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Transtorno Bipolar: direcionamentos clínicos para terapeutas cognitivo-comportamentais
Boa leitura!
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DIAGNÓSTICO
DO TRANSTORNO
BIPOLAR
Transtorno Bipolar: direcionamentos clínicos para terapeutas cognitivo-comportamentais
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Transtorno Bipolar: direcionamentos clínicos para terapeutas cognitivo-comportamentais
Transtorno No intervalo de pelo menos dois anos para adultos e um ano em crianças e adolescentes, houve
Ciclotímico vários períodos com sintomas hipomaníacos que não satisfazem os critérios para episódio
hipomaníaco e vários períodos com sintomas depressivos que não satisfazem os critérios para
episódio depressivo maior. Ademais, durante o tempo mencionado, os sintomas hipomaníaco e
depressivo estiveram presentes por pelo menos metade do tempo, e o indivíduo não permaneceu
sem os sintomas por mais que dois meses consecutivos. Além disso, de acordo com o histórico
do indivíduo, ele nunca apresentou episódio depressivo maior, maníaco ou hipomaníaco.
Baseada nos critérios diagnósticos do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5 (American Psychiatric Association, 2014)
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Confira agora os principais critérios diagnósticos para o episódio maníaco, hipomaníaco e depressivo (American Psychiatric
Association, 2014):
EPISÓDIO MANÍACO
Duração: mínimo de uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração se a
hospitalização se fizer necessária).
Três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável):
Prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano a
si mesmo ou a outras pessoas, ou existem características psicóticas.
O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica.
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EPISÓDIO HIPOMANÍACO
Duração: mínimo de quatro dias consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias.
Três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável):
O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo quando
assintomático.
O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou
para necessitar de hospitalização.
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Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam
uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda
de interesse ou prazer.
Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias (Obs.: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.)
Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias.
Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias (Obs.: Em
crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado).
Insônia ou hipersonia quase diária.
Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias.
Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias.
Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias.
Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico,
tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras
áreas importantes da vida do indivíduo.
O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica.
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ETIOLOGIA,
DESENVOLVIMENTO E
CURSO, FATORES DE RISCO
E PROGNÓSTICO DO TB
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De acordo com Scaini et al. (2020), nos últimos anos, embora tenha ocorrido uma
ampliação conhecimento acerca do TB, não foi identificado seu mecanismo fisiológico, não
tendo total clareza da sua etiologia. Contudo, acredita-se que a interação entre múltiplos
fatores genéticos, neuroquímicos e ambientais desempenham um papel no início e na
progressão do transtorno bipolar.
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Outros dados que os clínicos precisam conhecer com maior clareza são quanto aos modificadores do curso dessa condição
psicopatológica.
Depois que uma pessoa teve um episódio maníaco com características psicóticas, há maior
probabilidade de os episódios maníacos subsequentes incluírem características psicóticas.
A recuperação incompleta entre os episódios é mais comum quando o episódio atual está
acompanhado de características psicóticas incongruentes com o humor.
O retorno a um nível prévio de funcionamento social para pessoas com transtorno bipolar tipo II é mais provável para indivíduos
mais jovens e com depressão menos grave. Ter maior nível de escolaridade, menos anos da doença e estar casado são fatores
importantes para a recuperação funcional em indivíduos com transtorno bipolar, independentemente do tipo de diagnóstico
(se é tipo I ou II), presença de sintomas depressivos atuais e a presença de comorbidade psiquiátrica (American Psychiatric
Association, 2014).
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COMORBIDADE
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MODELO COGNITIVO
DO TRANSTORNO
BIPOLAR
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Para compreender melhor o modelo cognitivo-comportamental do TB, leia o caso abaixo e tente identificar todas as etapas do
ciclo representado pela Figura 1.
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TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL
PARA TRANSTORNO
BIPOLAR
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De um modo geral, quanto ao tratamento, Beck et al. (2021) ressaltam que, diante dos sintomas relacionados ao episódio
depressivo, é necessário promover a avaliação das cognições negativas por meio de questionamentos socráticos, bem como
a realização de experimentos comportamentais e ativação comportamental.
No que se refere à mania, os autores indicam que a abordagem dos sintomas correspondentes desse episódio deve ocorrer
quando os indivíduos estão levemente deprimidos ou eutímicos e envolve desenvolver habilidades para que os pacientes
consigam identificar e responder antecipadamente ao pensamento exageradamente positivo, reduzir os problemas
relacionados ao sono, regularizar os períodos de descanso e atividades e, por fim, proporcionar um exame das vantagens e
desvantagens de se envolver em comportamentos prazerosos que podem resultar em prejuízos significativos.
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Segundo Saffi, Abreu e Lotufo Neto (2011), a psicoterapia sob a abordagem cognitivo-comportamental para indivíduos com
Transtorno Bipolar tem os seguintes objetivos:
Psicoeducar os clientes e seus familiares e amigos sobre o TB, seu tratamento e as dificuldades associadas ao transtorno;
Auxiliar os clientes a terem um papel mais ativo no tratamento;
Promover a aprendizagem de métodos de monitoração de ocorrência, gravidade e curso dos sintomas correspondentes ao TB;
Facilitar a cooperação com o tratamento;
Oferecer técnicas não farmacológicas para lidar com pensamentos, emoções e comportamentos problemáticos;
Auxiliar os clientes a manejarem sintomas leves sem necessidade de modificar os medicamentos ou sua dosagem;
Proporcionar a aprendizagem e ampliar o uso de habilidades de enfrentamento de fatores de estresse que podem interferir
negativamente no tratamento ou precipitar episódios de mania ou depressivos;
Promover a aceitação do TB;
Reduzir os efeitos dos estigmas e preconceitos em relação à pessoa com TB;
Aumentar o fator protetivo da família;
Possibilitar a aprendizagem de habilidades de manejo dos problemas, sintomas e dificuldades relacionados ao TB.
Para o alcance de tais metas, ao analisar a estrutura dos tratamentos em TCC mais eficazes para pessoas com TB, Neves, Lima
e Malloy-Diniz (2016) identificaram pontos comuns entre eles, que estão organizados na tabela a seguir.
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Subetapa do processo de TCC • Informar por meio de materiais confiáveis sobre o transtorno bipolar e discutir dúvidas quanto ao diagnóstico
Promove identificação e apropriação do diagnóstico, prognóstico e aspectos associados.
Descrição dos sintomas • Descrever quais dos sintomas contemplados na psicoeducação caracterizam a manifestação do transtorno bipolar de acordo
com cada tipo de episódio
• Descrever quais são os tipos de episódios (mania, hipomania, misto, depressão) que caracterizam a história de vida do
paciente. Pode ser utilizada a linha da vida para esta finalidade.
• Descrever os comportamentos do paciente quando em eutimia
Promove a apropriação do modo como o transtorno bipolar se apresenta para o paciente.
Monitoramento do humor • Acompanhar diariamente o próprio humor por meio do gráfico do humor
Promove a detecção precoce de sintomas, viabilizando melhores estratégias de intervenção.
Descrição de pensamentos • A partir das oscilações de humor verificadas no gráfico do humor, é feita a descrição dos pensamentos
e crenças • Observação de padrões de pensamento e se ocorrem de forma consistente em cada um dos episódios
Promove a compreensão de que as respostas do paciente passam previamente por seu processamento cognitivo, de modo
que, se o paciente aprende a modular seu processamento, provavelmente terá sentimentos e atitudes mais funcionais.
Desenvolvimento de • Observação, por meio dos assuntos discutidos na psicoeducação e da sua história de vida, de quais são os hábitos possíveis
comportamentos saudáveis de se implementar que podem melhorar o prognóstico do TB
• Observar quais podem deixar de ocorrer
Promove a implementação e automatização desses novos hábitos.
Adesão à medicação • Verificar a ocorrência de baixa adesão e as razões para que isso esteja ocorrendo. As razões podem ser: crenças a respeito
da medicação ou dificuldades cognitivas – memória, atenção, dificuldades em compreender a posologia.
Promove adesão à medicação.
Resolução de problemas • Introduzir os modelos de resolução de problemas, que envolvem definir o problema, gerar soluções para o problema, avaliar a
viabilidade delas, destrinchar e hierarquizar seus passos, implementar e revisar a estratégia adotada
Promove a capacidade executiva e de resolução de problemas, além de uma visão mais pragmática dos conflitos e
adversidades
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Técnicas Cognitivas no TB
O modelo cognitivo-comportamental aplicado ao TB implica a necessidade de interromper o curso de expansão do
transtorno. Um dos métodos é a utilização de intervenções e estratégias cognitivas com o objetivo de prevenir as alterações
comportamentais problemáticas que podem estar relacionadas aos prejuízos no funcionamento dos indivíduos (Basco,
2009a). Ao considerar que os sintomas cognitivos tanto da depressão quanto da mania envolvem mudanças de conteúdo (o
que se pensa a respeito de algo) e processamento (modo como se processam as informações e a quantidade e qualidade
dos pensamentos), confira algumas das técnicas comumente utilizadas.
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Meu pensamento é:
Que evidências tenho de Que evidências tenho de O que outra pessoa diria Minhas conclusões e
que o meu pensamento é que o meu pensamento nesta situação? Qual seria meu plano para o próximo
verdadeiro? não é verdadeiro? outra explicação? passo a ser dado.
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(Basco, 2009a) especificam outras orientações que o terapeuta pode dar para os pacientes no que se refere ao corrigir as
cognições distorcidas. Confira o quadro a seguir:
1. Escolha um pensamento automático para avaliar. Escolha um que esteja listado no registro de pensamentos
automáticos. Um pensamento ou uma crença associada com uma quantidade significativa de emoção negativa
deveria ser selecionado e listado no topo da planilha de análise lógica dos pensamentos automáticos.
2. Explique que o primeiro passo da tarefa é produzir evidências para apoiar ou refutar o pensamento automático e,
então, revisá-lo objetivamente junto das evidências. Peça para o paciente listar todas as evidências que apoiem e
refutem o pensamento automático nas colunas apropriadas.
3. Depois de examinar as evidências favoráveis e contrárias ao pensamento, o paciente deve concluir que o
pensamento é inválido, que a evidência é inconclusiva ou que o pensamento é de fato válido. Use o seu julgamento
clínico e decida qual intervenção ou intervenções deveriam ser executadas. Eis algumas sugestões:
a. Pensamentos inválidos: Revise o pensamento automático inicial para deixá-lo mais preciso.
b. Pensamentos válidos: Pergunte ao paciente quais consequências são levadas em conta para que o pensamento
negativo seja válido e qual a probabilidade de essas consequências ocorrerem. Se a probabilidade for alta e as
consequências significativas, use uma abordagem de solução de problemas para gerar um plano de diminuição da
probabilidade de consequências negativas.
c. Evidências inconclusivas: Descubra que tipo de evidência seria necessário para confirmar ou desconfirmar o
pensamento. Crie um plano para acumular mais evidências.
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Diminuir a quantidade de pensamentos o suficiente para permitir que o paciente os compense. Por exemplo,
1 exercícios de relaxamento e reduzir os estímulos (pensamentos internos e barulhos externos).
Focar a atenção em um problema por vez. Por exemplo, estabelecer e priorizar metas, escolher uma atividade
2 por vez, usar a técnica Lista A/Lista B.
Estruturar no processamento cognitivo para permitir que os problemas sejam resolvidos ou que decisões
3 sejam tomadas. Por exemplo, redução da lista mental, solução de problemas, tomada de decisões, lista de
vantagens e desvantagens, feedback e regra de 24 horas.
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Passo 1 • Exponha o problema da forma mais clara possível. Seja específico sobre o comportamento, situação, tempo
e/ou circunstâncias que tornaram isso um problema (p. ex., “Preciso pagar a conta do telefone e a fatura do
Identificação cartão, mas não tenho dinheiro suficiente que dê conta de ambas neste mês”).
e definição
• Se o problema for uma mágoa pessoal, diga a ação específica que causou o sentimento de mágoa (p. ex.,
do problema
“Você me ofendeu quando disse que eu não conseguia lidar com dinheiro”).
Passo 2 • Liste todas as soluções possíveis sem avaliar a sua qualidade ou praticabilidade. Tente listar no mínimo 10.
Seja criativo. Não se preocupe com a qualidade das soluções.
Geração de
problemas • Elimine as soluções menos desejáveis ou razoáveis.
em potencial • Ordene as soluções remanescentes em termos de preferência.
• Avalie as soluções remanescentes em termos de prós e contras.
• Especifique quem agirá.
• Especifique como e quando a solução será implementada.
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Técnicas Comportamentais no TB
Para gerenciais os sintomas comportamentais nos pacientes com TB, é importante intervir para maior controle dos fatores
desencadeantes e para aumento dos fatores positivos e dos negativos. Para isso, de acordo com Basco (2009a), o terapeuta
deve seguir duas regras práticas:
Veja algumas técnicas comportamentais que podem ser utilizadas no trabalho de pessoas com TB.
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Liste a seguir alguns de seus hábitos saudáveis e aqueles que você gostaria de desenvolver ou reforçar. Inclua as
melhores maneiras de gerenciar os seus sintomas, organize a sua vida e tenha mais alegrias com ela.
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MELHORANDO O SONO
Dificuldades e problemas no sono podem estar presentes tanto no episódio depressivo quanto no maníaco. Desse modo,
manter a consistência do ciclo sono/vigília é um dos elementos fundamentais para a estabilidade do TB. Confira um resumo
elaborado por Basco (2009a) com sugestões que o terapeuta pode fornecer aos seus pacientes para a melhora do sono.
Seja consistente. Tente dormir e acordar mais ou menos no mesmo horário todos os dias, mesmo nos fins de semana.
É algo para se fazer à noite. Evite dormir durante o dia e ficar acordado até altas horas da noite. Se o seu ciclo de
sono já está alterado, desenvolva com o seu médico um plano para fazer com que o sono volte ao normal.
Mantenha a sua cama em um lugar para dormir. Estabeleça o hábito de assistir TV, comer, ler ou rever as suas contas
em outro cômodo, em uma mesa, ou sofá. Ensine seu corpo a associar a cama com o ato de adormecer.
Sinta-se confortável. Deixe sua área de dormir confortável, escolhendo travesseiros, cobertores e roupas que o
façam se sentir bem.
Desacelere no fim do dia. Comece a se preparar para dormir no mínimo uma hora antes do tempo, deixando o seu
ambiente silencioso e aquietando a sua mente.
Evite estimulantes que possam mantê-lo acordado. Uma xícara de chocolate quente ou de café, alguns cigarros, ou
um pouco de sobremesa podem parecer uma boa ideia à noite, mas para aqueles que são sensíveis à cafeína, nicotina
ou açúcar, essas coisas só dificultarão o ato de adormecer. Se você tiver algum problema digestivo, jantares tarde ou
refeições picantes podem perturbar seu estômago e mantê-lo acordado.
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Não entre em pânico. Ansiedade e sono não são uma boa combinação. Se você começar a se preocupar ou
mesmo a entrar em pânico por não conseguir dormir, isso só vai tornar as coisas mais difíceis. O sono acontece
automaticamente. Não é algo que você possa facilmente forçar o seu corpo a fazer, então quanto mais você tenta
convencer a si próprio de adormecer, mais tempo pode levar para que isso aconteça.
Acalme o seu corpo. Seu corpo e a sua mente precisam trabalhar juntos para ajudar você a dormir. Se a sua mente
está ocupada demais para sossegar, você pode colaborar com o processo tentando relaxar o seu corpo. Comece com
os dedos dos pés e vá relaxando todos os músculos até chegar na cabeça. Concentre-se em liberar todas as tensões
em cada músculo e em deixar o seu corpo em uma posição confortável.
Muito desperto para conseguir dormir? Se você está muito acordado para conseguir dormir, seria melhor sair
da cama e fazer algo que seja relaxante, como assistir televisão, ler um livro ou qualquer outra atividade que
normalmente o acalma ou cansa a sua mente.
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COISAS QUE NÃO DEVEM SER FEITAS QUANDO HOUVER DIFICULDADE PARA DORMIR
Cafeína. Não prepare um bule de café. A cafeína pode manter você acordado. Se você aprecia uma xícara quente de
café em uma noite fria, compre café descafeinado para usar à tarde e à noite.
Internet. Evite sair da cama para navegar na internet. Em vez de ficar com sono, é mais provável que isso estimule o
seu cérebro e deixe-o agitado ou curioso em vez de ficar com sono.
TV e livros. Se você vai assistir televisão ou vai ler um livro, escolha algo que provavelmente não o deixará acordado.
Um bom livro entediante resolve o problema ou uma reprise de um programa de televisão. Evite os programas com
pessoas discutindo, de suspense ou documentários dramáticos verídicos.
Tarefas domésticas. Não levante para limpar a sua casa. Mesmo que tarefas que não tenham sido terminadas o
preocupem, o processo de fazer um esforço físico no meio da noite vai tensionar os seus músculos em vez de relaxá-
los. Para estar mentalmente alerta o suficiente para realizar tarefas, você tem que ficar acordado. Isso acaba com o
propósito de ter uma boa noite de sono.
Exercícios. Provavelmente não é uma boa ideia levantar da cama para se exercitar mesmo que você saiba que o
exercício pode deixá-lo cansado. Qualquer atividade física como essa vai superestimular a sua mente e o seu corpo.
Se o ato de se exercitar normalmente é uma boa ideia para você, reserve um tempo para malhar antes de ir para cama.
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ASPECTOS DA
RELAÇÃO TERAPÊUTICA
E DA ADESÃO NO
TRATAMENTO
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Alguns pacientes podem ter um pensamento rígido sobre os aspectos que envolvem o
funcionamento máximo quando estão no episódio hipomaníaco ou maníaco. Por exemplo,
podem se sentir extremamente produtivos, conseguindo envolver-se nos seus projetos
por várias horas. O terapeuta pode afirmar que é compreensível que o paciente não queira
buscar um humor estabilizado quando o que realmente deseja é o alto funcionamento.
No entanto, o profissional pode usar perguntas de descoberta guiada para auxiliar os
pacientes a examinar suas próprias experiências passadas em busca de evidências a favor
e contra a conveniência de seus objetivos, identificando as vantagens e as desvantagens
que englobam seu comportamento.
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TCC E TB NA INFÂNCIA
E ADOLESCÊNCIA
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CONSIDERAÇÕES
FINAIS
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SOBRE ESTE E-BOOK
Transtorno Bipolar: direcionamentos clínicos para terapeutas cognitivo-comportamentais
Como citar:
Anjos Filho, N. C. dos & Neufeld, C. B. (2023, abr.).
E-book Transtorno Bipolar: direcionamentos clínicos
para terapeutas cognitivos-comportamentais. Artmed.
AUTOR
Nilton Correia dos Anjos Filho. Doutorando e Mestre pelo Programa de Pós-
Graduação em Psicologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Terapeuta
Cognitivo-comportamental e Especialista em Saúde Mental pelo Programa
de Residência Multiprofissional em Saúde da Universidade do Estado da
Bahia (UNEB). Pesquisador Membro do Parapais - Grupo de Pesquisa sobre
Parentalidade e Desenvolvimento Socioemocional na Infância/UFBA).
EDITORA-CHEFE
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A ARTMED
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www.artmed.com.br
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