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PROFESSOR MISAEL

SINCLAIR
Logística e distribuição de
transportes
CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA
2023
OBJETIVO DA DISCIPLINA

Orientar ao aluno quanto ao planejamento da


distribuição (Centro de Distribuição Central e
Regional, depósito local, atacadista, varejista,
revendedor, loja, representante, etc) a partir dos
pedidos; Definição das modalidades (rodoviário,
ferroviário, aéreo, marítimo e fluvial) e rotas (com
utilização de roteirizadores) de transporte
(próprio ou de terceiros), sendo responsável
desde a expedição, a partir da retirada dos
estoques, até a entrega ao cliente final
(consumidor)

2
O que é Logística
para você?

03
CONCEITO

É o método para colocar

O produto adequado, na hora certa, na


quantidade exata, no lugar correto,
ao menor custo possível.

04
LOGÍSTICA NA HISTÓRIA
DA HUMANIDADE

• Arca de Noé.
• Caravelas de Cristóvão
Colombo e Cabral.
• Napoleão Bonaparte e
a invasão na Rússia

05
Logística nas décadas de 80 e 90

• Explosão da micro – • Foi constituída pela grande batalha


informática. comercial denominada MERCADO
GLOBAL ou GLOBAL SOURCING.
• O mundo começou suas
grandes transformações do • Constitui-se a palavra
século. COMPETITIVIDADE.

• A partir daí a vida nunca • As grandes armas : TECNOLOGIA


mais seria como antes. MARKETING

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06
LOGÍSTICA COMO TEMA
"Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja,
implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas,
materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas,
desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às
exigências dos clientes" (Carvalho, 2002, p. 31).btítulo Aqui 07
ATIVIDADE 1. Quais as características da logística
nas décadas de 80 e 90.
2. Quais os pontos estratégicos para
logística de armazenagem?
3. Qual o contexto básico dos
Centros de distribuição?
4. Quais Atribuições Básicas As
principais atividades em um CD?
5. Quais os tipos de centro de
distribuição existentes? Explique
cada um deles e cite exemplos
reais.

6. Cite os tipos de armazéns e cite


produtos á serem armazenados
em cada um deles.
7. Quais normas regulamentares
atribuídas ao setor de logística e
explique cada um delas?
8. Explique layout e a importância
para a logística?
Relacionamentos Interfuncionais
Produto M
9
A
R
K
Preço Promoção E
T
I
N
L G
MERCADO
O
G
Í
S
Custos de Custos de
T
estoque transporte
I
C
A
Custos de lote Custos de
econômico armazém

Custos de
pedido e de
informações
INTEGRAÇÃO
ESTRATÉGICA

 Caráter estratégico
 Valores ( para competitividade)
 Preocupação com impactos
ambientais
 Uso intensivo da TI
 Desverticalização do processo( foco
em suas competências )
010
ARMAZENAGEM
Pontos importantes para sua estratégia

Forma de Distribuição Localização do Armazém Estrutura de Armazenagem

A estratégia de A localização de pontos de Serão estudados algumas


Armazenagem a ser armazenagem, formas de estruturas de armazenagem
adotada por uma manuseio e movimentação que servirão como base para
empresa, está muito de materiais são o profissional da área de
ligada a Estratégia de dependentes do tipo de Marketing tomar decisão
Distribuição praticada distribuição adotado pela quanto a melhor forma dentro
pela empresa. empresa. da Estratégia de Distribuição a
ser aplicada ao produto.

011
CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO
Contexto Básico

Uma questão básica do gerenciamento logístico é


estruturar sistemas de
como

distribuição capazes de
atender de forma econômica
os mercados, oferecendo níveis de
serviço cada vez mais altos em termos de
disponibilidade de estoque e tempo de atendimento.

12
CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO
Funcionalidade como base
Neste contexto, a atenção se volta para as
instalações de armazenagem e como elas
podem contribuir para atender
de
forma eficiente as metas
estabelecidas de nível de
serviço.
A funcionalidade destas instalações dependerá
da estrutura de distribuição adotada pela
empresa (Lacerda, 2000).

13
Atribuições Básicas As principais atividades em um
CD
Segundo a Aslog, englobam: recebimento, movimentação, armazenagem, seleção de
pedidos, expedição e, em alguns casos, agregação de valor intrínseco (físico), como a
colocação de embalagens e rótulos e a preparação de kits comerciais (compre dois e leve
três, por exemplo). 14
CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO avançada
Características
• Chegam em grandes partes
consolidadas
• Parte em volumes menores de carga
fracionada
• Economias de escala
• Rapidez de atendimento
• Consolidação de mix de produtos
vindos de diversos fornecedores

15
EXEMPLOS DE
UTILIZAÇÃO

• Supermercados
• Farmácias e drogarias
• Lojas de eletroeletrônicos
• E-commerce
• Vendas diretas por meio de
catálogos
• Atacadista distribuidor
• Fábrica de Bebidas
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CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO transit point
Características
• Similares ao CDA porém com apenas
um fornecedor
• Produtos já possuem fornecedor
definido
• Fácil gerenciamento, sem
necessidade de estoque ou
separação
• Estrutura simples de baixo
investimento
• Depende de grandes volumes em 17

frequências regulares.
arranjo DE distribuição

18
CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO cross docking
Características
• Similares ao transit point porém com
muitos fornecedores
• Movimentos de cargas da área de
recebimento direto para expedição
• Pequenas áreas de estoque e
máxima utilização de veículos e
docas
• Alta coordenação entre participantes
utilizando muito a tecnologia de
informação. 19
arranjo DE distribuição
20
CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO merge in transit
• Extensão do Cross Docking Características
combinado ao JIT
• Distribuição doe produtos de alto
valor agregado (multicomponentes
produzidos em diferentes locais)
• Coordenação dos fluxos dos
componentes a partir da gestão de
lead times de produção e transporte
• Consolidação próxima aos
consumidores e sem grandes
estoques intermediários.
• Coordenção mais rigorosa – Estado 21

de arte do TI.
arranjo DE distribuição
22
Tipos de Armazéns
Layout Sugerido

23
Normas regulamentares de segurança

24
Estruturas de
Armazéns
EQUIPAMENTOS E MAQUINÁRIOS

25
Drive-in

Sistema constituído por um bloco contínuo de


estruturas não separadas por corredores
intermediários.

26
Porta-Paletes

Porta-Paletes –
Estrutura onde as
prateleiras são
substituídas por plano
de carga (longarinas).
Este sistema tem 100%
de seletividade, porém
baixa densidade de
estocagem.

27
Cantilever

Ideal para armazenar


produtos com
dimensões, formas,
volumes e pesos
variados (tubos
metálicos, PVC e
madeira).

28
Empilhadeiras

29
Flow-rack

30
Transelevador

31
Esteira
NIVELADORA
32
Embalagem
A embalagem tem um impacto
relevante sobre o custo e a
produtividade dos sistemas logísticos.

A embalagem afeta o custo de todas


atividades logísticas.

 Rapidez na separação de pedidos,


precisão e eficiência são influenciadas
pela rápida identificação das
embalagens, por meio de configuração
e facilidade de manuseio.

33

3
MODELOS DE EMBALAGENS

Embalagem de Embalagem Unitização de


Marketing Secundária ou Embalagens
Logística
Paletes, fardos, conteiners ou
Utilizada para o
Utilizada para facilitar o outras formas de unitização para
desenvolvimento da marca,
auxiliar no
regulamentações do rótulo, etc. transporte da mercadoria.
transporte/armazenagem de
Embalagem desenvolvida para o grande quantidade da mercadoria.
consumidor.
34
Funções da Embalagem Secundária

Proteção contra avarias: Ambiente físico – este ambiente tanto influencia


quanto é influenciado pela possibilidade de avarias. Dentre as causas
mais comuns estão: vibração, impacto, perfuração e compressão. Os
fatores ambientais – afetam a embalagem como a temperatura, umidade
e materiais estranhos.
35

3
Conjuntos de Embalagem
Unitização: Agrupamento de
caixas em uma carga única,
formando um só volume, para o
manuseio ou o transporte dos
produtos.

Conteinerização e Paletização –
comportam todas as formas de
unitização, desde a ligação de
duas embalagens secundárias com
fita adesiva até o uso de
equipamento especializado de
transporte.
36

3
Métodos de trabalho com embalagens

 Cargas Unitizadas
 Fixação de Cargas
 Plataformas para Cargas Unitizadas
 Empilhamento de Embalagens
Secundárias
 Comunicação
 Identificação de Conteúdo
 Rastreamento
 Instruções de Manuseio 37

37
Tendências Emergentes

 Embalagem de Filme Plástico


 Embalagem por Acolchoamento
 Embalagens Retornáveis
 Embalagem Intermediária de Carga a Granel
 Pool de Paletes
 Paletes de Material Plástico
 Paletes Refrigerados

38

3
TRANSPORTES
40
FÁBRICA/
FORNECEDORES CLIENTES
EMPRESA

SUPRIMENTO LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO


FÍSICO PRODUÇÃO FÍSICA

TRANSPORTE TRANSPORTE

A palavra TRANSPORTE tem origem no latim e significa mudança de lugar.

Assim, transportar é conduzir, levar pessoas ou cargas de um lugar para outro.

Transporte como principal elo nas várias etapas da cadeia de


41
suprimentos.
O TRANSPORTE NA LOGÍSTICA

Porto de
Porto de Destino
Centro de Origem
Distribuição

Frete Aéreo

42
SISTEMA DE TRANSPORTE

É o conjunto formado pelos


seguintes elementos:
1) Meio de transporte:
modalidade
2) Via de transporte: trajetória
3) Instalações: carregamento,
descarga e armazenagem
4) Sistema de controle

1) 3)

2) 4) 43
CUSTO DO TRANSPORTE

2º maior custo para


empresa
Perde somente para o
custo do produto

44
Extensões de utilização

45
Utilização dos modais de transporte no Brasil

46
TKU é definida como a: quantidade de toneladas úteis
transportadas

47
MODAIS DE
TRANSPORTES
Em logística os modais básicos de transporte são
rodovias, ferrovias, aerovias, aquavias e dutos.
A escolha de cada modal reflete na condição e
necessidade específica sobre o material a ser
distribuído, o ritmo de distribuição e o custo
logístico. TERRESTRE, AQUAVIÁRIO e
AEROVIÁRIO

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Modal RODOVIÁRIO

CARACTERÍSTICAS

• Curtas distâncias
• Cargas completas e incompletas
• Porta à Porta
• Flexibilidade
• Freqüência e disponibilidade dos serviços
• Lei da oferta e da procura
• No mercado de pequenas cargas é mais
competitivo em comparação ao
ferroviário.
49
Modal FERROVIÁRIO CARACTERÍSTICAS
• Longo Curso
• Lento (carga e descarga)
• Matérias primas
• Acabados de baixo valor agregado
• Boa capacidade de carga
• Cargas completas

• No plano internacional é um modal


utilizado, geralmente, para efetuar
transporte entre países limítrofes.
• O transporte ferroviário é lento, muito
utilizado para transportar matérias-primas
e manufaturados de baixo valor para
longas distâncias.
• Comparado ao rodoviário, oferece fretes
mais baratos e desempenho inferior. 50
Modal DUTOVIÁRIO

• Se traduz no transporte de granéis, por gravidade


ou pressão mecânica, através de dutos
adequadamente projetados à finalidade a que se
destinam.
• Utilizado em movimentos de petróleo, derivados e
gás. Custo baixo de movimentação, oferece linha de
produto limitada.

51
Modal acquaviário
• Denomina-se transporte aquaviário
quando o veículo se desloca no meio
líquido, estando, assim, incluídos o
transporte marítimo, fluvial e lacustre. CARACTERÍSTICAS
• Lento
• Transporta principalmente granéis como • Grande capacidade de carga
carvão, minérios, cascalho, areia, • Baixo custo
petróleo, ferro, grãos, entre outros. • Baixo nível de perdas e danos
Trabalha com itens de baixo valor • Frequência e disponibilidade
agregado e não-perecível.

50
CARACTERÍSTICAS
• Velocidade
Modal aeroviário • Alto Valor
• Aeronaves maiores ( 100 a
O Aeroviário é a modalidade de 150 toneladas)
• Menor índice de danos e
transporte em que o deslocamento se perdas
• Mercadorias de alto valor
dá pelo ar – aviões, helicópteros, 53
• Produtos perecíveis
balões ou dirigíveis, etc.
NAVEGAÇÃO DE CABOTAGEM

É aquela que ocorre no mar, na nossa costa marítima, bem como


na de qualquer outro país, ligando apenas portos nacionais.
54
• Como exemplo, podemos citar um transporte • Menor custo unitário;
que se inicia no Porto de Rio Grande do Sul,
tendo como destino o Porto de Salvador. • Menor índice de avarias;
• Menor índice de sinistros;
• Uma navegação de Santos até o Porto de • Redução do desgaste das malhas rodoviárias;
Manaus também é uma cabotagem, pois • Redução de acidentes nas estradas;
mesmo quando um rio ou um lago faz parte
do percurso, a modalidade ainda é • Menor consumo de combustíveis;
considerada Cabotagem. • Menor índice de poluição. 55

• Grande capacidade de carga.


CAPACIDADE DO TRANSPORTE DE
CABOTAGEM
• Baixa frequência.

• Concentração de volumes em embarque


único.

• Burocracia portuária.
56
• Demora no tempo de entrega da carga.
ESCOLHA DO MODAL
É importante ter em mente que

aproximadamente 30% do custo de um produto é

compreendido pelo transporte, então usar o modo

de transporte correto é crucial.


• Características da Carga

• Tempo Porta à Porta

• Distâncias

• Custo

• Variabilidade no tempo de trânsito

• Perdas e danos

• Nível de serviço desejado 57


Comparativo das diversas modalidades de
transporte

58
IMPORTÂNCIA DE UMA
SISTEMA DE TRANSPORTE
EFICAZ

• Fazer o material certo


chegar:
• Na quantidade certa
• No lugar certo
• No tempo certo Nas
condições adequadas
• No custo mais baixo
possível
59
PONTO DE VISTA DO 60

CLIENTE

O transporte é
eficaz quando
atende
as suas
necessidades
PONTO DE VISTA DO 61

CLIENTE

Atende as
necessidades de
seus
clientes internos
e externos e
PRINCÍPIOS DE 62

TRANSPORTE

Ter:
• Ética
• Alto grau de
profissionalismo
• Infraestrutura
adequada
OBJETIVO DA LOGÍSTICA
Processo que agrega
valor de:

• Valor de Lugar
• Valor de Tempo
• Valor de Qualidade
• Valor de Informação

À cadeia produtiva, 63

atendendo
64

Aumentar
Aumentar Eficiência
Eficiência Estratégia Reduzir
Reduzir Custos
Custos
Estratégia

Agregar
Agregar Valor
Valor Focar
Focar no
no Cliente
Cliente

Logística

Supply Chain Management


ROTEIRIZAÇÃO

É um método de busca, da
melhor seqüência de visitas a
um determinado número de
clientes ou da melhor seqüência
otimizada de entrega e coleta
de produtos.

65
OBJETIVOS DA
ROTEIRIZAÇÃO

• Redução de distância para realizar


tarefas;
• Reduzir o tempo para realizar tarefas;
• Dimensionar a carga e a frota;
• Racionalizar o uso da mão-de-obra;
• Controle de todo processo de carga e
descarga;
• Economia de combustíveis;
• Controle de manutenção de frota,
entre outros.
66
TECNOLOGIA A FAVOR DA
ROTEIRIZAÇÃO

• Existem softwares de roteirização no mercado


nacional para auxiliar de forma eficiente essa
tarefa.
• O problema é o alto valor mas, se
considerarmos a análise custo x benefício, se
tornará viável, pois terá um controle amplo e
abrangente do processo logístico.
• Essa aquisição é realmente um grande
diferencial competitivo e certamente vale todo o
valor investido.

67
TECNOLOGIA A FAVOR DA
ROTEIRIZAÇÃO

68
PRINCIPIOS PARA BOA ROTEIRIZAÇÃO
• Utilização dos maiores veículos disponíveis

• As coleta e entregas deves ser combinadas


69
Muito
AGRADECIMENTO
obrigado
Pela
oportunidad
e
70
REFERÊNCIAS
71

CARVALHO, A. L. Introdução a Logística: uma


visão geral. EAESP-FGV

BALLOU, R. Logística empresarial: transportes,


administração de materiais e distribuição física.
São Paulo: Atlas, 1993.

FLEURY, P. F. Supply chain management:


conceitos oportunidades e desafios da
implementação. Revista tecnologística. São
Paulo: Artenova, n. 39, fev. 1999.

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