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Logística

Empresarial
Bibliografia Básica

BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos - planejamento,


organização e logística empresarial. 4ª edição, Porto Alegre: Bookman, 2001.

CHOPRA, Sunil, M. P.; MEINDL, Peter. Gestão da Cadeira de Suprimentos: estratégia


planejamento e operações. 4ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa: meio ambiente e competitividade. 2ª ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

SIMCHI-LEVI, D.; KAMINSKY, P.; SIMCHI-LEVI, E. Cadeia de suprimentos – projeto e


gestão. Porto Alegre: Bookman, 2010.
Objetivos da Disciplina

• Assimilar os principais pressupostos teóricos que fundamentam a


definição da Logística Empresarial nas organizações.

• Conhecer as principais atividades e procedimentos dos vários


subsistemas da Logística Empresarial e os impactos de sua
operacionalização em diferentes instâncias organizacionais.

• Familiarizar-se com processo da logística, identificando suas


atividades e a sua aplicação no cenário mercadológico.
Ementa de Logística

Logística como diferencial competitivo. Logística de distribuição no


gerenciamento da cadeia de suprimentos. Logística reversa.
Operadores Logísticos e Gestão de Transportes. Localização de
depósitos. Administração de armazéns e centros de distribuição. O
custeio baseado em atividades aplicado à logística. Produtividade,
eficiência e Benchmarking em serviços logísticos. Impacto ambiental
da cadeia de distribuição.
Conteúdo do Plano de Ensino

Conceitos Básicos de Logística 10 HORAS


Gestão do Relacionamento com o Cliente 10 HORAS
Gestão do Relacionamento com os Fornecedores 10 HORAS
Transportes e Distribuição 20 HORAS
Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain) 20 HORAS
Logística Reversa 10 HORAS
Logística
Logística

Para Christopher (2009) tanto a logística quanto o conceito de


cadeia de suprimentos remontam aos primórdios da
humanidade. Desde a construção das pirâmide até ações que
procuram resolver problemas atuais, os princípios que
fundamentam as atividades logísticas pouco mudaram.
Logística
Logística

Ao longo da história, guerras têm sido


vencidas e perdidas pelas capacidades
logísticas dos exércitos envolvidos. A
derrota dos britânicos, segundo se
afirma, na guerra da independência
americana pode ser atribuída a falhas
logísticas.
Logística

O exército britânico dependia quase que totalmente de


suprimentos oriundos da Inglaterra. Haviam 12.000 soldados e
todo os seus equipamentos e alimentos vinham de além mar e,
no primeiros seis anos de guerra a administração logística destes
suprimentos foi inadequada, afetando a moral dos soldados
(CHRISTOPHER, 2009).
Logística

Archie Shaw (1915 apud Christopher, 2009, p. 3) salientava que:

As relações entre as atividades de criação de demanda e suprimento físico (...)


ilustram a existência de dois princípios de interdependência e equilíbrio.
Deixar de coordenadar qualquer uma dessas atividades com os membros do
seu grupo e também com aqueles do outro grupo, ou atribuir ênfase ou
despesa indevidas a qualquer uma dessas atividades, certamente perturbará
aquele equilíbrio de forças que significa distribuição eficiente.
Problema logístico

De acordo com Ballou (1993, p. 17) o problema a ser resolvido


pela disciplina da logística é “diminuir o hiato entre a produção e
a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e
serviços quando e onde quiserem, e na condição física que
desejarem”.
Logística

Se o sistema logístico não é eficiente, há um aumento no ciclo


produtivo e nos custos envolvidos com estoque e transporte, o
que impacta diretamente com as atividades econômicas de uma
empresa, setor da indústria ou mesmo de uma nação (MARTINS;
CAIXETA-FILHO, 2001).
Logística

Suprimentos

Embalagem Transporte

Marketing Produção

Logística

Finanças Armazenagem

Gerenciamento
de Pessoas Inventário
Logística

A logística é a orientação e a estrutura de planejamento que


criam um fluxo de produtos e informação ao longo de um
negócio, fábrica, serviço, etc (CHRISTOPHER, 2009).
Logística

A logística é o campo do saber que preocupa-se com o


gerenciamento do fluxo físico de bens de consumo que começam na
matéria prima e que podem terminar no consumo ou na
reciclagem do bem consumido. É claramente mais do que uma
visão da distribuição do produto; abrangendo localização de
fábrica, nível de estocagem, níveis de inventário e sistemas de
informações, além do transporte (IMAM, 2000).
Logística

Visão simplificada do processo logístico

Fluxo de Materiais e Produtos

Compra e Cliente e fontes


fontes de JIT Produção JIT Distribuição JIT de demanda
fornecimento

Demanda Curtos tempos de Consolidação Ponto Eletrônico de


baseada no ciclo Classificação Vendas
usuário final Tamanho de um lote Operações pré- Varejo
Variedade Máxima vendas Tele-vendas

Sistemas de Controle e de Informações Integrados


Definição Clássica de Logística

A logística empresarial trata de todas atividades de


movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos
desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de
consumo final, assim como dos fluxos de informação que
colocam os produtos em movimento, com o propósito de
providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo
razoável (BALLOU, 1993, p. 24).
Processo Logístico

Fornecimento Demanda
Compra Fluxo de
informações
e Inventário Transporte
manufatura e
Fornecimento produção. Fluxo
e
de Produtos Armazenagem

Mercado
Mercado
Processo Logístico

Observando a figura anterior pode se perceber que o processo


logístico é tanto interno à organização, quanto externo. Interno
porque as operações de distribuição física e suprimentos podem
ser gerenciados pela empresa. Externo porque os clientes e
fornecedores são externos à empresa. Alguns autores referem-se
à parte externa como Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.
Para Martins e Caixeta-Filho (2001)

Os transportes têm a função básica de proporcionar elevação na


disponibilidade de bens ao permitirem o acesso a produtos que de
outra maneira não estariam disponíveis ou apenas por um preço
elevado. Outra função extremamente importante também é a de
se expandir mercados, possibilitando alcançar de forma
competitiva novos territórios.
Para Martins e Caixeta-Filho (2001)

Outro aspecto fundamental também é


o de se romper monopólios, efeito
diretamente dependente da expansão

para novos territórios. Uma área


maior de atendimento econômico
possibilita a especialização regional
da produção.
Sistemas Logísticos

Na economia global, sistemas logísticos


eficientes formam bases para um comércio
competitivo, permitindo com que regiões
próximas ou distantes dos grandes centros de
consumo possam explorar suas vantagens
competitivas específicas, através da
especialização nos bens e serviços nos quais
tem excelência, e de sua exportação para os
centros de consumo.
Custos Logísticos e Comércio
Internacional

Para Ballou (1993, p.19):

Custos logísticos são um fator-chave para estimular o comércio.


O comércio entre países e entre regiões de um mesmo país é
freqüentemente determinado pelo fato de que diferenças nos
custos de produção podem mais do que compensar os custos
logísticos necessários para o transporte entre as regiões.
Logística e o Brasil

Pode-se dizer que no Brasil, a


logística começou realmente a
ganhar importância na década
de 90. Antes desta década,
logística era relevada a
segundo plano (FLEURY,
Porto de Santos
2000).
Logística e o Brasil

A explosão do comércio internacional, a estabilização econômica


produzida pelo real e as privatizações da infra-estrutura foram
os fatores que mais impulsionaram este processo de mudanças.
Entre 1994 e 1997, o comércio exterior brasileiro pulou de um
volume de aproximadamente US$ 77 bilhões para cerca de US$
115 bilhões, ou seja, um crescimento de 50% em 3 anos.
Logística e o Brasil

Com a estabilização da moeda e controle da inflação o Brasil


desenvolveu sua vocação para o comércio internacional, com o
agronegócio e as matérias primas liderando a pauta de
exportações. O fim da inflação também serviu como propulsor
para as atividades de supply chain.
Desafios do Brasil, de acordo com
Fleury (2000, p. 21)

Com gastos equivalentes a 10% do PIB, o transporte brasileiro possuiu uma dependência
exagerada do modal rodoviário, o segundo mais caro, atrás apenas do aéreo. Enquanto no
Brasil o transporte rodoviário é responsável por 61% da carga transportada (em toneladas-
km), na Austrália, EUA e China os números são 30%, 28% e 19%, respectivamente.
Considerando os padrões norte-americanos, pelos quais o custo do transporte rodoviário é
três vezes e meia maior que o ferroviário, seis vezes maior que o dutoviário e nove vezes
maior que o hidroviário, percebe-se o potencial para redução de custos, caso a participação
do rodoviário venha a seguir os padrões internacionais, abrindo espaço para o crescimento
de modais mais baratos. Considerando as oportunidades de migração do rodoviário para o
ferroviário, podemos estimar uma economia de US$ 1 bilhão por ano.
O Sistema de Transportes
O Sistema de Transportes no Brasil
Sistema de Transportes

O sistema de transportes brasileiro define-se basicamente por


uma extensa matriz rodoviária, sendo também servido por um
sistema limitado de transporte fluvial (apesar do numeroso
sistema de bacias hidrográficas presentes no país) e marítimo
(apesar do extenso litoral brasileiro e grande quantidade de
portos), ferroviário e aéreo.
Sistema de Transportes

Com uma rede rodoviária de cerca de 1,8 milhões


de quilômetros, sendo 212.000 km de rodovias
pavimentadas (2014), sendo 11.000 km de estradas
duplicadas apenas, as estradas são as principais
transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro.
Principais Rodovias
Sistema de Transportes

Os primeiros investimentos na infraestrutura rodoviária deram-


se na década de 1920, no governo de Washington Luís, sendo
prosseguidos nos governos de Getúlio Vargas e Gaspar Dutra.

Washington Luís Getúlio Vargas Gaspar Dutra


Sistema de Transportes

O presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), que concebeu e


construiu a capital Brasília, foi outro incentivador de rodovias.
Kubitschek foi responsável pela instalação de grandes fabricantes
de automóveis no país (Volkswagen, Ford e General Motors chegaram
ao Brasil durante seu governo) e um dos pontos utilizados para atraí-
los era, evidentemente, o apoio à construção de rodovias.
Sistema de Transportes

Existem cerca de 4 000 aeroportos e aeródromos no Brasil, sendo 721


com pistas pavimentadas, incluindo as áreas de desembarque. O país tem o
segundo maior número de aeroportos em todo o mundo, atrás apenas
dos Estados Unidos.

O Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU), localizado nas


proximidades de São Paulo, é o maior e mais movimentado aeroporto do país.
O Brasil tem 34 aeroportos internacionais e 2 464 aeroportos regionais.
Principais cidades por movimentação
de passageiros via aérea

Fonte: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2384
Mapa dos principais aeroportos do
Brasil
Sistema de Transportes

O país possui uma extensa rede ferroviária de 28.857 km de


extensão, a décima maior rede do mundo, utilizada
majoritariamente para transporte de cargas. Atualmente o
governo brasileiro, diferentemente do passado, procura
incentivar esse meio de transporte.
Mapa das Principais Ferrovias do Brasil
Sistema de Transportes

Há 37 portos sendo que 11 desses são considerados grandes, no


conceito de Internacionais, de grandes navios, segundo o PNAC II,
dentre os quais o maior é o Porto de Santos. O transporte marítimo
hoje é responsável pela maior parte das trocas comerciais
internacionais do Brasil, transportando
principalmente commodities agro minerais, veículos, máquinas, e
equipamentos de ponta. Cerca de 75% das trocas comerciais
internacionais brasileiras são transportadas via mar.
Mapa dos Principais Portos do Brasil
Sistema de Transportes

Apesar de boa parte dos rios navegáveis estarem na Amazônia, o transporte


nessa região é subaproveitado, por não haver nessa parte do país mercados
produtores e consumidores de peso. Os trechos hidroviários mais
importantes, do ponto de vista econômico, encontram-se no Sudeste e no Sul
do País. O pleno aproveitamento de outras vias navegáveis dependem da
construção de eclusas, grandes obras de dragagem e, principalmente, de
portos que possibilitem a integração intermodal. Entre as principais hidrovias
brasileiras, destacam-se duas: Hidrovia Tietê-Paraná e a Hidrovia do
Solimões-Amazonas. O país possui 50.000 km de hidrovias.
Mapa das Principais Hidrovias do Brasil
Paralização dos Caminhoneiros

Atividade:
Discuta em um grupo de até 3 pessoas a importância e as demandas da
mobilização dos caminhoneiros.
Referências para Consulta:
Queda no preço do frete e altas do diesel e pedágio originaram protestos
Dilma diz que governo não tem condições de baixar preço do diesel
Após mais de 10 horas de manifestação de caminhoneiros, BR 101 Sul é
liberada
Greve dos caminhoneiros afeta a distribuição de alimentos no Rio
Transportar

De acordo com Razzolini Filho (2012, p. 68):


Transportar deriva da palavra latina transportare e significa
“conduzir ou levar de um lugar para outro” (TRANSPORTAR,
2001, p. 2753). Isso se aplica tanto a pessoas quanto a
mercadorias.
Modais de Transportes

• O transporte representa algo em torno de 12% do Produto


Bruto Mundial (PIB).

• Um sistema de transportes pode ser compreendido como


todas as atividades, recursos e instalações envolvidas na
atividade de movimentar bens de consumo, pessoas e
disponibilizar serviços em uma economia (RAZZOLINI, 2012).
Importância dos Sistemas de
Transportes

Ao tornar acessíveis bens de consumo e serviços em locais


distantes de seu local de produção os sistemas de transportes
evitam o isolamento geográfico de regiões e economias e
auxiliam o desenvolvimento econômico de todos a quem
interligam, além de possibilitar a mobilidade de pessoas e idéias.
Definição de Transportes

Para Razzolini Filho (2012) o sistema de transportes é


responsável pelo fluxo físico de bens e serviços desde a origem
até o destino sendo, portanto, um subsistema da logística.
Serviços Esperados do Sistemas de
Transportes

Rapidez de
Entregas

Qualidade Entregas
sem Erros

Serviços

Integridade Entregas
Pontuais
Sistemas Logísticos

Os sistemas logísticos somente satisfazem as necessidades dos


clientes se conseguirem, de forma rentável, entregar bens e
serviços:

• Em condições de uso imediato;


• Com custo adequado;
• No local adequado;
• No prazo certo;
Objetivo dos Sistemas Logísticos

Para Razzolini Filho (2012) os sistemas logísticos devem


fornecer um nível elevado de serviços ao cliente e, ao mesmo
tempo, reduzir os custos operacionais ao mínimo possível,
aumentando assim, a rentabilidade e lucratividade da operação.
Os Sistemas de Transportes
possibilitam

Utilidade Utilidade
Espacial Temporal
Utilidade Espacial

Capacidade de tornar o produto ou serviço disponível no


momento em que é necessário (um dos pré-requisitos básicos do
Sistema Just in Time).

A importância desta capacidade está na disponibilização de


produtos e serviços nos locais em que há demanda por eles,
evitando assim estoques desnecessários.
Utilidade Temporal

Tornar o produto disponível no momento da solicitação do


cliente ou consumidor. Assim o produto estará disponível
exatamente no momento em que é demandado.
Logística de Distribuição

Também denominada Outbound Logistics compreende as


atividades do sistema logístico a partir dos sistemas de
armazenagem.
Logística de Distribuição

A logística de distribuição incorpora as atividades de:


• Gerenciamento de Sistemas de Armazenagem;
• Gerenciamento de Centros de Distribuição (CDs);
• Sistemas de Endereçamento (localização de unidades de
movimentação nos endereços respectivos);

• Abastecimento da área de Picking (Separação e preparação de


pedidos);
Logística de Distribuição

A logística de distribuição incorpora as atividades de:

• Controle de Expedição;
• Transporte de cargas entre diferentes unidades de
armazenagem ou centros de distribuição;

• Roteirização (criação de roteiros de transportes).


Custos da Logística de Distribuição

• Custo de pessoal;
• Custo do estoque físico;
• Custos fixos diversos;
• Manutenção das unidades de armazenagem (quando houver);
• Manutenção das unidades de distribuição (quando houver);
• Manutenção de frota (quando houver);
• Seguros da frota (quando houver);
• Monitoramento da frota (quando houver);
• Escolta da frota (quando houver);
• Avarias e perdas de produtos;
• Repetição de cargas / entregas;
• Logística reversa (quando houver);
• Terceirização de entregas (quando houver);
• Terceirização de armazenagem (quando houver).
Fluxo da Logística de Distribuição

Compra e
Fabricação Transporte Armazenagem Transporte Varejo possível
ou CD transporte
Modais de Transportes

Rodoviário
Marítimo /
Ferroviário Fluvial /
Lacustre

Aeroviário
Modais Dutoviário
do ES
Agentes Intermediários do Sistema de
Transportes

• Transportadores;

• Agências de Cargas;

• Agentes Autônomos;

• Controladores de Terminais Privados;

• Atacadistas;

• Varejistas;
Sistemas de Transportes
Compreendem 5 elementos essenciais

Sistemas
Via de Meio de Força
Instalações de
Transporte Transporte Propulsora
Controle
Capacidade de um Sistema de
Transportes

Velocidade
do veículo

Capacidade
de
Transporte
Tamanho
do veículo
A Força Propulsora Necessária

Capacidade
do veículo

Força
Propulsora

Tamanho
do veículo
Velocidade do Transporte

Capacidade
do via de
transporte

Sistema de
Velocidade
Controle
Operacional do
da Via
Transporte

Velocidade
do Veículo
Modal Rodoviário

Um dos modais mais antigos é o modal rodoviário. Este modal é


o único que permite a conexão porta a porta, podendo ser
empregado isoladamente ou de forma multimodal.
Modal Rodoviário

Características:
1. Via de Transporte: Rodovias; estradas; vias urbanas; caminhos
(pavimentados ou não);

2. Meio de Transporte: Automóveis e ciclomotores; normalmente


caminhões, ônibus, carros e outros tipos de veículos de transporte;
3. Força Propulsora: Motores a explosão (diesel e gasolina), podendo
utilizar em casos eventuais biodiesel e energia elétrica;
Modal Rodoviário

4. Instalações / Terminais: Estações rodoviárias; terminais urbanos;


Paradas de ônibus; Centros de Distribuição; Instalações de Cross
Docking ou Transit Point; Garagens e Oficinas.

5. Sistemas de Controle: Fiscalização de Órgãos Públicos (Agência


Nacional de Transportes - ANTT), conferência de cargas,
monitoramento de cargas ou veículos; comunicação por rádio; GPS.
Capacidade de Carga de Caminhões

Tipo Carga (Média)


Perua de Carga 580 kg a 680 kg
Caminhão Semileve 5 Ton a 9 Ton
Caminhão Leve 8 Ton a 12 Ton
Caminhão Médio 20 Ton a 27 Ton
Caminhão Semipesado 20 Ton a 42 Ton
Caminhão Pesado 36 Ton a 150 Ton
Veículos

• Caminhões: Veículos Fixos, monoblocos, constituindo um


parte única que contém o motor, cabine e carroceria, podendo
ter tamanho variado e de 2 a 4 eixos. A carroceria pode ser
aberta, plataforma, tanque, gaiola ou baú, sendo que o baú
pode ser equipado com uma unidade de refrigeração.
Veículos

Carretas – Veículos articulados constituindo mais de uma parte,


que contém o motor, cabine, carroceria e semi-reboque, podendo
ter tamanho variado e de 4 a 6 eixos (ou mais). Semi-reboques
são equipamentos que constituem uma unidade da carreta sendo
acoplados ao conjunto principal, chamado de cavalo mecânico,
podendo ser abertos, plataforma, cegonheira, tanque,
refrigerados ou baú.
Semireboques
Modal Ferroviário

Um dos modais mais antigos do Brasil, é normalmente uma


alternativa interessante para grandes volumes de carga e
produtos de baixo valor agregado, sendo indicado para grandes
distâncias.
Modal Ferroviário

Características:

1. Via de Transporte: Ferrovia, trilhos;


2. Meio de Transporte: Locomotivas e vagões de diversos tipos,
com diferentes especificações e aplicações;

3. Força Propulsora: Motores a explosão (diesel), motores


elétricos;
Modal Ferroviário

4. Instalações / Terminais: Estações ferroviárias; plataformas


de embarque; garagens de manutenção.

5. Sistemas de Controle: Fiscalização de Órgãos Públicos


(Agência Nacional de Transportes - ANTT), cancelas;
conferência de cargas, monitoramento de cargas;
comunicação por rádio; GPS.
Modal Ferroviário
Modal Ferroviário

A capacidade do vagão ferroviário depende da resistência de


cada eixo que compõem o truque e também da resistência da
linha por onde ele transita.

No caso de linhas modernas, as quais permitem trens de 30


toneladas por eixo, podem circular vagões com eixos para 30
toneladas os quais transportam um peso total de 120 toneladas.
Modal Ferroviário
Modal Aquaviário

Utilizado tanto para o transporte de passageiros quanto de


cargas é fundamental para ligações entre longas distâncias
(oceanos) e em terrenos marcados por rios, ou ilhas.

Indicado para commodities ou produtos de baixo valor agregado


em geral.
Modal Aquaviário

1. Via de Transporte: Rotas marítimas, fluviais (rios) e lacustres


(lagos).

2. Meio de Transporte: Embarcações de pequeno, médio e


grande porte, com diferentes aplicações e configurações.

3. Força Propulsora: Motores a explosão (diesel e para pequeno


porte gasolina) e vapor, força eólica (velas); nuclear (navios
militares de grande porte).
Modal Aquaviário

4. Instalações / Terminais: Portos; ancoradouros; plataformas.


5. Sistemas de Controle: Fiscalização de Órgãos Públicos
(CODESA no ES / Capitania dos Portos), conferência de
cargas, comunicação por rádio; GPS.
Tipos básicos de Embarcações

• Barcaça ou Batelão: Embarcação robusta, sem propulsão e de


fundo chato, empregada para desembarque ou transbordo de
carga nos portos.
Tipos básicos de Embarcações

• Navio de Carga Geral - Estes navios têm aberturas


retangulares no convés principal e cobertas de carga
chamadas escotilhas de carga, por onde a carga é embarcada
para ser arrumada nas cobertas e porões. A carga é içada ou
arriada do cais para bordo ou vice-versa pelo equipamento do
navio (paus de carga e ou guindastes) ou pelo existente no
porto.
Tipos básicos de Embarcações

Navio de Carga Geral

Navio tipo Boxtype


Velocidade média 15 nós (27,8 KM/H)
Tipos básicos de Embarcações

Navio Ro-Ro: Os navios ro-ro são navios em que a carga entra e


sai dos porões na horizontal ou quase horizontal e geralmente
sobre rodas (como os automóveis, autocarros e caminhões) ou
sobre outros veículos.
Tipos básicos de Embarcações

• Navio Graneleiro: Os navios graneleiros são destinados ao


transporte de grandes quantidades de carga a granel, como
milho trigo soja, etc. E caracterizam-se por um longo convés
principal em que o único destaque

são os porões.
Tipos básicos de Embarcações

Navio Petroleiro: Os petroleiros são normalmente classificados


por produto e por porte. Os navios de produtos brancos
transportam produtos refinados tais como gasolinas, diesel e
gasóleo, que requerem revestimento adequado dos tanques para
evitar contaminação.
Supercargeiro
Modal Aeroviário

Um dos modais mais recentes, indicado para transporte de


pessoas, bens de consumo de alto valor agregado e bens de
consumo de alta perecibilidade.
Modal Aeroviário

1. Via de Transporte: Rotas aéreas.


2. Meio de Transporte: Aeronaves de pequeno, médio e grande
porte. Helicópteros e outras aeronaves de tipos diversos,
balões e dirigíveis.

3. Força Propulsora: Motores a explosão (diesel e para pequeno


porte gasolina) e vapor, força eólica.
Modal Aeroviário

4. Instalações / Terminais: Aeroportos, pistas, heliportos,


helipontos.

5. Sistemas de Controle: Fiscalização de Órgãos Públicos


(ANAC), monitoramento por radar, conferência de cargas,
comunicação por rádio; GPS.
Modal Aeroviário

• Aviões comerciais – Viajam em média a 500-600 km por hora


podendo atingir até picos de 900 km por hora;

• Helicóptero – Viajam em média a 100-200 km por hora,


podendo atingir velocidades superiores.
Principais tipos de Aviões de
Transporte de Passageiros no Brasil

O ATR-72 Aerospatiale é uma aeronave de médio-porte e propulsão


turboélice combinada com asas altas, velocidade máxima de 510 km/h,
utilizado no transporte regional de passageiros em rotas curtas e
médias. Estas aeronaves acomodam até 68 passageiros.

As aeronaves Embraer 190/195 são aeronaves a jato, com dois motores


e velocidade máxima de 890 km/h. Os modelos utilizados acomodam até
118 passageiros em uma única classe.

O A330-200 é o variante de menor fuselagem da família widebody Airbus


A330, e tem a versatilidade para satisfazer trechos curtos e longos.
Acomoda 246 passageiros em um layout de cabine de duas classes, com
velocidade de cruzeiro de 850 km/h.
Principais tipos de Aviões de
Transporte de Passageiros no Brasil

O Airbus A330 são aeronaves a jato, com dois motores e velocidade de


cruzeiro de 850 km/h. Comportam entre 156 e 174 passageiros
dependendo da configuração da aeronave.

O Boeing 767/300 são aeronaves a jato, com dois motores e velocidade


de cruzeiro de 870 km/h. Comportam entre 205 e 221 passageiros
dependendo da configuração da aeronave.

O Boeing 777/300 são aeronaves a jato, com dois motores e velocidade


de cruzeiro de 896 km/h. Comportam entre 362 e 363 passageiros
dependendo da configuração da aeronave.
Principais tipos de Aviões de Carga

O Boeing 747-8f é uma nova e moderna versão do Boeing 747-400. Essa versão tem
16 % mais capacidade de carga que seu antecessor, permitindo-lhe transportar
sete contêineres de carga padrão adicionais, com uma capacidade máxima de carga de
154 toneladas. No modelo Boeing 747-8, versão atual, a velocidade foi mantida, mas a
autonomia de voo aumentou para 15.815 km, e o peso máximo de decolagem elevado
para 442 666 kg.

O Airbus A300-600ST (Super Transporter) ou Beluga é um avião


cargueiro, desenvolvido com base no Airbus A300, capaz de transportar
grandes cargas e partes de outros aviões. Entretanto, uma vez que sua
capacidade máxima de carga é de apenas 47 toneladas, ele leva
carregamentos grandes em volume, nem tanto em peso. tem uma
autonomia de voo de 1666 km, aproximadamente. Com uma carga de 40
toneladas, a autonomia aumenta para 2667 km.
Principais tipos de Aviões de Carga

O Antonov An-225 Mriya pesa 285 toneladas e é capaz de carregar outros


253.820 kg, sendo considerado o maior e mais pesado avião do planeta (na
imagem ao lado transportando a espaçonave soviética Buran). O Antonov An-225
é disponível comercialmente para transportar cargas de grandes proporções,
devido ao tamanho único de seu compartimento de carga. Para se ter noção de
seu tamanho, ele comportaria, facilmente, mais de mil e quinhentas pessoas.
Escala dos maiores aviões em
operação no Brasil

Fonte:http://airway.uol.com.br/conheca-os-maiores-avioes-em-operacao-no-
brasil/
Carros Voadores?

A companhia
eslovaca AeroMobil
diz que planeja
finalizar o projeto do
seu carro voador e
começar a aceitar
pagamentos de
clientes em 2017

Fonte: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/05/28/empresas-planejam-lancar-carros-voadores-em-2017-veja-modelos.htm
Carros Voadores?

A norte-americana
Terrafugia afirmou à
CNN que espera iniciar
em 2017 a produção de
seu carro voador,
chamado de "Transition".
A empresa já recebeu
depósitos de cerca de
cem clientes.

Fonte: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/05/28/empresas-planejam-lancar-carros-voadores-em-2017-veja-modelos.htm
Modal Dutoviário

O modal mais recente utilizado para o transporte de produtos


economicamente viáveis, tem a vantagem do baixo custo
operacional. No entanto, a operação e controle de um duto são
atividades bastante complexas, dadas as distâncias envolvidas e
a especificidade do terreno envolvido.
Modal Dutoviário

1. Via de Transporte: Dutos. O tipo de material utilizado


depende do produto que será transportado, podendo ser aço,
concreto ou prolipropileno.

2. Meio de Transporte: O próprio duto, normalmente com o


produto diluído em um líquido que será bombeado.

3. Força Propulsora: Bombeamento, gravidade ou ar


comprimido.
Modal Dutoviário

4. Instalações / Terminais: Responsáveis pelo bombeamento,


captação e distribuição do produto.

5. Sistemas de Controle: Geralmente o Sistema Supervisor de


Controle e Aquisição de Dados (SCADA – Supervisory Control
and Data Acquisition) é a ferramente de controle de um duto.
Modal Dutoviário
Modal Dutoviário

A vazão média de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em


um bombeio recebido nos dutos da Liquigás –
companhia de distribuição presente em 23 estados e
que abastece 35 milhões de consumidores
residenciais - é de 150 toneladas por hora ou 3.600
toneladas por dia. Para transportar a mesma
quantidade pelas rodovias, a empresa estima que
aproximadamente 144 caminhões a mais estariam em
circulação.

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