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RESUMO
ABSTRACT
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The author reflects on the incessant search for meaningful’s life based on human’s needs to
reframe the existence. Generally, the existential reflection on the philosophical concepts of
being, entity, anguish and freedom, and in a more specific way, the elaboration of being and
entity throughout history, the debate of ways of freedom in time and how it is used today
within this same study of being and entity and finally understanding the anguish generated
from human’s freedom.
“Tudo o que existe, ou confronta o homem, ou é para ele objeto passivo. É nessa
dualidade da relação com o ente – encontro ou observação – que o ser humano se
constrói. Não são duas formas de manifestação, e sim duas formas básicas de nosso
coexistir com os seres” (BUBER, 1974).
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transformações, ou seja, cada indivíduo é construtor da sua própria vida, responsável pelas
suas modificações. Daí, parte-se para o segundo ponto: a responsabilidade diante da liberdade.
O conceito de liberdade foi, assim como ou outros conceitos citados acima, construído
e elaborado ao longo do tempo. Sendo base de pensamento para definir esse conceito, Sartre,
que se denomina existencialista, caracteriza a liberdade como a escolha que o indivíduo faz
sobre o próprio ser e o mundo. Segundo essa mesma matriz de pensamento existencialista,
todo homem é obrigado a ser livre e assumir sobre si as consequências dessa liberdade. Não
há, para Sartre (1943), o determinismo, em que o indivíduo é predeterminado por
acontecimentos do passado e das escolhas que há nele.
Desse modo, pode-se constatar que o homem é um ser-no-mundo, e que ele não se
encontra de forma estática e neutra; ao contrário disso, mostra que está em pleno movimento e
ascensão, sendo primeiramente o Nada, para depois construir sua existência diante desse nada
que é, ou seja, no primeiro momento, ele se encontra como um ser indeterminado em uma
busca incessante por entender e construir sua essência e o sentido da vida.
Quanto à Liberdade, Heidegger (1927) usa sua teoria tendo como base o conceito de
Dasein (ou liberdade), que se faz dentro da possibilidade em “Ser e Tempo”, desenvolvendo
aqui uma noção que vai além da concepção metafísica do ente humano, com a capacidade de
liberar esses mesmos entes – que seria uma característica de ser da existência –, e também
vinculado ao poder de escolha e decisão. É preciso retomar e entender alguns conceitos para
conseguir compreender o pensamento heideggeriano, como, por exemplo, o conceito de ser-
ai, que seria a possibilidade de ser livre e responsável.
A grande pergunta é: como essa discussão leva ao tema “O ser e a angústia: uma
revisão da literatura existencial”? E a resposta é devolvida com outra indagação: Como
compreender o ser sem compreender a sua construção histórica? Com isso, é importante
ressaltar que a pesquisa em questão é um tema esquecido e que ficou por conta do acaso,
sendo assim, baseados em textos de cunho filosófico, histórico, social, psicológico e de saúde.
Dentro das problemáticas discutidas no tema, estudar o homem ao longo da história e
entender sua construção social facilitará a compreensão desse mesmo indivíduo nos dias de
hoje, entendo sua formação atual, trabalhar diversas problemáticas, como a angústia acerca da
liberdade, a responsabilidade social e pessoal, as emoções, baseados em autores como Sartre,
Heidegger, Viktor Frankl’s, e outros pensadores, historiadores e filósofos.
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FIGURA 1: RELAÇÃO EXISTENCIAL ENTRE SARTRE, HEIDEGGER E
FRANKL’S
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Dentre esses mesmos objetivos, vale destacar a intencionalidade matriz do artigo que é
o de refletir existencialmente sobre conceitos filosóficos de ser, ente, angústia e liberdade.
Dos objetivos específicos, destaca-se o de entender a construção do ser e do ente ao longo da
história; debater o formato de liberdade elaborado no tempo e como é usada hoje, dentro
desse mesmo estudo de ser e ente; e, por fim, compreender a angústia gerada a partir da
liberdade humana.
A produção do presente artigo é iniciada com uma discussão existencial e filosófica
acerca da construção de ser e ente que foi sendo modificada e elaborada ao longo da história.
Dentro dessa mesma construção, são levantadas questões sobre a liberdade como também
sobre a angústia gerada pela responsabilidade assumida pelo indivíduo, cada indivíduo, desde
o entendimento de livre arbítrio. Apesar de ser um tema que atravessa todo um cunho
histórico e que vai além de textos e elaborações feitas acerca do ser e da angústia, delimita-se
o presente artigo ao tempo de 1927, quando Heidegger discute o conceito de Dasein em “O
ser e o Tempo”, passando por 1943, quando Jean Paul Sartre publica a primeira edição do
livro “O ser e o Nada”, até os dias atuais, com discussões em artigos e revistas contendo
revisões desses mesmos autores.
2 METODOLOGIA
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pouco abordado na atualidade, o período de tempo selecionado inicia-se a partir das primeiras
publicações dos livros “O ser e o Tempo” (1927), quando Heidegger discute o conceito de
Dasein, passando por 1943, quando Jean Paul Sartre publica a primeira edição do livro “O ser
e o Nada”, até os dias atuais, com discussões em artigos e revistas contendo revisões desses
mesmos autores. Assim, esse material será objeto de análise do estudo. .
Para Martins e Theóphilo (2016, p. 52), a pesquisa bibliográfica trata-se de um
formato necessário para conduzir uma pesquisa científica. Essa espécie de trabalho procura
sempre explicar e discorrer um assunto, problema ou tema, com o fundamento em referências
publicadas em periódicos, enciclopédias, revistas, livros, jornais, sites, entre outros suportes,
buscando sempre conhecer e analisar as contribuições sobre determinado tema ou assunto
problema.
A análise de dados de cunho qualitativo representa um método de investigação de base
linguístico-semiótica, com caráter exploratório, cujo foco está no subjetivo do objeto
analisado. As respostas costumam não ser objetivas, ou seja, os resultados que são obtidos não
estão dentro de números exatos, mas na investigação teórica ou comportamental. Dentro do
presente artigo, são levantadas questões acerca do Ser-Ente, da liberdade do indivíduo, e da
angústia gerada por essa mesma liberdade, sendo assim apresentada como uma pesquisa
analítica qualitativa com cunho bibliográfica.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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SARTRE Construção Ontológica acerca da ● Superar o idealismo e o
(1943) existência do Ser. realismo;
● Preparação do conceito de
liberdade;
● Construção do Ser.
● Consciência histórica.
● Responsabilidade de ser
livre.
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Husserl coloca que: Toda consciência é consciência de alguma coisa. O passo
primordial de toda filosofia deve ser, no entanto, abandonar as coisas da consciência
e atempar a verdadeira relação entre esta e o mundo. Porém, a condição que se faz
necessária e suficiente para que a consciência cognoscente seja o de descobrir seu
objeto e que seja consciência de si como sendo este aprendizado. Se minha
consciência não fosse consciência de ser consciência de mesa, seria consciência
desta mesa sem ser consciente de sê-lo, ou, se preferirmos, uma consciência
ignorante de si, uma consciência inconsciente - o que é absurdo (SARTRE, 1943, p.
16).
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consciência;
● Relacionamento do homem
com as coisas e entes;
● Autenticidade e
inautenticidades acerca do
ser.
● Construção de um ser em um
mundo já criado;
● Dar-se conta;
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pela liberdade de escolha.
Heidegger traz, em sua filosofia, a ideia de que o caminho para o conhecimento do ser
parte do próprio homem, a partir de seus próprios questionamentos e reflexões quanto à
existência. Traz ainda a diferenciação entre ser e ente, em que afirma ser o homem um “ente”
inacabado, que se constrói e reconstrói diariamente, tendo a morte como um horizonte e limite
para o futuro. O homem heideggeriano deve sempre retornar a cada momento vivido no
presente ou no passado, ou seja, a existência está assim ligada à temporalidade.
O Dasein é o lugar para iniciar respostas à questões sobre o ser porque ele,
dessemelhante dos outros tipos de entidades, sempre tem uma consciência do ser:
entes humanos são assim para quem as entidades são apresentadas em seu modo de
ser. Isso não exprime que já temos uma concepção desenvolvida sobre o que é ser,
mas, em vez disso, nosso domínio é em grande medida contida e designada, o que
Heidegger chama de “pré-ontológico”. Uma vez que o Dasein tem um entendimento
do ser, ainda que implícita e não temática, Heidegger defende que a ontologia
fundamental deve iniciar com o dever de elucidar ou articular esse entendimento
pré-ontológica do ser. Fazer isso proverá uma primeira passagem para responder a
ideia do ser em geral, uma vez que entender o Dasein, ou seja, o que é ser o tipo de
ente que somos, antecipa compreender o que incorporamos, ou seja, o ser
(CERBONE, 2013, p. 69).
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Um indivíduo resiliente, na maioria das vezes, encara as adversidades de forma mais
saudável, sempre conseguindo retornar a seu estado de saúde anterior à crise enfrentada.
Como pontua Frankl, o indivíduo, quando não pode mudar uma situação, quando um conflito
foge do seu controle, ao passar por isso, muda a si próprio. Esse processo de transformação é
necessário e inevitável dentro do conceito de resiliência.
Para Frankl’s (1987), olhar para fora de si, olhar para o outro, ou para uma atividade
que deve ser feita no mundo, faz parte de sua existência; e, a partir dessa ideia, surge, como
consequência, a força para resistir às adversidades.
Ao longo de toda a existência humana, o homem sempre buscou construir um sentido
para sua existência, ao que Frankl vê como busca pelo Sentido da Vida. Essa busca incessante
por sentidos, por explicações, gerou, e ainda gera, na sociedade uma angústia e vazio
existencial imenso: há muitas perguntas sem respostas, e, muitas vezes, é bem mais fácil
cristalizar do que enfrentar a respostas. Com isso, Frankl em sua obra vai além dos conceitos
freudianos sobre pulsões sexuais, explicando que o homem contemporâneo vive sem raízes e,
com isso, desmorona nas incertezas do vazio.
O ser não pode mais ser considerado apenas como um indivíduo cujo interesse
primordial é o de satisfazer os desejos, de favorecer os instintos, ou então, dentro de
alguns limites, de recongraçar entre si o id, e ego e o superego, nem a presença
humana pode ser compreendida simplesmente como o resultado de
condicionamentos ou de reflexos condicionantes. Neste sentido, ao contrário, o
homem se revela como um ser que busca um sentido. O esvaziamento dessa busca
explica muitas mazelas do nosso tempo (FRANKL, 1989, p. 11).
O homem não escolhe onde vai nascer, nem de qual classe econômica será, ou mesmo
de raça ou etnia pertencerá, ele apenas é lançado no mundo, existindo. Mas o que ele faz com
sua vida, o significado dado a existência, faz parte da liberdade da qual ele não pode fugir. As
escolhas e decisões de vida são de total e inteira responsabilidade de cada um: o que é ou vai
se tornar um dia, para o existencialista Sartre, é decisão do indivíduo, condenado a ser livre. A
liberdade é colocada como uma forma incondicional, justificando esse mesmo pensamento
sartreano: “Condenado porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre porque uma vez
lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer” (1978, p. 9).
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AUTOR/ OBJETIVO RESULTADO
ANO
● Consciência do Nada;
● Responsabilidade sobre as
escolhas.
● Funga da cristalização.
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ressaltar que o homem é um processo em construção, e que, até chegar à consciência de si no
hoje, passou por diversas crises existenciais, sobre o que Sartre diz o indivíduo questionar-se
e perceber que existe algo de errado e passa, assim, a rever suas limitações, tomado pela
consciência do Nada.
4 CONCLUSÃO
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Dentro da contemporânea análise existencial, é importante salientar que, em meio a
tanto imediatismo e ativismo, a imagem de um ser ideal é construída e remodelada
constantemente, causando no indivíduo diversas inconstâncias na edificação de sua existência,
uma vez que o meio interfere de forma direta e as pessoas também têm influência na vida
umas das outras. No entanto, cabe levantar aqui que a forma como se assume e veste esse
modelo de existir é de total e inteira responsabilidade de cada um, pois se é livre para escolher
e filtrar o que convém. Embargado nessa discussão existencialista, o tempo tem função
fundamental, visto que o passado não determinista apresenta um futuro de possibilidades, em
que, vivendo as experiências, é-se colocado um mar de possibilidades de transformação.
Enfim, é necessário entender a liberdade como um fenômeno de abertura a
possibilidades, onde a busca pelo sentido da vida não pese pelo fato de ser responsável pelos
atos, mas o poder ser lançado ao mundo, cuja lei é ser criativo, se superar, crescer e evoluir
constantemente. O sofrimento e angústia perpassam a vida de todos, mas o modo como se
comportar e o que fazer daquela experiência é o diferencial nesse certâmen.
Assim, “Se a angústia apertar o peito e tudo parecer confuso e escuro, não se
amedronte. O essencial se revela na espera” (SANTOS, 2017, p.114).
REFERÊNCIAS
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