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registro de imóveis

O que é o registro de imóveis?


Quando se trata da burocracia acerca dos imóveis, é fundamental
diferenciar alguns documentos centrais. Muitas vezes, há uma
confusão entre o registro do imóvel, a escritura e o contrato de compra
e venda.
Todos eles são indispensáveis e, de certa forma, dependem um do
outro. O registro do imóvel refere-se à formalização da nova
titularidade do bem junto ao Cartório de Registro de Imóveis. É apenas
com esse documento que o patrimônio fica legalmente em seu nome.

Para realizar o registro, é preciso levar a escritura ao cartório e iniciar


o processo. Os documentos entregues serão analisados, e o prazo
costuma ser de até um mês para que a matrícula do imóvel seja
modificada e a propriedade, efetivamente, transferida.

Logo, é importante destacar que o contrato de compra e venda, ou


mesmo a escritura, não é suficiente para a legislação brasileira. Eles
são parte do processo de compra, mas não efetivam a transferência.

Conheça as diferenças entre esses documentos e o registro.

Contrato de compra e venda


O contrato de compra e venda é o primeiro documento que formaliza o
negócio realizado. Nele, são registrados os direitos e deveres tanto do
vendedor quanto do comprador do bem. O contrato comprova a
negociação, mas não assegura a propriedade.

Escritura do imóvel
A escritura pública é o passo seguinte ao contrato de compra e venda.
O documento anterior deve ser levado em cartório de notas para ser
oficializado pelo tabelião. Então, dá-se o pagamento do Imposto sobre
a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
O processo de escrituração faz o contrato deixar de ser particular para
ser entendido como uma transação pública, oficial. Assim, ela é a
prova da realização do negócio. 

Por isso, muitas pessoas acreditam que este é o último passo.


Entretanto, é apenas o registro que garante, de fato, a titularidade do
imóvel.

Desconto de 50% para o registro do primeiro imóvel


Poucos pessoas conhecem esta informação, mas sim, ao adquirir o
primeiro imóvel, o comprador pode pagar somente metade do valor da
taxa de registro de escritura perante o Cartório de Registro de
Imóveis, pois possui o direito de garantir um desconto de 50%.

De acordo com a Lei de Registros Públicos (Lei nº 6015/1973), por


meio do artigo 290, o desconto é válido somente para quem comprou
o imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), com
recursos da caderneta de poupança e do fundo de garantia.
E caso esteja dentro das regras do Minha Casa, Minha Vida (MCMV),
o desconto do comprador desconto pode variar, de 80% a 90% do
valor da taxa de registro cobrada pelo cartório, conforme previsto pela
Lei nº 11.977/2009, através do parágrafo único, do artigo 43.
 80% de desconto: se a renda familiar mensal é superior a seis ou até
10 salários mínimos

 90% de desconto: se a renda familiar mensal é superior a três e igual


ou menor que seis salários mínimos

Além disso, caso a renda familiar mensal seja abaixo de três salários
mínimos, o contrato de financiamento bancário é feito pelo cartório
gratuitamente.

Entretanto, é importante lembrar que o desconto não se aplica ao


Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), não pode ser obtido
como reembolso e deve ser solicitado antes de efetuar o registro. E,
caso a circunstância da compra do imóvel for por alienação fiduciária,
o comprador não tem direito ao desconto.

Para comprovar que trata-se da primeira aquisição, o comprador


precisa preencher uma declaração firmada perante o cartório. Ele
pode solicitar uma certidão negativa de propriedade no registro
imobiliário de onde reside. Porém, alguns cartórios exigem que o
adquirente faça uma declaração de que é a primeira compra pelo
SFH.

Também é possível realizar a comprovação de primeira aquisição por


meio da Caixa Econômica Federal. Para isto, basta solicitar o
fornecimento de certidão de que aquele é o primeiro imóvel adquirido
pelo SFH.

É muito importante comprovar estas informações de maneira correta,


afinal, o comprador responde civil e criminalmente pela veracidade
das informações prestadas.

Quando o registro do imóvel deve ser feito?


Como você viu, o registro do imóvel precisa ser realizado para tornar
oficial a transferência de posse do imóvel e colocá-lo definitivamente
em seu nome. De modo geral, ele deve ser feito em um prazo de até
30 dias após a assinatura do contrato de compra e venda.

No caso de compra financiada, o registro do nome do novo


proprietário na matrícula só se dá no momento da quitação do saldo
final. Contudo, as informações referentes à transação ficam
registradas na escritura.

Assim, depois da quitação, o proprietário deve finalizar o processo de


transferência e registro do imóvel em sua propriedade.

É fundamental ter atenção quanto ao registro, pois possíveis


pendências ou infrações são de responsabilidade do proprietário legal
do bem. Logo, tanto quem compra quanto quem vende um imóvel
deve ter cuidado para regularizar todos os documentos e evitar
problemas.

Como registrar um imóvel?


O registro de um imóvel pode ser visto como a última etapa da compra
e da transferência do bem para o seu nome. Logo, existem diversos
passos que precisam ser concluídos para que todo o processo seja
feito corretamente. 

Confira quais são eles a seguir:

Cuidados na compra do imóvel


Antes de falarmos sobre como fazer o registro do imóvel, é importante
lembrar um cuidado relevante ainda no processo de compra. Cabe ao
comprador certificar-se de que não existem ônus e pendências
relacionadas ao imóvel.

Conhecer o histórico da propriedade e checar, especialmente, a


quitação do IPTU e de outras obrigações frequentes pode livrar você
de muita dor de cabeça no futuro. Afinal, evita o risco de adquirir um
bem que tenha problemas fiscais.

Documentos para o registro


Depois de conferir todos os aspectos relevantes e decidir pela
aquisição do imóvel, o próximo passo será assinar o contrato de
compra e venda. Então, é a etapa de registrar o contrato no cartório
de notas e fazer a escritura pública.

Após os passos citados, você poderá levar todos os documentos ao


respectivo cartório de registro para registrar o imóvel em seu nome.
No fim, você terá a propriedade plena e legal do imóvel. 

Alguns dos documentos solicitados pelos cartórios para realizar a


escritura e o posterior registro do imóvel geralmente são:
 Certidões cíveis e criminais de órgãos municipais ou estaduais;

 Certidão da justiça do trabalho; 

 Matrícula do imóvel;

 Certidão de ônus do imóvel;

 Certidão de Valor Venal;

 Cópia da guia do IPTU;

 Negativa de débitos do IPTU.

Custos
Uma informação importante que deve ser dada quando o assunto é a
compra de um imóvel é o custo para realizar todo o processo de
compra e transferência. Alguns dos gastos centrais são os
emolumentos cobrados pelo cartório.

Além disso, é preciso pagar as taxas municipais ou estaduais, como o


ITBI. Os valores variam de acordo com cada local, mas há uma
estimativa geral de que os custos burocráticos possam corresponder,
em média, a 5% do valor do imóvel.

A título de exemplo, o registro de um imóvel com preço estabelecido


entre R$ 276.100,01 e R$ 552.200,00, na cidade de São Paulo, em
2020, custaria cerca de R$ 2.389,34.

Já um imóvel em uma faixa de preço maior — valendo entre R$


828.300,01 e R$ 1.104.400,00 — teria um custo de R$ 3.221,35 para
registro em 2020.

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