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LOGÍSTICA
HISTÓRICO E EVOLUÇÃO
A logística sempre existiu na história da humanidade, desde os mais remotos tempos para
apoiar atividades de transporte e armazenagem de materiais necessários para a sobrevivência das
pessoas. Há vários relatos ao longo da história da importância das atividades logísticas, como a
armazenagem de grãos na época da safra para atender ao consumo na entressafra. O transporte
teve papel importante ao disponibilizar os produtos em outras áreas que não aquelas de produção,
abastecendo cidades distantes das lavouras. Artigos e utensílios produzidos em determinado local
dependiam do transporte para serem comercializados em mercados muitas vezes distantes a
milhares de quilômetros.
A área militar também traz exemplos da importância da logística, que são relatados por
Sun-Tsu em sua obra, a arte da guerra. Várias batalhas tiveram o apoio de atividades logísticas no
deslocamento de tropas, armamentos, suprimentos e víveres. Alexandre, o grande ficou conhecido
como um grande estrategista, utilizando a logística a seu favor no deslocamento rápido das tropas
e no abastecimento destas.
Napoleão Bonaparte também ficou conhecido pelas estratégias adotadas por seus
exércitos. Um de seus generais, Barão de Jomini, foi o primeiro a utilizar o termo logística como a
ação responsável pela preparação e sustentação das campanhas militares.
Em 1917, o coronel de infantaria da marinha dos Estados Unidos, George Cyrus Thorpe
escreveu o livro “Logística pura: a ciência da preparação da guerra”. A partir desta obra, muitos
outros estudiosos da área militar trabalharam os temas envolvidos na logística, contribuindo para
sua evolução.
A partir do pós-guerra, muitas empresas de apropriam das idéias da logística, para
aplicação empresarial, estimuladas pela necessidade crescente de abastecer mercados dispersos
geograficamente ao redor do globo. As empresas na busca por clientes se preocupavam cada vez
mais com questões espaciais (onde alocar os produtos) e temporais (em que momento
disponibilizar estes).
Assim, podemos estabelecer vários períodos da evolução da logística sob a perspectiva
histórica. (Razzolini Filho, 2008, p.22)
Período Visão Organizacional Ênfase Foco Industrial Foco Logístico
Até anos 40 Do campo ao mercado Economia agrária Volume de Transporte
produção
Anos 40 até Especialização Desempenhos Custo Inventário
anos 60 funcionais
Anos 60 até Integração interna Integração das funções Serviço Distribuição
anos 70
Anos 70 até Foco no cliente Busca por eficiência Lucratividade Produção
anos 80
Anos 80 até Foco no mercado Integração da logística Qualidade Compra/produção/
anos 90 vendas
Anos 90 até Supply Chain Logística como Tempo Processo gerencial
final do séc. Management diferencial competitivo
XX
Período Supply Chain Logística como Tempo e espaço Flexibilidade/
atual Management diferencial competitivo agilidade
3ᵒ Estágio: integração de
Suprimentos, Distribuição Física e
Planejamento e Controle da Produção,
porém sem integrar o PCP com a
Distribuição. Foco no processo
produtivo.
LOGÍSTICA: Conceitos
Atividades-chave (Primárias):
Padrões de serviço ao cliente – determinar as necessidades e desejos de clientes para serviços
logísticos; determinar a reação dos clientes aos serviços; e estabelecer o nível de serviços a
clientes.
Transportes – seleção do modal e do serviço de transportes; consolidação de fretes; roteiro de
transporte; programação de veículos; seleção de equipamentos; processamento de reclamações;
e auditoria de tarifas.
Administração de Estoques – políticas de estocagem de matérias-primas e produtos acabados;
previsão de vendas a curto prazo; combinação de produtos em pontos de estocagem; número,
tamanho e local dos pontos de estocagem; e estratégias de just-in-time, de empurrar e de puxar.
Fluxo de informações e processamento de Pedidos – procedimentos de interface dos estoques
com pedidos de venda; métodos de transmissão de informações de pedido; e regras de pedido.
A missão da Logística
Responder a:
O que Comprar
Quanto Transportar
Quando Armazenar
Onde Atender a demanda
Como
A palavra logística vem de origem francesa (verbo loger) que significa alojar. De origem
militar, o termo significa a arte de transportar, abastecer e alojar tropas. Também é visto como um
sistema para dar suporte às batalhas, colocando os recursos necessários no local certo, na hora
certa, na quantidade certa com um único objetivo: VENCER BATALHAS.
Atualmente seu significado é mais amplo, passando a abranger outras áreas como a gerência
dos estoques, armazenagem e movimentação.
No Brasil a logística começou a ser aplicada através de um dos seus aspectos: a distribuição
física (tanto interna quanto externa). Isto se deve principalmente às dimensões continentais de
nosso país e da malha rodoviária incipiente.
Indústria Comércio
Brasil 21,5 % 26,9%
Europa 12,1 % 8,9%
Quadro – Custo logístico operacional total – IMAM 2001
A associação Européia de Logística apurou que 10,1% do preço final de um produto resulta
do custo de logística.
Para atender o papel desempenhado pela logística é que em 1991 o Council of Logistics
Management – CLM (Conselho de Administração de Logística) a maior autoridade sobre o
assunto, modificou a sua definição de gerenciamento da distribuição física, de 1976, passando a
adotar o seguinte conceito de logística dando assim uma nova definição para logística: “Logística
é o processo de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo e
armazenamento de insumos, materiais em processo e produtos acabados, assim como informações
relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às
necessidades do cliente.”
Logística (3) - Entre os gregos, arte de calcular ou aritmética aplicada. Parte da arte militar
relativa ao transporte e suprimento das tropas em operações. Lógica simbólica, cujos princípios
são os da lógica formal, que emprega métodos e símbolos algébricos.
Tudo começa e termina no cliente, passando por vários processos, desencadeando fluxos de
informações e de materiais ou serviços, conforme figura a seguir.
Assim, para uma correta análise do sistema logístico, precisamos considerar as interações
entre as variáveis do sistema. Por exemplo, quando da produção de uma mesa, há o suprimento da
matéria-prima (dimensão de fluxo), a confecção do produto (dimensão de atividade) com suas
atividades intrínsecas como planejamento, controles e estratégias (dimensão de domínio). Em
todas estas etapas, podemos observar que as variáveis interagem umas com as outras afetando o
sistema como um todo.
A figura a seguir destaca a cadeia estratégica do sistema logístico. Ela inicia com o
planejamento, a partir da oferta e demanda, passando pelo gerenciamento das fontes de
suprimentos, que realiza as compras. Depois, realiza-se a produção e posteriormente o produto
final deve ser transportado e distribuído aos clientes.
1) Área Comercial:
Responsável por criar um vínculo com o consumidor;
Utiliza recursos como: pesquisa de mercado, promoção, propaganda, treinamento e
administração da força de vendas;
Conceito de valor: o quanto o cliente está disposto a pagar pelo desempenho (determinado por
qualidade, confiabilidade, manutenibilidade e valor de revenda) do produto ou serviço.
2) Operação Industrial:
Escolha dos recursos tecnológicos mais indicados (JIT – Just-in-time, FMS – Flexible
Manufacturing System, TQC – Total Quality Control, TPM – Total Productive Maintenance,
Kanban, robótica, MRP – Materials Requirement Planning);
Fábrica operando dentro do conceito JIT: o material certo na hora certa, no local certo, na
quantidade certa e com a qualidade certa.
3) Administração e Finanças:
Ênfase no fluxo de caixa (figura a seguir), através da rápida transformação de pedidos em
faturamento.
5) Distribuição Física:
Atingir rapidamente o cliente;
Localização dos fornecedores, em função dos provedores de matérias-primas e insumos;
Localização da fábrica, em função do mercado a ser atendido;
Depósitos regionais, em função da estrutura de transporte existente;
Controle de frota e roteirizadores;
O objetivo é a redução de inventário.
A LOGÍSTICA E A GLOBALIZAÇÃO
LOGÍSTICA INTEGRADA
A logística deve ser vista como um instrumento de Marketing, uma ferramenta gerencial,
capaz de agregar por meio dos serviços prestados, aumentando a eficácia logística.
Exercício Panamco - Discussão a partir do texto: o que foi alterado? Quais as vantagens?
Quais os investimentos realizados? p. 76
A figura a seguir representa o modelo adotado por várias empresas que vem se destacando
na área da logística. Os conceitos explícitos no modelo ajudam a entender como a logística é
utilizada como instrumento gerencial, capaz de agregar valor à atividade de Marketing.
Assim, a cadeia de suprimentos (Supply Chain), por sua vez, engloba os sistemas logísticos
de cada uma das empresas envolvidas (fornecedores de matérias-primas, fabricantes,
transportadoras, operadores logísticos, atacadistas e distribuidores, varejo, consumidores). Além
de possuir atividades de movimentação de materiais/produtos, há movimentação de informações
entre os agentes, e ainda fluxo financeiro, fluxo de burocracias, integração com o governo.
Conceito de SCM
É a ciência que visa unir todas as fases do processo de SCM, visando otimizar os métodos e
etapas de produção, compras e suprimentos, inventário, administração, previsões, armazenagem,
transporte e entrega dos produtos. Baseia-se na parceria de empresas de diversos setores de cada
uma das etapas da Cadeia de Suprimentos como fornecedores, indústria, armazéns, varejistas,
distribuidores, empresas de logística, etc...
Sob o ponto de vista operacional, existem dois tipos básicos de operadores logísticos:
1) Operadores baseados em ativos – caracterizam-se por possuírem investimentos próprios em
transporte, armazenagem, etc. Tendem a ser mais sólidos e comprometidos, devido aos
investimentos especializados que detém.
2) Operadores baseados em gestão e informações – não possuem ativos operacionais próprios.
Vendem know-how de gerenciamento, baseado em sistemas de informações e capacidade
analítica, que lhes permite identificar e implementar as melhores soluções para cada cliente, com
base na utilização de ativos de terceiros. São mais flexíveis na busca da melhor solução possível
para atender determinado cliente.
É uma escolha do tipo: fazer internamente x contratar fora. A escolha está calcada em custos
e controle operacional, comparar se a empresa é mais competitiva internamente ou se o operador
por ter maiores volumes consegue fazer de forma otimizada e com menores custos.
Características do parceiro
atitudes gerenciais;
padrão de convivência;
filosofia empresarial;
imagem da empresa.
Uma vez definido que a parceria pode ser uma alternativa viável para a empresa, se faz
necessário determinar o nível de integração entre a empresa e seu operador logístico. Este se dá
pela combinação de forças entre os motivadores para a parceria e as características das empresas,
e pode ser separado em três tipos quanto à integração da parceria logística.
Tipo III – Há a integração operacional e gerencial evidentes, no qual cada empresa percebe a
outra como parte de seu próprio negócio. Não há prazo estipulado para o término da relação.
São utilizados para coordenar e controlar a parceria logística, tanto no dia-a-dia das
operações, como no estabelecimento de diretrizes gerais para o relacionamento. São elas:
estabelecimento de procedimentos e métodos (recebimento, expedição, armazenagem);
definição de indicadores de desempenho (produtividade, qualidade, níveis de serviço);
política para troca de informações (quais informações serão trocadas e como se dará);
formalização contratual (cláusulas do contrato – exclusividade, penalidades);
política de investimentos (aquisição e operação de ativos – equipamentos, veículos, armazéns,
e capacitação de recursos humanos)
LOCALIZAÇÃO DE ARMAZÉNS
Determina onde instalar armazéns, de forma que o custo seja minimizado e se possa atender
bem o cliente da empresa, quer seja ele um distribuidor, atacadista, varejista ou mesmo o
consumidor final.
Armazenagem Estratégica
Os consumidores quando vão às prateleiras das lojas, esperam encontrar os produtos de que
necessitam, não importando se os produtos são produzidos a pouca ou muita distância.
Este é o trabalho da logística: prover disponibilidade de produtos, onde e quando forem
necessários. Isso significa coordenar o fluxo de produtos de vários fornecedores dispersos pelo
país e, cada vez mais, dispersos pelo mundo, para que cheguem até os clientes finais, nas mais
distantes regiões.
A questão básica é como estruturar sistemas de distribuição capazes de atender de forma
econômica aos mercados geograficamente distantes das fontes de produção, oferecendo alta
disponibilidade de estoque e tempo de atendimento.
A estrutura de distribuição determinará a funcionalidade dos armazéns. Podemos classificar
a estrutura de distribuição em dois grupos:
Transit Point
São bastante similares aos centros de distribuição avançados, mas não mantém estoques. O
transit point é localizado para atender a áreas distantes dos armazéns centrais e opera como uma
instalação de passagem, recebendo carregamentos consolidados e separando-os para entregas
locais a clientes individualizados - destino definido. (Baixo custo de transporte e de estoque.
Depende de volume para viabilizar a operação). Abaixo podemos visualizar na figura sua
operacionalização.
Cross-Docking
Operam sob o mesmo formato que os transit points, mas caracterizam-se por envolver
múltiplos fornecedores que atendem a clientes comuns. Ex. Cadeias de varejo.
Deve haver muita coordenação entre fornecedores e transportadores para ter sucesso. É
comum o uso de transmissão eletrônica de dados e identificação dos produtos por código de
barras. Segue exemplo de processo através da figura.
Merge in Transit
Uma implementação bem sucedida está baseada em várias decisões corretas, como por
exemplo, a escolha do software certo e as funcionalidades adequadas para cada tipo de negócio.
Portanto a escolha do sistema de gestão de transportes deve estar baseada em um processo
estruturado de seleção, garantindo que os critérios sejam acurados e a solução traga os benefícios
desejados.
LOGÍSTICA REVERSA
A vida de um produto, do ponto de vista logístico, não termina com sua entrega ao cliente.
Produtos se tornam obsoletos, danificados, ou não funcionam e devem retornar ao seu ponto de
origem para serem adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados.
A logística reversa tem a preocupação com os aspectos logísticos do retorno ao ciclo de
negócios ou produtivo de embalagens, bens de pós venda e de pós consumo, agregando-lhes
valores de diversas naturezas: econômico, ecológico, de imagem corporativa, entre outras.
1 – PERFIL DO PRODUTO
Atributos do produto que influenciam as necessidades de distribuição(tipo do produto);
Embalagens e características físicas;
Métodos de manuseio;
Volume anual de vendas e rentabilidade.
2 – PERFIL DO MERCADO
Tipos de clientes (mercado consumidor);
Quantidade e tipos de produtos comprados (padrões de compras dos clientes);
Previsões do volume de vendas;
Necessidades especiais de atendimento;
Localização, tamanho e dispersão do mercado.
3 – PERFIL COMPETITIVO
Tipos e características dos canais utilizados;
Tempo de entrega dos concorrentes;
Uniformidade de serviço dos concorrentes.
5 – CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA
Tamanho da empresa;
Posição financeira;
Composto de produto;
Política da empresa.
Após realizar a análise das características acima, devemos determinar as alternativas de canal,
baseando-se em três variáveis:
Tipos de intermediários;
Número de intermediários;
Responsabilidade dos intermediários.
REDE LOGÍSTICA
Diz respeito a:
Produtos/Materiais processados
Instalações (fornecedores, fábricas,
CD's, etc.)
Quantidades movimentadas por
período (fluxo/freqüência)
Modais de transportes
CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO
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TRABALHO EM GRUPO
A partir do texto sobre a empresa Dermage, o grupo deverá avaliar as sugestões dos especialistas,
e escolher aquela que o grupo acredita ser a mais viável, destacando os aspectos que ajudaram a
determinar a escolha, frente às outras alternativas.
Transportes 58%
Custos de Estoques 38%
Custos Administrativos 4% Transportes
Custos de estoques
Custos administrativos
DISTRIBUIÇÃO E TRANSPORTE
Funções do Transporte:
Relativos ao mercado
grau de competição intra/intermodal;
balanceamento – oferta/demanda;
regulamentação
sazonalidade
custo;
tempo em trânsito e total;
confiabilidade;
disponibilidade;
cobertura espacial;
perdas e danos;
riscos;
competição.
Veículos;
Vias (infra-estrutura);
Terminais;
Sistemas de controle
MODAIS DE TRANSPORTES
Rodoviário;
Ferroviário;
Aquaviário (Hidroviário /
fluvial e Marítimo /
cabotagem)
Aéreo;
Dutoviário.
MODAIS - Tipos
RODOVIÁRIO
Aspectos do modo rodoviário
Oferta
autônomo x empresas
geral x especialista
Conservação da malha
Privatização
pedágios
controle de peso
Riscos
Acidentes
roubos
Congestionamento e restrições à circulação
retenção de tráfego
FERROVIÁRIO
Aspectos do modo ferroviário
Produtos típicos
granéis – baixo valor agregado
não perecíveis
Baixo custos
Eficiência na carga e descarga
Tamanho do comboio
transposição x desmembramento
Serviços próprios x terceiros
Sinalização, calado e percurso noturno
Poluição do meio ambiente
DUTOVIÁRIO
Aspectos do modo dutoviário
Produtos típicos
granéis líquidos e gases
sólidos suspensos
Instalações
Regulamentação
propriedade e uso
Poluição do meio ambiente
AÉREO
Aspectos do modo aéreo
Peso morto por Tonelada transportada Força tração – cv, arrasta sobre: Custo US$
Ton/1000 Km
Navio 350 Kg Água 4.000 Kg 12,00
Trem 800 Kg Trilhos 500 Kg 21,00
Caminhão 700 Kg Rodas 150 Kg 34,00
Comparativo Entre Modais
CIF – Cost, Insurance, Freigth (custo, seguro e carga) – o frete inclui todas as despesas até a
entrega no cliente, transporte por conta do fornecedor.
FOB – Free on Board (livre no embarque) – o cliente contrata transportador para retirar o
produto no fornecedor/fabricante.
3) João da Silva, gerente de transportes da Sonho Global Ltda. está estudando a negociação de
um frete para embarques entre Chapecó/SC a São paulo/SP. A empresa quer fazer 200 embarques
de 2.300 Kg, 40 embarques de 500 Kg, 30 embarques de 4.500 Kg, com 15% de redução sobre a
tabela normal de preços.
a) consulte a tabela para determinar a conta de frete normal para essas cargas.
b) O Sr. João deve aceitar uma proposta da transportadora de frete a R$ 110,00/Ton ?
4) A Timex S.A., deseja enviar relógios despertadores de Chapecó/SC para São paulo/SP. A
empresa já iniciou o trabalho de embalar os despertadores numa caixa resistente de papelão
corrugado, para reduzir o risco de avaria em trânsito e no depósito. Com o uso de melhor
embalagem, a transportadora reduziu em 15% o valor de frete sobre a tabela normal, sem aumento
significativo do peso devido a embalagem.
a) Que efeitos tem a nova embalagem no custo do transporte de um único embarque de 450 Kg?
b) Suponha que a Timex embarca 300 cargas de 450 Kg, por ano, e que a nova embalagem custa
R$ 5.000,00 para ser projetada e produzida. A Timex pode recuperar inteiramente o custo do
investimento em um ano?
5) Carla é a gerente de transportes da Vision Computer Ltda., e tem uma carga de 150 monitores
da filial de Canoas/RS no valor de R$ 29.250,00 que destina-se ao centro de distribuição em Belo
Horizonte/MG. Pedro Souza, responsável pelo centro de distribuição, estabeleceu um tempo de
trânsito padronizado para o transporte, de dois dias e meio. Para cada dia de atraso além do tempo
estabelecido, Pedro calcula um custo adicional de R$ 6,00 por monitor. A Sra. Carla tem três
alternativas para o transporte. Calcule o custo de cada uma delas.
a) A Transportadora Intercontinental Ltda., especialista em longas distâncias, pode transportar os
monitores a um frete de R$ 1,03/Km. A distância é de 3.000 Km, e a transportadora espera
entregar a mercadoria em três dias. Um caminhão pode levar 192 monitores.
b) A Ferrovia Fumaça pode coletar a carga na fábrica e entregar os monitores diretamente no
centro de distribuição de Belo Horizonte. Pode despachar o vagão a um preço de R$ 1.500,00.
Recentemente a Sra. Carla teve atrasos com a troca de vagões e calcula que a entrega seja feita em
cinco dias.
c) A Sra. Carla fez também um acordo com a Trovão Intermodal Ltda., uma transportadora
subcontratante que usa transportes rodoviários e ferroviários. A Trovão pode coletar a carga por
caminhão na fábrica e entregá-la num pátio intermodal em Canoas/RS, onde a carreta pode ser
colocada sobre um vagão plataforma. A Ferrovia Sólida entrega então a carreta num outro pátio
intermodal perto de Belo Horizonte, onde ela é descarregada, e o transporte é feito por caminhão
até o centro de distribuição. A Trovão oferece o transporte desde a origem até o destino por R$
2.500,00. O tempo de trânsito previsto é de dois dias e meio. A experiência da Sra. Carla com a
Trovão é de que o serviço desta resulta em perdas ou avarias de cerca de 3% do valor da carga. A
recuperação das perdas é difícil e geralmente somente 33,3% do valor é reembolsado.
6) Mário Soares, gerente de vendas de transporte da Rapidão Transportes Ltda, propõe servir um
novo cliente, Muamba Importações Ltda., que importa produtos da China, transportando 12
carretas fechadas por mês, do porto de Santos/SP, até um distribuidor em Ourinhos/SP, por R$
850,00 por caminhão. Cada caminhão deve sair do terminal da Rapidão, que fica a 19 Km do
porto. A distância do porto de Santos a Ourinhos é de 600 Km. Após a descarga, os caminhões
voltam vazios (batendo lata) até o terminal da empresa em Santos, a 608 Km do distribuidor.
a) Se o custo da Rapidão é de, em média, R$ 0,75/Km para operar um caminhão, o Sr. Mário deve
aceitar o pedido ao preço negociado? Por que sim ou por que não?
b) O Sr. Mário conseguiu cargas de retorno para os embarques da Muamba, de um novo cliente
(Super Roda), que envia rodas de sua fábrica em Maringá/PR para o porto de Santos, para
exportação. De Maringá a Santos são 690 Km, a R$ 0,81/Km (preço de venda do frete). Cada
embarque da Muamba será casado com um embarque de retorno da Super Roda (12 cargas
fechadas por mês). A distância de Ourinhos a Maringá é de 104 Km. Os caminhões devem
retornar ao terminal em Santos depois da entrega da viagem de retorno (antes de nova coleta no
porto de Santos). As condições do acordo com a Mumba, expostas no item a, continuam
inalteradas. Quanto o Sr. Mário pode esperar de lucro (prejuízo) para a Rapidão, por viagem, com
este nova sistema? E por mês?
7) Qual o modal com o menor custo global anual para o transporte de cargas da empresa? (custos
de frete, estoque em trânsito e estoque médio)
PALETES
É uma plataforma para apoio e acondicionamento de carga, com dimensões padrões, com
dispositivos para apoio de garfo de empilhadeira ou outro equipamento. Os mais comuns são de
madeira, plástico ou alumínio.
Dimensões mais utilizadas:
1100 x 1100 mm 1000 x 1000 mm 1000 x 1200 mm
1100 x1200 mm 1200 x 1800 mm 800 x 1200 mm
1100 x 825 mm 1200 x 1600 mm 1200 x 1200 mm
Aspectos da paletização
Bom aproveitamento das áreas de cargas. Ex.: carroceria de caminhão com 2,2 m de largura
(utilização de 2 paletes de 1100 x 1100 mm;
O palete quadrado é o mais adequado à operação de empilhadeira;
Empilhamento de embalagens retangulares com maior número de apoios cruzados, que
asseguram uma maior amarração ao conjunto das embalagens.
Estudo de caso
Obtem-se a curva através da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa. Após
os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da Curva ABC podem ser
definidas da seguinte maneira:
Classe A : Grupo de itens mais importantes e que devem ser tratados com uma atenção
especial.
Classe B : Grupo de itens intermediários.
Classe C : Grupo de itens menos importantes, o que justifica pouca atenção.
Exemplo:
Construir a curva ABC do estoque sabendo-se que, durante um determinado ano-base,
a empresa Condor apresentou a seguinte movimentação de seu estoque de 15 itens:
Item Consumo (un/ano) Custo (R$/un)
1010 450 2,35
1020 23590 0,45
1030 12025 2,05
1045 670 3,60
1060 25 150,00
2015 6540 0,80
2035 2460 12,00
2050 3480 2,60
3010 1250 0,08
3025 4020 0,50
3055 1890 2,75
5050 680 3,90
5070 345 6,80
6070 9870 0,75
7080 5680 0,35
Ordenando os itens por ordem decrescente de valor consumido durante o período, temos:
Item Valor Consumido
2035 29.520,00
1030 24.651,25
1020 10.615,50
2050 9.048,00
6070 7.402,50
2015 5.232,00
3055 5.197,50
1060 3.750,00
5050 2.652,00
1045 2.412,00
5070 2.346,00
3025 2.010,00
7080 1.988,00
1010 1.057,50
3010 100,00
TOTAL 107.982,25
Exercício 1
O Sr. Ludovico pretende construir uma casa, mas como não dispõe de muito
dinheiro, ele próprio irá coordenar as obras e responsabilizar-se pelo controle dos gastos. Ele tem
preparado um orçamento do material a ser utilizado, baseado em informações de seu arquiteto, e
possui, inclusive, os nomes dos fornecedores.
Pela escassez de recursos, decidiu que vai negociar com os fornecedores para
conseguir uma redução dos preços. Conversando com o arquiteto, foi de opinião de que não
haveria necessidade de negociar com todos, pois isso levaria muito tempo, além de dar bastante
trabalho, com valores que não representavam muito; sugeriu então que negociasse os preços de
materiais que, somados, representassem 80% do valor total da construção, uma vez que seriam
esses a representar o maior custo total da obra.
Para isso era necessária a construção de uma classificação ABC, partindo da relação de
preços da tabela a seguir.
Exercício 2
Construir uma Curva ABC do estoque de uma empresa distribuidora de bebidas, que durante um
ano manteve a movimentação demonstrada no quadro abaixo:
Item Consumo (um/ano) Custo (R$/um)
Cerveja Skol 21000 1,25
Cerveja Brahma 16000 1,20
Cerveja Antarctica 12000 1,20
Cerveja Boemia 5000 1,30
Coca-cola 2 litros 2000 1,55
Coca-cola 600 ml 500 0,95
Coca-cola lata 1000 0,80
Guaraná Kuat 2 litros 400 1,45
Guaraná Kuat lata 200 0,75
Fanta laranja 2 litros 500 1,45
Fanta laranja 600 ml 600 0,90
Fanta uva 2 litros 800 1,45
Fanta uva 600 ml 2000 0,90
Água mineral 1,5 litros 800 0,60
Água mineral 500 ml 2000 0,45
Item
- Estoque de matéria-prima;
- Estoque de produtos em processo;
- Estoque de produtos acabados;
- Estoque em trânsito;
- Estoque em consignação.
A meta principal de uma empresa é, sem dúvida, maximizar o lucro sobre o capital
investido em fábrica e equipamentos, em financiamentos de vendas, em reserva de caixa e
em estoques. Para atingir o lucro máximo, ela deve usar o capital, para que ele não permaneça
inativo. Caso haja necessidade de mais capital para expansão, ela tomará emprestado ou tirará
dinheiro de um dos quatro itens acima mencionados. Espera-se, então, que o dinheiro que está
investido em estoques seja o lubrificante necessário para a produção e o bom atendimento das
vendas.
O estoque iniciou com 70 un., sendo consumido de forma uniforme durante a semana,
chegando a Zero na sexta-feira, quando deu entrada um novo lote de 70 un.
O estoque que se inicia com 70 un. Seria consumido e, quando chegasse a 10, seria reposto
em 60 un., voltando à 70 un. Iniciais. A quantidade de 10 un. Serve como proteção para as
eventualidades que possam acontecer durante o prazo de entrega do material.
Como o estoque de segurança é um estoque morto, deve-se ter bastante critério e
bom senso para dimensioná-lo.
Tempo de Reposição: é o tempo gasto desde a verificação de que o estoque precisa ser reposto,
até a chegada efetiva do material na empresa. Este tempo pode ser dividido em três etapas:
- Emissão do pedido: tempo que leva desde a emissão do pedido de compra pela empresa
até ele chegar ao fornecedor
- Preparação do pedido: tempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos, separar os
produtos, emitir faturamento e deixa-los em condições de serem transportados;
- Transporte: tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento dos materiais
encomendados.
Assim, devemos fazer uma nova reposição do estoque, quando o estoque virtual estiver
abaixo ou igual a uma determinada quantidade predeterminada, que é o ponto de pedido.
O ponto de pedido é o saldo do item em estoque, e pode ser calculado pela fórmula:
PP = C x TR + ES,
Conclui-se que o ponto de pedido é uma quantidade e que quando o estoque virtual
alcança-lo, deverá ser reposto o material, sendo que a quantidade do saldo em estoque suporta o
consumo durante o tempo de reposição (C x TR), conforme figura abaixo:
Exemplo:
Uma peça é consumida a uma
razão de 30 unidades por mês, e
seu tempo de reposição é de 15
dias. Qual é o ponto de pedido,
uma vez que o estoque mínimo
deve ser de um mês de consumo?
PP= (C.TR) + ES
PP = (30 . 0,5) + 30
PP = 45 unidades
Ou seja, quando o estoque virtual chegar a 45 unidades, deverá ser emitido um pedido de compra
da peça, para que, ao fim de 15 dias, chegue ao almoxarifado a quantidade comprada, assim que
atingir o estoque mínimo.
CONSUMO MÉDIO
É a quantidade referente à média aritmética das retiradas mensais de estoque. A fim de que
haja um grau de confiabilidade razoável, é aconselhável que seja obtida do consumo dos últimos 6
meses.
C1 + C2 + C3 + Cn
n
Exemplo: um item tem seu consumo mensal de acordo com o histórico que se segue: Jan – 70;
Fev – 80; Mar – 70; Abr – 90; Mai – 90; Jun – 80.
Determine o consumo médio.
70 + 80 + 70 + 90 + 90 + 80 / 6 = 80 un
ESTOQUE MÉDIO
EM = Q/2 + ES
INTERVALO DE RESSUPRIMENTO
ESTOQUE MÁXIMO
RUPTURA DO ESTOQUE
É caracterizado quando o estoque chega a zero e não se pode atender a uma necessidade de
consumo.
Se o estoque é um ativo que representa dinheiro parado, precisa ser bem administrado.
Exemplo:
a) Qual será a taxa de giro de estoque se o custo anual das mercadorias vendidas é de $
24.000.000 e o estoque médio é de $ 6.000.000 ?
b) Qual seria a redução no estoque médio se o giro de estoque crescesse para 12 vezes ao ano?
Exemplo:
a) Uma empresa apresentou uma demanda anual de 300 un comprando em lotes de 150 un.
Calcule o giro e a cobertura.
Resp:
Giro = 300 = 4 giros Cobertura = 75 x 360 = 90 dias
75 300
b) Caso a empresa passe a comprar em lotes de 50 un, qual será o impacto no giro e na cobertura?
Resp:
Giro = 300 = 12 giros Cobertura = 25 x 360 = 30 dias
25 300
“Quanto maior o giro, mais rapidamente o estoque é renovado” Gonçalves, 2004, p.147.
Segundo Pozzo, 2007, p. 44, os giros de estoques são diferentes em vários países, como segue:
Exercícios
1) O que é o ponto de pedido? Quais são as principais variáveis que precisam ser conhecidas para
se determinar o ponto de pedido? Como se relacionam?
2) O consumo médio mensal de um produto é de 1.500 unidades e são feitos seis ressuprimentos
ao ano. O estoque mínimo ou de segurança corresponde à metade do consumo durante o TR
(Tempo de Reposição), que é de um mês. Calcule o ponto de pedido.
5) Considerando os dados relativos aos giros de cada País, resolva a questão. Caso uma empresa
apresentasse no final do ano um custo de vendas de $ 50.000, qual seria seu estoque médio, se
estivesse localizada no Brasil, EUA e Japão?
6) Uma empresa apresentou no início de seu exercício um saldo inicial de determinado produto de
200 unidades, tendo adquirido um lote de 800 peças durante o ano. Quando do fechamento do ano
fiscal, o inventário apurou um saldo final de 400 unidades.
a) Qual foi seu estoque médio?
b) Qual foi o giro de estoque?
7) Com as quantidades abaixo, faça o perfil do estoque, calculando estoque médio, estoque
mínimo e estoque máximo do período.
Mês Estoque Recebimento (un) Consumo Estoque Estoque Estoque
inicial 1º. dia do mês (um/mês) Final Máximo Médio
Jan 150 1.200 980
Fev 1.200 1.350
Mar 1.200 1.110
Abr 1.200 1.250
Mai 1.200 1.460
ESTOQUE DE SEGURANÇA
Salienta-se que este método é muito suscetível a erros, pois é desprovido de qualquer
análise mais detalhada do comportamento do item de estoque.
Exemplo:
Uma empresa está definindo seu estoque de segurança para um determinado item que tem uma
demanda média mensal de 600 unidades. O responsável por compras definiu um grau de risco de
35%. Qual deverá ser o estoque de segurança a ser adotado pela empresa?
ES = C x k
ES = 600 x 0,35
ES = 210 unidades
Exemplo:
Um item de estoque tem apresentado uma demanda média diária de 35un com desvio padrão de
5un/dia. O tempo de reposição é constante e igual a 10 dias. Para um nível de atendimento de
90%, determine o estoque de segurança (ES).
___
ES = Zα x Sd x √TR
ES = 1,28 x 5 x √10
ES = 20 unidades
Exercícios:
2) O consumo médio mensal de um item foi de 360 un, com desvio padrão de 44 un. Para um
atendimento de 90%, qual será o estoque de segurança? E para um grau de atendimento de 95%?
Analise os resultados e veja quanto representou a mais no estoque 5% a mais de segurança.
Calcular também pelo método do grau de risco, sendo este de 15%. Considerar TR= 10 dias.
5) Um item tem demanda de 100 unidades por semana, com desvio padrão de 5 unidades/semana.
O tempo de atendimento é de 15 dias. Qual o estoque de segurança para um nível de serviço de
90% Qual a variação no estoque de segurança se o nível de serviço passar para 95%?
Introdução
A previsão deve sempre ser considerada como a hipótese mais provável dos resultados.
a) Quantitativas:
• evolução das vendas no passado;
• variáveis cuja evolução e explicação estão ligadas diretamente às vendas. Por exemplo:
criação e vendas de produtos infantis, área licenciada de construções e vendas futuras de
materiais de construção;
• variáveis de fácil previsão, relativamente ligadas às vendas (populações, renda PNB); e
• influência da propaganda.
b) Qualitativas:
• opinião dos gerentes;
• opinião dos vendedores;
• opinião dos compradores;
• pesquisas de mercado.
Repres
Introdução à Logística Prof. Moacir Deimling
54
HISTÓRICO DO
CONSUMO
ANÁLISE DO HISTÓRICO
DO CONSUMO
OUTROS FATORES
FORMULAÇÃO DO MODELO
INFORMAÇÕES DIVERSAS
AVALIAÇÃO DO MODELO
GERAÇÃO DE PREVISÃO
CORREÇÃO DA
DECORRIDO 1 PERÍODO PREVISÃO
PREVISÃO CONFIRMADA
CONTINUAMOS COM A
PREVISÃO INICIAL
a) Projeção: são aquelas que admitem que o futuro será repetição do passado ou as vendas
evoluirão no tempo; segundo a mesma lei observada no passado, este grupo de técnicas é de
natureza essencialmente quantitativa.
b) Explicação: procura-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionam as mesmas
com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível. São basicamente aplicações de
técnicas de regressão e correlação.
c) Modelo de evolução sazonal de consumo. O consumo possui oscilações regulares, que tanto
podem ser positivas quanto negativas; ele é sazonal, quando o desvio no mínimo de 25% do
consumo médio e quando aparece condicionado a determinadas causas, Um exemplo encontra-se
reproduzido na Figura a seguir.
Este modelo mais simples e sem base matemática consiste em utilizar como previsão para o
período seguinte o valor ocorrido no período anterior. Se colocarmos em um gráfico os valores
ocorridos e as previsões, obteremos duas curvas exatamente iguais, porém deslocadas de um
período de tempo
Exemplo: um produto apresentou nos últimos meses a demanda dada pela tabela a seguir.
Determine a previsão para o próximo período.
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Consumo 100 102 101 104 102 101 102 103 103 103 104 103
Real
Resolução: Como no último período a demanda foi de 103 unidades, estipula-se o mesmo valor
para Janeiro próximo.
Neste método, a previsão para o próximo período é obtida calculando-se a média dos
valores de consumo nos n períodos anteriores.
A previsão gerada por este modelo é geralmente menor que os valores ocorridos se a
tendência de consumo for crescente. Inversamente, será maior se o padrão de consumo for
decrescente.
CM = C1 + C2 + C3 + C4 + ...Cn
n
CM = consumo médio
C = consumo nos períodos anteriores
n = número de períodos
Desvantagens:
a) as médias móveis podem gerar movimentos cíclicos, ou de outra natureza não existente
nos dados originais;
b) as médias móveis são afetadas pelos valores extremos; isso pode ser superado utilizando-
se a média móvel ponderada com pesos apropriados;
c) as observações mais antigas têm o mesmo peso que as atuais;
d) exige a manutenção de um número muito grande de dados.
Vantagens:
a) simplicidade e facilidade de implantação; e
c) admite processamento manual.
Este método é uma variação do modelo anterior em que os valores dos períodos mais
próximos recebem peso maior que os valores correspondentes aos períodos mais atuais.
Exemplo: (considerar os valores da tabela anterior, utilizando como fator de ajustamento 0,7 para
dezembro, 0,2 para novembro e 0,1 para outubro).
Resolução:
CMp = (0,7x103 + 0,2 x 104 + 0,1 x 103) = 103,2
Este modelo procura prever o consumo apenas com a sua tendência geral, eliminando
a reação exagerada a valores aleatórios. Ele atribui parte da diferença entre o consumo atual e o
previsto a uma mudança de tendência e o restante a causas aleatórias.
Neste método a previsão (p) é calculada a partir da última previsão realizada no
período (t-1) adicionada ou subtraída de um coeficiente (α) que multiplica o consumo real (c) e a
previsão no período (Pt-1), de acordo com a seguinte expressão:
Pt = Pt-1 + α (Ct-1- Pt-1), sendo 0 > α > 1 (geralmente entre 0,1 e 0,3)
Resolução:
Pt = Pt-1 + α (Ct-1- Pt-1)
PFEV = 102,3 + 0,3(104 – 102,3) = 102,8
Este método é usado para determinar a previsão para produtos que tenham consumo
sazonal, determinado por uma variação superior a 25% do consumo normal, em determinadas
épocas do ano. Um exemplo são os sorvetes, que tem uma variação acentuada do verão para o
inverno.
Para calcular a previsão através deste método, deve-se seguir a metodologia a seguir:
a) determinar a média em cada ano;
b) determinar os coeficientes de sazonalidade em cada período de sazonalidade;
c) calcular o coeficiente médio de sazonalidade em cada período;
d) projetar a demanda global para o ano (utilizando outro método de previsão – ex. média
móvel);
e) determinar a média para cada período do ano previsto;
f) determinar a demanda em cad período do ano utilizando o coeficiente médio de
sazonalidade.
Exemplo: A tabela a seguir apresenta os dados de consumo de um produto nos últimos quatro
anos e deseja-se determinar a previsão de vendas trimestral para o próximo ano.
Supondo que a previsão para o ano 5 fosse de 2.500 unidades (incremento médio de 300
un/ano), assim, a média trimestral seria de 625 unidades (2500/4=625).
Trimestre Previsão
1 625 x 0,20 = 125 un
2 625 x 1,30 = 813 un
3 625 x 2,00 = 1.250 un
4 625 x 0,50 = 312 un
Exercícios
3) A empresa BIKE Ltda. vende bicicletas e teve o seguinte histórico de vendas no 2º semestre de
2004: jul-2.300; ago-2.600; set-3.000; out-2.800; nov-4.125; e dez-3.200). A empresa realizou
uma promoção para seus clientes varejistas em novembro, tendo um incremento de vendas na
ordem de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior. Calcular a previsão de vendas para
janeiro próximo, pelos métodos:
a) método do último período;
b) método da média móvel simples;
c) método da média móvel ponderada (50%, 30%, 20%);
d) método da média com ponderação exponencial (α = 0,5), considerando que a demanda prevista
para dezembro era de 3000 unidades.
4) Alex foi, recentemente, contratado como gerente em um pequeno hotel, com 35 quartos. Uma
de suas primeiras tarefas é desenvolver um modelo para prever o número de quartos que são
esperados para serem alugados, em cada mês de 2011. Ele coletou os seguintes dados históricos
dos últimos três anos: (método do ajustamento sazonal). Para a previsão total do ano de 2012,
fazer pela média simples.
Mês 2009 2010 2011 2012
Janeiro 307 275 316
Fevereiro 257 209 251
Março 290 304 338
Abril 323 312 370
Maio 425 469 472
Junho 589 548 593
Julho 791 734 777
Agosto 643 658 702
Setembro 454 420 513
Outubro 725 690 766
Novembro 547 493 639
Dezembro 605 584 668
TOTAL 5.956 5.696 6.405
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
$$$$$$$ “O
O EESSTTO
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UEE C
CUUSSTTA
ADDIIN
NHHEEIIR
ROO” $$$$$$
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
CUSTOS DE ESTOQUES
Manuseio ► quanto mais estoque ► mais pessoas e equipamentos necessários para manusear os estoques ►
mais custo de mão-de-obra e de equipamentos.
Perdas ► quanto mais estoque ► maiores as chances de perda ► mais custos decorrentes de perda.
Obsolescência ► quanto mais estoque ► maiores as chances de materiais tornarem-se obsoletos ► mais
custos decorrentes de materiais que não mais serão utilizados.
Furtos e Roubos ► quanto mais estoque ► maiores as chances de materiais serem furtados e/ou roubados ►
mais custos decorrentes.
Este custo também pode ser dividido em custo de capital e custo de armazenagem (armazenagem,
manuseio e perdas).
Cc = Ca + i.P
Exemplo:
Um item tem custo de armazenagem anual total de R$ 0,60 por unidade e preço de compra
unitário de R$ 2,00. Considerando uma taxa de juros de 12% ao ano, calcular o custo de
carregamento do estoque desse item.
Solução:
Ca = R$ 0,60/unidade.ano
i = 12% a.a. = 0,12 a.a.
P = R$ 2,00/unidade
Cc = R$ 0,60 unidade/ano + 0,12/ano X R$ 2,00/unidade
Cc = R$ 0,60 unidade/ano + R$ 0,24/unidade.ano
Cc = R$ 0,84 unidade/ano
São aqueles que diminuem com o aumento do estoque médio. São exemplos os
custos de obtenção e os de preparação (custo de pedido).
Exemplo:
A empresa Delta, a partir dos dados do ano anterior, computou todas as despesas do departamento
de compras, como custos de mão-de-obra e encargos, materiais de escritório, aluguel das salas,
correio, telefone e fax, chegando a um valor médio de R$ 15,00 por emissão de pedido de
compras. Determinar os custos que serão incorridos na obtenção de um item de estoque cuja
demanda anual é de 12.000 unidades, para as seguintes políticas:
Solução:
Custo do pedido = R$ 15,00
Custo de obtenção = número de pedidos por período X custo do pedido no período
a) Comprar uma única vez por ano – lote = 12.000 unidades. Custo de obtenção = 1 pedido/ano X
R$ 15,00/pedido = R$ 15,00/ano.
b) Comprar duas vezes por ano - lote = 6.000 unidades. Custo de obtenção = 2 pedido/ano X R$
15,00/pedido = R$ 30,00/ano.
c) Comprar dez vezes por ano - lote = 1.200 unidades. Custo de obtenção = 10 pedido/ano X R$
15,00/pedido = R$ 150,00/ano.
Os estoques médios (Q/2) decorrentes serão, em cada um desses casos, 6.000 unidades, 3.000
unidades e 600 unidades. A tabela abaixo mostra a relação entre custo de obtenção e o estoque
médio mantido:
Podemos observar que quanto mais aumenta o estoque médio, menores são os custos de obtenção.
Então, substituindo o número de pedidos pela equação acima, e considerando o custo de obtenção
(Cp), temos:
Custos Independentes
São aqueles que independem do estoque médio. Geralmente são os custos fixos,
independendo da quantidade estocada.
É representado por CI
Exemplo:
Custo de depreciação de depósito
CUSTO TOTAL
Assim,
CT = Custos Dir. Prop. + Custos Inv. Prop. + Custos Independentes
Então,
Exemplo:
Determinar o custo total anual de manutenção dos estoques de um produto cuja demanda anual é
de 40.000 unidades. O produto é comprado por R$ 2,00 a unidade. Numa taxa de juros de 24% ao
ano, os custos anuais de armazenagem são de R$ 0,80 por unidade, e os custos fixos anuais para
esse item de estoque são estimados em R$ 150,00. Os custos de obtenção são de R$ 25,00 por
pedido. Calcule o custo total de estocagem para lotes de compra de 1.000, 1.200 e 1.400 unidades.
Solução:
Ca = R$ 0,80/unidade
i = 24% a.a. = 0,24 a.a.
P = R$ 2,00/unidade
Cp = 25,00/pedido
C = 40.000 unidades/ano
Ci = 150,00/ano
a) Q = 1.000 unidades
CT = (0,80 + 0,24 x 2) x (1.000/2) + 25 x (40.000/1.000) + 150
CT = R$ 640,00/ano + R$ 1.000,00/ano + R$ 150/ano
CT = R$ 1.790,00/ano
b) Q = 1.200 unidades
CT = (0,80 + 0,24 x 2)x (1.200/2) + 25 x 40.000/1.200) + 150
CT = R$ 768,00/ano + R$. 833,33/ano + R$ 150,00/ano
CT = R$ 1.751,33/ano
c) Q = 1.400 unidades
CT = (0,80 + 0,24 x 2) x (1.400/2) + 25 x(40.000/1.400) + 150
CT R$ 896,00/ano ± R$ 714,28/ano + R$ 150,00/ano
CT = R$ 1.760,28/ano
Exercícios
1) a empresa Beta fabrica um produto cuja demanda anual é de 12.000 unidades. Os custos anuais de
carregamento são de $0,60/un. Os custos de pedir são de $20,00 por pedido. A empresa compra em lotes
de 1.000 unidades. Calcular os custos totais de estocagem.
1.1) A empresa realizou um treinamento em JIT e passou a comprar em lotes menores, de 80 unidades.
Qual passará a ser o custo total anual de estoques?
1.2) A empresa sofre uma reestruturação, conseguindo baixar os custos de pedido, através de um sistema
informatizado utilizando a internet. Com isso, o custo total anual de estoques passou para $540,00. Quanto
deverá ser o custo de pedir?
2) A demanda anual de um item de estoques é de 5400 unidades/ano. Os custos de obtenção são de $40,00
por pedido. Sabendo-se que a taxa de juros é de 25% a.a. e que o item é comprado por $2,50 a unidade,
com custos fixos de $60,00/ano. Determine os custos totais de estoque, sabendo que os custos de
armazenagem são de $0,50/unidade. Os lotes de compra são de 600 unidades.
3) Uma empresa efetuou o levantamento de vários fatores de custos envolvidos na manutenção dos
estoques de um determinado item, encontrando:
- armazenagem..................................$5,00/un/ano
- obsolescência.................................. $ 0,50
- furtos e roubos................................ $ 1,00
- preço de compra do item .................$100,00/un
- taxa de juros (a.a.) .......................... 20,0%
- fax/telefone..................................... $1,50
- mão-de-obra almoxarifado ................$15,00
- mão-de-obra compras ....................... $7,50
- aluguel empilhadeira ......................... $2,50
- depreciação do armazém ...................$45,00
Determine o custo total, considerando que a compra é em lotes de 200 unidades, com demanda anual de
12000 peças. :
No ponto onde a curva do CT está mais baixa, temos o menor custo de compras em função do
tamanho do lote. Ou seja, o lote econômico de compras. Nota-se que este momento é onde os
custos diretamente proporcionais são iguais aos custos inversamente proporcionais.
Obs. O LEC independe dos custos independentes (fixos), pois estes independem do tamanho do
lote, que é o objetivo do LEC.
Exemplo:
Determinar o LEC de um produto cuja demanda anual é de 40.000 unidades. O produto é com-
prado por R$ 2,00 a unidade. Numa taxa de juros de 24% ao ano, os custos anuais de
armazenagem são de R$ 0,80 por unidade. Os custos de obtenção são de R$ 25,00 por pedido.
Calcule o LEC.
Solução:
Ca = R$ 0,80/unidade
i = 24% a.a. = 0,24 a.a.
P = R$ 2,00/unidade
Cp = 25,00/pedido
C = 40.000 unidades/ano
________________
LEC = √ 2. 25 . 40000 / 1,28
Exercícios:
1) Uma empresa, especialista em hidráulica, tem em estoque uma grande diversidade de tubos,
conexões, válvulas e reduções. O gerente de compras, tendo estudado o modelo do lote
econômico de compras, quis elaborar um estudo de quanto a empresa estava gastando a mais, por
ano, por não comprar em lotes econômicas. Para tal, fez o cálculo, como modelo, utilizando-se de
um item de estoque, que tem grande consumo anual. Na ficha do item, encontrou os seguintes
dados: lote de compra atual de 400 unidades/pedida, demanda de 10.000 unidades/ano, custo de
manutenção de estoque estimado em R$ 0,40/unidade/ano e custo de obtenção de R$ 5,50/pedido.
O que você acha que o gerente irá concluir?
2) Uma empresa está tentando elaborar uma análise do estoque de seu produto mais popular, cuja
demanda anual é de 5.000 unidades. O custo unitário é R$ 200,00. Os custos de manutenção do
estoque podem ser considerados como sendo de 25% do custo unitário por unidade/ano, os custos
de pedido são de aproximadamente R$ 30,00 por pedido, e o tempo de atendimento é de 10 dias
em média. Calcule:
a) O lote econômico de compra;
b) O ponto de pedido;
c) O custo total anual;
d) O número de pedidos por ano.
.
3) José Pereira usa 1.500 unidades por ano de um certo componente cujo custo anual de
manutenção de estoque é R$ 45,00 por unidade. O custo de colocação de um pedido é de R$
150,00. José Pereira sabe que um pedido deve ser colocada com 6 dias de antecedência para
recebê-lo. Determine:
Introdução à Logística Prof. Moacir Deimling
66
4) Uma empresa compra 10.000 peças/ano para montagem em seus produtos. Se o preço unitário
for de $8,00, o custo de armazenagem de $0,50/un, e o custo de pedido de $20,00, a taxa
financeira de 20% a.a., os custos fixos de $17,00, Calcular:
a) LEC;
b) Custo total anual;
c) Número anual de pedidos.
5) A empresa Gama usa 30.000 unidades de um item por ano. O custo de pedir é de
$30,00/pedido, e o custo de carregamento é de $2,50.
a) LEC;
b) Custo total;
c) Número anual de pedidos.
5.1) A empresa teve um incremento de vendas na ordem de 10.000 unidades, considerando que
todos os custos se mantenham constantes, determine o LEC e o CT.
Exemplo:
Um item de estoque tem demanda de 2.000 un/mês. Os custos de pedido são de $ 18,00 por
pedido, os juros considerados pela empresa são de 3% a.m., e os custos de armazenagem são
estimados em $ 0,08 un/mês. Os custos fixos são desprezíveis.
O fornecedor utiliza a seguinte política de preços:
0 a 999 unidades - $ 1,20/un
1000 a 4999 unidades - $ 1,10/un
5000 ou mais unidades - $ 1,05/un
Exercício
1) A necessidade anual de uma peça é de 10.000 unidades e o preço normal é de $1,00. O custo de
armazenagem é estimado em 20% do custo da peça e o custo do pedido é de $ 10,00. O lote
econômico é de 1.000 peças. Agora o fornecedor oferece desconto de 5% para entregas de 5.000
peças, em vez de 1.000 unidades. É um bom negócio para a empresa?
2) Uma empresa consome 1.000 unidades de um item por ano, pagando R$ 1,75/unidade. O custo
de pedido é de $ 55,00, o custo de armazenagem é de 40% do valor unitário de compra do item. A
taxa de juros paga é de 25% a.a. A empresa recebeu uma proposta de um novo fornecedor a $ 1,55
por unidade, desde que a empresa adquira lotes mínimos de 750 unidades. Determine a quantidade
que deve ser comprada e justifique o por quê?
Um fabricante adquire dois produtos para seu consumo interno de matéria-prima (produtos
A e B), que podem ser adquiridos de seu fornecedor habitual com desconto conforme as
quantidades mínimas do pedido de compra, conforme demonstra a tabela 1. A tabela mostra os
preços praticados e o lote mínimo de compra.
Com base nos dados de demanda do ano anterior (tabela 2), calcular o estoque de
segurança pelo método do desvio-padrão. Calcular também o ponto do pedido, considerando um
tempo de reposição médio de 5 dias. O coeficiente de atendimento é de 90% (Zα).
Item Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Qut Nov Dez Total/ano média/mês desvio padrão
A 1650 1700 1850 1840 1910 1880 1760 1830 1905 1735 1790 1750 21600 1800 83
B 825 895 935 845 750 725 610 810 620 710 630 645 9000 750 112
Tabela 2 – Demanda realizada
Uma pequena empresa comercializa três tipos de produtos (itens 1,2 e 3), que tiveram a
seguinte demanda no ano anterior (tabela 1). Com relação ao nível de atendimento, a empresa
deixou de atender a 8% das vendas, por falta de produtos em estoque.
Item Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Sei Oul Nov Dez total média/mês desvio padrão
1 1550 1500 1440 1520 1560 1620 1680 1650 1610 1680 1710 1680 19200 1600 85
2 2020 2010 1920 2015 2055 2080 2050 1910 1960 2010 2030 1940 24000 2000 55
3 750 770 680 720 580 620 610 705 625 520 610 610 7800 650 75
Tabela 1 - Demanda realizada
O custo e o tamanho dos atuais lotes de compras de cada produto pode ser visto na tabela a
seguir.
Atualmente a empresa capta recursos financeiros em bancos, pagando uma taxa de juros de
30% ao ano.
Com relação a alguns dos custos da empresa, esta possui um encarregado do armazém, que
também realiza compras. Do total das horas trabalhadas, 25% são destinadas à atividades de
aquisição de materiais. O empregado custa para a empresa cerca de R$ 6.000,00 por ano, os
custos anuais com ligações para fornecedores somam R$ 300,00, e a depreciação do armazém e
equipamentos deste somam R$ 500,00 por ano.
Com base nos dados acima, calcule para cada um dos três produtos:
1) O Estoque de Segurança - ES, pelo método do grau de risco e pelo método do desvio padrão
(90% atendimento);
2) O Ponto do pedido, considerando o ES pelo método do desvio-padrão;
3) O Lote Econômico de Compras - LEC;
4) Os Custos Totais de estoques - CT, comparando com a situação anterior da empresa (lotes de
compra);
5) Faça uma análise dos resultados, justificando sua resposta.
Curva ABC
4 de julho de 2006
Eficiente como técnica de classificação, a metodologia permite ao comerciante fazer um apurado exame
do estoque
São apenas três letras, as primeiras do abecedário, e elas têm a particularidade de mudar
radicalmente a qualidade do estoque dos estabelecimentos comerciais. Na verdade, a força delas é
inócua. O que fazem é dar nome à metodologia que, ano após ano, ganha um número cada vez
maior de adeptos notadamente no ramo varejista: a curva ABC, ou, como gostam de lembrar
alguns acadêmicos, “a descoberta de Pareto.” A curva ABC é uma ferramenta ideal e sempre ao
alcance dos comerciantes desejosos de fazer um exame apurado de seus estoques. Explica-se: a
classificação tem o dom de permitir a identificação dos itens que, de fato, merecem maior atenção.
“Principiei a utilizar essa técnica de classificação em 1998, no início por meio de anotações
manuais, depois, em 2001, através de um software específico “, diz Vitor Bórnia Jacob, da Vitor
Auto Peças, em Bauru, no centro do Estado de São Paulo, varejo fundado em 1990 por seu pai,
mecânico de profissão. O empresário conta que já atuava com a informática no final da década
passada, mas que o sistema não previa a curva ABC. Dedicada à comercialização de peças para a
linha leve, catorze funcionários e tida como uma das mais importantes lojas de componentes
automotivos do município, a Vitor conseguiu encolher drasticamente o número de itens
armazenados com a ajuda da metodologia. “Eram 10 mil antes da adoção da curva, total que
despencou para os atuais 6 mil “, revela Jacob.
O comerciante informa que a curva permite a obtenção de informações preciosas a respeito das
peças estocadas, tanto em valores, quanto em volumes (por produto). “Tenho o controle por
fabricantes e a relação dos itens por marca que mais giram em meu estabelecimento”, revela. Ele
diz que também tem sido possível fazer o ranking mensal da clientela, a fim de levantar os nomes
dos compradores assíduos e dos que mais contribuem com o faturamento da loja. “Por aqui fico
sabendo quando o meu cliente foi fisgado pelo atacado”, observa. “Dificilmente você perde o
freguês para o concorrente ao lado. Perde mesmo é para o distribuidor que vende direto para o
aplicador.” A curva ABC tem ajudado Jacob a manter o negócio sempre no prumo.
Um mundo novo - A paulistana Carbwel, fundada em
1990, 24 funcionários e dezoito motoqueiros
terceirizados (entrega), a empresa opera com 23,8 mil
itens das linhas leve e utilitários, volume que seria
bem maior, algo em torno de 35 mil, não fossem os
recursos proporcionados pela curva ABC. “E ele está
sendo paulatinamente reduzido, coisa impensável sem
o uso desse método de classificação”, diz Carlos
Gomes de Moraes, o dono do estabelecimento. O
empresário conta que a curva ABC, que ele usa desde
2000 e que por ora se restringe ao sistema (poderia ser
empregada, como fazem muitos lojistas, para dar
novo posicionamento às peças nas prateleiras), abriu um mundo novo para a Carbwel. “Além da
seleção das peças pelo critério de venda e faturamento, fornecedores e clientes mais e menos
presentes, por exemplo, tornei meu processo de cotação de preços mais lógico e rápido”, observa
Moraes.
O empresário explica que ele e mais dois funcionários acompanham rotineiramente (Moraes
fica com as compras ditas mais pesadas) o resultado oferecido pela curva ABC com vistas a
formular novos pedidos à medida que as peças vão escasseando no estoque. Os funcionários
fazem acompanhamento diário da curva ABC, já o dono da Carbwel realiza uma varredura
Introdução à Logística Prof. Moacir Deimling
71
O primeiro passo desse processo é dar uma "identidade" ao pedido. Logo que a compra é
processada, emite-se uma nota fiscal com os dados pessoais do consumidor e as especificações da
mercadoria. Trata-se de uma espécie de certidão de nascimento da encomenda, algo que vai
acompanhá-la até o final da jornada. A nota fiscal é então enviada pelo sistema aos computadores
do centro de distribuição da empresa, estrategicamente localizado em Osasco, cidade da Grande
São Paulo próxima à rodovia Castelo Branco e à Marginal Pinheiros. O prédio impressiona pelas
dimensões: pé-direito de mais de 10 metros de altura e área de 35 000 metros quadrados, o
equivalente a quatro campos de futebol. No total, a capacidade de armazenamento é de 800 000
produtos.
É no meio desse gigantesco armazém que pulsa o coração de uma loja virtual. Durante 24 horas
por dia, de domingo a domingo, centenas de funcionários correm de um lado para o outro em
meio a pilhas de caixas abarrotadas de produtos. Nada lembra mais o trabalho realizado por
formigas ou abelhas que a segunda parte da operação: a localização e a retirada do produto das
prateleiras. Com o auxílio de empilhadeiras, alguns desses funcionários passam o dia esvaziando e
recolocando mercadorias nas prateleiras, num ciclo sem fim. O movimento incessante é
controlado por computadores, que analisam o fluxo de vendas, informam onde cada mercadoria
está estocada e acompanham todos os estágios do processo. Tal operação é repetida 15 000 vezes
por dia. "Esse trabalho requer brutal planejamento e uma estrutura que deve funcionar sem falhas
em todas as suas etapas", diz Armando Marchesan Neto, diretor de operações e logística do
Submarino.
Atualmente, cada pedido é feito separadamente, o que torna a operação um pouco mais lenta. Nas
próximas semanas, o Submarino deve mudar esse sistema. Com investimentos de 4 milhões de
reais, a empresa trará ao país um novo equipamento que tornará mais veloz a separação e a
classificação dos pedidos. Com o novo modelo, todos os produtos serão separados por lotes, em
vez de unitariamente.
Isso significa que o operador não precisará ir várias vezes a uma mesma prateleira do estoque –
um avanço e tanto considerando que, somadas, as prateleiras alcançariam 25 quilômetros de
extensão. "O funcionário sairá uma única vez para separar toda a quantidade necessária referente a
um conjunto de pedidos", diz Marchesan Neto. Depois de separado, o produto vai para o
departamento de empacotamento e segue em esteiras para a última parte do processo: o envio.
Essa etapa é terceirizada. O Submarino é atendido por 12 empresas, sendo que três delas possuem
unidades dentro do próprio centro de distribuição do cliente.
Há cinco anos, o comércio eletrônico vive um período de forte expansão no Brasil. Em 2005, o
negócio faturou 2,5 bilhões de reais, um crescimento de 43% sobre o ano anterior. Projeções
indicam desempenho ainda melhor em 2006, com receitas da ordem de 3,9 bilhões. Desde 2001, o
varejo eletrônico cresceu 355%. É verdade que os indicadores ainda são tímidos se comparados
aos dos Estados Unidos. Lá, apenas as vendas de roupas pela internet movimentam 11 bilhões de
dólares por ano. Sem contar o setor de viagens, os consumidores americanos compraram no ano
passado o equivalente a 82 bilhões de dólares pela internet, 24% mais que em 2004. No Brasil,
problemas de infraestrutura prejudicam a expansão do setor. Um deles é o custo do frete. Estudos
indicam que os custos brasileiros somam 7,7% do PIB, ante 5% dos americanos.
Nenhuma empresa simboliza tão bem essa pujança americana como a Amazon. A varejista mais
conhecida da internet é um gigante com vendas anuais de 10 bilhões de dólares. Em Nova York,
cada cliente recebe os livros que compra na Amazon no mesmo dia e de graça. Só para efeito de
comparação, a Amazon tem um centro de distribuição que é quase o triplo do Submarino e
registra 2 milhões de pedidos ao dia. Agora, a empresa prepara um salto no que os especialistas
chamam de logística digital, uma tecnologia ainda incipiente que começa a ganhar musculatura
com a venda de arquivos de música e vídeo pela internet. Aguarda-se para breve o lançamento,
pela Amazon, de um serviço para baixar filmes e programas de televisão. Nesse caso, o desafio
será como garantir que o produto chegue às mãos de quem o comprou, sem distribuição de cópias
ilegais no processo.
O Brasil está num estágio anterior. E isso tem mais a ver com a falta de maturidade desse mercado
do que com ausência de iniciativas por parte do empresariado. O sistema de entregas do Pão de
Açúcar pela internet ilustra com perfeição essa dificuldade. São dez anos de funcionamento (e
várias reestruturações) no negócio de delivery. A idéia parecia simplesmente genial. Proporcionar
ao consumidor fazer as compras de casa sem precisar ir até o supermercado. O problema é que
essa operação exige altos investimentos em logística e o resultado até pouco tempo não tinha sido
satisfatório. Em boa parte, devido à desconfiança dos clientes. Não só em relação à transmissão de
dados de cartão de crédito pela internet como pela qualidade dos produtos entregues. Os
consumidores esqueciam o comodismo para poder escolher a própria alface ou as batatas que
gostariam de levar para casa. Mesmo assim a operação vem crescendo. Em 2005, o aumento das
vendas foi de 25% em relação ao ano anterior.
Depois de várias investidas, o Pão de Açúcar descobriu a receita de como entregar produtos
congelados, gelados ou secos ao mesmo tempo. Atualmente, a rede oferece na internet 12 000 dos
18 000 itens vendidos em suas lojas reais. Por mês, recebe virtualmente 25 000 pedidos, com
cerca 120 itens cada um. Para garantir a qualidade do serviço, os 56 caminhões da frota foram
adaptados para acondicionar produtos perecíveis sem danos. A previsão de saída dessa frota é
sempre às 6 horas do dia seguinte ao pedido. Durante a noite, itens como carnes, iogurtes e
verduras são embalados em horários entre meia-noite e 4 horas da manhã. As folhagens são
acondicionadas quase na mesma hora da saída do transportador. "O negócio de alimentos na
internet é estratégico para o grupo no longo prazo", afirma Alexandre Luiz de Lima, coordenador
de comércio eletrônico do Pão de Açúcar. "Temos de acompanhar as mudanças de hábito do
consumidor." E rapidamente, sempre rapidamente.
Anexo
Isso é que é
Maior engarrafadora de Coca-Cola do país, a
Panamco Brasil consegue gastar menos e ser
mais eficiente depois de remodelar a malha
logística a partir da construção de um macro
CD
Há três anos, a Panamco Brasil - empresa fabricante e distribuidora de refrigerantes da Coca-Cola - resolveu apostar
todas as suas fichas no projeto de revisão e modelagem da malha logística da companhia. O objetivo: desenvolver
uma nova rede de distribuição e otimizar custos, além de manter um nível de serviço elevado. A espinha dorsal do
novo projeto foi a construção de um Macro CD, que exigiu investimentos de US$ 15 milhões realizados pela empresa
Walter Torre Jr., que é responsável pela locação do Macro CD para a Panamco.
Com implantação finalizada em 2001, os principais resultados da iniciativa já foram contabilizados. O projeto de
revisão e modelagem da malha logística reduziu em 15% o custo em dólar da caixa entregue e elevou o índice de
satisfação do cliente de 89% para 95%. Além disso, provocou uma redução de 34% na frota de caminhões de entrega
e 39% dos caminhões de transferências. Houve uma diminuição, ainda, de 2,89% para 0,84% no retorno efetivo de
produtos no período de março a dezembro de 2001.
Apesar de ter reduzido o número de Centros de Distribuição de 17 para apenas quatro, a capacidade total de
armazenagem da companhia aumentou em 10%. A empresa obteve ainda ganhos devido ao uso do sistema de
armazenagem dinâmica da Águia Sistemas, que economiza cerca de 175 quilômetros por dia em trajetos internos que,
de outra forma, seriam percorridos por empilhadeiras e outros equipamentos do CD. Por seus resultados, o projeto de
Revisão & Modelagem da Malha Logística recebeu o prêmio “Projeto Campeão”, conferido anualmente pela
Panamco ao melhor projeto desenvolvido nos países em que atua: México, Guatemala, Nicarágua, Costa Rica,
Venezuela, Colômbia e Brasil.
Inovação - Segundo Iliel Alves de Souza, gerente de Distribuição (Macro CD), uma das principais necessidades da
empresa era a da inovação das tecnologias de movimentação e armazenagem, antigamente baseadas nos sistemas
drive-in e drive-thru. A empresa havia detectado ainda a exigência de uso de novas técnicas como reposição contínua,
identificação através do código de barras e ECR, devido a uma forte tendência de mercado que leva à aquisição do
pequeno varejo (os antigos mercadinhos de bairro) pelas grandes redes de hipermercados, que em sua maioria
utilizam o conceito de auto-serviço.
A Panamco, igualmente por esse motivo, enxergava a oportunidade de operar de forma mais concentrada. O mercado
na área de atuação da Panamco Brasil é caracterizado por uma extensão geográfica relativamente pequena (34.900
metros quadrados), elevada concentração demográfica (26,6 milhões de habitantes) e cerca de 115 mil pontos de
venda ativos. As redes de varejo - Carrefour, Companhia Brasileira de Distribuição, WalMart, Makro - representam
aproximadamente 50% das vendas. Por isso, a Panamco realiza muitas entregas “bulk”, ou seja, um grande volume de
caixas são entregues em um único ponto de venda.
O antigo CD de Jundiaí não conseguia mais atender à demanda da cidade de São Paulo,
o maior mercado da Panamco no país.
“A localização do antigo Centro Logístico, em Jundiaí, não era mais ideal para o abastecimento do maior mercado da
empresa, que é a cidade de São Paulo”, explica Souza. “Para contornar essa dificuldade, foi construído o Macro CD
ou Celog 1, um dos maiores e mais modernos centros de distribuição e logística da América Latina, localizado perto
da Rodovia Anhanguera. Os planos de construção desta nova instalação também levaram em conta a proximidade do
futuro CD do Rodoanel, que deverá facilitar o tráfego de caminhões na periferia de São Paulo”.
Concentração - Ainda com o objetivo de concentrar sua capacidade de armazenagem, a Panamco reduziu o número de
instalações. Em 1999, tinha duas fábricas, um Centro Logístico e 17 Centros de Distribuição ou Pontos de Trânsito
(TP, na sigla em inglês). Em 2002, a empresa mantinha as fábricas, havia desativado o Centro Logístico para
substituí-lo pelo Macro CD e reduzido para quatro o número de Centros de Distribuição.
Foram criados também grupos de trabalho para discutir e implementar soluções nas áreas de operações,
desenvolvimento técnico, transportes, recursos humanos, informática e finanças. A equipe de transportes, por
exemplo, teve como missão desenvolver novos veículos com ampliação da capacidade de carga individual e otimizar
a frota. Já os objetivos do time de tecnologia de movimentação e armazenagem foram redução dos estoques na cadeia,
melhorias no planejamento e ampliação da capacidade de armazenagem, entre outros.
Todas as decisões da Panamco foram baseadas em rigorosos estudos de custos, tanto fixos como variáveis. Para a
construção dos novos Centros de Distribuição, por exemplo, foram contabilizados desde os gastos com água e energia
elétrica até aluguéis e impostos, passando por mão-de-obra e despesas com transporte e distribuição. Como
contraponto a estas despesas, foram estimados os volumes de vendas e armazenagem por um período de dez anos.
Foram utilizadas nas análises ferramentas como o roteirizador Road Show (programa as rotas de distribuição utilizado
na localização de clientes e depósitos); o Mapinfo (para análise da concentração de clientes e volumes), o @Risk (que
analisa todos os resultados de cada cenário); e o VC Plan (simula as várias configurações da malha logística,
envolvendo depósitos, cross-dockings e fábricas). A Panamco do Brasil ainda contratou os trabalhos da Andersen
Consulting para validação da proposta de revisão da malha logística, através de uma análise de risco.
As soluções da Panamco
O Macro CD possui uma área total de 98.707 metros quadrados, sendo 40.341 metros quadrados de área construída.
A instalação conta com uma capacidade de armazenagem de 22.500 pallets, além de 13 docas de recebimento e 21
docas de expedição.
Seu sistema de armazenagem é em sua maioria do tipo dinâmica, e em alguns casos, push-back. Na armazenagem
dinâmica, sistemas estáticos (vigas e longarinas), são substituídos por trechos de roletes ligeiramente descendentes
(inclinados) no sentido da entrada para a saída. Desta forma, o material entra por um lado e movimenta-se lentamente,
por força da gravidade, para a saída. Conforme os itens vão sendo removidos, outros avançam para o seu lugar.
“É a maneira mais moderna de conseguir rotação automática e positiva de estoques (com a utilização do FIFO- first-
in-first- out ou “primeiro que entra é o primeiro que sai”), entrega no “ponto de consumo” a baixo custo e maior
armazenagem em menor espaço. Além disso, o processo de separação das requisições é mais rápido e eficiente,
eliminando a perda de tempo em suas operações, pela simples colocação de todas as peças em uma única esteira de
separação, curta e conveniente. Os carregadores das prateleiras e os separadores das requisições trabalham em áreas
restritas, em linha reta, facilitando a supervisão e o total controle do estoque”, diz Iliel Souza, da Panamco.
Ordem inversa - A principal diferença do sistema de armazenagem dinâmica para o de push-back é a ordem da
retirada de mercadoria. “No push-back, o primeiro pallet que entra é o último que sai”, lembra o representante técnico
da Águia Sistemas de Armazenagem, Rogério Marques, responsável pelo fornecimento de parte dos equipamentos do
Macro CD. Ele comenta que a sua empresa levou dois anos para finalizar o projeto. A montagem, no entanto, levou
apenas 90 dias. De acordo com ele, a instalação custou R$ 6 milhões e é uma das maiores já montadas pela Águia.
Iliel Souza explica que a armazenagem dinâmica supera o drive-in e o drive-thru em todos os aspectos imagináveis de
funcionalidade para estocagens de alta densidade e rotatividade, porém o seu custo é maior devido a aplicação de
transportadores e reguladores de velocidade nos planos de estocagem. Por aumentar a velocidade nos processos de
movimentação e armazenagem, a Panamco o utiliza para estocar produtos de alta rotatividade. O Macro CD utiliza
um software WMS, o W.I.S., especificamente desenvolvido para atender às necessidades da Panamco, além de
utilizar código de barras, scanners e sistema de rádio-freqüência. Também possui modernas empilhadeiras com dupla
rodagem e deslocador lateral, que chegam a transportar até 2,5 toneladas de produtos, trabalhando em paralelo a
paleteiras elétricas, que chegam a carregar quase 2 toneladas. A dupla rodagem em empilhadeiras é utilizada para lhes
dar maior base de apoio e evitar o seu “tombamento”, que poderia vir a ocorrer já que os pallets são elevados a 6,5
metros e além disso são deslizados lateralmente pelo deslocador lateral. Isso possibilita ao empilhadeirista
movimentar mais rapidamente os pallets no sistema, já que não precisa ficar manobrando a empilhadeira.
Anexo
Cases Wal-Mart e Atacadista Martins
A principal proposição de valor da Wal-Mart, aquela que mais a diferencia de seus principais
competidores, é a de ser capaz de oferecer a seus clientes um enorme sortimento de produtos, com
altíssimo nível de disponibilidade, e com o menor preço do mercado. Para atingir esses objetivos,
aparentemente conflitantes, a Wal-Mart implementou uma estratégia de logística integrada, que
possui as seguintes características principais:
Apesar de formalmente classificado como atacadista, o Martins pode ser visto como um prestador
de serviços logísticos para o pequeno varejista, oferecendo entrega rápida de uma ampla variedade
de produtos, que podem ser adquiridos de forma fracionada, em pequenas quantidades, com
financiamento garantido e assistência técnica. Ao oferecer esse pacote de serviços, o Martins gera
enorme valor para o pequeno varejista, que por não dispor de capital de giro, enfrenta enormes
dificuldades para garantir disponibilidade de um sortimento adequado de produtos. A quantidade
mínima de compras e os longos prazos de entrega, impostos pela indústria, tornam o custo
transacional proibitivo para o pequeno varejista. Dessa maneira, o Martins não só contribui para a
viabilização do pequeno varejista, mas cria para si próprio um mercado mais sólido e próspero. A
fim de conseguir esses objetivos, a empresa adotou uma estratégia e montou uma estrutura
logística, que possui as seguintes características básicas:
2) Frota própria, com cerca de 2.000 veículos, que garante a qualidade do serviço de entrega a um
custo compatível com as características da operação.
3) Rede nacional de transit points, que funcionam como local de transbordo entre grandes
veículos de transferência de carga e pequenos veículos de entrega final, conseguindo, dessa
maneira, reduzir ao mesmo tempo os prazos de entrega e os custos de transporte.
Anexo
4 - Aumento significativo nos lucros da empresa - Uma vez bem estruturada, acarreta a redução de custos de
compra de matérias-primas.
Com a redução crescente da diferenciação entre produtos concorrentes, a decisão de compra por parte do cliente
fica influenciada não só pela relação entre o valor percebido do produto e seu preço, mas também pela comparação
entre o valor do serviço oferecido e seu custo ao cliente. A satisfação que um produto proporciona não é relacionada
apenas ao produto em si, mas também ao pacote de serviços que o acompanha - e manter um bom relacionamento
com os clientes é um fundamento básico no mundo dos negócios.
O lado ecológico
Incentivadas pelas normas ISO 14000 e preocupadas com a gestão ambiental, as empresas passaram a
acompanhar o ciclo de vida de seus produtos. Os consumidores passaram a ter uma grande simpatia por "produtos
verdes", aumentando o compromisso das empresas em dispor mercadorias ou serviços certos, no tempo certo, no
lugar certo e nas condições desejadas, garantindo o controle sobre o ciclo de vida total do produto e o
comprometimento com a preservação do meio ambiente.
Hoje podemos observar um considerável crescimento no número de empresas que trabalham com reciclagem de
materiais e o retorno de materiais de risco para o "meio ambiente", como baterias de celulares, pneus, refratários
cromo-magnesianos, pilhas diversas, etc., ou seja, utilizam a logística verde ou ecológica.
A logística verde ou ecológica trabalha em conjunto com a logística reversa, objetivando minimizar o impacto
ambiental, não só dos resíduos gerados no processo produtivo mas também dos resíduos após o consumo, ou seja,
diminuir o aumento dos custos produtivos e logísticos a fim de atender as novas regulamentações ambientais, em
especial as referentes aos resíduos.
Incentivo
O conceito de logística reversa está em constante crescimento e fica claro que as empresas, cada vez mais, terão
de se preocupar em considerar os aumentos e as reduções de custos que este processo pode ocasionar.
No Brasil ainda é difícil encontrar legislações que tratam esta questão e por isso o processo de logística reversa
ainda está em difusão, sendo encarado pelas empresas como um processo "necessário".
Algumas resoluções, como a Conama n° 258, de 26/08/99 - que estabelece que as empresas fabricantes e as
importadoras de pneus ficam obrigadas a coletar e dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus
inservíveis, proporcionalmente às quantidades fabricadas e importadas definidas nesta resolução - e normas ISO
14000, fazem com que as empresas adotem a logística reversa e a logística verde ou ecológica.
Com a finalidade de incentivar as indústrias nacionais a investirem em projetos ligados ao meio ambiente e à
logística reversa, alguns bancos de desenvolvimento (BNDES, BID, etc.) oferecem linhas de crédito específicas,
maior prazo de carência e menores taxas de juros.
Cabe às indústrias brasileiras aproveitarem os incentivos econômicos e planejar o processo logístico reverso e
ecológico, objetivando vantagens competitivas frente à concorrência, diminuindo custos e construindo uma imagem
no mercado consumidor de empresas que assumem a responsabilidade pelo processo produtivo e sobre o ciclo de vida
total dos produtos.
Anexo
A marcha da Adams
Um exército próprio de 550 vendedores
da marca invade o pequeno varejo e aumenta as vendas em 50%
Entre numa padaria, loja de conveniência, banca de jornais ou qualquer outro
estabelecimento do tipo. Coloque-se em frente ao caixa e observe as áreas
laterais, 50 centímetros para a esquerda e 50 centímetros para a direita. Pois bem,
esse reduzido espaço é o principal campo de batalha de um mercado de R$ 2,5
bilhões. Ali, balas, chicletes e confeitos de toda espécie compõem um mural
intensamente colorido, sempre ao alcance da mão do consumidor. Cerca de 90%
das vendas desses produtos no Brasil ocorrem no pequeno varejo, num ato de
impulso do consumidor ou como compensação pelo troco que não há. O bom
desempenho comercial naquele pedacinho de loja pode significar a diferença
entre o sucesso e o fracasso de um fabricante. É tão importante que a filial
brasileira da Cadbury Adams promoveu nos últimos dois anos uma reviravolta
em sua forma de fazer negócios com o objetivo de conquistá-lo. No caminho 1 "Melhor ter custos fixos bem administrados
inverso ao da maioria dos concorrentes, a companhia inglesa desativou a rede do que custos variáveis sem controle"Oswaldo
terceirizada de distribuidores, contratou 550 vendedores próprios, montou uma Nardinelli, diretor de vendas
equipe de 350 promotoras e criou um sistema de distribuição inédito no País. “Decidimos agir no ponto onde nossos
clientes, os pequenos comerciantes, e nossos consumidores se encontram”, afirma Marcos Grasso, presidente da
companhia no Brasil. Os resultados apareceram. Em 2004, o faturamento da Cadbury saltou 23%. Nos primeiros seis
meses de 2005, outros 25%. Segundo fontes do mercado, o faturamento deve atingir R$ 300 milhões neste ano.
Dona de marcas consagradas, como Bubbaloo, Trident, Halls e Ping Pong, a Cadbury
desembarcou no Brasil em 2003, quando adquiriu globalmente a Adams, até então pertencente
à Pfizer, e tornou-se a maior fabricante de confeitos do mundo. No Brasil, tem planos
ambiciosos. A companhia mergulhou em um processo de revitalização de suas marcas. A
tradicional caixinha amarela do chicletes Adams acaba de ser redesenhada. O Ping Pong
ganhou o apoio de personagens de desenhos animados como Os Incríveis e Shrek. Mas o ponto
que mais chamou a atenção dos executivos da Cadbury foi outro. “Não tínhamos controle de
nosso principal canal de vendas, o pequeno varejo”, afirma Oswaldo Nardinelli, diretor de
vendas. “Ele era atendido por atacadistas e para eles nossos produtos eram apenas mais um
entre os milhares de itens que comercializavam.” Era muita distância em relação a um
mercado como o brasileiro, sexto maior consumidor de confeitos do mundo, disputado por 300
1Agimos onde nossos empresas.
clientes e nossos
consumidores se encontram A partir daí, executivos da Cadbury e consultores da Integration, uma das principais
,no ponto de venda"Marcos consultorias em gestão do País, debruçaram-se sobre os mapas de logística da empresa. Havia
Grasso, presidente perguntas-chaves: a rota era rentável? O giro de mercadorias era compensador? A exposição
de produtos da marca justificava o investimento? Com as respostas em mãos os consultores da
Integration passaram um pente fino nas três mil rotas cobertas pelos distribuidores. Cerca de 10% delas ou foram
fundidas com alguma outra ou repassada para atacadistas. O passo seguinte foi formar o exército de vendedores. No
currículo deles deveria constar três anos de experiência na área comercial, noções de informática e curso superior. Era
necessário também possuir um veículo leve de entrega, tipo furgão. “Ele é mais do que um vendedor. É um
embaixador da empresa junto ao pequeno varejo”, diz Hugo de Almeida, sócio da Integration.
Cabe aos “embaixadores”, além de vender e entregar as encomendas, orientar a exposição de produtos e material
promocional nas lojas. Eles ainda cobram a fatura e emitem as notas fiscais. A função mais nobre, porém, é
coordenar, junto aos pontos de venda, o lançamento de produtos. Esses 550 profissionais substituíram os 900
vendedores de 54 distribuidores. E aí entrou um dos pontos mais delicados da equação montada pela Integration.
Como os vendedores são contratados pela companhia, e não terceirizados, o custo é muito superior. As despesas
anuais subiram algo entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões. “O time próprio precisa ser 30% a 40% mais produtivo do
que seus antigos colegas das distribuidoras”, diz Nardinelli. O número médio de visitas subiu para 30 por dia, contra
18 da equipe anterior. A cada 15 dias pelo menos, eles aparecem nos 150 mil pontos de venda. Isso só se tornou
possível graças a um planejamento minucioso. Por exemplo: quando o embaixador chega ao depósito para repor o
estoque, os lotes de produtos já estão prontos e separados. Enquanto o furgão é carregado, ele transfere as
informações de seu palm para os computadores. Em vinte minutos, ele retorna às ruas. Antes, a parada dos
vendedores se estendia por três horas. “Melhor um custo fixo bem administrado do que um custo variável sem
controle”, diz Nardinelli. Para tirar o máximo de proveito dessa estrutura, a Cadbury intensificou o lançamento de
produtos. Do início de 2004 até hoje, foram 20 novidades. “Construímos a base para nosso crescimento”, diz Grasso.
“Já estamos colhendo frutos.”
Anexo
Soluções
A Dermage deve não só manter todos os canais em que atua hoje como criar outros. Essa é uma
grande tendência do varejo mundial. Na área de cosméticos, um bom exemplo é a L’Oréal, que
tem uma estratégia de venda por diversos canais, usando lojas multimarcas, farmácias e salões de
cabeleireiro, entre outros. Trata-se de uma forma inteligente de a Dermage expandir a capilaridade
para estar em cada vez mais cidades e pontos-de-venda sem ter de investir demais, já que em
alguns mercados menores pode-se optar pelas lojas multimarcas. Atuando dessa maneira, a
empresa também dá opções de compra ao consumidor, que terá mais facilidade para encontrar os
produtos da marca. Uma coisa interessante que a Dermage poderia fazer, e que faz todo o sentido
no caso de dermocosméticos, seria investir na transformação de esteticistas em revendedoras da
marca. Seria possível crescer muito dessa forma, já que essas profissionais escolhem que produtos
vão usar para fazer uma limpeza de pele e depois podem vender outros produtos da marca às
clientes. Algumas concorrentes dela estão fazendo isso. É o caso, por exemplo, da Vitaderm. A
Dermage poderia também comprar espaços em gôndolas de grandes redes de farmácias. Como
esses lugares são caros, o mais conveniente seria concentrar forças em apenas uma grande rede
conhecida em cada estado.
O modelo atual parece não estar dando bom resultado em São Paulo — o maior mercado
consumidor de cosméticos do Brasil. A marca é ainda pouco conhecida pelo público paulistano.
Hoje, a Dermage está em três lojas na capital paulista, com duas unidades próprias, e tem
presença numa multimarca. Se a empresa quer crescer, precisa firmar sua imagem na cidade. Para
isso, tem de investir em lojas próprias — e somente próprias. Dessa forma, a empresa terá
controle total sobre o negócio e a imagem da marca, o que agora é fundamental. A Dermage pode,
para isso, se unir a um sócio paulista. Tem mais: a hora de entrar para valer no maior mercado
paulista é agora. Estamos vivendo um momento em que a cidade está ganhando lojas de novas
empresas de cosméticos, concorrentes da Dermage, como a americana Kiehl’s, que vai inaugurar
uma loja no shopping Iguatemi. Outras empresas brasileiras do setor também têm investido no
mercado paulista e têm se dado muito bem. No restante do país, a Dermage pode manter o modelo
multicanal.
Já trabalhei em várias empresas, como Arezzo e Hering, que pautaram seu crescimento usando
vários canais de distribuição com bons resultados. Na Portobello, fazemos a mesma coisa. Mas há,
de fato, muitos argumentos válidos contra essa diversificação. Não é fácil trabalhar com vários
canais de distribuição porque os conflitos entre eles são comuns. Nós mesmos freqüentemente
observamos nossos franqueados brigando com a central e reclamando da concorrência, que muitos
julgam desleal, com lojas multimarcas. Para a Dermage conseguir crescer trabalhando com quatro
canais de venda, como ela faz hoje, será necessário criar gerências e equipes exclusivas para cada
um dos canais. A Dermage também pode criar um catálogo de produtos exclusivos para cada
canal, mantendo apenas os carros-chefe da marca presentes em todos. Ter artigos especiais para
vender faz com que os canais não briguem tanto entre si, já que cada um fica com seu filé.
Fizemos isso na Portobello e deu certo. É importante ter claro em quais cidades vale a pena ter
distribuição via lojas multimarcas, lojas próprias ou franquias. Em cidades pequenas, com menos
de 100 000 habitantes, onde a Dermage não terá um retorno de vendas grande, vale a pena
trabalhar só com lojas multimarcas, que não exigem investimento. Nas cidades maiores, ela pode
trabalhar com todos os tipos de loja.