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GESTÃO DE ESTOQUES

Armando Valdir Passeri


2019
GESTÃO DE ESTOQUES Armando Valdir Passeri

AGENDA DO CURSO
DATA: 23/05/2019

Introdução
Segmentação dos Itens
Custos de Estoques
Indicadores de Performance
Reposição de Estoques
Organização e Pessoas
Sistemas de Informações
Simulação - Produtividade

UMA ABORDAGEM
PRÁTICA

K.I.S.S. – Keep It Simple and


Straight
(Mantenha Tudo Simples e Direto)
Instrutor : Armando Valdir Passeri
INTRODUÇÃO

Nome do curso Nome do professor

OPERAÇÕES

P
R
P O
E C
S E
S S S
O S I
A O S
S S T
E
M
A
S
Introdução - Definição de Logistica

• Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de


maneira eficiente e eficaz o fluxo e a armazenagem de produtos,
bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde
o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de
atender aos requisitos do cliente.
(Council of Supply Chain Management Professionals – CSCMP)

A missão da Logística é dispor a mercadoria ou o serviço certo no


lugar certo, no tempo certo e nas condições desejadas, ao mesmo
tempo em que fornece a maior contribuição à empresa.
Ronald H. Ballou

Introdução
Introdução

Fluxos Logísticos

LOGÍSTICA E CONJUNTURA
TENDÊNCIAS:

¨ Aumentará a demanda por serviços logísticos.

¨ Competência logística será cada vez mais um recurso


estratégico próprio.

¨ Tecnologia continuará a reformular processos e


canais logísticos convencionais.

¨ Sistemas logísticos serão cada vez mais sofisticados e relacionais.


IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA

Economia mundialmente integrada

q Estratégias globais:
• Produtos projetados para o mercado mundial;
• Procura de locais com baixos custos (matéria-prima,
componentes, mão-de-obra);
• Produção local é vendida para o mercado internacional.

VISÃO LOGÍSTICA DO SÉCULO XXI


AS ORGANIZAÇÕES DE LOGISTICA

• Disponibilidade de Recursos Humanos será uma


preocupação crítica;
• Ênfase gerencial recairá sobre responsabilidade do
processo;
• Organizações logísticas serão cada vez mais transparentes e fundamentais
na vida das empresas;

GLOBALIZAÇÃO
• Acirramento da competitividade; Suporte das
• Concorrência interna e externa; organizações
logísticas
• Diversificação de produtos;
• Aumento de pontos de venda.
Fluxos da Logística
Uma cadeia de valor representa o conjunto de atividades
desempenhadas por uma organização desde as relações com os
fornecedores, ciclos de produção e de vendas até a fase da distribuição
final. O conceito foi introduzido por Michael Porter em 1985.
A cadeia de valor de uma organização insere-se num contexto amplo de
atividades e constitui um sistema de valores onde estão integradas
também as cadeias de valor de fornecedores e de distribuidores.
Fluxo de Materiais

Cadeia de Valor
Cadeia de Valor Cadeia de Valor Cadeia de Valor
do
do Fornecedor da Empresa do Cliente
Canal

Informações sobre a Demanda

Informações Financeiras
Informações sobre o Pedido

Fluxos da Logística
Modelo DE MICHAEL PORTER Para ANÁLISE DA
CADEIA DE VALOR
Atividades do Fluxo Logístico
q Transportes;
q Manutenção de estoques (Planejamento);
q Processamento de pedidos;
q Aquisição.
q Transformação (Produção)

q Embalagem;
q Armazenagem;
q Manuseio de materiais;
q Manutenção de informações
q Transações (Vendas)
q Assistência ao Cliente (Assist. Técnica, SAC, etc)

FINALIDADE DOS ESTOQUES


ASPECTOS POSITIVOS

MELHORA O NÍVEL DE SERVIÇO


• Menor Nível de Faltas
• Menor Tempo de Ciclo e/ou
GERA GANHOS EM CUSTOS INDUSTRIAIS
• Reduz Custos de Produção (interrupção de máquinas e de linha de produção)

§ ECONOMIA DE ESCALA – Viabiliza a compra em lotes maiores que geram economias em outras áreas (principalmente
Compras)
§ PROTEÇÃO CONTRA MUDANÇAS DE PREÇOS EM TEMPO DE INFLAÇÃO ALTA – Permite comprar altos volumes na baixa
ou pequenas quantidades na alta;
§ PROTEÇÃO CONTRA INCERTEZAS NA DEMANDA – Assegura disponibilidade de produtos para cobrir variações na
demanda;
§ PROTEÇÃO CONTRA CONTINGÊNCIAS – Suporta o mercado em momentos de crise (greves, incendios, inundações, etc)
FINALIDADE DOS ESTOQUES
ASPECTOS NEGATIVOS
GERA CUSTOS com ESTOQUES
• Estoque é Custo
Financeiro: perde-se oportunidade de aplicar Capital
• Outros Custos: seguros, obsolescência, impostos, etc.
• Pode Mascarar problemas de Qualidade
• “Ao baixar o lago aparecem as pedras”
Correção de problemas pode se tornar mais lenta com estoques altos
• Tende a Isolar Estágios da Cadeia
Pode dificultar planejamento integrado da Cadeia

NIVEL DE SERVIÇO X CUSTOS


DILEMA GERAL : Responsividade ou Eficiência?
Aumentar os estoques geralmente melhora a responsividade da empresa que
consegue melhorar seu atendimento aos pedidos e reduzir alguns custos
como o de transporte, mas por outro lado aumenta o capital investido no
estoque e os custos de armazenagem.
Nível de
Capital Serviço
100%
100
90%
90
80%
80
70%
70
60%
60
50%
50

40
Nível de 40%

30 Serviço 30%

20%
20
10%
10
TIPOS DE ESTOQUE
• Estoques de matérias-primas;
• Produtos em processo;
• Produtos acabados;
• Peças de Reposição;
• Estoque de material de escritório;
• Estoque de material de manutenção;
• Estoque de material não produtivo (consumo e limpeza);
• Em trânsito;
• Em consignação;

O GESTOR DE MATERIAIS
• O GESTOR DE MATERIAIS tem uma responsabilidade muito grande
que é justamente definir o que, quanto e quando adquirir.
• Suas maiores atribuições são:
• Atendimento – Assegurar, com o estoque, um alto nível de atendimento dos
pedidos de venda dos clientes externos ou das requisições de materiais dos
clientes internos.
• Produtividade – Assegurar e incrementar a produtividade da empresa através
da administração de materiais e dos processos de movimentação reduzindo
os estoques ao máximo sem reduzir o nível de serviço
SEGMENTAÇÃO DOS ITENS

CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

TIPO CRITÉRIO INTERESSADOS


* Classificação por VALOR CONSUMIDO num Áreas Financeira, Planejamento e Compras
ABC período de tempo
# Classificação por CRITICADADE do item na Áreas de Vendas, Planejamento e Produção
XYZ
produção ou nas vendas
# 123 Classificação por DIFICULDADE DE AQUISIÇÃO Áreas de Compras e Planejamento
* PQR Classificação por POPULARIDADE do item Áreas de Armazenagem, Produção e Planejamento

# GUS Classificação por APLICAÇÃO e ALOCAÇÃO Áreas de Armazenagem, Compras e Planejamento

(*) Definida por critério matemático


(#) Definida por critério subjetivo
CLASSIFICAÇÃO ABC
É a classificação mais conhecida e mais usada pelos administradores
ITEM CARACTERISTICA
São os principais SKU em estoque devido ao seu valor de consumo/venda. Toda atenção
A deve ser dispensada a eles. A política de Compras deve trata-los de forma especial. Os
indicadores Giro e Cobertura são acompanhados diariamente.
Como uma classe de itens intermediária, recebem cuidados similares aos dos itens A,
B
porém, menos.
São considerados itens secundários. Apesar de sua importância porque sua falta pode
C ocasionar uma paralização de produção, como seus valores são pouco representativos,
normalmente seus estoques são altos e a política de compras segue outros parâmetros

Classificação ABC

Regra de Pareto, ou regra 80-20 onde, no caso de estoques, 80% dos custos
estão ligados a 20% dos itens.
• Itens A: 20% dos itens representam aproximadamente 80% do valor de
estoque;
• Itens B: 30% dos itens representam aproximadamente 15% do valor de
estoque;
• Itens C: 50% dos itens representam aproximadamente 5% do valor de
estoque;
Classificação ABC
Escolha das variáveis.

q No estudo de estoques, as variáveis são quantidades vendidas (ou requisitadas) (q)

e os preços (p).

q Considera-se o produto delas.

Classificação ABC

Quantidade
Item Preço (p)
(q)
AI1J 110 R$ 2,50
BS9E 60 R$ 25,00
CF8T 2000 R$ 6,50
DN6G 50 R$ 20,00
FL5P 250 R$ 5,00
MK2H 140 R$ 50,00
OQ3U 75 R$ 3,00
TE0G 25 R$ 7,00
VY4W 50 R$ 4,00
ZR7X 50 R$ 7,50
Classificação ABC

• Calcula-se para cada item o valor total

monetário da variável (qxp).

Classificação ABC

Item Quantidade(q) Preço (p) Total


AI1J 110 R$ 2,50
BS9E 60 R$ 25,00
CF8T 2000 R$ 6,50
DN6G 50 R$ 20,00
FL5P 250 R$ 5,00
MK2H 140 R$ 50,00
OQ3U 75 R$ 3,00
TE0G 25 R$ 7,00
VY4W 50 R$ 4,00
ZR7X 50 R$ 7,50
Classificação ABC

qColoca-se os itens em ordem decrescente do

total (qxp)

qSoma-se o total para calcular o valor dos itens

Classificação ABC
Item Quantidade Preço Total
Classificação ABC

• Soma-se o valor total das variáveis, item a item, e calcula-se a


porcentagem de cada item acumulado sobre o valor total

Classificação ABC
Item Total Valor Acumulado % Item % Acumulado
Classificação ABC

• Constrói-se um gráfico percentual de forma que o primeiro ponto tenha o maior valor
da variável.

• Divide-se o espaço abaixo da curva dos valores percentuais acumulados em três áreas:
A, B e C, conforme critérios anteriormente vistos.

Classificação ABC

100%

90%

80%

70%

60%
Valor

50%
A B C
40%

30%

20%

10%

0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Ite ns
Classificação ABC
Curva ABC
120%

100%

80%

60%
C
B
40%

A
20%

0%
0 2 4 6 8 10 12

CLASSIFICAÇÃO XYZ
É a classificação baseada na CRITICIDADE do item dentro do sistema produtivo.

ITEM CARACTERISTICA
Não Crítico – Sua falta é notada no entanto não traz grandes consequências financeiras nem no
X
sistema de produção. Item pode ser, eventualmente, substituído por outro similar;
Crítico – Sua falta pode gerar transtornos na produção, mas não sua paralização. Pode reter alguns
Y
produtos inacabados aguardando sua chegada. Pode também trazer alguns prejuízos financeiros;
Vital – Item cuja falta acarreta consequências desastrosas como a parada de fábrica, de linha de
Z produção além de colocar em risco o sistema de atendimento dos pedidos (SLA). Causa prejuízos
financeiros de alto impacto.

OBS.: Um item Z pode ser um item C na classificação ABC.


CLASSIFICAÇÃO 123
Essa classificação é utilizada pela área de COMPRAS visando identificar o grau de dificuldade para
encontrar e repor o item

ITEM CARACTERISTICA
Complexo – Trata-se de itens cuja obtenção envolve diversos fatores complicadores tais como
1 distância do fornecedor, lead time de entrega longo, disponibilidade arriscada, pontualidade
duvidosa, cartéis, etc.
Difícil – Itens com alguns fatores complicadores para a sua aquisição, tornando o processo de
2
compras inseguro.
Fácil – Itens com muitos fornecedores disponíveis, com entregas confiáveis, fáceis de se encontrar
3
no mercado, etc.

CLASSIFICAÇÃO PQR
Utilizada pela área de ARMAZENAGEM , essa classificação demonstra a POPULARIDADE do item dentro
do armazém, ou seja, a quantidade de vezes que o item é movimentado.
Pode-se utilizar com o critério o número de transações de entrada, o números de transações de saída,
ou a soma de ambas.
POPULAR
Q

ITEM CARACTERISTICA
Muito Popular – Aqueles SKU’s que apresentam elevada frequência de movimentação (diária,
P
p.ex.). São conhecidos como “blockbuster” ou “best seller”.
Popularidade Média – Envolve os SKU’s que são movimentados uma ou mais vezes por semana,
Q
mas não diariamente;
Baixa Popularidade – São considerados aqueles SKU’s que sofrem transações esporádicas (mensais,
R
p. ex.) ou inferiores. São conhecidos como “Slow Moving”.
CLASSIFICAÇÃO GUS
Essa classificação serve para orientar a política de compra do item (centralizada ou descentralizada) além de
ajudar a definir o local de armazenamento.

ITEM CARACTERISTICA
Geral – Identifica SKU’s que podem ser requisitadas (ou vendidas) em vários pontos da operação,
G
portanto reagem melhor a uma politica centralizada.
Única – Envolvem SKU’s que são requisitados (ou vendidas) em um único ponto da operação, assim
U
devem ser descentralizados e armazenados no local de consumo.
Específica – São SKU’s que são utilizadas em um único produto (demanda dependente) e sua
S
aquisição pode ser planejada e programada por pedido individual.

PADRÃO DESCRITIVO DOS MATERIAIS


O Padrão Descritivo dos Materiais (PDM) serve para A SKU (Stock Keep Unit) é utilizada para representar
identificação e classificação inequívoca deles: itens diferentes e, principalmente itens semelhantes,
§ Precisa (exata) mas que apresentam qualquer diferenciação em
§ Unificada relação a outro:
§ Uniformizada § Fabricante, marca,
§ Sabor, aroma, perfume,
§ Dimensões, peso, estado físico, cor
§ Custo, preço, embalagem, etc.
REQUISITOS DE UM SISTEMA DE CODIFICAÇÃO
Um bom sistema de codificação deve seguir as características abaixo:

§ Unicidade – Deve haver um e apenas um código para cada item;


§ Simplicidade – Deve ser fácil de compreender e utilizar;
§ Formato Padronizado – Deve possuir regras estruturadas de formação;
§ Conciso – Deve ser sucinto e objetivo
§ Classificável – Deve apresentar capacidade de categorização;
§ Expansividade – Deve suportar o crescimento da organização e do estoque;
§ Estabilidade – Deve ser perene, isto é, imutável;
§ Abreviaturas – Devem ser evitadas;
§ Medidas – Preferencia pelo SI (Sistema Internacional de Unidades);

REGRAS PARA A DESCRIÇÃO


Uma maneira simples para descrever um material é seguir o modelo abaixo:

NOME BÁSICO NOME CARACTERÍSITICA CARACTERISTICA


MODIFICADOR TÉCNICA ADICIONAL
Caneta Esferográfica Bic Azul
Cartucho Jato de Tinta HP 664 xl Colorido
CUSTOS

CUSTOS DE ESTOQUES
Custos Diretos
Custos da área de Compras § Salários diretos
§ Salários § Depreciação de Equipamen-
§ Depreciação de móveis e sistemas tos e sistemas
§ Energia § Combustível (gás)
§ Aluguel o escritório § Manutenções (equip. e
§ Transporte (inbound) Custo de Custo predial)
Aquisição Operacional § Paletes
§ Materiais de consumo
(Compras) (Armazenagem) (plástico, papelão, fitas
adesivas, etc)

CUSTO TOTAL
DO ESTOQUE

Custo
Custos Indiretos
Custo de Carregamento Financeiro Custos § Aluguel
§ Custo de oportunidade (Finanças) Independentes § Salário pessoal de apoio
§ Depende da taxa de juros (ger, superv., analistas, etc)
§ Energia elétrica, água,
comunicação, etc.
CUSTOS DE AQUISIÇÃO
• Custos inversamente proporcionais
Custos que diminuem com o aumento do estoque médio para uma demanda D anual
constante, principalmente o custo de colocação do pedido.
Se a compra for efetuada 1 x ano, o lote Q deverá ser de D unidades e o estoque médio
será de Q/2.

Quanto mais vezes se comprar ou se preparar a fabricação, menores serão os estoques


médios.

D – Demanda Anual
Q – Tamanho do lote de compras
Caq = (Cp * np) + Tinb Cp – Custo do pedido
np – Número de pedidos
Tinb – Custo do Transporte de inbound

CUSTOS DE AQUISIÇÃO
• Cp - Custos de obtenção (ou Custo do Pedido):
número de pedidos por período x custo médio do pedido no período (custo da
estrutura de compras (salários) + custo da infraestrutura de compras (espaço, depreciação do
sistema e outras alocações)).

• Para calcular o número de pedidos, consideraremos a demanda por unidade de


tempo como D, e tamanho do lote como Q, e custo de obtenção ou preparação
como Cp.
Número de pedidos: n = D/Q
Caq = (Cp x np) + Tinb

OBS.: inversamente proporcional ao número de pedidos


CUSTOS DE AQUISIÇÃO
Exercício de Fixação - 1:
• Uma empresa revende o produto FR56, que é utilizado na agroindustria, e que
tem uma demanda anual estimada em 2.400 unidades. Ela trabalha com apenas
um fornecedor, localizado a 450 km de distância. O custo do transporte de R$
240,00 por lote, fica por conta do comprador. O custo da emissão de um pedido
é estimado em R$ 50,00. Sabendo que a empresa planeja comprar todo mês o
FR56 de seu fornecedor, determinar o custo anual de aquisição em que ela irá
incorrer.

CUSTOS DE AQUISIÇÃO
Exercício de Fixação - 1: Solução
CUSTOS FINANCEIROS
• Trata-se de um custo de oportunidade (portanto, que não é
contabilizado);
• É conhecido como custo de capital;
• Calculado pela relação:

Cf = (i x p) * Q/2

i = Taxa de juros
p = preço do item
Q = Lote (Q/2 = estoque médio)

OBS.: Deve-se fazer a somatória para todos os itens do estoque

CUSTOS OPERACIONAIS DE ARMAZENAGEM


§ Referem-se aos custos para organizar, guardar e controlar os itens em estoque;
§ São custos que aumentam de forma diretamente proporcional ao volume estocado;
§ Seu cálculo é relativamente complexo e pode ser apresentado de várias formas;
§ A mais usual é que ela seja apresentada na forma de R$/unidade;
§ Para chegar nesse número é preciso primeiramente calcular o custo de armazenagem de um
palete, que consiste na somatória de todos os custos diretos do armazém dividido pela
quantidade de posições paletes disponíveis;
§ Posteriormente, divide-se o custo do palete pela quantidade padrão no palete

Cop = Cpal * Q/2


Cpal – Custo de armazenagem de um palete
CUSTOS DE CARREGAMENTO = CUSTOS FINANCEIROS +
OPERACINAIS DE ARMAZENAGEM

Um conceito bastante utilizado é o do custo de carregamento, que significa quanto custa levar o estoque médio
de um período para o outro (mês, por exemplo).

Neste caso, soma-se os custos financeiros com os custos de armazenagem

Cc = Cop + Cf

CUSTOS DE CARREGAMENTO
Exercício de Fixação - 2:
• Um item tem custo de armazenagem anual total de R$ 0,60 por
unidade e preço de compra unitário de R$ 2,00. Considerando uma
taxa de juros de 12% (0,12) ao ano, calcular o custo de carregamento
do estoque desse item.
CUSTOS DE CARREGAMENTO
Exercício de Fixação - 2: Solução

CUSTOS INDEPENDENTES
§ São aqueles que não variam com a quantidade armazenada, ou seja, são fixos para a estrutura do armazém;
§ Seu cálculo consiste simplesmente na somatória de valores;

CI = Σ aluguel + sal. Adm. + outros


CUSTO TOTAL DE ESTOQUES

§ O Custo Total de Armazenagem (Ct) é calculado como a soma das partes que o compõe

Ct = Caq + Cf + Cop + CI + D*p D – Demanda


p – preço do item
D*p = Preço do estoque

Ct = [(cp*np)+Tinb] + (p*i)*Q/2 + Cpal *Q/2 + CI + D*p

CUSTO TOTAL DE ESTOQUES


Exercício de Fixação - 3:

Determinar o custo total anual de manutenção dos estoques de uma empresa que comercializa um
produto cuja demanda anual é de 40.000 unidades. O produto é comprado a R$ 2,00 por unidade.
Taxa de juros de 24%(0,24) ao ano, custos anuais de armazenagem (operacionais) são de R$ 0,80
por unidade e os custos fixos anuais para esse item de estoque são estimados em R$ 150,00. Os
custos de obtenção são de R$ 25,00 por pedido. Calcule o custo total de estocagem para lotes de
compra de:
a) 1000 unidades
b) 1.200 unidades
c) 1.400 unidades.
CUSTO TOTAL DE ESTOQUES
Exercício de Fixação - 3: Solução

INDICADORES
INVENTÁRIOS
• Inventário Físico Periódico (ou Inventário Geral): Geralmente é realizado anual ou
semestralmente. Consiste em realizar a contagem física dos itens, em data pré-estabelecida e
comparar o resultado com os registros contábeis (sistema). Quando há divergências, elas
devem ser confirmadas através de uma recontagem e, se confirmadas, faz-se o ajuste nos
registros contábeis. Empresas de capital aberto realizam o inventário anual na presença de
auditores independentes que validam a metodologia e o resultado.

• Inventário Físico Rotativo (ou Cíclico): Consiste em contar diariamente alguns itens do
estoque de tal forma que no período de um ano todos os itens tenham sido contados pelo
menos 1 vez. É comum fazer-se um planejamento de tal forma que os itens A sejam contados
3 vezes por ano, os itens B 2 vezes por ano e os itens C 1 vez por ano. Geralmente utiliza-se
de modernos sistemas de controle para aplicar esse processo de inventário (WMS –
Warehouse Management System).

INVENTÁRIOS

• Inventário por grupo de itens: concentra-se em uma parte dos itens


que apresentam características específicas.

• Inventário por amostra: principalmente em auditoria, com


ferramentas estatísticas, para reconhecimento da situação através de
inferência.

• Inventário por código


INVENTÁRIOS

• Inventário por lote: através relatórios emitidos pela área de TI,


realiza-se a contagem física e acompanha-se o consumo dos itens e
dos lotes de fabricação.

• Inventário por posição física: através de TI viabiliza-se a contagem


por endereço.

Acuracidade de Estoques
Qualidade e confiabilidade de informação.

• Estrutura de produtos;
• Roteiros de produção;
• Processos Confiáveis;
• Registros das transações;
• Saldos de estoque;
• Custos (sistemas para contagem cíclica e pessoas dedicadas);
• Localização (sistema de endereçamento de estoques);
Acuracidade de Estoques
Beneficiários:
• Empresários: possibilita aos acionistas e diretores tomarem decisões;
• Contabilidade: registros de valores, entradas, saídas e saldos;
• Vendas: atendimento dos pedidos dos clientes;
• Logística: Assegura o abastecimento contínuo;
• Operacional: garantir e controlar a produtividade.

Acuracidade de saldo

Indicador gerencial, expresso em porcentagem, da relação entre a quantidade de


informações corretas e a quantidade de informações verificadas:

Nº de itens corretos
Acuracidade = x 100 (%) ou
Nº total de itens

Valor dos itens corretos


Acuracidade = x 100 (%)
Valor total de itens
Acuracidade de saldo
Exemplo: Após a conclusão de um inventário encontrou-se o resultado abaixo.
Calcular a acuracidade do inventário:

Nº itens Nº itens com


Classe % Acuracidade
contados divergência
A 4910 18,2 268 (4910 – 268) / 4910 = 0,945 = 94,5%

B 9125 33,9 438 (9125 – 438) / 9125 = 0,952 = 95,2%

C 12880 47,9 550 (12880 – 550) / 12880 = 0,957 = 95,7%

Total 26915 100,0 1256 (26915 – 1256) / 26915 = 0,953 = 95,3%

Acuracidade de saldo x tecnologia


Acuracidade

100,0%

90,0%

80,0%

70,0%

60,0%

98,0% 99,9%
50,0% 90,0%

40,0%

30,0%

20,0%
30,0%
10,0%
CB – Código de Barras
0,0%
Desorganizado Periódico Rotativo CB/AutoID
Divergência
Grau de desvio relativo entre o dado físico e o dado lógico, em
porcentagem.

(Quantidade medida – Quantidade no sistema)


DIVERGENCIA = x 100
Quantidade no sistema

Tolerância
• Grau de aceitação da divergência, sem que este desvio seja
contabilizado como um erro ou diferença no sistema.

• Reduz a necessidade de reconciliações e ajustes desnecessários para


variações insignificantes financeiramente.
Giro de estoque
Indica a quantidade de vezes que o estoque de um item é totalmente
renovado ao longo de um ano.

Cav Da
G = Ou
Iem Em

Onde:
G – giro de estoque
Cav – custo anual das mercadorias vendidas
Iem – investimento em estoque médio
Da – Demanda do período
Em – Estoque médio do período Fórmula para cálculo do estoque médio: Em = (Ei + Ef)/2

Tempo médio em estoque


• Indica o período médio de tempo em que o estoque do item é renovado;

• É definido como o inverso do giro de estoque.

Iem Em 1
Tm = Ou Ou
G
Cav Da

Onde:
G – giro de estoque
Cav – custo anual das mercadorias vendidas
Iem – investimento em estoque médio
Da – Demanda do período
Em – Estoque médio do período
Fórmula para cálculo do estoque médio: Em = (Ei + Ef)/2
Exemplo 1
Calcule o giro de estoque e o tempo médio em estoque de um
fertilizante sabendo-se que a demanda média anual é de 125 toneladas
e o estoque médio é de 4 toneladas.

125
G = = 31,25 vezes ao ano
4

Tm = 1 = 1
= 0,032 anos = 12 dias
G 31,25
Onde:
G – giro de estoque
Cav – custo anual das mercadorias vendidas
Iem – investimento em estoque médio
Da – Demanda do período
Em – Estoque médio do período

Exemplo 2
Considere que as informações abaixo representam as entradas e saídas de estoque de uma loja.
Calcular o giro do estoque.
O resultado demonstra uma empresa vigorosa ou morna?
Exemplo 3
Usando as informações do mês de junho no exemplo anterior, calcular qual é a cobertura do estoque:

Cobertura :
Valor da venda média diária: 248.204,56 / 30 = 8.273,49 $/dia
Dias de Cobertura = 143.130,22 / 8.273,49 = 17,3 dias

NIVEL DE SERVIÇO

Nível de Serviço ou Nível de Atendimento: Indica quão eficaz foi o estoque para atender as solicitações dos
usuários ou clientes (requisições ou pedidos):

NS = Nº Pedidos (ou requisições) totalmente atendidos (Order Fill Rate)


Nº Total de Pedidos (ou requisições)

ou

Nº de Linhas dos Pedidos (ou requisições) totalmente atendidos


NS = (Line Fill Rate)
Nº Total de Linhas dos Pedidos (ou requisições)
REPOSIÇÃO DE ESTOQUES

REPOSIÇÃO DE ESTOQUES
Todo sistema de reposição de estoques deve responder duas perguntas básicas:
§ Quando repor?
§ Quanto repor?

Existem dois sistemas diferentes que respondem essas perguntas:


§ Sistema de reposição contínua
§ Sistema de reposição periódica

Lote Econômico de Compras

Quantidade a ser comprada para a qual os custos totais de transação (custo de compras e custo de
estocagem) são os mínimos possíveis.
SISTEMA DE REPOSIÇÃO CONTINUA
Também conhecido como sistema do estoque mínimo ou sistema do ponto de reposição. Ele funciona da
seguinte maneira:
§ Calcula-se um nível de estoque R;
§ Quando o saldo de estoque atinge o nível R é emitida uma nova ordem de compra (ou fabricação interna);
§ A quantidade a ser comprada (ou fabricada) é sempre a mesma (Q);
§ O tempo de reposição (L) é considerado constante;
§ Quando a mercadoria chega o estoque deve estar no nível S (Estoque de Segurança)
Gráfico para Reposição Contínua com Consumo e Tempo de Reposição Constantes
Quantidade
Saldo do
Estoque
L - Tempo de reposição
Q - Quantidade a ser comprada
Q Q ES - Estoque de Segurança
R – Ponto de Reposição
R

ES
Tempo
L L
Reposição do estoque

SISTEMA DE REPOSIÇÃO CONTINUA


Cálculo do Ponto de Reposição (PR)
q Para consumo (C) constante e tempo de reposição (L) constante:

R=C*L

Exemplo: Considere um item de material que apresente consumo constante de 30 unidades por dia e que tenha
um tempo de reposição de 10 dias. Calculo o ponto de reposição (PR)

PR = 30 * 10 = 300 unidades

q Para consumo (C) variável e tempo de reposição (L) variável:

R = (C(m) * L(m)) + ES,

onde C(m) = Consumo médio no período


L(m) = Tempo médio de Reposição
ES = Estoque de Segurança
SISTEMA DE REPOSIÇÃO CONTINUA
ESTOQUE DE SEGURANÇA (ES): Tem por função proteger o sistema mantendo um saldo disponível
quando a DEMANDA (D) e o TEMPO DE REPOSIÇÃO (L) variam ao longo do tempo, principalmente
quando o sistema atinge o ponto de reposição (R) e após a colocação de um novo pedido.
O dimensionamento do Estoque de Segurança pode ser feito através do tratamento estatístico das
variações da demanda e do tempo de reposição, assumindo que as probabilidades nas variações tenham
o comportamento de uma curva de “Distribuição Normal”.
A fórmula para seu cálculo é:
ES = Z * Sd * √ L ,
Onde:
Z = Coeficiente da distribuição normal em função do nível de serviço desejado
Sd = Estimativa do desvio padrão da demanda
L = Tempo de reposição
(Obs.: para maiores detalhes consultar o livro Adm. Da Produção Fácil, pag 79 a 83- de Petronio G. Martins e Fernando P. Laugeni)

SISTEMA DE REPOSIÇÃO PERIODICA


SISTEMA DE REPOSIÇÃO PERIÓDICA: Também conhecido como sistema de reposição em períodos fixos
ou sistema de intervalo padrão, ou ainda sistema de estoque máximo.
Nesse sistema, estipula-se um período de tempo entre duas compras (ou fabricação) de um item e o
estoque máximo que pode ser atingido. No momento da compra calcula-se quanto falta para atingir o
ponto máximo e essa será a quantidade comprada.
Quantidade

Emax
Saldo do
Estoque Q2 Q3
Q1
Q2 Q3 IP - Intervalo entre pedidos
Q1 L - Tempo de reposição
Q - Quantidade a ser comprada
ES - Estoque de Segurança
Emax - Estoque Máximo

ES

Tempo
L1 L2 L3
IP IP
SISTEMA DE REPOSIÇÃO PERIODICA
A fórmula para calcular o estoque máximo é:

Emax = Dm * (Lm+IP) + ES, onde:

Dm = demanda média
Lm = tempo médio de reposição
IP = Intervalo de revisão (ou intervalo entre pedidos)
ES = Estoque de segurança

SISTEMA DE REPOSIÇÃO Min-Max


§ Provavelmente é o sistema mais conhecido e mais utilizado;
§ Ele une características dos dois sistemas anteriores;
§ Consiste em definir duas condições
§ um ponto de pedido baseado no lead time de entrega mais um estoque de
segurança (ponto mínimo);
§ Uma quantidade máxima a ser atingida (ponto máximo);
§ Quando o sistema atinge o ponto do pedido, ele faz a conta de
quanto falta para atingir o nível máximo e abre a requisição de
compras
Lote Econômico de Compras

2.Cp.D
§ LEC =
Ce

§ D= Demanda anual do item, em unidades


§ Cp= Custo do pedido
§ Ce= Custo unitário de manter em estoque (tb conhecido como custo operacional – Cop)

OBS.: Para uma boa utilização do LEC algumas condições são importantes e consideradas na fórmula:
§ a demanda é considerada conhecida e constante;
§ não há restrições quanto ao tamanho dos lotes (transporte e capacidade do fornecedor)
§ os custos envolvidos são apenas de estocagem (por unidade) e de pedido (por ordem de compra);
§ o lead time é constante e conhecido;

Lote Econômico de Compras

Ø Quantidade de pedidos ao longo do ano

D
n = LEC (pedidos /ano)

Ø Tempo de suprimentos

t= 360 (dias)
n
Lote Econômico de Compras
PREMISSAS

• O preço unitário da mercadoria é constante (P);


• Custo de fazer um pedido é variável em relação ao número de Compras (Cp);
• Custo de manter em estoque é constante por unidade estocada e por
unidade de tempo (Ce);
• Existe disponibilidade monetária para a compra do LEC;
• Não se considera o custo de faltas no estoque.

Lote Econômico de Compras


O custo de estocagem pode ser expresso como uma percentagem do preço devido ao
rateio dos custos pelo valor do estoque.
Exemplo de cálculo do custo de estocagem (ou custo operacional):
Valor do Estoque: R$50.000,00
Custo do estoque: R$5.000,00
Custo de estocagem: (R$5.000/R$50.000)*P
Onde P é o preço unitário do material
Lote Econômico de Compras
Exemplo do cálculo do LEC:
Em uma empresa, um item apresenta o seguinte comportamento:
§ Consumo mensal: 1500 unidades
§ Preço unitário: R$12,00
§ Custo de pedido: R$18,00
§ Custo de estocagem: 15% do preço.

Lote Econômico de Compras


• Assim:
Demanda anual: 1500 * 12 = 18000
Ce = R$ 12,00 * 0,15 = R$1,80

LEC =
2 * 18000 * 18 648000
= = 360000
1,8 1,8
LEC = 600 un

Ce – Custo de estocagem
Lote Econômico de Compras
LEC = 600 unidades

D 18000 30 pedidos/ano
n= = =
LEC 600

360 360
t= = = 12 dias
n 30

ORGAN IZAÇÃO E PESSOAS


ORGANIZAÇÃO DA ÁREA
“A boa estrutura organizacional não é, por si só, garantia de bom desempenho – da mesma
forma que uma boa Constituição não garante que tenhamos bons presidentes, leis justas ou
uma sociedade moral. A má estrutura organizacional, no entanto, inviabiliza o bom
desempenho, por maior que seja a competência de todos os seus gestores. Aperfeiçoar a
estrutura organizacional... Irá, portanto, melhorar sempre o desempenho.”

Peter Drucker

Peter F. Drucker, The Practice of Management (New York: Harper & Row), 1954

ORGANOGRAMA GENÉRICO

Estratégias Logísticas
Diretrizes
Planejamento de longo prazo
Nº 1 DA LOGISTICA
Tomada de decisões
Diretor ou Gerente Sr.
Liderança e gestão de conflitos
Integração funcional e política

Estudos e Concepções Qualidade na Gestão da qualidade


Implementações Projetos Logísticos Logística Análise de problemas
Produtividade Procedimentos (POP)
Gerente ou Supervisor Gerente ou Supervisor

Sistemas de Planejamento Operações Atendimento ao


Distribuição Física Logísticas Compras Serviço ao Cliente
Informações Logístico Cliente
Gerente ou Supervisor Gerente ou Supervisor Gerente ou Supervisor Gerente ou Supervisor Gerente ou Supervisor Gerente ou Supervisor Gerente ou Supervisor

ERP Negociação Malha Recebimento Desenv. Forn. Assist. técn. Proc. Pedidos
WMS Frota Abastecimentos Armazenagem Suprimentos Montagens Faturamento
TMS Operação Previsões Expedição Colocação ped. Call center
ECR Contratos Orçamento Inventário Fup
CRM SLA
CB/RF Orçamentos
CTe
PERFIL DO PROFISSIONAL
O que os recrutadores procuram?

Ø Características obrigatórias: (que podem eliminar candidatos)

§ Visão sistêmica – Capacidade de entender causas e consequências em diferentes pontos da cadeia de


suprimentos. Entender as inter-relações entre clientes e fornecedores (internos e externos), entender o macro
ambiente onde a empresa e a área estão inseridos;
§ Raciocínio lógico – Entender os processos e saber tirar conclusões lógicas, saber argumentar além de justificar
e comprovar seus argumentos;
§ Capacidade de Superar Desafios – Saber resolver situações imprevistas, ser criativo, inovador, mostrar-se
flexível diante de ambiente de constantes mudanças;
§ Habilidades Administrativas e Liderança – Demonstrar preparo e capacidade para organizar sistemas,
implantar normas e procedimentos, conduzir projetos, etc;
§ Conhecimentos Tecnológicos – Apresentar familiaridade com o uso de sistemas para extrair informações,
formatar relatórios e demonstrar capacidade para analisá-los;

PERFIL DO PROFISSIONAL
O que os recrutadores procuram?

Ø Características desejáveis: (que colocam candidatos à frente de outros)

§ Formação escolar e acadêmica;


§ Experiência profissional no ramo de atividade da empresa;
§ Conhecimento do mercado e dos clientes;
§ Conhecimentos técnicos sobre gestão de materiais (ou outra relacionada à vaga);
§ Conhecimento sobre orçamentos e sistemas de custos;
§ Flexibilidade pessoal para trabalhar em equipe;
§ Experiência na liderança de pessoas (para cargos de gestão);
§ Mostrar envolvimento pessoal na solução de problemas (hands on);
§ Idiomas adicionais (além de domínio pleno do idioma local);
RESPONSABILIDADES DO GESTOR DE MATERIAIS

O Gestor de Materiais possui duas grandes responsabilidade que são, aparentemente contraditórias entre si. Daí a
necessidade de ser uma pessoa ponderada que entende ambos os lados do negócio e administra racionalmente.
Suas maiores atribuições são:
Ø NIVEL DE SERVIÇO – Ele deve cuidar para que não falte materiais e produtos para atendimento dos pedidos
assegurando a satisfação de seus clientes internos e externos;
Ø INVESTIMENTOS/CUSTOS – Por outro lado, ele precisa assegurar a produtividade desse setor da empresa através do
desenvolvimento de uma política adequada de reposição, mantendo os níveis de estoque nos patamares mais baixos
possíveis sem deixar faltar;

DESAFIOS DO GESTOR DE MATERIAIS

Por um lado ele precisa Reduzir os Níveis Por outro, ele precisa Atender os
de Estoque clientes
§ A diversificação da linha de produtos da empresa § A falta de produtos pode levar à perda de clientes;
exige cada vez mais investimentos em estoques; § Também pode levar à perda de participação no
§ Itens obsoletos consomem recursos; mercado (reduzindo o faturamento);
§ Itens com baixa movimentação consomem recursos; § Estoques muito baixos não conseguem absorver
§ Quanto maior o estoque maior é a área necessária variações imprevistas na demanda;
para armazenagem, mais funcionários são requeridos
e maior é o valor do seguro;
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

Tecnologias aplicadas à armazenagem

§ Gerenciamento de armazéns (WMS);

§ Leitores de código de barras;

§ Rádio frequência;

§ Automação das estruturas de armazenagem.

WMS – Warehouse Management System


Tecnologias - WMS
Warehouse Management System (WMS)
• É um sistema de gestão de armazéns, que otimiza todas as atividades
operacionais (fluxo de Materiais)
e administrativas (fluxo de Informações) dentro do processo de armazenagem,
incluindo recebimento, endereçamento, estocagem, separação, embalagem,
carregamento, expedição, emissão de documentos, inventário além de saldos,
números de lotes, datas de validade e registro contábil das movimentações
(entradas e saídas).

WMS – Funcionalidades Operacionais


1. RECEBIMENTO FÍSICO – Registro da inspeção visual e contagem (cega ou não) do material descarregado;
2. ENDEREÇAMENTO – Sistema sugere endereços para armazenagem respeitando as características e prioridades do item
que está sendo recebido;
3. ESTOCAGEM – Confirmação da movimentação física até o endereço sugerido pelo sistema;
4. SEPARAÇÃO (PICKING) – Indicação da localização do item que deve ser separado naquele momento (considerando lote,
data de validade, etc);
5. EMBALAGEM – Sugestão de tamanho de caixa de re-embalagem dependendo do tamanho do pedido;
6. CARREGAMENTO (STAGIUM AREA) – Identificação do material já separado mas ainda não embarcado. Eventual emissão
de etiqueta para conferencia;
7. EXPEDIÇÃO – Geração do romaneio de expedição;
8. INVENTÁRIO – Emissão dos documentos para contagem e recontagem dos produtos (cíclico ou periódico);
9. REGISTROS – manutenção de todos os registros da movimentação dos produtos;
10. CONTROLE DE STATUS - classificação dos produtos conforme seu status (aprovado, reprovado, quarentena, avariado,
vencido, etc)
WMS – Funcionalidades - Gerenciais
ESPECIFICAÇÕES
9. Oferece estatísticas e parâmetros atualizados;
1. Deve dispor de um banco de dados relacional;
10. Oferece relatórios gerenciais e indicadores de
2. É integrado com o ERP da empresa;
desempenho;
3. Parametrização flexível para aceitar os procedimentos
11. Oferece todos os relatórios operacionais impressos
operacionais da empresa;
ou em tela;
4. Possibilita a parametrização das políticas de estoque
12. Permite a formatação de novos relatórios especiais
da empresa;
com amigavelmente;
5. Permite o dimensionamento dos estoques por vários
13. Possui interface gráfica para apresentação dos
critérios dinamicamente;
indicadores;
6. Suporta diversas classificações de materiais (ABC, XYZ,
14. Oferece recursos para a previsão de demanda
123, PQR;
(Forecast);
7. Automatiza a reposição através de gatilhos;
15. Permite a criação de cenários e simulações em
8. Registra todas as transações do estoque; ambiente não produtivo;

WMS - Funcionalidades
Como saber se preciso de um WMS ?

§ Dificuldade e tempo elevado para localização


de produtos no armazém;

§ Erros no recebimento, picking e expedição;

§ Processos com muita transação manual (digitação);

§ Problemas com a acuracidade de estoques;

§ Necessidade de controle de shelf life e tracking


de produtos;

§ Custos elevados (mão de obra, armazenagem) por pedido.


WMS – Funcionalidades
BENEFICIOS

• Todas as transações documentadas, rastreadas e registradas;


• Utiliza tecnologias de leitores de códigos de barras
e radiofrequência;
• Gera relatórios, etiquetas, e indicadores;
• Consolida cargas e pedidos por entrega, gerencia cross-docking;
• Identifica materiais que exijam operação especial, segregação;
• Define sequência de picking por vários critérios;
• Controle e identificação de lotes, número de séries, rotação de produtos, validade, Fifo, Lifo,
picking, localizações, endereços, conferencias, inventários;
• Endereçamento e ressuprimento automático, reconhecendo limitações físicas dos endereços.

WMS - Warehouse Management System

Agilidade no Produtividade Agilidade


Recebimento na Movimentação no Picking
e Armazenagem
CÓDIGO DE BARRAS
CODIGO DE BARRAS – utilizado para armazenar informações básicas dos produtos como descrição, preço e
quantidade mas vai além disso.

Existem 3 padrões de códigos de barras:

Ø EAN 13 (European Article Number – 13) - Utilizado para identificar itens individuais de venda é composto por
13 caracteres que registram o país de origem, o código da empresa, o código do produto e um dígito de
verificação.

CÓDIGO DE BARRAS
Ø DUN 14 (Distribution Unit Number – 14) - É um código de barras composto por 14 números que serve para
identificar uma unidade de venda (ou unidade de movimentação de estoque) com múltiplas embalagens (com
EAN 13) dentro. Pode representar uma caixa de embarque, um palete ou um container de produtos. A caixa
de embarque é a unidade que mais se aproveita do DUN 14.
CÓDIGO DE BARRAS
GS1-128 (EAN 128) – É uma simbologia linear alfanumérico, com a
vantagem de ser mais comprimida que outras tecnologias lineares. Sua
função principal está no setor de transporte e logística e no setor de
saúde. Ele assumiu importância consideravelmente maior nos últimos
anos, devido aos requisitos crescentes de rastreabilidade mais rigorosa
de produto pois permite incluir dados como data de fabricação, de
validade, número de série e de lote.

O GS1-128 é flexivelmente configurável, tornando-o totalmente


adaptável a uma grande variedade de necessidades e casos de uso.
Pode ser lido com diversos leitores óticos a laser comercialmente
disponíveis.

RADIO FREQUENCIA

RFID (Radio Frequency Identification) ou RADIO FREQUENCIA – é uma tecnologia utilizada para
transmitir e capturar informações. Com ela é possível eliminar todos os papéis que circulam pelo CD pois os
operadores recebem ordens de movimentação em seus terminais e transmitem seus movimentos em tempo
real.
RFID
As etiquetas inteligentes: “RFID tags”

Com as etiquetas inteligentes


(tem incorporado um “chip”)
podemos ter muito mais informações
do que aquela contida na etiquetas
dos códigos de barras, além disso permitem
que os dados sejam acessados remotamente via RF,
bastando apenas que a caixa com os produtos que contenham
a etiqueta passe nas proximidades de uma antena para que
sejam imediatamente identificados todos os produtos que
constam na caixa.

RFID x Código de Barras

Vantagens e desvantagens

• RFID pode ler todos os produtos simultaneamente, reduzindo tempo de


controle de produtos no recebimento, expedição ou venda no comércio;

• RFID permite maior integração entre os sistemas e com isto agiliza os Processos,
reduz erros;

• Preços das etiquetas RFID.


RFID

Simulação - Indicadores
INDICADORES DE DESEMPENHO LOGISTICO
Exercício - Indicadores
• Atividade em grupos:
Você é o gerente da área de estoques de um grande distribuidor de cosméticos e
trimestralmente apura os indicadores de performance. A tabela abaixo mostra a apuração do
último período, as metas acordadas com os clientes e também traz o resultado da pesquisa
publicada pela associação dos distribuidores de cosméticos feita nas principais empresas do
mercado (concorrentes). (Notas de 0 a 5).
Avaliação de Desempenho
Resultado do
Característica Peso Meta Pesquisa
Trimestre
Tempo de entrega 25 5 5 4
Sistemas de controle 15 4 4 3
Acuracidade de estoque 20 5 4 4
Utilização do espaço 12 4 4 4
Produtividade da mão de obra 8 5 4 5
Erros na separação 10 5 5 4
Utilização de equipamento 5 5 4 4
Limpeza 5 5 5 4
100

INDICADORES DE DESEMPENHO LOGISTICO


Exercício - Indicadores

• Questões:
1. Qual o índice de desempenho trimestral do armazém? (Calcule o valor
de cada indicador e o índice geral de performance).

2. Que ações devemos priorizar para garantir a competitividade?


INDICADORES DE DESEMPENHO LOGISTICO
Exercício - Indicadores
Solução

GESTÃO DE ESTOQUES
Prof. ARMANDO VALDIR PASSERI

MUITO OBRIGADO!!!!!
apasseri2013@gmail.com
Fone: 11 99887-6447

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