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lectinas

processos biológicos intracelulares e extracelularesAs lectinas estão envolvidas no

reconhecimento célula-célula, interações da matriz extracelular, fertilização gamética, crescimento

celular, sinalização celular, adesão e migração celular, apoptose, imunomodulação, interação

parasito-hospedeiro, indução mitogênica e homeostase Além disso, apresentam atividades de

interesse terapêutico, como antibacteriana, antifúngica, antiviral, antiparasitária, anti-inflamatória,

antitumoral e como biomarcador. Estudos recentes têm evidenciado o potencial uso de algumas

lectinas como antimicrobianos e biomarcadores diagnóstico de interesse clínico, além da utilização

dessas proteínas associadas a sistemas nanobiotecnológicos. Conclusão: Assim, é possível perceber

as propriedades biológicas e o potencial terapêutico das lectinas, como agentes antibacterianos,

antibiofilmes, antiparasitários e imunoduladores tornando essas moléculas ferramentas úteis para a

aplicação na indústria farmacêutica.

Palavras-chave: Lectinas, glicopeptídeos, propriedades biológicas, atividades terapêuticas.

O domínio de reconhecimento de carboidratos interage através de ligações fracas, do tipo Van der

Waals e ligações de hidrogênio, com os carboidratos simples como os monossacarídeos e

dissacarídeos, e complexos como os polissacarídeos, glicoproteínas e glicolipídeos, de modo a

identificar as variações entre as cadeias dos açúcares e promover o reconhecimento entre elas para

formar as ligações (PROCÓPIO et al., 2017).

Quanto à estrutura é possível classificá-las em a)

merolectinas, lectinas que apesentam um único domínio de ligação aos carboidratos e a incapacidade

de aglutinação celular ou de precipitação de glicoconjugados, b) hololectinas, estas exibem dois

domínios idênticos ou mais de dois domínios homólogos para ligação com os carboidratos, sendo

capazes de aglutinar e/ou precipitar glicoconjugados, c) quimerolectinas, lectinas formadas pela

fusão proteica de duas cadeias diferentes, onde uma cadeia expõe atividade catalítica ou alguma
atividade biológica diferente da habilidade de ligação aos carboidratos, e d) superlectinas, essas

proteínas possuem no mínimo dois domínios de ligação a carboidratos não idênticos, exibindo a

capacidade de identificar carboidratos diferentes (FIGUEIRÔA et al., 2017). As lectinas também

podem ser classificadas com base no tipo de monossacarídeo ligante, podendo ser lectinas ligadoras

de manose, lectinas ligadoras de galactose/N-acetilgalactosamina, lectinas ligadoras de


Nacetilglucosamina, lectinas ligadoras de fucose e lectinas ligadoras de ácido N-acetilneuramínico

(KUMAR et al., 2012).

As lectinas podem interagir com carboidratos,

lipopolissacarídeos e peptideoglicano presente na parede celular bacteriana, aglutinando e inibindo

o crescimento celular através da alteração da permeabilidade celular, redução da absorção de

nutriente, formação de poros e extravasamento do conteúdo extracelular, e/ou através da interação

com receptores de membrana que promovem respostas intracelulares (MUKHERJEE et al., 2014;

PROCÓPIO et al., 2017).

Os biofilmes são fatores de virulência importantes para o sucesso da infecção

bacteriana e o reconhecimento dos carboidratos presentes na superfície celular das bactérias impede

a adesão às células do hospedeiro e as superfícies, inviabilizando a formação do biofilme bacteriano

(MUKHERJEE et al., 2014).

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