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Resumo - Paulo

Aula 1
Surgimento da Publicidade no Mundo:
A história da Publicidade está ligada intimamente com a história do comércio, porque com o
comércio vem a necessidade de divulgar um produto ou serviço.

Há mais de 3000 anos antes de Cristo, os fenícios já haviam desenvolvido o comércio e a


expansão de suas rotas por meio das navegações para vender metais, tecidos e especiarias.

Diversos países ao redor do mundo possuíam seus mercados, principalmente perto de portos.
Regiões como a Babilônia se especializaram em vendas e alguns homens contratados
noticiavam em voz alta quando produtos como vinhos, joias, especiarias e outros produtos
chegavam de navios. É bem semelhante com o que temos hoje também, como em feiras de
frutas e verduras que tem os feirantes anunciando seus produtos e preços, uma prática que
nós conhecemos como “Pregão”.

Em Roma e no Egito também eram encontrados papiros que tinham informações sobre objetos
achados e perdidos, que também era uma forma de anúncio na Grécia antiga.

Uma outra forma de propaganda são os outdoors. Eles traziam mensagens pintadas em
paredes ou pedras e eram deixados em locais de alto tráfego de pessoas. Em Pompéia por
exemplo, esses outdoors anunciavam eventos como: peças teatrais, torneios esportivos e
competições.

Os comerciantes e artesões também penduravam placas de madeiras esculpidas ou pintadas


na frente de seus comércios, geralmente com o símbolo da sua profissão pra mostrar o que
vendiam. Essas formas de propaganda promoviam os pequenos negócios.

Com o desenvolvimento do comércio, a Europa virou a primeira região a se industrializar,


porém, como a maior parte da população ainda era analfabeta, as placas de identificação
traziam imagens correspondentes ao serviço. Por exemplo: o desenho de uma bota ou sapato,
em uma placa, em frente a um sapateiro. Em um mercado, a placa teria imagens de frutas e
verduras.

Os componentes do clero usavam as paredes da igreja pra dispor cartazes com anúncios, e
depois os professores e palestrantes também começaram a usar o mesmo espaço pra divulgar
seus serviços.

Com essa grande quantidade de pessoas nas cidades europeias, ocasionou no


desenvolvimento da mídia, levando à criação de revistas e jornais que expandiam propagandas
além dos mercados das pequenas vilas.

A Publicidade na Arábia, Egito, Ásia e África:


No Egito, o papiro era usado como a mídia padrão para posters e cartazes, e as entidades
comerciais usavam paredes pintadas para a divulgação dos seus eventos. Essas formas de
divulgação também aconteciam na Índia, por volta de 4000 antes de Cristo.
Na Arábia há uma grande influência da religião na indústria da publicidade, isso porque eles
são associados com o Islamismo.

Por exemplo, no Islã é desejado que uma mulher se vista de forma modesta, cobrindo seu
corpo. Por isso não é muito comum ver mulheres em propagandas por lá. A solução que eles
fizeram é de fazer anúncios mostrando somente os olhos das mulheres. Elas aparecem em
alguns anúncios, mas o número é bem menor em comparação aos outros países ocidentais.

A maior preocupação dos publicitários muçulmanos é como a mulher vai ser mostrada nos
anúncios em relação ao seu trabalho. Eles desejam que elas estejam fazendo tarefas
domésticas e por essa razão é raro elas aparecerem trabalhando fora.

O tipo de publicidade nos países árabes é bem rígido, por exemplo, eles não costumam mostrar
preços porque consideram muito rude e direto. Os cães são vistos como animais sujos, e por
isso, eles não costumam aparecer em comerciais. Qualquer substância que leve ao vício
também é proibida.

Já o Egito, mesmo mantendo as tradições islâmicas, apresenta anúncios menos rígidos que os
outros países que seguem a Sharia.

A publicidade moderna e a mídia na China foram meio que implementadas por ocidentais. Os
primeiros jornais contemporâneos foram criados por expatriados no século XIX. Em 1958, Carl
Crow abriu o primeiro escritório dedicado exclusivamente a propagandas na China. Por ele ter
trabalhado por muitos anos na China, ele tinha facilidade em negociar com clientes internos e
recém-chegados na Europa e EUA.

Ele comprava espaços nos jornais da China toda e com isso, se engajou em pesquisas do
mercado, estudando o comportamento do consumidor, seus hábitos de gastos e fornecendo
essas informações para os seus clientes.

Em anos mais recentes, o cenário da mídia asiática mudou graças à desregulamentação da


mídia, o que revitalizou a mídia impressa e eletrônica. Hoje a Ásia é um dos mercados que mais
cresce em mídia no mundo todo.

Os comerciais japoneses costumam tentar enfatizar o impacto emocional sendo bastante


rápidos e dinamicamente editados. Normalmente esses comerciais têm palavras simples,
rápidas, músicas e jingles (mensagens publicitárias em forma de música).

Enquanto a publicidade ocidental é estratégica e direcionada ao mercado, a publicidade


asiática é instintiva e direcionada à mídia.

O continente africano é bem diverso e tem diferenças entre o norte e o sul. O primeiro jornal
da África do Sul foi o bilíngue “Gazeta da Cidade do Cabo”. Ele já trazia anúncios em 1800 e
seus proprietários eram negociantes de escravos. Após três meses, o governo do país tomou
conta de toda mídia impressa.

Com tantos tipos de culturas, atitudes, línguas, diferentes níveis de educação e pobreza, há
pouco espaço para a publicidade mais complexa. Os investimentos locais escassos também
direcionam a publicidade africana pra uma abordagem mais simples e direta.
A Publicidade na Idade Média:
A Idade Média foi marcada por guerras como as cruzadas e a subordinação do estado e da
ciência à religião.

A publicidade escrita quase desapareceu na idade média, porque o número de analfabetos


aumentou muito com o declínio do Império Romano e a tomada do poder pela religião.
Consequentemente, muitos anúncios passaram a ser baseados em imagens.

Outro modelo de anúncio para pessoas analfabetas era feito pelos “gritadores”, que eram
pessoas contratadas para gritar promoções em frente a tavernas e bares.

Sobre a publicidade impressa, a propaganda medieval mais rara também é a menor, ela é do
tamanho de um cartão de crédito quase (aproximadamente 8 por 14cm) e fazia a propaganda
de um escrivão.

É o que chamaríamos hoje de uma filipeta ou um flyer, feito pra ser distribuído na cidade e que
tinha inscrições em latim e inglês pedindo que esse papel fosse compartilhado.

O tipo de anúncio mais encontrado do período medieval é a chamada “folha de propaganda”,


feita por mestres da escrita medieval. Nessa época, quem sabia escrever era muito valorizado,
tanto intelectualmente quanto financeiramente.

Durante os últimos 3 meses da Idade Média, a demanda de livros cresceu porque seus preços
caíram bastante. Os escrivães colocavam essas folhas de propaganda no meio dos livros,
falando sobre seus serviços.

Como o número de leitores cresceu, a demanda por materiais impressos também cresceu. Os
profissionais da imprensa e escrivães tomaram para si a produção de livros que antes eram
feitas apenas para as comunidades cristãs. Eles começaram a ter lucro e também começaram a
criar o mercado de livros que temos hoje. Eles também começaram a divulgar seus serviços de
alfabetização.

A melhor forma de um produtor de livros divulgar suas habilidades era escrevendo seus
próprios livros, e não só panfletos e filipetas.

Em um desses livros da idade média pode-se ler as seguintes frases em suas últimas páginas:
“Se alguém mais quiser um livro tão bonito como esse, procure-me em Paris ao lado da
Catedral de Notre Dame”. Hoje isso poderia ser visto como uma mensagem de “spam”, já que é
uma mensagem indesejada de divulgação incluída em um material qualquer.

Truques de marketing como usar letras diferentes, coloridas, chamativas e o uso de spam pra
atrair mais clientes, mostram como algumas ferramentas já usadas nessa época são efetivas até
hoje como há 600 anos.

A Publicidade na Revolução Industrial:


Antigamente, os produtos eram feitos em pequenas quantidades, então não havia a
necessidade do uso de propaganda. Normalmente, compradores e vendedores eram
conhecidos pessoais.

Porém, com a revolução industrial isso mudou, já que era possível fazer produção em massa de
sabonetes, louças, roupas, etc…
E isso fez com que os vendedores fizessem os produtos em fábricas, muitas vezes distante de
suas casas, sendo até mesmo em outros países. Aí então começou a entrar a publicidade, pois
o produto tinha que ser apresentado pra pessoas que nunca viram pessoalmente.

Como os produtores começaram a competir entre si, cada um começou a criar uma marca para
seus produtos, de modo a distinguir dos demais. Os jornais impressos se tornaram a maneira
ideal de propagar essas ideias.

As novas tecnologias também faziam esses jornais ficarem mais baratos. Eles possuíam mais
páginas, então podiam ser mostrados mais anúncios com descrições, assim como os preços.

Na metade do século XIX, avanços tecnológicos possibilitaram ilustrações a serem incorporadas


nas propagandas, então os anunciantes começaram a adicionar textos abaixo das chamadas,
descrevendo os produtos de forma persuasiva.

Nos anos 1880 a propaganda já era focada na criação de desejos e necessidades na população.
Confira o anúncio de uma máquina de costura a seguir:

Antigamente as propagandas tinham um apelo para as mulheres, prometendo que se ela


adquirisse um tal fogão por exemplo, reduziria seu trabalho na cozinha e traria mais tempo
para cuidar e ficar com sua família.

Ao criar desejos e necessidades em uma população consumista, a propaganda foi fundamental


para o capitalismo. A produção de produtos acessíveis e os trabalhadores com bons salários
revolucionou a economia e o mercado publicitário.

A Publicidade no Século XX:


É importante pensar na indústria da publicidade e da mídia de massa, em particular a
imprensa, o rádio, a televisão e mais tarde, a internet.

As agências de publicidade começaram a surgir no início do século, na França, onde os


publicadores de jornais consideravam a aceitação de anúncios diretamente aos clientes como
inaceitável.

Eles costumavam a vender espaços para empresas que revendiam esses espaços para
anunciantes.

Já a publicação americana tomou um rumo diferente quando os negócios procuraram as


agências para ajudá-los a vender para o exterior.

As funções das agências começaram a ser reinventadas, tendo que escrever comerciais e
roteiros de programas de rádio, até a chegada da televisão.

Por outro lado, jornais continuaram sendo a mídia dominante de mercados, lojas de
departamento, entre outros pequenos provedores de serviço.

Com o grande investimento em rádio, as pessoas começaram a preferir ouvir os anúncios do


que ter que lê-los. As propagandas de rádio davam a liberdade que o texto escrito não dava, e
era possível expandir a forma de comunicação por meio de músicas, jingles e da palavra falada.
E ao contrário da mídia escrita em jornais ou revistas, os comerciais de rádio não podiam ser
pulados.
Durante a segunda guerra, algumas publicidades também eram feitas para arrecadar doações.

Aula 2
Surgimento da Publicidade no Brasil:
O embarque da Família Real Portuguesa e de D. João VI para o Rio de Janeiro, em 1808,
provocou uma grande guinada política e em várias outras frentes, comercial, cultural, etc… Isso
também mexe com o consumo do Brasil porque o Brasil vai receber diversos produtos da
Inglaterra que antes não eram comercializados.

Isso ocasionou um crescimento comercial. O Brasil também começou a produzir seus primeiros
jornais impressos, antes o consumo desses jornais impressos vinham de Portugal. E nos jornais
começaram também a ter publicidade, e não só notícias. Tudo isso ocorreu por conta da
presença da Família Real no território brasileiro.

A Publicidade Brasileira do Século XIX:


Nessa época, os tipos de publicidade aconteciam de forma impressa, (também de outras
formas como em forma de áudio por rádios por exemplo) e o crescimento do letramento foi
extremamente importante para esse tipo de publicidade. Quem não sabia ler, era fortemente
influenciado pela arte, pelo desenho da publicidade.

Houve também um crescimento de um mercado literário, já que como a população estava


começando a ler mais, esse tipo de mercado como revistas e jornais também aumentaram.
Com isso, publicidades feitas de forma impressa (jornais e revistas) começaram a ser mais
praticados e explorados. Anúncios impressos ofertavam diversos serviços e produtos, muitas
vezes de produtos importados, só mais futuramente que começaram a aparecer mais produtos
Made In Brazil.

A Publicidade Impressa no Brasil:


A publicidade vai acompanhando as mudanças da sociedade, tanto no sentido de se estruturar
de novas formas como também para falar com essa sociedade conforme os valores forem
mudando com o tempo. Ela sempre trabalha com o espírito da época, ou chamado “Zeitgeist”,
que vem do alemão e significa “espírito da época”.

Com novas tecnologias e equipamentos surgindo, o mercado de consumo também evolui com
essas mudanças e a publicidade acompanha isso.

E então surgiu as revistas no Brasil, como O Mequetrefe e O Mosquito.

Essas duas revistas trazem coisas variadas, como notícias sobre política, sobre o mundo, sobre
o Brasil e claro, a publicidade. A economia dessas revistas era baseado nos anunciantes, pois
como eles pagavam pra anunciar, a economia girava. Esse tipo de economia é algo que
acontece até os dias de hoje.
No século XX, isso aumentou ainda mais. A quantidade de público consumidor e,
consequentemente, a publicidade. O mercado publicitário amadureceu, trazendo novas
técnicas e tecnologias.

Mas mesmo com esse amadurecimento e com o avanço tecnológico, a forma impressa ainda é
consumida até mesmo nos dias de hoje. Muitas pessoas preferem ler jornais ou até mesmo
livros, cartazes, outdoors e entre outros. Então até hoje ainda tem um pequeno espaço pra
forma de publicidade impressa.

As Primeiras Agências de Publicidade:


A Eclética foi a pioneira das agências de publicidade no Brasil, ela surgiu em 1914, e contava
com três funções essenciais em uma agência: o profissional de planejamento e atendimento
(sem ele o business não existe), o redator e um gráfico (a dupla de criação).

Seu principal cliente era a Ford, na época ela não tinha fábrica no Brasil, mas a partir da
segunda metade do século XX ela começou a montar automóveis no Brasil.

As Agências de Publicidade começaram a aparecer com o avanço da população, tecnológico e


tudo mais. Isso fez com que houvesse ainda mais necessidade para a divulgação de produtos e
serviços e pra isso ocorrer de forma prática para o vendedor, eles contratavam agências de
publicidade para administrar e propagar seus serviços e produtos. Esse crescimento de
mercado aconteceu em todo Brasil, não somente nas grandes capitais.

Os Primeiros Anunciantes Brasileiros:


Os grandes anunciantes brasileiros se instalaram no século XX, se consolidando como marcas
de longa história, como montadoras, empresas da área de medicamento, da área de moda, da
área alimentícia, etc…

Na sua grande maioria do século XX, as empresas estavam trabalhando com produtos
industrializados que vinham do exterior. Mas da mesma forma, havia a publicidade nesses
produtos mesmo que eles não eram fabricados aqui. O primeiro grande anunciante do século
XX foi a Bayer, era uma empresa alemã que vendia produtos médicos.

O mercado de anunciante cresce conforme a industrialização avança. Quanto mais produtos a


empresa tem para ofertar, significa que ela também terá um maior número de consumidores. E
o mercado publicitário que alimenta pra essa engrenagem funcionar, divulgando produtos e
buscando novos públicos para crescer ainda mais.

Aula 3
Processo de Industrialização das Agências:
O século XX é o século da industrialização global, claro que a velocidade de industrialização
varia de país para país. Uns avanços mais rápido e outros vão chegando depois, porque isso
depende muito de aspecto cultural, econômico, político, etc…

No caso do Brasil, ele demorou para avançar no processo de industrialização. Quando falamos
de industrialização estamos falando de crescimento urbano, de cidades, populacional,
infraestrutura, aumento tecnológico, entre outros. Inclusive, no finalzinho do século XX já
começou a aparecer a internet.

No período JK, o Brasil teve uma grande evolução na industrialização. Isso foi na virada da
década de 50, virando para 1960. Foi um período muito importante pro Brasil por conta de ter
sido quando ele ficou mais ‘moderno’.

Com tudo isso, o mercado consumidor e o mercado publicitário também se desenvolveu.

A General Motors não foi a única empresa montadora que veio pro Brasil, mas ela teve uma
grande colaboração na profissionalização da publicidade no Brasil. Isso porque com ela veio
ideias de publicitários gringos, como a estética, a forma como eles faziam a publicidade, e isso
fez com que os publicitários brasileiros começaram a desenvolver de forma diferente as suas
publicidades, usando de base a publicidade dos gringos.

A Publicidade e o Imperialismo Social:


O Brasil teve durante muito tempo (e ainda tem) muita influência vindo de fora. A grande
influência do Brasil e do mundo foi a Espanha durante o século XIX. A questão cultural, idioma,
vestimenta, a urbanização, etc, foi inspirado na frança. E depois a influência veio dos EUA, não
só o Brasil, mas o mundo todo também.

Na governança de Getúlio Vargas, o Brasil se fechou bastante culturalmente. Após a segunda


guerra, entrando na década de 50, a cultura voltou a ser mais aberta com o governo do JK.

A publicidade sempre pega um pouco da influência que vem de fora e combina com a própria
cultura.

Em 1945 foi a guinada de influência cultural norte americana, chamado American Way Of Life,
que envolve produtos alimentícios, roupas, calçados, filmes, música, etc…

Agências Multinacionais e suas Contas:


Na segunda metade do século XX, nasceu diversas agências multinacionais e nelas tinham
brasileiros que prestavam serviço de publicidade. Com o tempo, esses publicitários brasileiros
saíram dessas agências e por ter um portfólio forte, faziam suas próprias agências.

Agências como McCann-Erickson gerenciavam a Colgate, General Motors, Ford, Texaco,


Goodyear, etc…

A Influência da Publicidade na Cultura de Massa:


Massa significa Público, Indústria e Consumidor. E quando falamos de comunicação de massa,
seria como falar com esse público e como atrair esse público para consumir determinada
marca ou serviço. O século XX foi um século chave quando discutimos sobre Comunicação.

O rádio exerceu uma grande influência, porque ele foi um grande veículo de comunicação do
Brasileiro, tanto das grandes cidades quanto da área rural. E ele se alimenta da cultura de
massa e reafirma hábitos de uma cultura e o público consumidor se identifica.

A música também sempre foi um grande elemento cultural, porque ele traduz os hábitos e
costumes de um público. E a publicidade também utiliza bastante a música para passar o
recado que ela quer e pra atingir o público de uma forma eficaz. Ela pode aparecer como uma
trilha de um filme, um jingle, um background e diversas outras formas.
Propaganda e Cultura de Massa:
Ela ta relacionada a influência de práticas e hábitos que vão se tornar massificados, ou seja,
eles recebem essa carga de influencia e acabam tendo comportamentos e hábitos
semelhantes. Por exemplo gírias, formas de falar, a música que se escuta, a marca e o modelo
de um carro, marca de um celular, entre outros. O papel dos meio de comunicação de massa é
alimentar isso, que vai envolver consumo e hábitos.

Todos nós somos massificados.

Aula 4
Campanhas premiadas e características:
A publicidade sempre é uma tradução de como a sociedade é. A ideia de uma publicidade não
vem do nada, a inspiração aparece muitas vezes no detalhe, por isso é importante estar atento
ao mundo e as coisas que estão ao seu redor.

Mas também é possível juntar a inspiração com a técnica, e unindo essas partes você consegue
ter campanhas geniais e criativas. O foco principal de uma publicidade é atender à necessidade
do cliente.

Falar a linguagem do público é ideal, por isso é importante analisar o público que está sendo
trabalhado para saber quais estratégias devem ser utilizadas para a publicidade.

Publicidades como “Garoto Bombril”, “Caninha 51”, “Valisere” e “Bichinhos Parmalat” são
publicidades premiadas no cenário brasileiro. Foi feito muita pesquisa e trabalho que
resultaram que essas publicidades ficassem tão marcantes para o cenário.

Principais Premiações de Publicidade Internacionais:

Os três maiores prêmios de publicidade são:

 Cannes;

 Clio Awards;

 Muse Creative Awards.

Os prêmios são bons, porém, não podemos esquecer que o foco de uma publicidade é atender
a necessidade do cliente.

Principais Premiações de Publicidade Nacionais:

Todo publicitário normalmente começa a conquistar prêmios nacionais e após isso, começam a
focar os esforços para os prêmios internacionais.

Os prêmios nacionais também trazem uma boa visibilidade tanto para a agência quanto o
publicitário.

Alguns prêmios nacionais são:

 Festival Mundial de Publicidade de Gramado (1975);


 Profissionais do Ano (1970);

 Colonistas (1968);

 Top Of Marketing (1972);

 Top Of Mind (1977).

Principais Anunciantes Mundiais:


É importante sempre estar atento as tendências do mercado, para saber como se comportar e
no que focar para alcançar seu público.

Os principais anunciantes mundiais são:

 Amazon;

 Procter & Gamble;

 L'Oréal;

 Unilever;

 Comcast;

 Nestlé;

 Alphabet;

 AT&T.

Claro que com o tempo essa lista pode ir mudando, pois vão chegando marcas novas o tempo
todo.

Anuários e Arquivos:
Anuários é a seleção das melhores produções do ano. Ele reúne o que tem de melhor em
diversas mídias, por exemplo rádio, web, mobiliário urbano, entre outros. É uma coletânea de
publicidades que deram certo.

Ele também forma ao longo do tempo uma memória de uma campanha publicitária de uma
determinada região do Brasil. Além de memória, é praticamente um banco de pesquisas, se
tornando uma forma excelente para se inspirar para a criação de novas campanhas.

» Anuários (clubedecriacao.com.br)

Aula 5
Publicidade a partir do Aparecimento do Rádio e da Televisão:
O rádio surgiu em 1922 e ele era bem diferente do rádio que temos hoje em dia, era mais
amador, com uma programação mais de acordo com o gosto pessoal. O rádio que temos hoje
em dia começou a se desenhar na década de 30.
Mas só começou a aparecer anúncios mesmo nos rádios a partir da década de 30/40, que foi
onde ele começou a ser desenhado de forma mais profissional.

Os pioneiros de anúncios de rádio são no estilo Jingles e os empresários eram bem


desconfiados de fazer esse tipo de anúncio, porque nessa época os anúncios eram impressos,
então eles tinham um receio se os anúncios realmente iriam ou não tocar na rádio e se fosse
dar um retorno.

Em 1950 surgiu a televisão no Brasil. Se a publicidade radiofônica (feitas em rádio) já era uma
outra forma de anunciar produtos de maneira eficaz, com a televisão não seria diferente, ainda
mais que seria possível ver esse produto e não só escutar, dessa forma o apelo é ainda maior.

Anúncios Ao Vivo:
Diferente do anúncio gravado, que você pode causar erros mas com diferentes takes, você
consegue deixar tudo perfeito e harmônico. No anúncio ao vivo é diferente, pois tudo tem que
ser da forma certa para não causar nenhuma má impressão.

Já existe essa técnica antiga de publicidade chamado de Pregão, por exemplo os anunciantes
de rua, que vendem panelas ou qualquer outra coisa, e eles divulgam seu produto falando de
forma alta e clara, e quem se interessar por tal, para e contrata seu serviço.

Outra técnica utilizada é o Testemunhal, que é quando você tem um apresentador de um


programa que numa determinada hora ele para a programação ou até mesmo em alguma
entrevista ele para e abre um parênteses pra fazer um testemunhal, ou seja, o próprio
apresentador usa sua própria opinião para divulgar o produto, ele testemunha esse
produto/serviço. Ele se faz como utilizador do produto para divulgar e essa técnica é usada até
hoje.

Antigamente a televisão não tinha como gravar, tudo era acontecido ao vivo e ficava ali. Então
antigamente, os anúncios era ensaiados por bastante tempo para serem realizados ao vivo.

Patrocínio e Product Placement:


É a ideia de posicionar seu produto ou sua marca em algum evento. O que tem que ser
analisado bem, para não posicionar a marca em um evento que não tenha semelhança com o
que é proposto na marca/produto. A narrativa entre ambas tem que ser semelhantes.

Alguns autores, como Sampaio, chamam esse tipo de estratégia de merchandising editorial
ou tie-in (atado ao editorial).

Influência da Propaganda na Linha Editorial:


A adequação do programa para o anúncio é fundamental para que ele chegue até o público
alvo que almeja. Então com base nisso, é feito ajustes de cenário, de áudio, de filmagem, etc.

A publicidade também vai ser pensada para o público daquele programa. Não adianta colocar
um anúncio que vincula em lugares equivocados, isso vai ser gasto uma verba alta pra anunciar
e não vai ter o resultado esperado.

Na Linha Editorial, existem publicidades no estilo Review, mostrando suas características e


funções. É bastante usado por não parecer algo tão forçado, dá a impressão de ser algo mais
natural, ao contrário do merchandising, que é pausado toda programação pra descrever tal
produto/serviço.

Padronização de Anúncios:
Existem normas que devem ser seguidas para o consumidor. Não é permitido fazer anúncios
que apelem para o lado religioso por exemplo, pois isso pode trazer o risco da sua publicidade
sair do ar e manchar o nome da agência/marca.

São questões éticas, o publicitário jamais pode esquecer de ser ético. Os publicitários devem
cuidar para não fazer o público se sentir humilhado, menosprezado, etc.

Ao longo das décadas, diversas identidades e leis surgiram para educar o mercado, para que
excessos não viessem a acontecer para prejudicar a própria marca com seu público.

Aula 6

Publicidade Contemporânea e Novas Mídias:


No fim do século XX, nasceu o WWW, que permitiu que máquinas e computadores que
interligavam na intranet podiam se conectar a partir de qualquer lugar do mundo. Dessa forma,
o computador se tornou a nova mídia e multimídia.

Existem as pessoas chamadas Heavy User, que são pessoas que usam constantemente a
internet. E quem está conectado e interage com produtos, fazendo reviews e comentando
sobre ele se chama Prosumer.

Também existe o Buzz Marketing, que é um esforço de comunicação utilizando um evento de


alto impacto e de curta duração – é a famosa propaganda de boca a boca no ambiente digital,
para estarem na moda, antenados, etc.

Essas ferramentas ajudam a alimentar a publicidade e as empresas sabem disso, por isso as
utilizam ao seu favor.

Transmídia:
É quando você tem uma narrativa que começa por uma via e termina em outra. Ou seja, você
pode ter um anúncio que aparece numa plataforma de streaming, mas ela também pode
aparecer no Facebook, no Instagram e em outras redes sociais, fazendo uma complementação
de uma história.

As diversas telas permitiram isso (televisão, laptop, smartphone, tablet, etc…) e as marcas se
aproveitam disso. Elas usam a criatividade e montam uma estratégia para chegar em um
determinado objetivo usando as diversas mídias disponíveis para isso.

Anúncios na Internet:
Atualmente uma grande quantidade de anúncios é feitas pela internet. Usando banners, e-
mails marketing e links patrocinados.
Anúncios em Redes Sociais:
As redes sociais na verdade já existem desde que a população começou a viver em conjunto,
em cidades. Hoje em dia existem as Redes Sociais Virtuais, como o Instagram, YouTube,
Facebook, etc…

As empresas enxergam isso como uma janela de oportunidade para possíveis consumidores.
Elas estudam cada uma dessas redes para anunciarem, pois cada uma delas tem um jeito
diferente de anunciar, não são todas iguais.

Hoje em dia também tem algoritmos que rastreiam a navegação do usuário, e com base nisso,
eles enviam anúncios para esse usuário, afim de converter ele para um consumidor da marca.

Memes e Virais:
São fenômenos sociais que foram potencializados por conta do Online. Meme significa
Memetismo, que é como se fosse imitar um comportamento.

A maioria dos memes aparecem nas mídias sociais. Como isso cai no gosto popular, algumas
empresas utilizam isso para se aproximar mais dos consumidores, é uma estratégia bem
conhecida e é amplamente utilizada por empresas com um público mais jovem.

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