Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ESTRUTURA SECUNDÁRIA
Arranjo espacial / dobramento dos resíduos de aminoácidos em alguns segmentos da
cadeia polipeptídica.
Existem alguns tipos de estruturas secundárias que são particularmente estáveis e
ocorrem extensamente em proteínas. As mais conhecidas são as hélices α e as
conformações folha β; outro tipo comum é a volta β.
As α-hélices, fitas β e voltas são formadas por meio de um padrão regular de pontes de
hidrogênio entre os grupos N—H e C=O dos aminoácidos que estão próximos uns dos
outros na sequência linear do peptídio.
α-hélices
É uma estrutura helicoidal. Nessa estrutura, o esqueleto polipeptídico é firmemente
enrolado em torno de um eixo imaginário desenhado longitudinalmente no centro da
hélice, e os grupos R dos resíduos de aminoácidos se projetam para fora do esqueleto
helicoidal.
Cada volta de hélice é formada por 3,6 resíduos de aminoácidos.
A α-hélice é estabilizada pelas pontes de hidrogênio (ligação fraca) entre os grupos NH
e CO da cadeia principal. Nº elevado dessas ligações confere estabilidade.
Essencialmente, todas as α-hélices encontradas nas proteínas têm sentido de mão direita
(sentido de giro horário).
A presença de prolina e glicina restringe as formações da alfa hélice
Folha β
Ela é composta por duas ou mais cadeias polipeptídicas chamadas de fitas β. Uma fita β
é praticamente toda estendida, em vez de bem espiralada como na α-hélice. Na
conformação b, o esqueleto da cadeia polipeptídica está estendido em forma de zigue-
zague, em vez de em estrutura helicoidal
As folhas beta são estabilizadas por pontes de hidrogênio entre as fitas polipeptídicas.
As ligações de hidrogênio são formadas entre segmentos adjacentes da cadeia
polipeptídica, dentro da folha.
As cadeias polipeptídicas adjacentes em uma folha b podem ser tanto paralelas quanto
antiparalelas (apresentando uma orientação aminocarboxiterminal igual ou oposta,
respectivamente). As cadeias adjacentes nas folhas β podem se dispor em direções
opostas (folha β antiparalela) ou na mesma direção (folha β paralela).
Voltas β
Em proteínas globulares, que apresentam estrutura dobrada compacta, alguns resíduos
de aminoácidos estão em voltas ou alças onde a cadeia polipeptídica inverte sua direção
Esses são elementos conectores que ligam estruturas sucessivas de hélices α e
conformações β. As voltas β são particularmente comuns e conectam as extremidades
de dois segmentos adjacentes de uma folha β antiparalela. A estrutura é uma volta de
180o que envolve quatro resíduos de aminoácidos, com o oxigênio carbonílico do
primeiro resíduo formando uma ligação de hidrogênio com o hidrogênio do grupo
amino do quarto resíduo.
A maioria das proteínas tem formas compactas, globulares, em decorrência de reversões
na direção de suas cadeias polipeptídicas. Muitas dessas reversões são devidas a um
elemento estrutural comum chamado de volta reversa ou volta β.
Os resíduos Gly e Pro frequentemente ocorrem em voltas β; o primeiro porque é
pequeno e flexível, e o último porque as ligações peptídicas envolvendo o nitrogênio
imino da prolina facilmente assumem configuração cis
ESTRUTURA TERCIÁRIA
Dobramento final da cadeia polipeptídica por interação de regiões com estrutura regular
(α-hélice ou folha β pregueada) ou de regiões sem estrutura definida. Cadeia encurva-se
e dobra-se em 3 dimensões.
Neste nível de organização, segmentos distantes da estrutura primária podem se
aproximar e interagir, por intermédio de ligações não covalentes entre as cadeias laterais
dos resíduos de aminoácidos.
Como ocorre com as ligações de hidrogênio da estrutura secundária, é o grande número
de ligações individualmente fracas que permite a manutenção dos dobramentos da
estrutura terciária das proteínas. Essas ligações podem ser de diferentes tipos: ligações
de hidrogênio, interações hidrofóbicas, ligações iônicas ou salinas e forças de van der
Waals.
Além das ligações não covalentes, a estrutura proteica pode ser estabilizada por uma
ligação covalente: a ponte dissulfeto (-s-s), formada entre dois resíduos de cisteína por
uma reação de oxidação catalisada por enzimas específicas.
O enovelamento da cadeia principal da mioglobina, como a maioria das demais
proteínas, é complexo e assimétrico. O fato marcante é que o interior é constituído
praticamente de resíduos apolares como leucina, valina, metionina e fenilalanina. Os
únicos resíduos polares internos são duas histidinas, que têm função crítica na ligação
do ferro e oxigênio. O exterior da mioglobina, por outro lado, é constituído tanto por
resíduos polares quanto por apolares. Lembre-se de que um sistema é mais
termodinamicamente estável quando os elementos hidrofóbicos são agrupados, em vez
de disseminados, em meio aquoso. Portanto, a cadeia polipeptídica se enovela de modo
que as cadeias laterais se internalizem, enquanto suas cadeias polares carregadas se
dispõem na superfície.
ESTRUTURA QUATERNÁRIA
Junção de duas ou mais cadeias polipeptídicas.
Cada cadeia polipeptídica neste tipo de proteína é chamada de subunidade.
As proteínas são classificadas como globulares ou fibrosas, segundo sua forma. As
proteínas globulares apresentam uma ou mais cadeias polipeptídicas organizadas em
uma forma final aproximadamente esférica; são geralmente solúveis e desempenham
funções dinâmicas (enzimas e proteínas reguladoras). As proteínas fibrosas tem forma
alongada, são geralmente insolúveis e desempenham um papel basicamente estrutural
nos sistemas biológicos (suporte, forma e proteção externa). As proteínas fibrosas em
geral são formadas por um único tipo de estrutura secundária, e sua estrutura terciária é
relativamente simples. As proteínas globulares normalmente contêm diversos tipos de
estruturas secundárias.
A estrutura global é estabilizada por extensivas ligações de hidrogênio entre todas as
ligações peptídicas dos polipeptídeos de cada cadeia b, assim como pela otimização das
interações de van der Waals entre as cadeias. Entretanto, a estrutura é flexível, pois as
cadeias estão unidas por inúmeras interações fracas, em vez de ligações covalentes
como ligações dissulfeto nas a-queratinas.
As proteínas podem ser desnaturadas por qualquer tratamento que seja capaz de quebrar
as ligações frágeis que estabilizam a estrutura terciária, como o aquecimento, ou
desnaturantes químicos, como a ureia ou cloreto de guanidínio. Para muitas proteínas,
uma comparação do grau de desenovelamento quando se aumenta a concentração do
agente desnaturante revela uma transição nítida entre a forma enovelada, ou ativa, para
a forma desenovelada, ou desnaturada, sugerindo que apenas estes dois estados
conformacionais estão significativamente presentes. À medida que esta parte da
proteína seja desnovelada, as interações entre ela e o resto da proteína serão perdidas. A
perda destas interações, por sua vez, desestabilizará o restante de toda a estrutura. Desta
maneira, condições que levam à quebra de qualquer parte da estrutura proteica
provavelmente irão desenovelar a proteína completamente.
Ex: hemoglobina. É formada por quatro cadeias polipeptídicas, iguais duas a duas,
chamadas α e β, associadas sobretudo por interações hidrofóbicas, com contribuição
menor de ligações de hidrogênio e interações eletrostáticas.
HEMOGLOBINA E MIOGLOBINA
O oxigênio é pouco solúvel em soluções aquosas e não pode ser transportado para os
tecidos em quantidade suficiente se estiver simplesmente dissolvido no plasma
sanguíneo. A difusão do oxigênio pelos tecidos também não é eficiente em distâncias
maiores do que alguns milímetros. Por esses motivos, a evolução dos animais dependeu
do desenvolvimento de proteínas capazes de transportar e armazenar oxigênio. Contudo,
nenhuma cadeia lateral dos aminoácidos das proteínas é adaptada para a ligação
reversível de moléculas de oxigênio. Essa função é exercida por determinados metais de
transição, entre eles o cobre e o ferro, que apresentam forte tendência para ligar
oxigênio.
Nos organismos multicelulares o ferro é incorporado em um grupo prostético chamado
de heme, ligado à proteína.
Grupo prostético = um composto associado permanentemente a uma proteína e que
contribui para sua função
Heme = estrutura em anel (protoporfirina) a qual se liga em um átomo de ferro no
estado ferroso (Fe2+)
Átomos de nitrogênio ajudam a prevenir a conversão do ferro do heme para o estado
férrico (Fe3+) à não liga oxigênio
Quando o oxigênio se liga, as propriedades eletrônicas do ferro são alteradas; isso leva à
mudança de cor do sangue venoso pobre em oxigênio, roxo-escuro, para o vermelho-
brilhante do sangue arterial rico em oxigênio.
Quando uma molécula de CO está ligada ao heme, o O2 é excluído; por isso o CO é
altamente tóxico para os organismos aeróbios.
Mioglobina à contida nos músculos, é a proteína que se liga ao oxigênio no músculo.
Fornece um suprimento de reserva de oxigênio disponível em épocas de necessidade.
Hemoglobina à contida nos eritrócitos, é a proteína transportadora de oxigênio no
sangue, dos pulmões para os tecidos. Também contribui para o transporte de CO2 e H+
de volta para os pulmões.
A mioglobina existe na forma de um polipeptídio simples, enquanto a hemoglobina é
constituída de quatro cadeias polipeptídicas.
Ambas as proteínas abrigam um grupo heme, uma molécula orgânica contendo ferro
que se liga ao oxigênio. Cada molécula de hemoglobina humana é composta de quatro
cadeias polipeptídicas com quatro sítios de ligação, contendo heme: duas cadeias α
idênticas e duas cadeias β idênticas.
As quatro cadeias da hemoglobina ligam-se ao oxigênio cooperativamente, o que
significa que a ligação do oxigênio a um sítio em uma das cadeias aumenta a
probabilidade de ligação das cadeias remanescentes ao oxigênio. Além disso, as
propriedades de ligação de oxigênio da hemoglobina são moduladas pela ligação de íons
hidrogênio e dióxido de carbono de um modo que aumenta a capacidade de transporte
de oxigênio.
Cooperativo = a ligação do O2 a um sítio dentro do tetrâmero da hemoglobina
aumenta a probabilidade de ligação do O2 aos sítios desocupados remanescentes; e a
liberação de O2 de um heme, facilita a saída de O2 dos outros
Uma molécula de hemoglobina totalmente oxigenada contém quatro moléculas de
oxigênio e é denominada oxi-hemoglobina, em contraposição à forma desprovida de
oxigênio, chamada desoxi-hemoglobina.
pO2 alta = hemoglobina 98% saturada
pO2 baixa = libera grande parte do O2
A mioglobina tem afinidade por oxigênio maior que a hemoglobina em qualquer pO2, o
que permite que ele seja transferido do sangue para o músculo, onde fica associado à
mioglobina e pode ser utilizado pelas mitocôndrias das células musculares.
A estrutura quaternária observada na forma desoxi da hemoglobina, a desoxi-
hemoglobina, é frequentemente designada como estado T (de tenso), visto que está
muito restringida pelas interações entre as subunidades. A estrutura quaternária da forma
totalmente oxigenada, a oxi-hemoglobina, é designada como estado R (de relaxado).
No estado R, os sítios de ligação de oxigênio estão livres de restrição e são capazes de
ligar-se ao oxigênio com maior afinidade do que os sítios no estado T. Ao desencadear a
mudança do tetrâmero de hemoglobina do estado T para o estado R, a ligação de
oxigênio a um sítio aumenta a afinidade de ligação dos outros sítios.
Embora o oxigênio se ligue à hemoglobina nos dois estados, ele tem muito mais
afinidade pela proteína no estado R. a ligação do O2 estabiliza o estado R.
Hemoglobina à proteína alostérica à é aquela em que a interação com um ligante em
um sítio afeta as propriedades de ligação de outro sítio na mesma proteína.
Fatores que interferem na ligação com o oxigênio
Aumento da temperatura, aumento da pressão parcial de CO2, diminuição de pH e
presença de determinados compostos orgânicos fosforilados.
Além de carregar praticamente todo o oxigênio de que as células necessitam dos
pulmões para os tecidos, a hemoglobina transporta dois produtos finais da respiração
celular – H1 e CO2 – dos tecidos para os pulmões e para os rins, onde são excretados.
O CO2 liga-se à hemoglobina cerca de 200 vezes mais fortemente do que o O2.
Por isso, mesmo quando a pO2 está baixa, o CO2 deslocará o O2 da
hemoglobina, impedindo sua liberação.
Em segundo lugar, o monóxido de carbono ligado a um sítio na hemoglobina desloca a
curva de saturação de oxigênio dos sítios remanescentes para a esquerda, forçando o
tetrâmero a assumir o estado R. Isso resulta em aumento da afinidade pelo oxigênio,
impedindo a sua dissociação nos tecidos.
Efeito Bohr. A afinidade da hemoglobina pelo oxigênio reduz à medida que o pH
diminui a partir de um valor de 7,4. Em consequência, à medida que a
hemoglobina se move para uma região de pH menor, a sua tendência a liberar
oxigênio aumenta.
Nos tecidos de metabolismo rápido geram grandes quantidades de hidrogênio e CO2.
Os íons hidrogênio e o dióxido de carbono são efetores alostéricos da hemoglobina, que
se ligam a sítios da molécula distintos dos sítios de ligação ao oxigênio. A regulação da
ligação de oxigênio pelos íons hidrogênio e pelo dióxido de carbono é denominada
efeito Bohr,
Hemoglobina transporta tanto O2, quanto H+ e CO2. O restante de H+ é absorvido e o
CO2 é transportado como HCO– 3 e CO2 dissolvidos. A ligação do H+ e do CO2 tem
uma relação inversa com a ligação do oxigênio. No pH relativamente baixo e na alta
concentração de CO2 dos tecidos periféricos, a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio
diminui quando o H+ e o CO2 se ligam e o O2 é liberado para os tecidos. Nos capilares
do pulmão, ao contrário, quando o CO2 é excretado e o pH do sangue
consequentemente aumenta, a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio aumenta, e a
proteína se liga a mais O2 para transportar para os tecidos periféricos. Esse efeito do pH
e da concentração de CO2 sobre a ligação e a liberação do oxigênio pela hemoglobina é
chamado de efeito Bohr
À medida que a hemoglobina se move para uma região de pH menor, a sua tendência de
liberar O2 aumenta.
A anidrase carbônica (enzima) catalisa a reação em que o CO2 se hidrata.
DESNATURAÇÃO DE PROTEÍNAS
Desnaturação à perda de estrutura tridimensional suficiente para causar perda de
função
Podem ser desnaturadas pelo pH, calor e pressão.
Condições diferentes daquelas da célula podem resultar em mudanças estruturais
grandes ou pequenas na proteína. Sua conformação nativa é destruída devido ao
rompimento de ligações não covalentes (ligações peptídicas são mantidas) e o resultado
é uma cadeia polipeptídica distendida.
O estado desnaturado não necessariamente corresponde ao desdobramento completo da
proteína e à randomização da conformação. Na maioria das condições, as proteínas
desnaturadas existem como um conjunto de estados parcialmente dobrados.
A maioria das proteínas pode ser desnaturada pelo calor, que tem efeitos complexos nas
muitas interações fracas da proteína (principalmente sobre as ligações de hidrogênio).
Se a temperatura é aumentada lentamente, a conformação da proteína em geral
permanece intacta até que, em uma estreita faixa de temperatura, ocorre uma perda
abrupta da estrutura (e da função).
As proteínas também podem ser desnaturadas por pHs extremos, por certos solventes
orgânicos miscíveis, como álcool ou acetona, por certos solutos como ureia e
hidrocloreto de guanidina, ou por detergentes. Cada um desses agentes desnaturantes
representa um tratamento relativamente brando, já que nenhuma ligação covalente da
cadeia polipeptídica é rompida. Esses agentes atuam, principalmente, rompendo as
interações hidrofóbicas que mantêm o núcleo estável das proteínas globulares (a ureia
também rompe as ligações de hidrogênio); extremos de pH alteram a carga líquida da
proteína, causando repulsão eletrostática e o rompimento de algumas ligações de
hidrogênio.
A desnaturação pode ser irreversível: algumas proteínas, quando desnaturadas, tornam-
se insolúveis. É o caso da albumina do ovo. Porém, algumas proteínas podem reassumir
suas conformações nativas se retiradas as condições desnaturantes (renaturação). Uma
família de proteínas, chamadas chaperonas, auxiliam nesse processo de “montagem”.
Anemia falciforme
Substituição, nas cadeias beta da hemoglobina, de um resíduo de glutamato, suja cadeia
lateral polar negativa localiza-se na superfície externa da molécula, por valina, com
grupo R apolar.
As moléculas da hemoglobina substituída, quando desoxigenadas, agregamse devido a
ligações hidrofóbicas envolvendo as cadeias laterais apolares de valina. Os agregados
formam um precipitado fibroso que distorce as hemácias, que adquirem forma de foice
e, por isso, a hemoglobina alterada é chamada de hemoglobina S, em contraposição à
hemoglobina normal, a hemoglobina A.
Estas células deformadas obstruem os capilares, impedindo a oxigenação adequada
dos tecidos; também são mais frágeis que as normais e sofrem hemólise
facilmente (têm meiavida de 16 a 20 dias em lugar dos 120 dias das hemácias normais),
ocasionando anemia grave. A doença é conhecida como anemia falciforme, e
manifestase somente quando a mutação ocorre em homozigose: indivíduos
heterozigotos são normais.
Amiloidoses
Muitas condições, incluindo diabetes do tipo 2, doença de Alzheimer, doença de
Huntington e doença de Parkinson, estão associadas com um mecanismo de
enovelamento errôneo: uma proteína solúvel normalmente secretada pela célula é
secretada em um estado de enovelamento errado, sendo convertida em uma fibra
amiloide extracelular insolúvel. As doenças são coletivamente chamadas de
amiloidoses.
Doenças priônicas
Uma proteína cerebral dobrada de forma errada parece ser o agente causador de doenças
cerebrais neurodegenerativas raras em mamíferos. Talvez a mais conhecida seja a
encefalopatia espongiforme bovina. A deterioração progressiva do cérebro leva a um
espectro de sintomas neurológicos, incluindo perda de peso, comportamento errático,
problemas de postura, equilíbrio e coordenação, e perda da capacidade cognitiva. Essas
doenças são fatais.
Os agentes infecciosos foram identificados como uma única proteína, que foi apelidada
de proteína príon (PrP). A doença ocorre somente quando a PrP celular normal, ou
PrPC, apresenta uma conformação alterada chamada de PrPSc (Sc significa scrapie). A
estrutura de PrPC caracteriza-se por duas hélices alfa. A interação da PrPSc com a PrPC
converte a última em PrPSc, iniciando um efeito dominó no qual cada vez mais
proteínas do cérebro se convertem na forma causadora da doença.
BIBLIOGRAFIA
BERG, Jeremy Mark; TYMOFCZKO, John L.; STRYER, Lubert. Bioquímica. 7. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
LEHNINGER, Albert L.; NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de
bioquímica de Lehninger. 7. ed. São Paulo: Sarvier, 2018.
MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.