..
e à publicidade digital
do seu ciclo de vida é uma tarefa bastante complexa.
Além disso, com as inúmeras mudanças do marketing
digital em relação ao marketing tradicional, essas fer-
ramentas são cada vez mais complexas e mais completas.
Tradicionalmente, as ferramentas do marketing para in-
serir e viabilizar um produto em um mercado específico
são conhecidas como marketing mix, ou os 4 Ps: produto,
preço, praça e promoção. Produto diz respeito a todas as
decisões em torno da concepção do produto ou serviço,
incluindo aí os processos de inovação para sua permanên-
cia em um mercado competitivo. Preço diz respeito às po-
líticas de preços praticados: você já percebeu que o preço
de uma mercadoria ajuda a posicioná-la como uma merca-
doria popular ou de luxo? Praça diz respeito à distribuição
do produto ou serviço: onde o consumidor irá encontrá-lo?
E finalmente a promoção, ferramenta que engloba todas
as ações para se promover um produto, incluindo-se aí a
publicidade.
No mundo digital, uma série de mudanças transformou o
marketing e suas ferramentas, como por exemplo a própria
publicidade. Philip Kotler, uma grande referência no mundo do marketing,
resume essas mudanças ao substituir os tradicionais 4Ps pelos novos 4
Cs. Isso se deve, especialmente, à passagem para uma era do marketing
cada vez mais centrado no consumidor como indivíduo, ao contrário das
eras anteriores, em que o marketing era centrado no produto ou nas vendas.
No mundo digital, cada vez mais, o consumidor tem voz e se faz notar.
Em um mundo conectado, o conceito do mix de marketing evoluiu para aco-
modar mais participação do cliente.
O mix de marketing (os quatro Ps)
deve ser redefinido como os quatro
Cs: cocriação (co-criation), moeda
(currency), ativação comunitária (co-
munal activation) e conversa (conver-
sation). (KOTLER, 2017).
O antigo P de promoção, dentro do
qual se encaixa a publicidade, agora
é chamado por este autor de conver-
sa. Assim, a publicidade digital, entre
outras ferramentas de comunicação,
MULTIMÍDIA
Você já ouviu falar de Whindersson Nunes? O Youtuber que hoje possui mais
de 37 milhões de inscritos em seu canal começou sua carreira em 2013 e é
um dos mais importantes influenciadores digitais do Brasil. Aqui você pode
ver um de seus primeiros vídeos e comparar com a qualidade técnica dos
vídeos atuais.
e à publicidade digital
Antes de entrar na parte mais técnica da publicidade digital, vamos dar um
mergulho na história e compreender as transformações culturais que cria-
ram terreno para o leitor contemporâneo, aquele que irá receber nossos
conteúdos.
02
DO LEITOR CONTEMPLATIVO
AO LEITOR UBÍQUO
Muitos clichês aparecem quando o senso comum
tenta definir o que é o leitor no mundo digital. Quando
falamos sobre leitor, aqui, não estamos nos referindo
apenas a livros e e-books, mas a todas as formas de
e à publicidade digital
-la para que possamos começar a pensar no nosso pú-
blico-alvo, ou seja, para quem as campanhas digitais
serão criadas. Qual o seu comportamento de leitura e
de consumo de conteúdo em geral?
Para melhor compreendermos as transformações que
nos trouxeram aos modos como consumimos conteú-
dos digitais hoje, é interessante fazermos um passeio
histórico pelo desenvolvimento das diferentes formas
de leitura desde que esta passou a fazer parte de nos-
sa cultura. Lúcia Santaella (2017), pesquisadora e se-
mioticista brasileira, em seu livro Redação publicitária
digital, aborda o percurso que passa pelo leitor con-
templativo, o leitor movente, o leitor imersivo e o leitor
ubíquo, estágio atual da leitura e ponto de partida para
pensarmos quem é o público consumidor da publicidade digital.
CURIOSIDADE
Você já viu um mapa da internet
em seus primórdios? O mapa ao
lado representa todos os pontos
de conexão da então chamada
“Arpanet” (a precursora da inter-
nert moderna) no ano de 1977.
Em 1981 já haviam 213 pontos
de conexão, com uma adição
média de um novo ponto a cada
20 dias.
Até 1987 todos os pontos de co-
nexão eram acadêmicos (univer-
sidades ao redor do mundo) sendo que sua exploração comercial começou
nesse mesmo ano. Em 1992 começam a surgir diversos provedores de aces-
so nos EUA e em 1995 começa seu uso no Brasil.
e à publicidade digital
são usados, principalmente, para criar estratégias pu-
blicitárias digitais. A este novo leitor, Santaella (2017)
chama leitor ubíquo, cuja primeira diferença é o fato
de não estar fixo a um computador ou imerso em um
conteúdo, mas sim, deslocando-se continuamente.
O leitor ubíquo, também pós-digital, é o usuário dos
dispositivos móveis como tablets, notebooks e, prin-
cipalmente, smartphones. Hiperconectado e hipermó-
vel, o leitor ubíquo acaba misturando características
do leitor imersivo e do leitor movente, vivenciando si-
multaneamente as experiências online e off-line. Aliás,
neste estágio da leitura, nem faz mais sentido falar
das duas situações, online e off-line, de modo sepa-
rado. Afinal, ao contrário do primeiro usuário da rede,
que “entrava na internet”, o leitor ubíquo não precisa
se “desconectar” de um mundo físico para se “conec-
tar” a um mundo virtual.
Ambas as experiências estão absolutamente ligadas,
e isto traz profundas mudanças para diversas esferas
das nossas relações. Por exemplo, durante uma refei-
ção familiar, estamos conectados aos nossos amigos
pelo WhatsApp, e durante nosso período de trabalho
estamos consumindo Stories no Instagram. Quando
ouvimos expressões como “o futuro / presente é mo-
bile”, ou “o consumidor digital é mobile”, para além de
frases feitas, é desse contexto que estamos falando.
Isso traz grandes oportunidades e também grandes
desafios à publicidade digital. Por um lado, existem
muito mais situações em que podemos abordar nos-
sos públicos com mensagens publicitárias. Por outro
lado, esses públicos estão cada vez mais distraídos
com tantos estímulos, em especial mensagens publi-
citárias, que disputam a atenção de cada um a cada
fração de segundo. Como fazer para que o leitor ubí-
quo nos note? Como chamar sua atenção e, principal-
mente, como mudar sua atitude e seu comportamento
em relação a um produto, serviço ou marca?
03
TUDO COMEÇA COM
UM BOM BRIEFING
Agora que já temos uma compreensão mais ampla
de quem é o leitor no mundo digital contemporâneo,
é hora de iniciar a primeira etapa de toda e qualquer
campanha publicitária, aqui especificamente a digital:
Unidade 1 - Introdução à publicidade
e à publicidade digital
A nova situação
A situação do merca- A situação atual da
em que queremos
do e do público empresa ou marca
chegar.
e à publicidade digital
claro que, se tivermos uma boa estratégia, criatividade e verba razoável
para nos ajudar a atingir os públicos desejados da maneira desejada,
melhor ainda!
04
PESQUISA EM PUBLICIDADE
DIGITAL
Dependendo da quantidade de informações disponíveis
no briefing, ou ainda, do tamanho da mudança que quere-
mos gerar com a campanha publicitária digital, pode ser
necessário realizar um trabalho de pesquisa. Na verda-
e à publicidade digital
te. Seja para ter um grau amplo de conhecimento sobre
um tema ou um contexto, seja para aprofundar questões
específicas e assim gerar insights para a campanha pu-
blicitária, a pesquisa é um passo fundamental, e pode ser
um importante diferencial no mercado.
Muito mais que uma coletânea de peças publicitárias chamativas, uma boa
campanha de publicidade digital deve ser capaz de mudar comportamen-
tos e atitudes de um determinado público a respeito de um produto, serviço
ou marca. Para isso, é fundamental conhecer esse público, seus compor-
tamentos de consumo em geral, e suas atitudes em relação à marca para
a qual estamos trabalhando, com foco, é claro, no consumo digital. Mas o
que é pesquisa? É comum pensarmos no pesquisador como aquela pes-
soa que sai às ruas com uma prancheta coletando dados em entrevistas
pessoais. Isso é, sim, um tipo de pesquisa, mas existem inúmeros métodos
de abordagem de pessoas e coleta de dados, adequados a cada objetivo
específico.
DADOS PRIMÁRIOS
Os dados primários são aqueles que você coleta diretamente. Eles podem ser obtidos
por meio de pesquisas com questionários aplicados presencialmente ou via platafor-
mas digitais, grupos de discussão, entrevistas mais longas e profundas, observação e
registro de situações de consumo, entre muitos outros métodos. A grande vantagem
dos dados primários é justamente a proximidade do pesquisador com os dados co-
letados: você pode conduzir a pesquisa para o ponto específico que você quer apro-
fundar, ou entender, ou ainda obter inspirações a partir da reação dos entrevistados a
determinados estímulos. A coleta de dados primários, contudo, consome mais tempo
e recursos do que a coleta de dados secundários. Mas pode valer muito a pena!
DADOS SECUNDÁRIOS
Os dados secundários são aqueles que alguém (alguma pessoa ou, principalmente,
instituto de pesquisa, seja ele privado ou ligado a algum órgão governamental) já cole-
tou anteriormente. Podem ser pesquisas sóciodemográficas, pesquisas de mercado,
entrevistas e afins. Esse tipo de dado você encontra, por exemplo, em reportagens
jornalísticas, pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Mídia
Dados (compilado anual feito pelo Grupo de Mídia com informações sobre consumo
de mídia no Brasil) ou relatórios de pesquisas de tendências, geralmente conduzidos
por consultorias ou agências de comunicação. A principal vantagem dos dados secun-
dários é que eles são mais rápidos para você obter, além do fato de que na maioria dos
casos estes dados estão disponíveis de forma gratuita. Por outro lado, nem sempre
você encontra exatamente o que precisava, e aí tudo depende da sua criatividade em
cruzar os dados encontrados para tirar conclusões inteligentes.
e à publicidade digital
no cotidiano.
Já na década de 1990, o pesquisador Robert Kozinets
trouxe os aprendizados do método etnográfico para
a rede, ao perceber o potencial desta para o desenvolvimento das obser-
vações etnográficas. Kozinets chamou este novo método de netnografia,
que consiste na imersão do pesquisador em comunidades, observando as
relações entre os indivíduos e seus hábitos, porém, agora, estas são comu-
nidades virtuais.
O método netnográfico é aplicado em comunidades online, existentes em
redes sociais como o Facebook, ou ainda blogs e fóruns online. Nesse
método, o observador deve, antes de mais nada, identificar-se como tal,
explicitando seus objetivos e comprometendo-se com a privacidade dos
membros do grupo. Depois disso, durante um período determinado, o pes-
quisador irá coletar todas as informações pertinentes, fazer anotações so-
bre as relações entre os usuários do fórum ou comunidade, tirar prints de
observações relevantes e mesmo redigir comentários pessoais quanto às
suas sensações junto ao grupo. Este tipo de abordagem pode revelar insi-
ghts muito preciosos para as suas estratégias de comunicação e publicida-
de digital!
MULTIMÍDIA
05
OBJETIVO DE MARKETING,
OBJETIVO DE COMUNICAÇÃO
E KPIS
As etapas desenvolvidas até aqui, o briefing e a pes-
quisa, têm a função de nortear a campanha publicitá-
ria digital. O conjunto do briefing e pesquisa devem
conduzir as próximas etapas, a partir da definição da-
e à publicidade digital
Como vimos no início desta unidade, a comunicação
é uma das ferramentas do marketing para atingir seus
objetivos, ou seja:
• aumento nas vendas
• lançamento de novos produtos ou serviços
• diversificação dos canais de vendas
• entre outros.
O objetivo de comunicação deve atender ao objetivo
de marketing, ao indicar o que queremos que a comu-
nicação atinja de modo que viabilize a realização do
objetivo de marketing.
Quando os objetivos de marketing e de comunicação
estão alinhados, o caminho está criado para que a pu-
blicidade digital seja eficiente e atenda ao plano estra-
tégico maior do anunciante.
e à publicidade digital
Indicators (traduzindo, Indicadores-Chave de Perfor-
mance). É algo como: agora que definimos onde que-
remos chegar, como faremos para saber se estamos
chegando lá? Assim, os KPIs são os principais indi-
cadores, as métricas mais importantes de uma estra-
tégia, que sejam capazes de mostrar se estamos no
caminho certo ou se devemos readequar nossa rota. Por exemplo: se o
objetivo de marketing é o aumento nas vendas, o KPI pode ser o aumento
na geração de leads ou sua conversão.
Trazer esse raciocínio para a publicidade digital, atrelado ao objetivo de co-
municação, pode dar bons frutos. Se o objetivo de marketing for um aumen-
to expressivo em vendas, mas a marca em questão ainda não é conhecida,
é necessário pensar em etapas para se chegar até esse objetivo, afinal, é
muito difícil transformar uma marca desconhecida em um sucesso de ven-
das da noite para o dia. Primeiro, é necessário que as pessoas conheçam a
marca; depois, que passem a gostar dela, e ainda, que passem a preferi-la
em relação a outras; para, posteriormente, estreitar suas relações com ela
e aí sim passarem a comprá-la e indicá-la a outras pessoas.
Então, para pensar no objetivo de comunicação digital atrelado ao objetivo
de marketing e às etapas de seu cumprimento explicitadas pelos KPIs, é
fundamental conhecer o grau de envolvimento que os consumidores têm
com a marca. A partir das informações do briefing e da pesquisa, e alinhado
ao objetivo de marketing, precisamos pensar se o nosso objetivo de comu-
nicação será mais voltado a cognição (gerar conhecimento, aprendizado),
afeto (despertar o gosto e o desejo pela marca) ou comportamento (criar
alguma atitude ou comportamento em relação à marca).
Buscando mapear o percurso do consumidor desde
o completo desconhecimento de uma marca até a sua
compra, o marketing criou uma ferramenta chamada funil
de marketing ou funil de vendas. Comparando esse pro-
cesso a um funil, entende-se que a quantidade de pesso-
as na etapa inicial é maior, e vai diminuindo até chegar
na última etapa, a da compra de um produto. Tradicio-
nalmente, o funil de vendas pode ser resumido pela sigla
AIDA: Atenção, Interesse, Desejo e Ação.
Assim, na primeira etapa, busca-se atrair a atenção do
público, desenvolvendo ações que o levem pelas demais
fases do funil, até chegarmos na fase final, da ação, em
geral, de compra.
É proibida a venda e a reprodução deste material sem autorização prévia do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.
Profa. Dra. Lívia Silva de Souza
UNIDADE 2
Educação a Distância
2020
17 24
SEÇÃO 03 SEÇÃO 04
Tipos e estratégias de Tipos de marcas
campanha publicitária e marcas fortes
30
SEÇÃO 05
Posicionamento
e diferenciais de marca
OBJETIVOS
digital: Planejamento
• traçar estratégias de comunicação que atendam aos objetivos de comu-
nicação, estipulados pelo departamento de marketing;
• propor tipos de campanha e estratégias que atendam aos objetivos de
comunicação e marketing de forma criativa;
• avaliar a força de uma marca junto aos seus mercados, interno e externo;
• determinar o posicionamento de uma marca e seus diferenciais perante
seu público consumidor.
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
01
MUITO MAIS QUE
UM CRONOGRAMA:
O PLANEJAMENTO
EM PUBLICIDADE DIGITAL
A partir da elaboração do briefing e da realização de
pesquisas, é possível detectar qual ou quais os pro-
digital: Planejamento
de partida do planejamento. Em qualquer âmbito de
nossas vidas, seja pessoal, profissional, acadêmico e
outros, planejar significa definir onde queremos che-
gar, compreender quais os recursos necessários para
isso, e estabelecer as etapas, os caminhos e os deta-
lhes de cada passo que será dado.
Se o seu objetivo, por exemplo, for fazer uma viagem
internacional nas próximas férias, será preciso definir
qual o destino, qual a melhor época para ir, quanto
dinheiro em média será necessário para o transpor-
te até lá, estadia e gastos diários com alimentação e
passeios, quais passeios você irá fazer, o que levar na
mala, enfim, como viabilizar a viagem e quais os deta-
lhes a serem definidos.
Em termos profissionais, “como viabilizar” é o que
chamamos de estratégia; e “quais os recursos e deta-
lhes” é o que chamamos de táticas.
Na comunicação mercadológica, o objetivo é aquilo
que queremos que a comunicação faça; estratégias
são as ações de comunicação que nos levarão a al-
cançar o objetivo; e táticas de comunicação corres-
pondem ao detalhamento dessas ações e dos recur-
sos necessários (investimentos financeiros, de tempo,
de materiais e outros).
CURIOSIDADE
CURIOSIDADE
Você já parou pra pensar, por exemplo, que
o preço de um produto influencia a sua per-
cepção sobre ele? O preço de um produto
ajuda a empresa não só a ter lucros com
sua venda, mas também a comunicar qual
a sua categoria e a quem ele se destina. A
embalagem de um produto, as cores em que
ele está disponível, a organização do feed do
perfil de rede social da marca, a motivação
dos vendedores quando há loja física, o estilo e a linguagem do atendimento
quando há loja virtual, enfim, tudo comunica algo sobre a marca, quem ela é
e onde ela deseja estar nesse mercado.
digital: Planejamento
ações e produzimos as peças o nome diz, é aquela em que sua memorização pelo públi-
publicitárias que serão veicu- a campanha vai ao ar. Normal- co, para que este se lembre da
ladas. A produção compreende mente, nesta fase, investimos marca anunciada e suas ca-
a criação do conceito, a arte vi- em uma veiculação de maior racterísticas. Na sustentação,
sual das peças, a redação dos impacto, buscando atingir o a veiculação é menos intensa,
textos (assinatura de campan- máximo de pessoas, e se possí- porém fundamental para tra-
ha, slogan, legenda das posta- vel, mais de uma vez cada. É o balhar a lembrança da marca
gens), a criação dos roteiros momento em que a campanha em uma perspectiva de médio
de vídeo e sua produção (gra- deve ser notada pelo público, e longo prazo. É na fase de sus-
vações e edição), quando for o gerando curiosidade e interes- tentação, ainda, que a marca
caso. se pelo produto anunciado. constrói e reforça vínculos com
seu público, tornando-se consi-
derada e desejada.
DEFINIÇÃO DO POSICIONAMENTO
digital: Planejamento
delas no resultado final.
PLANO DE AÇÃO
02
DO OBJETIVO ÀS
ESTRATÉGIAS DE
COMUNICAÇÃO DIGITAL
A partir do objetivo de comunicação e da com-
preensão da publicidade digital dentro do con-
digital: Planejamento
refere às ferramentas ou ações de comunicação
que compõem esse “como”.
Lupetti (2015) elenca as estratégias de comuni-
cação mais utilizadas no contexto da comuni-
cação integrada de marketing: treinamentos e
programas de motivação aos funcionários; cam-
panhas de incentivo; propaganda cooperada;
merchandising; eventos; marketing de relacio-
namento; campanha publicitária; assessoria de
imprensa; material promocional.
Segundo a autora, essas ações de comunica-
ção devem estar todas alinhadas por um objeti-
vo único, compondo o cenário da comunicação
integrada. É importante observar que a comuni-
cação de uma empresa não deve ser orientada
apenas para o público consumidor geral, mas
também deve visar ao público interno: vende-
dores, funcionários administrativos, gestores,
enfim, toda a equipe deve estar envolvida no ob-
jetivo comum na perspectiva da comunicação
integrada.
Pensando de modo específico na comunicação
digital, podemos pensar como cada uma das es-
tratégias de comunicação elencadas por Lupetti
(2015) de desenvolve como estratégia digital, e
como elas se relacionam de forma integrada.
PROPAGANDA COOPERADA
Propaganda cooperada. Largamente utilizada sobretudo no varejo, essa es-
tratégia de comunicação tem o objetivo de somar a força de marketing do
anunciante maior com a penetração e alcance do revendedor em nível regi-
onal. Por exemplo: uma rede de supermercados de sua cidade veicula um
anúncio publicitário para divulgar uma promoção de uma marca de refrige-
rantes, ou o lançamento de uma nova marca de produtos de limpeza. Como
a propaganda cooperada, muitas vezes, traz anúncios de oportunidade, cada
vez mais ela se aproveita de canais digitais, pela sua versatilidade e facilida-
de de produção e veiculação de anúncios, além da segmentação precisa do
público-alvo da campanha.
MERCHANDISING
Merchandising. Tradicionalmente, o merchandising se refere a ações ex-
ecutadas pela marca no ponto de venda, para estimular o consumidor a
comprar os produtos. Porém, em um mundo onde cada vez mais as marcas
buscam proporcionar experiências e criar vínculos com os consumidores,
o merchandising pode ser estendido para todos os pontos de contato entre
o consumidor e a marca, sem que haja necessariamente a compra em um
ponto de venda físico. Isto vai desde a forma como um produto é exibido em
uma loja virtual, até experiências de marcas em ambientes projetados para a
interação com o consumidor, como, por exemplo, os ambientes construídos
por algumas marcas em grandes festivais de música voltados sobretudo ao
público jovem. Aliás, esses ambientes de experiência de marca costumam
ser bastante “instagramáveis”, neologismo criado para locais ou cenários
que estimulam as pessoas a fotografarem e postarem nas redes sociais, in-
tensificando assim uma estratégia de comunicação digital a partir de uma
experiência de marca off-line!
digital: Planejamento
se referir ao público interno e externo: funcionários, consumidores finais e in-
fluenciadores são exemplos de públicos a que um evento pode atender. Além
disso, atualmente a gestão de eventos é inseparável da gestão de estratégias
digitais, em diversos momentos: produção de conteúdo e potenciais virais
sobre o evento para as mídias sociais e outros canais digitais, monitoramen-
to de mídias sociais sobre o que está sendo falado sobre e durante o evento,
e é claro, a publicidade digital, impulsionada nos veículos digitais, a fim de
divulgar o evento e garantir seu sucesso.
MARKETING DE RELACIONAMENTO
Marketing de relacionamento. Diz respeito às ações realizadas em um con-
tato mais direto com cada consumidor, de forma menos massiva que a pu-
blicidade e mais dirigida a públicos específicos nos seus variados pontos de
contato com a marca. Enquanto estratégia digital, o marketing de relaciona-
mento digital dispõe de ferramentas que possibilitam a manutenção do con-
tato constante com o consumidor, o levantamento de informações quanto às
suas preferências, o monitoramento de sua satisfação com o produto e até
mesmo a resposta imediata a reclamações feitas nas mídias sociais.
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Assessoria de imprensa. Tal estratégia dedica-se ao relacionamento da mar-
ca com a imprensa, cuidando daquilo que será divulgado em veículos infor-
mativos como jornais, revistas e blogs. O profissional responsável por essa
estratégia envia kits para os profissionais da imprensa com textos informati-
vos, artigos, fotografias e brindes, além de responder a chamados da própria
imprensa para se pronunciar sobre determinado assunto ou indicar e treinar
algum funcionário da empresa que possa fazê-lo. Com as mídias digitais,
essa tarefa torna-se cada dia mais dinâmica, e também mais importante, vi-
sando o fornecimento de informações oficiais e verídicas sobre a empresa
ou marca, em um contexto de disseminação de informações sem fontes ve-
rificadas.
MATERIAL PROMOCIONAL
Material promocional. Compreende todo o material de apoio para que os fun-
cionários e todos os profissionais envolvidos com a marca possam divulga-la
e vender seus produtos. Enquanto estratégia digital, muitas marcas produ-
zem materiais do tipo templates, ou padrões editáveis para que seus vende-
dores possam acrescentar suas informações e enviar aos seus contatos ou
postar em seus canais digitais. Nesse caso, trata-se de uma estratégia aliada
ao marketing de relacionamento digital, tornando esse relacionamento mais
profissional e eficaz.
Campanha publicitária. Deixamos esta por último justamente por ser o nosso
foco de atuação na disciplina Publicidade Digital. A estratégia da campanha
publicitária visa atingir um grande número de pessoas, por meio da veicu-
digital: Planejamento
MULTIMÍDIA
Veja esta matéria do programa Reclame sobre a Coke Box, ação interativa da
Coca-Cola no festival Lollapalooza 2019.
03
TIPOS E ESTRATÉGIAS
DE CAMPANHA
PUBLICITÁRIA DIGITAL
Por ser uma estratégia de comunicação organizada em tor-
no de um objetivo e um tema e a fim de atingir um determina-
Unidade 2 - Etapas de uma campanha publicitária
digital: Planejamento
• Institucional. Este tipo de campanha não tem o ob-
jetivo de aumentar as vendas do produto de forma
direta. As campanhas institucionais estão mais
preocupadas com a manutenção da boa imagem
da marca, comunicando seus valores e princípios.
As campanhas governamentais, nesse sentido,
também são consideradas campanhas institucio-
nais. No caso de empresas, são quase sempre as
de grande porte que empreendem campanhas ins-
titucionais, sendo raros os casos de campanhas
institucionais de pequenas e médias empresas.
Pensando no ciclo de vida, trata-se de campanhas
mais adequadas ao estágio da maturidade, visando ao cuidado com a
imagem da marca e seu status de relevância no mercado. Uma cam-
panha institucional nas mídias digitais deve visar a um público amplo
ao longo de um cronograma duradouro, com distribuição nos diversos
canais digitais, de forma paga e também orgânica (nome dado à divul-
gação de mensagens nas mídias digitais sem impulsionamento pago).
digital: Planejamento
para ironizar os chamados bancos tradicionais e as taxas cobradas por suas
transações. Para chamar a atenção para as taxas cobradas nas transações
TED (Transferência Eletrônica Disponível) pelos seus concorrentes tradicio-
nais, o Nubank lançou uma quantidade limitada de ursos de pelúcia chama-
dos Ted, que podiam ser adquiridos pelo valor de uma taxa de transferência
cobrada pelos outros bancos. A ação foi muito comentada, principalmente
pelos jovens consumidores!
https://blog.nubank.com.br/urso-ted/
Agora pare e pense: em qual estágio da vida do produto essa ação se ade-
qua? Em qual momento o Nubank se encontra em seu ciclo de vida?
ESTRATÉGIA INFORMATIVA
POSICIONAMENTO / REPOSICIONAMENTO
GAMIFICAÇÃO
STORYTELLING
Contar histórias e envolver-se com elas: longe de serem novidades, são ca-
racterísticas que marcam toda a nossa construção como seres humanos
imersos em uma sociedade e cultura. As histórias carregam significados
e povoam nosso imaginário, gerando empatia e alto grau de envolvimento.
Storytelling, do inglês “contar histórias”, é uma estratégia adotada por inúme-
ras marcas, com o objetivo de embarcar o consumidor em uma história que
comunique os seus valores por meio de uma narrativa.
digital: Planejamento
Hermes Pardini, em parceria com a
agência de publicidade Ogilvy Brasil,
criou uma ação que leva a gamificação
para esse momento tão estressante para
os pequenos. Confira!
tégias de campanha:
Escolher as estratégias de comunicação, o tipo de campanha e a estraté-
gia de campanha são passos essenciais para construir o planejamento de
forma adequada. Além disso, podemos dedicar um olhar mais profundo à
marca, entendendo de que forma ela pode se destacar em um cenário com-
petitivo e em constante mudança.
04
TIPOS DE MARCAS
E MARCAS FORTES
O trabalho publicitário se desenvolve em torno de mar-
cas. As marcas reúnem elementos simbólicos visuais
digital: Planejamento
ting Association (AMA), marca é “Um nome, termo, sinal,
símbolo ou desenho, ou uma combinação deles destina-
da a identificar os bens e serviços de um vendedor ou
grupo de vendedores e a diferenciá-los dos de outros
vendedores”.
Já a consultora Clotilde Perez (2004) acrescenta ao
entendimento da marca as dimensões simbólica e afe-
tiva: “A marca é uma conexão simbólica e afetiva es-
tabelecida entre uma organização, sua oferta material,
intangível e aspiracional e as pessoas para as quais se
destina”. A marca, então, compreende o conjunto de
seus elementos, como o nome, símbolo, desenho, e o
que ele representa, bem como a construção de sentidos
(dimensão simbólica) e de vínculos (dimensão afetiva)
com os consumidores.
Uma vez que as marcas envolvem significados e vín-
culos emocionais, com o passar do tempo elas sofrem
um verdadeiro desgaste: podem ficar desatualizadas
em relação às tendências mais recentes do mercado,
podem cair no esquecimento, ou até mesmo se tornar
sinônimo de uma categoria de produtos, perdendo seu
valor diferenciador. Chamamos esse processo de entro-
pia marcaria, processo em que as marcas perdem seu
valor, desgastando-se.
Por isso, o trabalho de manutenção da marca deve ser
constante, e a campanha publicitária é uma das formas
pelas quais as marcas podem renovar-se. Nas mídias
digitais, a marca pode manter-se viva e ativa por meio
da interação com o consumidor, além das redes se-
rem uma excelente fonte de informações para que os
gestores da marca acompanhem as transformações
no comportamento do consumidor e conduzam as ne-
cessárias mudanças para que ela se revigore.
Você já deve ter visto, por exemplo, mudanças em
logotipos, em cores da identidade visual de alguma
marca, ou até mesmo mudanças de nome. Mas tudo
isso deve acontecer de forma cuidadosa: a marca é
um importante patrimônio e construir sua imagem
no mercado não é um trabalho de curto prazo. Então,
cada mudança deve ser muito estudada, para evitar
prejuízos de imagem, e o trabalho deve ser constante
no sentido de manter a marca viva e próxima ao seu público.
digital: Planejamento
a diferenciar as marcas e fazê-las ocupar um
lugar único na mente do consumidor. Espe-
cialmente nas mídias digitais, ser original é
uma condição sem a qual uma marca passará
despercebida no feed.
2. Reconhecimento e memorização. O logotipo é
facilmente reconhecível? Ele fornece elemen-
tos para que as pessoas rapidamente identifi-
quem do que se trata? As pessoas conseguem memorizá-lo com faci-
lidade? Ao criar um logotipo, pense com cuidado em seus elementos:
na maior parte das vezes, menos é mais. Se tiver mais elementos do
que precisa, o logotipo perde em simplicidade, fica confuso e não será
lembrado facilmente.
3. Flexibilidade e versatilidade. Esta sempre foi uma característica impor-
tante, mas nas mídias digitais tornou-se um dos critérios mais impor-
tantes para se criar um logotipo. Pense nos inúmeros formatos em que
um logotipo é aplicado hoje, nas mais variadas plataformas, em tama-
nhos bem reduzidos para serem exibidos nas telas dos smartphones,
sobre fundos coloridos e imagens em movimento. O logotipo responde
bem a essas exigências? Ele é versátil, ou perderá leitura na redução
ou ampliação? Ele é versátil para ser aplicado em todo tipo de anúncio
publicitário?
4. Coerência com discurso da organização. Se a organização adota um
discurso mais sério ou tradicional, o logotipo não deve trazer linhas ar-
rojadas e cores vibrantes, e vice-versa. Outro exemplo: pense nos logo-
tipos das empresas que adotam o discurso da sustentabilidade e de
proteção ao meio ambiente. Quais formas, cores e elemento eles cos-
tumam apresentar?
5. Encarnação da imagem da empresa. Mais profundamente, o logotipo
deve encarnar por completo a imagem da empresa no mercado. Qual a
história da empresa? Quais os seus valores? Como são os produtos ou
serviços que comercializa? Tudo isso deve estar claro no logotipo.
6. Resistência à fragmentação. Se você vir somente a primeira letra C de
Coca-Cola, mesmo assim irá identificar rapidamente a marca. Um bom
logotipo é resistente à fragmentação: qualquer uma de suas partes é
capaz de comunicar informação suficiente.
7. Por fim, ao criar uma nova marca, é preciso atentar ao seu potencial
para diferenciar-se das demais em um mercado tão saturado.
Especialmente o nome da marca, hoje, deve ser criado com muita atenção.
Afinal, além de ser lembrada, a marca precisa ser facilmente encontrada no
Google ou outros motores de busca, não é?
Determinadas marcas são consideradas mais fortes que outras, segundo
a classificação do INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial, que
elenca os tipos de marcas e sua força enquanto elementos de diferencia-
ção.
• Marcas inventadas. Estas são as mais fortes:
palavras que não existem na língua de origem e,
por isso, passam a ser exclusivas da marca. Exem-
plo: Kodak.
• Marcas arbitrárias. Também são marcas for-
tes, caracterizadas por palavras já existentes na
língua de origem, porém sem associação direta
com o objeto representado. Exemplo: Apple (não
é uma marca de maçã, certo?)
• Marcas sugestivas. Mais ou menos fortes,
são aquelas que sugerem algum atributo ou forma
de uso do produto. Exemplo: Kibon.
• Marcas descritivas. São marcas consideradas
fracas, pois acabam descrevendo toda uma categoria de produtos e não
diferenciando o seu próprio. Segundo o INPI, essas marcas podem apre-
sentar até mesmo problemas para serem registradas. Exemplo: Bom Ar.
• Marcas genéricas. São aquelas que se popularizaram tanto que acaba-
ram por significar toda uma categoria. Isso pode parecer vantajoso à
primeira vista, mas causa problemas futuros para a diferenciação clara
da marca. Exemplos: Chiclets, Cândida ou QBoa (sinônimos de água
sanitária em algumas regiões do país), Xerox.
digital: Planejamento
al:
Como criar uma marca forte para o
mercado
05
POSICIONAMENTO
E DIFERENCIAIS DE MARCA
Para iniciar o aprendizado sobre posicionamento de marca, vamos assistir
ao vídeo em que Steve Jobs, fundador da Apple, apresenta a então nova
digital: Planejamento
tendia, naquele momento, reerguer-se após um período de crise.
O resultado dessa campanha e do esforço para fortalecer o posicionamen-
to da marca você já conhece!
De forma bem resumida, o posicionamento de mar-
ca é o lugar que ela ocupa na mente dos consu-
midores. Isso leva em conta uma série de fatores,
como qual a necessidade que seu produto ou ser-
viço pretende resolver, qual o mercado de atuação,
como a marca vai se mostrar ao público e se co-
nectar com ele e em qual lugar desse “tabuleiro”,
que é o mercado, a marca vai posicionar suas pe-
ças para jogar.
O posicionamento deve ajudar a marca a expressar,
com clareza, quem ela é, pra quem ela se dirige e
para onde ela vai te levar.
digital: Planejamento
PARADA PARA REFLEXÃO
A partir desse esquema, do vídeo visto no início desta seção e dos seus co-
nhecimentos, tente pensar qual o posicionamento da Apple: sua promessa
básica (qual é o principal benefício que a marca promete aos seus consu-
midores?), sua justificativa (por que a Apple pode prometer isso?) e seus
atributos de imagem (quais características nos produtos e na comunicação
da Apple ajudam a transmitir seu posicionamento ao mercado?).
RECAPITULANDO
digital: Planejamento
vida a marca se encontra, pensando em ações para evitar o seu desgaste.
Assim, o público perceberá mais facilmente os diferenciais da marca, o que
permitirá que ela se destaque em meio a um mercado cada vez mais com-
petitivo.
É proibida a venda e a reprodução deste material sem autorização prévia do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.
Profa. Dra. Lívia Silva de Souza
UNIDADE 3
Educação a Distância
2020
17 22
SEÇÃO 03 SEÇÃO 04
Direção de arte digital: Veiculando a campanha:
organização visual principais conceitos
de olho nos formatos em mídia digital
26
SEÇÃO 05
Veiculando a campanha:
montando um planejamento
de mídia
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
por que você acha que esse anúncio chegou até você.
Suas referências serão importantes para que você seja cada vez mais cria-
tivo ao colocar suas ideias “no papel”, ou melhor, “na(s) tela(s)”. Nesta uni-
digital: criação e mídia
01
A RELAÇÃO ENTRE
ARTE, TEXTO E OUTROS
ELEMENTOS NA
PUBLICIDADE DIGITAL
Com tudo o que você aprendeu até aqui, já é possível
você estabelecer as relações entre as mídias digitais
Unidade 3 - IEtapas de uma campanha publicitária
e a publicidade.
As mídias digitais são caracterizadas principalmente
pela alta segmentação de públicos (muito mais que
digital: criação e mídia
MULTIMÍDIA
VOCÊ JÁ VIU ESSA PROPAGANDA DA LEICA?
A Leica é uma empresa bastante tradicional da área de fotografia. Foi fundada
em 1914 na Alemanha, e é conhecida por fabricar câmeras fotográficas de ex-
celente qualidade, de maneira quase que exclusivamente manual e artesanal
até os dias de hoje. Além disso, ficou muito famosa por ser a câmera favorita
de grandes fotógrafos como Henri Cartier-Bresson.
Em 2014 (ou seja, aos 100 anos desde sua fundação), a Leica lançou um
comercial nas mídias digitais chamado: “The most boring ad ever made?” (“O
comercial mais chato já feito?”). O vídeo tem quase 45 minutos de duração!
Assista:
Entender o que queremos comunicar e qual formato (ou formatos) você irá
utilizar são o início da criação publicitária.
A partir daí, você irá criar os elementos que constituem cada anúncio, sejam
eles imagens, textos, imagens em movimento e sons. Todos estes elemen-
tos devem estar em consonância para que resultem em um anúncio publici-
tário que se destaque, chame a atenção, seja compreendido, seja lembrado
e convença o público a tomar uma atitude sobre a marca anunciada.
Segundo Sant’anna, Rocha Junior e Garcia (2017), os
requisitos para um anúncio publicitário eficiente são:
• Ser original
• Ser oportuno
• Ser persuasivo
• Ser persistente
• Ter motivação
Para cumprir todos esses requisitos, e destacar-se
nas mídias digitais em meio a tantos estímulos, a
criatividade é fundamental. E atenção: criatividade
não é sinônimo de genialidade e nem sempre (quase nunca!) se manifesta
na forma de uma ideia genial em uma inspiração momentânea. Ela está
mais ligada a métodos de construção de ideias, e estes métodos são inú-
meros, cada pessoa prefere um caminho diferente. Mas o importante é ter
um método.
MULTIMÍDIA
MULTIMÍDIA
banco Itaú, veiculado nas mídias digitais, televisão e cinema a partir de 2019.
De que forma os elementos do anúncio estão relacionados entre si, para tor-
ná-lo envolvente e emocionante?
02
REDAÇÃO PUBLICITÁRIA
DIGITAL: SLOGAN
E TEXTO PUBLICITÁRIO
Na publicidade digital, o texto é um elemento impres-
cindível. Ele pode estar presente no anúncio publicitá-
Unidade 3 - IEtapas de uma campanha publicitária
MAIS
A RETÓRICA DE ARISTÓTELES
A persuasão vem sendo estudada pelos filósofos
desde o século V a.C., portanto muito antes do nas-
cimento da publicidade. A retórica é a arte da per-
suasão e, principalmente a partir do filósofo Aristó-
teles (384 – 322 a. C.), é compreendida como algo
baseado em três pilares: ethos (o caráter do orador,
que o ajuda a convencer sua audiência de algo);
pathos (os apelos de cunho emocional que servem
para convencer a audiência); e logos (os apelos de
cunho racional e lógico usados para convencer a au-
diência). Se você quiser se aprofundar nesse assun-
to, leia a Retórica, de Aristóteles.
Slogan
digital: criação e mídia
MULTIMÍDIA
Que tal conhecer um pouco mais sobre a história por trás do icônico comer-
cial que Michael Jackson gravou para a Pepsi. O documentário “Guerra das
Colas” exibido pelo canal History Channel explora essa ação e muitas outras
que caracterizou essa disputa nos anos 80.
03
DIREÇÃO DE ARTE DIGITAL:
ORGANIZAÇÃO VISUAL
DE OLHO NOS FORMATOS
Em publicidade, principalmente nas agências e nos
departamentos de comunicação das empresas, o
EQUILÍBRIO DA COMPOSIÇÃO.
Uma composição equilibrada é aquela que gera conforto ao olhar, e ajuda o
público a entender a hierarquia das informações, ou seja, o que é mais im-
portante na peça. Existem algumas regras de composição baseadas em li-
nhas imaginárias que você traça na sua composição, e que guiarão você na
distribuição dos elementos na peça visual. A divisão da sua peça em partes
idênticas torna a peça mais monótona, mas se você criar a composição em
partes desiguais, introduzindo em seguida os elementos visuais em busca de
equilíbrio, agregará mais movimento e pontos de interesse na arte final.
DIREÇÃO DA LEITURA.
No Ocidente, a ordem usual de leitura é da esquerda para a direita, de cima
para baixo. Leve isso em conta ao organizar o layout da sua peça publicitária.
No digital, a leitura é feita muito rapidamente, e o nosso olhar é atraído ime-
diatamente para os pontos de interesse mais comuns. Por isso, informações
mais importantes devem ser dispostas na sequência usual da nossa leitura.
Ser criativo não significa abusar de cores e sons! Às vezes, um vídeo mais
minimalista, porém bem produzido e organizado de forma harmônica, pren-
de nossa atenção em meio a tantos estímulos nas redes sociais, a exemplo
da publicidade acima, veiculada nos stories do Instagram. Vale a mesma
dica de sempre, em publicidade: qual o posicionamento da marca e o con-
ceito da campanha? Criatividade também tem a ver com coerência!
Muitas das regras de composição foram desenvolvidas considerando telas
em formato paisagem, a exemplo das telas de cinema e televisão. Porém,
na publicidade digital, os formatos são inúmeros, seja em desktop ou mo-
bile e, no caso deste último, torna-se desafiador estabelecer novas regras
de composição visual. Os conceitos são os mesmos, porém as referências
devem estar em constante renovação. Algumas questões para pensar a
composição visual nos formatos digitais são:
FORMATO ESTÁTICO
FORMATO VERTICAL
Em formatos verticais do tipo stories, como agregar os aprendizados de com-
posição visual organizando os elementos de forma a chamar a atenção e
manter o leitor na sua peça publicitária, e ainda, aproveitar toda a extensão da
tela de forma equilibrada?
04
VEICULANDO A CAMPANHA:
PRINCIPAIS CONCEITOS
EM MÍDIA DIGITAL
Unidade 3 - Etapas de uma campanha publicitária
digital: criação e mídia
A área de mídia, em publicidade, está diretamente relacionada ao desenvol-
vimento profissional da profissão. Isto porque a mídia é a área responsável
pela veiculação da campanha, ou seja, pela alocação da maior parte da
verba publicitária visando a levar a campanha aos consumidores por meio
dos veículos de mídia.
Na publicidade tradicional, sobretudo a partir da
década de 1950, o investimento em mídia publi-
citária passa a movimentar grandes volumes de
dinheiro anualmente, na compra de espaços em
jornais, revistas, outdoors, rádio, cinema e princi-
palmente televisão, historicamente a mídia mais
cara. A remuneração das agências de publicida-
de passa a ser pautada por um percentual sobre
a compra de espaços em veículos de mídia.
Nos anos recentes, a consolidação da publici-
dade digital traz profundas transformações ao
mercado. As mídias tradicionais deixam de ser
a única opção de investimentos publicitários e,
ao mesmo tempo, as agências deixam de ser o
único caminho para a compra de mídia publicitá-
ria. Qualquer pessoa com acesso às plataformas
pode investir em mídia no Facebook, Instagram,
Google e outros veículos.
Com isso, as agências publicitárias estão adap-
tando seus modelos de negócios, investindo em
áreas e profissionais com foco em digital, e co-
brando não pelo percentual de mídia investida, mas também como consul-
toria. Como dissemos, qualquer um pode comprar mídia no Facebook, por
exemplo, mas a visão estratégica como base desses investimentos só pode
ser oferecida por bons profissionais. Além disso, temos visto campanhas
publicitárias que cruzam as mídias tradicionais com as digitais, tornando-se
muito mais impactantes, a exemplo das ações desenvolvidas pela agência
Leo Burnett, o departamento de marketing da Fiat e o veículo Rede Globo,
durante a telenovela A Dona do Pedaço, exibida no ano de 2019.
ALCANCE
total de pessoas diferentes atingidas por uma veiculação. Não considera pes-
soas atingidas mais de uma vez por um mesmo comercial, por exemplo. O
alcance é calculado pelo tempo. À medida que o período aumenta, o índice
tende a se aproximar de 100%.
AUDIÊNCIA
CROSSMEDIA E TRANSMEDIA
CUSTOS RELATIVOS
FLOWCHART
FREQUÊNCIA
total de vezes, em média, que cada pessoa será impactada pela campanha
publicitária veiculada. Há campanhas que devem ser visualizadas muitas ve-
zes para que sejam assimiladas, e outros casos em que basta cada pessoa
ver poucas vezes. Não há uma fórmula pronta para determinar qual a frequ-
ência ideal, e mais uma vez, o importante é seguir o briefing, o planejamento
e pensar na criação, para determinar se a frequência ideal de cada campanha
será alta, média ou baixa, com bom senso para que a campanha seja efetiva,
porém sem saturar o público.
perfil das pessoas que acompanham seus conteúdos, visando assim a vender
espaços de veiculação publicitária.
MÍDIA PROGRAMÁTICA
PAGE VIEWS
designa o número total de visualizações que uma página na rede tem ao longo
de um período determinado. Em geral, totaliza milhares ou milhões de visu-
alizações, mas cuidado, pois este número pode enganar. O número de page
views considera todas as visualizações da página, não separando por pesso-
as diferentes. Assim, um alto número de page views pode significar um bai-
xo número de pessoas diferentes, que visitam muitas vezes a página. Assim,
para determinar a rentabilidade de um site para sua campanha de publicidade
digital, é importante considerar os page views juntamente com o alcance, con-
siderando o número de pessoas diferentes que você poderá impactar.
Estes primeiros conceitos vão ajudar você a iniciar seu percurso na veicu-
lação publicitária digital, mas lembre-se de que este mercado é altamente
dinâmico. Portanto, busque sempre atualização!
05
VEICULANDO A CAMPANHA:
MONTANDO UM
PLANEJAMENTO DE MÍDIA
Agora que você já conhece melhor a área de mídia e
suas possibilidades e tendências, é hora de levar sua
Unidade 3 - IEtapas de uma campanha publicitária
mento de mídia.
O planejamento de mídia envolve todo o raciocínio
em torno da veiculação da campanha, ou seja, de sua
colocação nos veículos. Veículos são empresas que
possuem concessões para operar os meios de co-
municação. Se estamos falando do meio digital, por
exemplo, são veículos: Facebook, Google, Instagram,
Youtube, portais e outros. Se estivéssemos falando,
por exemplo, do meio televisão, a Rede Globo e o SBT
são veículos.
A escolha dos veículos e da maneira como os anún-
cios publicitários serão veiculados ao longo do tempo
é explicitada no que chamamos de plano de mídia. O
plano de mídia é um documento que mostra, de for-
ma organizada, o que será feito em termos de mídia,
como isso acontecerá, quais os recursos necessários e os resultados es-
perados. Em termos mais profissionais, os tópicos do plano de mídia são:
objetivo de mídia, estratégia de mídia e táticas de mídia.
O objetivo de mídia é aquilo que responde à questão:
“o que a mídia deve fazer?”. Lembre-se: a mídia, por
si só, não muda imagem de marca nem a opinião das
pessoas sobre um assunto. O que podemos garantir
que a mídia faça é que ela atinja pessoas. Assim, o
objetivo de mídia corresponde à quantidade de pesso-
as que queremos atingir (ou seja, o alcance), quantas
vezes em média queremos que cada pessoa veja a
mensagem (ou seja, frequência) e de que forma essa
veiculação será distribuída ao longo do tempo (ou
seja, continuidade).
As plataformas digitais como Facebook e Instagram
permitem a quantificação do alcance de uma cam-
panha previamente, de acordo com o valor que você
pretende investir. Por outro lado, para intensificar a
frequência, o ideal é diversificar as plataformas em
que a mensagem é veiculada. Quanto à continuida-
de, pense estrategicamente em cada caso quanto à
relevância de manter uma campanha always on, ou de
fazer intervalos na veiculação. E procure alinhar tudo
isso com os objetivos estabelecidos lá no planejamento, e com as caracte-
rísticas das peças que foram criadas.
pontos de venda físicos, quando existentes. A fachada de uma loja, por exem-
plo, é uma mídia de grande visibilidade! O uso das mídias do tipo owned é
vantajoso para trazer maior envolvimento com a marca, além de que, nesses
canais, a marca tem total controle da mensagem
digital: criação e mídia
É proibida a venda e a reprodução deste material sem autorização prévia do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.
Profa. Dra. Lívia Silva de Souza
UNIDADE 4
Educação a Distância
2020
17 22
SEÇÃO 03 SEÇÃO 04
Produção de conteúdo Integração entre
para mídias digitais publicidade e conteúdo
de marca no funil de
conversão
28
SEÇÃO 05
Revisão: entender o problema,
propor soluções criativas e
materializar um projeto de
publicidade digital
OBJETIVOS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
01
PUBLICIDADE HÍBRIDA
E BRANDED CONTENT
Unidade 4 - Publicidade digital além da publicidade
Porém, em anos recentes, o anúncio publicitário
deixou de ser o único modelo para se pensar e se
fazer publicidade.
Como você verá ao longo da unidade, não é de hoje
que as marcas pensam em formatos menos invasi-
vos e mais atraentes ao consumidor. Mas a diferen-
ça é que, no mundo pós-digital, torna-se cada vez
mais difícil para as marcas se destacarem no ce-
nário midiático e, ao mesmo tempo, o consumidor
está cada vez mais exigente e saturado de mensa-
gens publicitárias.
Então, antes de entrarmos nos conceitos das novas
configurações da publicidade, vamos assistir a um
videoclipe da banda norte-americana Ok Go.
MULTIMÍDIA
Gravado no Japão em 2014, o vídeo é surpreendente em muitos aspectos: tra-
ta-se de um plano-sequência (ou seja, é filmado em um só take, sem cortes),
filmado por um drone, algo menos utilizado na época, e apresenta uma coreo-
grafia muito bem elaborada e ensaiada. O vídeo possui mais de 40 milhões de
visualizações no Youtube, o que é também uma característica da banda, que
produz clipes criativos e que quase sempre viralizam.
Porém, há um elemento ali que também chama a atenção: os componentes
da banda estão todos andando equilibrados em um pequeno veículo. Trata-se
de uniciclos da marca Honda. O videoclipe foi concebido para o anunciante
Honda UNI-CUB, pela agência de publicidade Mori.Inc de Tóquio, juntamente
com a banda OK Go, e foi um sucesso, conquistando destaque no grande fes-
tival de criatividade de Cannes no ano seguinte.
MAIS
02
SOMANDO O
POSICIONAMENTO DE
MARCA AO CONCEITO MVV
A publicidade, em seus novos tempos, tem se edifica-
do sobre o chamado tripé MVV: Madison, Vine & Val-
Unidade 4 - Publicidade digital além da publicidade
Fig. 04 – De cima para baixo: Madison Assim, dentro do conceito MVV, o branded content
Avenue, Vine Street e o Silicon Valley vem ganhando muita visibilidade na última década,
Fonte: divulgação promovendo uma comunicação mercadológica me-
nos agressiva e mais atraente ao consumidor.
MAIS
OS ORIGINAIS
Se a empresa já é uma empresa de
conteúdo, como ela pode desenvolver
ações de branded content que levem
seu posicionamento além? A Netflix, em
parceria com a agência AKQA, respon-
deu a essa questão lançando uma web-
série. O material não está disponível na
plataforma de streaming, e pode ser encontrada apenas nas páginas de redes
sociais da empresa.
MAIS
03
PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
PARA MÍDIAS DIGITAIS
Atualmente, a produção de conteúdo e o chamado
brand publishing são ferramentas que, alinhadas ao
Unidade 4 - Publicidade digital além da publicidade
MULTIMÍDIA
MULTIMÍDIA
04
INTEGRAÇÃO ENTRE
PUBLICIDADE E CONTEÚDO
DE MARCA NO
FUNIL DE CONVERSÃO
As estratégias de conteúdo, pensadas dentro do con-
ceito de branded content, devem estar sempre rela-
MULTIMÍDIA
PESQUISA DE CONCORRÊNCIA
BUSCA DE REFERÊNCIAS
Isso aqui não precisa ser só no Brasil, pois a intenção é você procurar alguma
marca que esteja fazendo um trabalho muito, muito bom na área que você
está querendo fazer. Em termos técnicos, chamamos isso de benchmark, ou
seja, a referência em determinado campo. É claro que a ideia aqui não é você
copiar o trabalho dessa marca, mas verificar quais pontos podem se aplicar
ao seu trabalho, e quais não se aplicam. Além disso, veja os formatos traba-
lhados, a frequência de postagens, os formatos inovadores, e como é a intera-
ção com o público, e busque inspirar-se para o seu trabalho.
Defina em qual ou quais formatos sua marca irá produzir conteúdos. Além
da pesquisa sobre os concorrentes e também a referência na área, busque
atrelar os formatos ao próprio posicionamento da marca e como ela quer se
projetar para os consumidores. Pense sempre em como a sua marca pode fa-
zer diferente, e inovar em relação ao mercado, destacando-se em um contexto
de saturação de informações.
Agora, pense principalmente na persona criada. Quais temas podem ser re-
levantes a ela e, ao mesmo tempo, comunicar o posicionamento da marca?
MULTIMÍDIA
05
REVISÃO: ENTENDER
O PROBLEMA, PROPOR
SOLUÇÕES CRIATIVAS E
MATERIALIZAR UM PROJETO
DE PUBLICIDADE DIGITAL
Unidade 4 - Publicidade digital além da publicidade
Ao longo da disciplina Publicidade Digital, você pôde descobrir como o pró-
prio nome “publicidade digital” aponta para mudanças bastante profundas
pelas quais a publicidade passou e continua passando. Essas mudanças
dizem respeito aos avanços tecnológicos, mas não só: de modo mais am-
plo, somos parte de transformações culturais, que têm a ver também com
o modo como consumimos as marcas e também os conteúdos na mídia.
Mais especificamente quanto ao processo publici-
tário, mudaram as formas como os profissionais
podem trabalhar os vínculos entre marcas e consu-
midores, mudaram os formatos, as métricas, as for-
mas de precificação de mídia e a disponibilidade de
dados (imensa!) sobre os perfis dos consumidores.
Com tudo isso em mãos, a publicidade digital tem
em seu horizonte algo muito diferente do que cons-
tituiu ao longo do século XX, em que desenvolveu
suas bases no mundo industrializado e dominado
pelas chamadas mídias de massa, como televisão,
rádio e jornal.
Quando essas transformações começaram a se fazer mais evidentes, ao
final da primeira década do século XXI, curiosamente, foram tratadas como
algo do lado de fora do escopo da publicidade. As estratégias de conteúdo,
ou as estratégias de mídia espontânea, por exemplo, eram pensadas como
algo externo à publicidade propriamente dita. Nas agências de publicidade,
o então “departamento do digital” ficava muitas vezes separado dos de-
mais, com jovens profissionais cuidando das páginas de mídias sociais dos
clientes da agência.
Com o passar do tempo, a publicidade foi assimilando
essas mudanças. No lugar de atividades separadas, te-
mos uma publicidade que vem expandindo sua atuação,
e que hoje cria campanhas publicitárias que envolvem
desde formatos de anúncio mais tradicionais, até ações
de branded content integradas ao discurso da marca.
Com isso, a precificação de uma campanha publicitária
não mais se baseia no valor de investimento em mídia
paga apenas, e passa a integrar a própria atividade con-
sultiva no setor. A publicidade tende a se tornar cada
vez mais algo parecido com uma consultoria da relação entre as marcas e
os consumidores, com foco no digital.
MULTIMÍDIA
MÚSICA E BRANDING: AS AÇÕES DAS MARCAS EM FESTIVAIS DE MÚSICA
A música é, sem dúvida, uma indústria que movimenta muito dinheiro e prin-
cipalmente muita emoção. Os grandes festivais voltados principalmente aos
públicos mais jovens tornam-se palco de ações de grandes marcas, que bus-
cam criar laços com esses consumidores da forma mais memorável possível.
Assista esse vídeo do Meio & Mensagem e entenda como esse mercado fun-
ciona e como as marcas procuram destacar-se em um ambiente onde todos
querem demarcar seu lugar.
MULTIMÍDIA
AS ESTRATÉGIAS DE INFLUÊNCIA
O portal B9 é uma grande referência para quem se interessa pelo mundo das
marcas, da publicidade, da tecnologia e da cultura contemporânea. Separa-
mos para você ouvir um podcast do B9, em que se discute o tema do marke-
ting de influência e como essa estratégia deve vir sempre atrelada à estratégia
das marcas de forma ampla. Ouça acessando aqui:
zes para que ela se aproxime com o consumidor da melhor forma possível.
MULTIMÍDIA